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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARMEN HANNUD CARBALLEDA ADSUARA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARMEN HANNUD CARBALLEDA ADSUARA
DATA: 30/06/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

MEMÓRIA, RESISTÊNCIA E AFETO NA ETNOPOLÍTICA DO CUIDADO: NARRATIVAS DO ENCONTRO ENTRE UMA PSICÓLOGA COMUNITÁRIA E UMA LÍDER INDÍGENA DO POVO ÃWA


PALAVRAS-CHAVES:

Psicologia; Ética; Política; Afetos; Povo Ãwa.


PÁGINAS: 66
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta pesquisa trata da produção de conhecimentos a partir da pesquisa-ação-participante junto ao povo Ãwa por meio da minha atuação engajada como psicóloga comunitária em projetos da Associação Indígena APÃWA, desde a pandemia do novo coronavírus. Apesar disso, é inspirada em toda a minha trajetória acadêmica e profissional junto a diferentes movimentos e organizações indígenas, principalmente no trânsito entre o Sudeste e o Norte do País, em realidades urbanas e rurais, conforme descrito em meu Memorial. Assim, instigada em sintetizar todo esse acúmulo proveniente das aprendizagens psicossociais junto aos povos originários, em especial os Ãwa, tomei como ponto de partida para o projeto o seguinte problema: como se dá a relação entre psicologia (psicóloga) e povos indígenas nesse campo? E, ainda, partindo de perguntas norteadoras: que práticas emergem dessa relação ? como pensar o cuidado nesse choque de histórias, lugares, e culturas ? Objetiva-se de forma geral, analisar a relação entre psicologia e povos indígena nos seus aspectos de troca afetiva , ética e política (no que estamos chamado de etnopolítica do cuidado). Com isso, de forma específica, pretende-se visibilizar histórias individuais e coletivas, demonstrar na práxis a inserção da psicologia junto a luta por território; indicar caminhos que possam potencializar a produção de conhecimento e novos saberes e práticas, produzir uma memória do trabalho de uma psicóloga indigenista, abordar os afetos no trabalho da psicologia comunitária a partir da aprendizagem sensível junto ao povo ãwa. Para tal, percorreu-se as trilhas teóricas da psicologia latino-americana em Martin-Baró (1984; 2017), Lane e Codo (1984), Montero (2006), Gonçalves (2014; 2017), Faria (2020); Faria e Martins (2021); da Antropologia, em Fals Borda (1987), Rodrigues (2012; 2019); na Pedagogia, Paulo Freire (1970/1987); Bell Hooks (2013), Munduruku (2012);
na Sociologia em Marx (1968; 1986), e na escrevivência de Ãwa (2021, 2022). Metodologicamente optou-se pela abordagem da pesquisa-ação-participante (LANE; CODO, 1984; FALS BORDA, 1987; MONTERO, 2006) na produção dos dados, recorrendo-se também a entrevistas, história de vida (história oral) (ALBERTI, 2012; BOSI, 1979), diário de campo, registros audiovisuais, fontes bibliográficas e documentais. Os referidos dados serão analisados dialética e dialogicamente (LANE; CODO, 1984; MARX, 1968; FREIRE, 1970/1987), pressupõe-se que, assim, seja possível demonstrar que o trabalho com os Ãwa configura um processo de aprendizagem para a psicologia no Brasil, principalmente no campo do corpo, dos afetos e da política; tomando como eixos a ancestralidade, a memória e a resistência (reação) para pensar o cuidado na luta por territórios. Por fim, espera-se que os resultados contribuam para a instrumentalização da psicologia para a atuação junto aos povos originários, em especial aqueles em luta por território e de recente contato, como também desenvolver o conceito de “etnopolítica do cuidado”, que vai ao encontro com esse fortalecimento da ciência e da profissão na Amazônia a partir de uma perspectiva dos afetos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Interno - 2153023 - PAULO DE TARSO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 06/06/2022 15:29
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