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Banca de DEFESA: BÁRBARA ARAÚJO SORDI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BÁRBARA ARAÚJO SORDI
DATA: 25/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/gcq-zmnv-vbj
TÍTULO:

GRUPOS DE ESTUDOS FEMINISTAS EM ESPAÇOS UNIVERSITÁRIOS E AS INSURGENTES TESSITURAS NA DESCOLONIZAÇÃO DA PSICOLOGIA


PALAVRAS-CHAVES:

Psicologia; Feminismo; Decolonialidade.


PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta tese teve como objetivo a pesquisa acerca da experiência de grupo de estudos feministas no ambiente acadêmico como um dispositivo para promoção de Psicologia Feminista Contracolonial. Para tal, buscou-se verificar a percepção das participantes do grupo sobre os efeitos dos encontros em relação a imagem de si e nas relações sociais, assim como a percepção destas quanto ao curso de Psicologia e sobre seu impacto no âmbito profissional. Assumindo a problematização contracolonial em relação colonialidade de poder-ser-saber e colonialidade de gênero frente a Psicologia, e amparando-se em reflexões de autoras feministas negras, latinas, indígenas e decoloniais, a metodologia da pesquisa foi a cartografia, por considerar a subjetividade da pesquisadora e integrantes, e a inseparabilidade da pesquisa e ação, produzindo as informações em diários de campo e entrevista com cinco integrantes. Como resultados, verificou-se que o grupo se apresentou como um dispositivo para descolonização do corpo e de afetos, posto que as integrantes passaram a descolonizar o espelho hegemônico branco ao se reconhecerem como corpos políticos, negros e brancos, evidenciando, desse modo, o racismo e branquitude; assim como passaram a descolonizar a matriz colonial de gênero, ao identificar e ressignificar processos relacionais assimétricos e de violência, silenciamentos, inseguranças quanto ao padrão
estético, performance feminina – passando por aspectos de cuidado como alimentação e prazer sexual – e dispositivo amoroso, constatando mudanças quanto emocionalidades, posições sociais e relação consigo e entorno, assim como encontraram a possibilidade de descortinar violências sexuais encontrando no espaço um ambiente seguro e de caráter testemunhal. Quanto à psicologia, verificou-se a descolonização de conceitos
universalizantes, maior comprometimento político e compreensão crítica quanto a colonialidade de gênero e subjetividade, com tensionamentos quanto compreensões diagnósticas, sintomas, transtornos, condução terapêuticas, compreensões teóricas e produção científica. Dessa forma, verifica-se a importância da implicação e assunção da psicologia enquanto dispositivo político e espaço de poder, sendo necessária reformulações quanto ao ser, fazer que levem em consideração compreensões acerca da colonialidade de gênero e assuma descolonização de práticas tradicionais importadas, a fim de propiciar novas configurações, sendo os grupos de estudos feministas e de gênero dispositivos que possibilitam ressignificações para Psicologia, enquanto ciência
e profissão, mas também afetam e transformam, de forma singular e por meio do coletivo, a vida de integrantes, permitindo um novo reflorestamento de afetos, mais próximo do bem-viver. Ressalta-se, portanto, a importância de disciplinas e/ou grupos que assumam tais proposições nas formações de Psicologia por constatar a efetividade dos efeitos de tais práticas em suas participantes.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 327481 - ANA CLEIDE GUEDES MOREIRA
Interno - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 672.088.786-68 - JACQUELINE ISAAC MACHADO BRIGAGÃO - USP
Externo à Instituição - KARLA GALVÃO ADRIÃO
Presidente - 2519133 - MARIA LUCIA CHAVES LIMA
Externo à Instituição - VIVIAN MATIAS DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 24/02/2022 13:34
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