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Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: CINTHIA DE CASTRO SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CINTHIA DE CASTRO SANTOS
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Conferência Online
TÍTULO:

Modelos explicativos, narrativas e experiências de padecimento e cuidado em saúde mental em comunidade ribeirinha da ilha do Combu, na cidade de Belém do Pará.

PALAVRAS-CHAVES:

Saúde mental; padecimento; modelos explicativos; comunidades ribeirinhas; narrativas; etnografia

PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta pesquisa está sendo concebida a partir do interesse em compreender os processos de interação envolvidos nas experiências de padecimento e cuidado em saúde mental, de uma comunidade ribeirinha na Ilha do Combu, situada na cidade de Belém do Pará, que constroem o repertório de narrativas dos modelos explicativos de padecimento e cuidado. Quando o padecimento é olhado apenas pelo lado biológico, quando não há o reconhecimento dos significados de forma ampla para o usuário e seus familiares, há uma interferência no reconhecimento de problemas que podem ser perturbadores, mas potencialmente tratáveis no modo de vida do usuário. O padecimento (ilness) é polissêmico, as experiências são variadas e por isso vale à pena examinar cada um dos sentidos, tanto em uma perspectiva clínica como também antropológica. Assim a interpretação do que é o adoecimento também pode contribuir para uma um trabalho mais efetivo de cuidado, portanto, dentro de uma lógica territorial. Em concordância com os pressupostos da antropologia médica optou-se por usar o termo “padecimento”, pois fazemos referência à compreensão e experiência popular sobre doença e/ou sofrimento, tal qual a definição de illness, o que pode ser traduzido como padecimento. Outro conceito que também utilizaremos ao longo do trabalho é o de modelos explicativos de cuidado, entendidos como todas as formas de prevenção, tratamento, controle, alívio ou cura de uma determinada condição. Nossa pretensão é adentrar o universo particular de uma comunidade ribeirinha amazônica e conhecer seus saberes sobre saúde e doença e por que não, entender como estes saberes transitam dentro dos espaços dos serviços de saúde, a partir da perspectiva dos usuários. Dar visibilidade às formas de entendimento, explicação e cuidado das questões relacionadas ao adoecimento mental em uma comunidade ribeirinha da Ilha do Combu, mas para, além disso, conhecer – a partir da fala da própria comunidade e da observação participante, como estas compreensões foram construídas, as suas relações. Conhecer o que está posto e adentrar no campo do não posto. Assim, iniciaremos o estudo como uma pergunta: como se dá os processos que decorrem da experiência de padecimento e cuidado em saúde mental desta comunidade ribeirinha? Para nos auxiliar com a possibilidade de responder nossos questionamentos, seguiremos o percurso proposto pela etnografia. A etnografia nos convoca a uma imersão no campo da pesquisa, a vivenciar o campo e estar junto aos sujeitos da pesquisa, estabelecer uma relação com eles e elas a fim de possibilitar que estes e estas sejam de verdade e de direito aqueles atores ou aquelas atrizes no processo e, que vivem (no caso da nossa pesquisa) o objeto que elegemos para estudo e portanto, podem falar com propriedade sobre. Realizaremos um estudo etnográfico que também inclui uma descrição dos processos de autocuidado destas comunidades e a compreensão do impacto da colonização e institucionalização destes saberes a partir da biomedicina. O que pretendemos com este estudo é permitir um olhar ampliado sobre o cuidado em saúde mental das comunidades ribeirinhas, em especial da Ilha do Combú, na Amazônia Brasileira.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 411.449.450-20 - ALCINDO ANTÔNIO FERLA - UERGS
Externo à Instituição - JULIO CESAR SCHWEICKARDT
Externo à Instituição - KÁROL VEIGA CABRAL
Interno - 602.784.550-34 - MÁRCIO MARIATH BELLOC - UFPA
Presidente - 2153023 - PAULO DE TARSO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Interno - 1796306 - PEDRO PAULO FREIRE PIANI
Externo à Instituição - ÁNGEL MARTÍNEZ-HERNÁEZ

Notícia cadastrada em: 15/02/2022 15:47