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Banca de DEFESA: EVILLYS MARTINS DE FIGUEIREDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EVILLYS MARTINS DE FIGUEIREDO
DATA: 30/04/2021
HORA: 15:00
LOCAL: online- meet. google
TÍTULO:

TRAJETÓRIAS DOCENTES E FORMAÇÃO CONTINUADA EM RELAÇÕES
ETNICORRACIAIS NA AMAZÔNIA PARAENSE


PALAVRAS-CHAVES:

Formação continuada de professores. Relações etnicorraciais. Trajetória
social. Amazônia.


PÁGINAS: 164
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O âmbito educacional brasileiro, nos anos 2000, foi marcado pelo avanço de políticas públicas
para a população afro-brasileira. Dentre elas, está a lei 10.639/03 que tornou obrigatório o
ensino de história e cultura africana e afro-brasileira no ensino básico; a partir dela,
documentos oficiais do Conselho Nacional de Educação (CNE) ressaltaram a necessidade da
formação continuada de professores como um dos principais meios de se efetivar o que
demanda a referida lei. Nessa perspectiva, o presente trabalho utilizou a metodologia de
trajetórias sociais baseadas em biografias (BOURDIEU, 2006; COSTA, 2015; LEVI, 2006;
SCHWARCZ 2013) em conjunto com a técnica de entrevista não diretiva (MICHELAT,
1987) com o objetivo de compreender como docentes da educação básica, que cursaram uma
especialização em relações etnicorraciais, foram afetados por tal formação continuada e como
a percebem enquanto parte de suas vivências objetivadas em trajetórias sociais na Amazônia
paraense. A pesquisa contou com três interlocutores identificados pelos codinomes Ayòbámi
Adébáyò, Onyebuchi Emecheta e Édouard Glissant, os quais são egressos da “Especialização
UNIAFRO: Política de Promoção da Igualdade Racial da Escola; III Curso de Especialização
Saberes Africanos e Afro-brasileiros na Amazônia; Implementação da Lei 10.639/03”,
promovido pelo Grupo de Estudos Afroamazônico (GEAM/UFPA) sob financiamento do
Ministério da Educação. Para compreender as trajetórias desses docentes, analiso seus relatos
biográficos a partir dos conceitos de raça, racismo, gênero, morenidade e preconceito contra a
origem geográfica e de lugar, pois os relatos de suas vivências, durante e depois da
especialização, foram em torno do conflito no aprendizado sobre as particularidades das
relações etnicorraciais, em especial na região amazônica, visto que é um lugar marcado por
uma produção de conhecimento exógena e homogeneizadora que a fixou na imagem de
“floresta” e “vazio demográfico”, invisibilizando suas populações, sobretudo negros e negras,
diante do eixo nacional. Assim, foi possível entender que durante a formação continuada, com
as disciplinas e debates, os docentes interlocutores conseguiram acumular novos
conhecimentos que pudessem levar para suas salas de aula; durante e após o curso, percebem
que os sujeitos na escola ainda enxergam o racismo como comportamento individual isolado,
ideia na qual buscaram intervir no sentido de se apropriar do conhecimento da especialização
para repensar em conjunto as estruturas de opressão presentes no cotidiano e na escola. Esse
aprendizado sobre relações etnicorraciais também afetou suas vidas pessoais, mudando ou
mantendo seus entendimentos sobre suas trajetórias sociais no âmbito do reconhecimento das
opressões e resistências que vivenciaram. Também foi possível compreender que a
transposição dos conhecimentos desses docentes interlocutores para a sala de aula foi um
processo trabalhoso, mas no qual, segundo eles, conseguiram certo êxito em chamar a atenção
dos seus estudantes durante as discussões e atividades em torno da temática relações
etnicorraciais, algo que, mesmo em pequena escala, teve efeito na mentalidade dos alunos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3299805 - MARISE ROCHA MORBACH
Interno - 3146812 - MICHELE ESCOURA BUENO
Presidente - 1372779 - MONICA PRATES CONRADO
Interno - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 20/04/2021 19:02
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