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Banca de DEFESA: TANIA NAZARENA DE OLIVEIRA MIRANDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TANIA NAZARENA DE OLIVEIRA MIRANDA
DATA: 16/12/2019
HORA: 14:30
LOCAL: CITIC-UFPA
TÍTULO:

RECOMPOSIÇÃO SOCIOERRITORIAL EM CONTEXTO DE MINERAÇÃO: utopia e distopia através de um PAE em Juruti Velho, Baixo Amazonas


PALAVRAS-CHAVES:

Recomposição socioterritorial. Projeto Agroextrativista Juruti Velho. Mineração. Puxirum.


PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Este trabalho, a partir de uma perspectiva informada na sociologia da ação pública, interpela as complexas relações que se produziram entre comunidades e a mineradora Alcoa, a partir de 2009, na localidade de Juruti Velho, distrito do município de Juruti (Baixo Amazonas). A pesquisa privilegiou observações sobre o Projeto Agroextrativista Juruti Velho, como iniciativa inscrita nos desdobramentos em termos de recomposição socioterritorial produzida com o concurso do empreendimento de exploração de alumínio, inaugurando com isso, e ao mesmo tempo, uma arena de conflitos envolvendo comunidades tradicionais, agentes públicos, corporações, Igreja católica e movimentos sociais, atores de diferentes formações e relevância. Ressalta-se nesse processo, experiências de intensos conflitos resultantes de divergências internas nas comunidades, de alguma forma relacionados à presença das atividades e dos interesses da mineração naquele território. Os dados levantados resultaram de um percurso metodológico próximo da pesquisa-ação junto a comunidades ribeirinhas envolvidas. Entrevistas, observações diretas em reuniões da associação à qual estão filiadas 53 comunidades locais, e também registros fotográficos constituem as técnicas, por meio das quais foi construída a base dos dados e informações, nos quais se identificou como emblemático dos conflitos a ruptura de laços de vizinhança anteriormente testemunhados pela prática dos puxiruns (trabalho em prol do bem comum). Prática importante numa recomposição social do território, através de ações locais com as quais a comunhão de utopias constituiu elemento aglutinador. Assim sendo, em Juruti Velho se dará intenso processo de articulação e mobilização popular visando reconhecimento enquanto comunidade tradicional e, através desse reconhecimento, a titulação de suas terras. Como resultado desse processo, hoje, a gestão dos royalties, pagos como contrapartida ao direito de lavra da bauxita, é realizada pelas comunidades com a finalidade de promover o desenvolvimento sustentável do território. É através dessa gestão, aqui interpretada como territorial, e de sua dinâmica em termos de utopias e distopias, envolvendo os representantes das comunidades implicadas no Projeto Agroextrativista de Juruti Velho, assim como no processo de ressignificação do puxirum, que se buscou compreender as contraditórias relações existentes entre as comunidades e a mineradora, e nelas o que se projeta como futuro em relação ao território, objeto no qual, e em torno do qual, atores se mobilizam para alcançar um objetivo, neste caso, o controle de sua gestão, de acordo com as exigências do desenvolvimento sustentável. Compreende-se que o emprego dos royalties sob a gestão da Associação das Comunidades Ribeirinhas de Juruti Velho (Acorjuve), ao mesmo tempo em que significou conquistas, integrou uma recomposição territorial através de instrumentos como o PAE, trazendo desafios enfrentados com a ressignificação de práticas sociais tradicionais como o puxirum, possibilitando, com isso, novas perspectivas de futuro do território.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3285740 - ANDREA BITTENCOURT PIRES CHAVES
Interno - 325154 - EDNA MARIA RAMOS DE CASTRO
Externo à Instituição - LUIS HENRIQUE HERMINIO CUNHA
Externo ao Programa - 2191704 - MARIA DOLORES LIMA DA SILVA
Presidente - 1210202 - MARIA JOSE DA SILVA AQUINO TEISSERENC
Interno - 2191714 - TANIA GUIMARAES RIBEIRO
Externo ao Programa - 2305487 - VANDERLUCIA DA SILVA PONTE
Notícia cadastrada em: 22/11/2019 11:57
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