O RANCHO NAS RUAS E AS RUAS NO RANCHO:
sociabilidade carnavalesca na escola de samba Rancho
Não Posso Me Amofiná
Rede de relações, Sociabilidade carnavalesca, Rancho Não Posso me Amofiná, comunidade.
Este trabalho visa analisar formas de sociabilidade carnavalesca na Agremiação Rancho Não Posso me Amofiná. Apresenta a agremiação marcada pela ritualização festiva, na qual a sociabilidade é mediada pelo mundo carnavalesco. Sua realidade é complexa e heterogênea. Vive-se em processo de recriação de sociabilidade ao longo do ano, que se intensificam com a proximidade do carnaval, pois o desfile carnavalesco norteia as redes de relações e o cotidiano da agremiação. Busco compreender como se constituem essas relações que não ocorrem mais apenas no interior do grupo, mas que abarcam múltiplos sujeitos que vão desde brincantes, políticos, empresários, agentes dos meios de comunicação, de modo a entender os sentidos da identificação de coletividades com a agremiação. Procuro perceber a quadra como um local de sociabilidade, no qual fortalecem os vínculos sociais e afetivos, seja através das aulas de balé, Judô ou qualquer outra atividade no seu interior. Dialogo com esses muitos sujeitos, homens, mulheres e crianças que compartilham experiências diversas no interior da quadra ou do “pedaço”. Abordo a festa carnavalesca como o momento de maior interação, fruto das socializações.