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Banca de QUALIFICAÇÃO: GISELLE CASTRO DE ASSIS REIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GISELLE CASTRO DE ASSIS REIS
DATA: 17/12/2018
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE CONFERÊNCIA DO CITIC
TÍTULO:

 

 

 

EXPERIÊNCIAS DE TURISMO COMUNITÁRIO NA AMAZÔNIA: CAMINHOS PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTOGESTÃO TURÍSTICA EM ANÃ (SANTARÉM/PA) E COROCA (SANTARÉM/PA)


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Turismo de Base Comunitária; Dádiva; Etnografia da troca; Comunidades Tradicionais.


PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

As comunidades de Anã e Coroca são comunidades tradicionais agroextrativistas localizadas às margens do rio Arapiuns, afluente do rio Tapajós, município de Santarém, no oeste do estado do Pará. Essas comunidades ribeirinhas ocupam territórios legalmente protegidos. Anã localiza-se na Reserva Extrativista (RESEX) Tapajós-Arapiuns, e Coroca está no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) da Gleba Lago Grande. A proteção legal impõe limitações de ocupação do espaço e uso dos recursos naturais às populações locais, mas permite a atividade do turismo por considerá-la uma atividade geradora de renda de baixo impacto. As duas comunidades desenvolvem iniciativas de turismo compreendidas como de “base comunitária”, entretanto, identifiquei que a autonomia comunitária da gestão turística está mais bem organizada na comunidade de Coroca. Essa pesquisa objetiva analisar como as comunidades estabelecem relações internas e com os agentes externos para a prática do turismo comunitário, a fim de identificar possibilidades e limitações para a construção da autogestão turística. Foi desenvolvida uma pesquisa exploratória de campo, orientada pelos pressupostos da pesquisa etnográfica antropológica, em dois períodos: agosto de 2016 e janeiro de 2017. Nesta etapa, o maior tempo de coleta de dados foi em Anã, por isso os resultados preliminares são sobre essa comunidade. O caminho metodológico de análise dos dados foi construído a partir da concepção de Lanna (2000) sobre a “etnografia da troca”. Concluo que a experiência de turismo desenvolvida na comunidade de Anã/Santarém/Pará envolve relações de reciprocidade de dádivas e trocas de prestações entre agentes internos e externos à comunidade, conforme a concepção de Mauss (2017). Essa dinâmica relacional observada me permite afirmar que o turismo é uma dádiva porque estabelece vínculos morais entre quem oferta e quem recebe prestações de hospitalidade. Outra constatação foi a de que a comunidade de Anã não possui autonomia sobre a gestão do turismo em seu território, dentre outros fatores porque mantêm relações de colonialidades na forma de dependências com a ONG que agencia a atividade no mercado de viagens. Considero que a experiência de turismo desenvolvida em Anã não alcançou, ainda, a condição requerida para ser considerada, de fato, de base comunitária.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Interno - 326059 - EDILA ARNAUD FERREIRA MOURA
Externo à Instituição - GUACIARA BARBOSA DE FREITAS
Externo à Instituição - LUZIA NEIDE MENEZES TEIXEIRA CORIOLANO
Presidente - 6672463 - RODRIGO CORREA DINIZ PEIXOTO
Notícia cadastrada em: 28/11/2018 12:45
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