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Banca de DEFESA: KAMILLA SASTRE DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAMILLA SASTRE DA COSTA
DATA: 30/10/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Sala da Congregação-IFCH
TÍTULO:

“AONDE EU COLOCO AS MINHAS DORES, DOUTOR?”: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA NA VIDA DE TRÊS MULHERES RESIDENTES EM BELÉM DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Esclerose Múltipla. Estudos sobre Deficiência. Mulheres. Interseccionalidade.


PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, e vem a ser potencialmente debilitante ao longo do tempo. Afeta, em sua maioria, mulheres adulto-jovens. Por ter isso em vista, o presente estudo, de caráter reflexivo, teve a proposta de investigar a influência social da EM na vida de mulheres residentes em Belém-PA, analisando a partir das narrativas compartilhadas por elas os efeitos dos marcadores sociais da diferença que distinguem e singularizam essas mulheres, inicialmente pela busca do fechamento do diagnóstico, e no decorrer pelas situações que marcam suas trajetórias significativamente. Mediante o diálogo ocorrido entre a pesquisadora que também tem EM e interlocutoras, a partilha das vivências, angústias, incômodos e dores subsidiaram transformações nas envolvidas enquanto sujeitas que conseguem reinscrever suas/nossas próprias histórias, tendo como um dos objetivos romper com o silenciamento imposto a elas socialmente, inclusive no meio acadêmico, especificamente nas áreas das Antropologia e Sociologia, onde resistem à invisibilidade. Para a pesquisa de campo foram utilizados procedimentos de cunho qualitativos e de diálogo entre pesquisadora/ativista com as interlocutoras, priorizando suas vozes e suas experiências, sendo que para tal feito foram realizadas entrevistas semiestruturadas, muito embora as conversas informais tenham sido a base para a construção do diálogo e, consequentemente, ao alcance dos dados, com vista à perspectiva construcionista dialógica empregada. Foram realizadas visitas ao hospital público Ophir Loyola e a pesquisadora está inserida em duas Associações que lhe proporcionaram uma maior aproximação com o universo de estudo. Além disso, a literatura do feminismo negro e descolonial possibilitou uma melhor visualização das questões referentes à raça e outras intersecções com a finalidade de compreender como atuam as opressões, levando em consideração o racismo, o capacitismo e o sexismo, experienciados pelas sujeitas. A pesquisadora incorporou na escrita à prática feminista ligada a ruptura da exclusividade do modelo biomédico no atendimento e convivência com as pessoas com deficiência, especificamente ao corpo de mulheres e, para isso, utilizou como referência a literatura do Disability Studies (Estudos sobre Deficiência), tendo como foco o modelo social. Assim, foi possível constatar que o modo de se situar socialmente, inclui a influência dos marcadores sociais, embasa a construção das narrativas e da própria trajetória em relação à doença das interlocutoras desta pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Externo ao Programa - 2628097 - LUANNA TOMAZ DE SOUZA
Presidente - 1372779 - MONICA PRATES CONRADO
Interno - 2191714 - TANIA GUIMARAES RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 22/10/2018 11:49
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