Banca de QUALIFICAÇÃO: JEAN ROBERTO PACHECO PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JEAN ROBERTO PACHECO PEREIRA
DATA: 13/09/2017
HORA: 10:00
LOCAL: SALA DE AULA DO PPGSA
TÍTULO:

O AMOR DE PUTA: uma etnografia sobre as representações dos sentidos de amar entre as prostitutas de rua da Zona Metropolitana de Belém-Pará

PALAVRAS-CHAVES:

AMOR - PROSTITUTAS

PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O presente projeto versa sobre as manifestações e representações do amor, em ideias e práticas amorosas, a partir de suas expressões entre mulheres prostitutas de rua. Sob a perspectiva antropológica, escrito a partir de uma etnografia, o diálogo amor-putas, compreende a busca pela tentativa de desconstruir as impossibilidades impostas pelo pensamento e práticas hegemônicos de uma relação entre o amor e a puta. Enquanto emoção o amor aparece no contexto ocidental como um sentimento que expressa a mais profunda incorporação da benevolência, do algo positivo, da obrigatoriedade em estar em todos os sujeitos. Todavia, ao delimitarmos sua composição enquanto sentimento de bondade, determinados grupos sociais não se incluem nesta leitura, tal como as prostitutas. É comum do todo social pensar e manifestar sua interpretação para com as putas, permeada de elementos restritos à sua vida pública, em seu corpo público quando localizado na rua – no sentido de estar prostituindo-se –, toda a carga estigmatizante e os marcadores desviantes aparecem. A ideia de exacerbação à sexualidade, a ideia de falta de agência que se tem sobre estas mulheres, compõe a imagem da puta no urbano. A tendência para a desconstrução de uma visão unilateral das putas, parte quando buscamos uma leitura mais profunda de suas realidades, e descobrimos que esta realidade está para além de uma imagem na esquina, para além de uma paisagem urbana, a puta também é detentora de um mundo privado, de agência, e de amor. Para interpretar a relação da puta com a emoção, vale estender as bases das análises até às condicionantes que levam o ocidente a ver o amor entre duas pessoas (sujeito e objeto amoroso). Bem como, as interações entre amor, corpo, gênero e sexo, interpretados como elementos adjacentes ao comportamento amoroso ocidental. As análises apresentadas compõem uma etnografia entre dois mundos, a puta em seu mundo público e a puta em seu mundo privado. Remontando assim, um devir puta dentro de um contexto urbano, das ruas, das esquinas. Dessa forma, o amor de puta está para além da visão única em que alocam as mulheres prostitutas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1505830 - FLAVIO LEONEL ABREU DA SILVEIRA
Externo ao Programa - 1028878 - HUGO MENEZES NETO
Interno - 049.308.602-10 - MARIA ANGELICA MOTTA MAUES - UFPA
Externo ao Programa - 1152696 - TELMA AMARAL GONCALVES