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Banca de QUALIFICAÇÃO: JAKSON SILVA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAKSON SILVA DA SILVA
DATA: 13/06/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Centro de Tecnologia da Informática e Comunicação - CETIC.
TÍTULO:

Segregação racial na lógica do mercado. Gente desprezada nas “zonas inumanas” de Belém.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Segregação racial, zonas inumanas, defesa do lugar, gentrificações, movimentos populares.       


PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Esta tese trata da segregação racial na lógica do mercado na cidade de Belém. O mercado é a gentrificação que avança na orla da cidade, removendo, destruindo e deslocando lugares e populações negras, mestiças e brancas pobres. Também indígenas não-reconhecidos na cidade. As intervenções urbanas qualificadas como gentrificações racistas são o Portal da Amazônia, a reforma do ver-o-peso e o Belém Porto do Futuro, projetos urbanísticos que visam a elitização, a privatização e o branqueamento da orla, engendrando segregações socioespaciais, mas também raciais. Essas reformas urbanas não são para melhorar a vida dos lugares e de sua gente, mas para removê-los, joga-los para uma outra baixada de Belém. O lugar e sua gente são desprezados pelo poder público. Na tese, esses lugares são concebidos como “zonas inumanas” da cidade, espaços precários que carecem de serviços e bens de consumo urbano. É nessas zonas urbanas onde atuam milícias e grupos de extermínios na cidade. Aliás, a segurança pública qualifica alguns desses espaços como “zonas ou áreas vermelhas”. Revela-se, assim, uma cidade em “compartimento”, uma city dividida, conforme Frantz Fanon, no livro: “Condenados da Terra” de 1968. Mas os portos públicos, as feiras, os mercados populares e as comunidades na orla da Estrada Nova e do Ver-o-Peso são essências à sobrevivência de famílias de baixa renda em Belém. Para dar visibilidade a essa realidade de diversidade urbana, realizarei uma etnografia das feiras e dos mercados que cumprem o papel de abastecer a cidade de gêneros alimentícios por gente que vem do outro lado do rio, com outra cultura. A tese propõe uma defesa do lugar contra as gentrificações racistas em Belém. Assim, então, persiste na cidade colonialidades na forma de segregações, racismo e gentrificações, causando danos à vida dos lugares (QUIJANO, 2005). Interajo com os movimentos populares de Belém que lutam pelo reconhecimento de seus lugares e de seus saberes a respeito do funcionamento da cidade, para saber dos conflitos urbanos embasam a luta pelo lugar, pelo direito à cidade.  


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 325154 - EDNA MARIA RAMOS DE CASTRO
Presidente - 253.460.916-53 - RODRIGO CORREA DINIZ PEIXOTO - MPEG
Externo ao Programa - 325478 - ROMERO XIMENES PONTE
Notícia cadastrada em: 12/06/2017 10:47
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