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Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDA LEMOS DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA LEMOS DE OLIVEIRA
DATA: 25/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 15 - PPGSA
TÍTULO:

Mulheres protagonizando uma ação pública contra riscos e ameaças da atual logística agro-exportadora na Amazônia:  um estudo sociológico no Pirocaba (Abaetetuba-PA)


PALAVRAS-CHAVES:

Ação pública. Resistências socioambientais. Amazônia Tocantina. Projeto de Assentamento Agroextrativista, Mulheres do Pirocaba.


PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Pela perspectiva sociológica da ação pública, abordaremos nesse estudo formas de engajamento público e ação coletiva para entender como novas figuras públicas e suas motivações se constituem em processos de resistência a empreendimentos emblemáticos do chamado Consenso das Commodities (SVAMPA, 2013) e da escolha da Amazônia como zona de sacrifício da modernização-colonial desenvolvimentista. No estado do Pará, precisamente no Baixo Tocantins, historicamente os atores sociais estão envolvidos em processos de lutas territoriais em defesa de seus modos de vida. Conquistas dessas lutas são os Projetos de Assentamento Agroextrativista (PAEs), que vêm desde os anos de 1970 caracterizando o ordenamento territorial na região enquanto resposta a demandas de comunidades tradicionais, coletivamente organizadas pela conquista do direito de ocupar coletivamente e continuar vivendo legalmente em áreas da União. Enquanto um instrumento de política pública o ordenamento territorial com base no PAE se constituiu uma modalidade de reforma agrária para áreas onde o extrativismo é predominante, caso das ilhas de Abaetetuba (PA). Atualmente, pesa sobre os PAEs do Baixo Tocantins ameaças de construção de um terminal portuário articulado à produção e exportação de commodities dirigido pela Cargill, empresa multinacional, conhecida antagonista em conflitos socioambientais na Amazônia. Os PAEs e todo um modo de vida associado a esse ordenamento ainda em consolidação, encontra-se em risco de desmantelamento. Face à ameaça da construção do porto, e possíveis riscos dele decorrentes, dinâmicas de resistências com base na afirmação identitária, têm-se constituído, como é o caso da comunidade do Pirocaba. Tomaremos essa referência socioterritorial como locus de um estudo qualitativo para acompanhar, pela observação direta e entrevistas com lideranças, um processo no qual a participação das mulheres nas lutas e organização coletiva vem se ampliando, marcando um ativismo feminino com novas estratégias de resistência, com uma identidade territorial, com a defesa de bens comuns, com uma lógica econômica inclusiva e regida pelas exigências ambientais, chamada a reagir contra os efeitos sociais e ambientais de mais um empreendimento logístico dirigido pelos interesses econômicos hegemônicos que secularmente tem decidido ser a Amazônia uma plataforma de recursos a ser transformada em capital.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCELO SAMPAIO CARNEIRO
Presidente - 1210202 - MARIA JOSE DA SILVA AQUINO TEISSERENC
Interno - 2191714 - TANIA GUIMARAES RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 09/05/2023 12:36
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