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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA DE NAZARE PINTO PENA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA DE NAZARE PINTO PENA
DATA: 17/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

A INTERNET COMO ESPAÇO DE ATUAÇÃO POLÍTICA PARA MULHERES CAPOEIRISTAS EM TEMPOS DE ISOLAMENTO.


PALAVRAS-CHAVES:

Capoeira. Gênero. Redes digitais. Pandemia. Etnografia do virtual. Antropologia.


PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

No translado entre África e Brasil no século XVI, escravizados, majoritariamente da Angola, trouxeram consigo saberes que criaria uma prática que os ajudariam a enfrentar as barbáries que os esperavam: a capoeira. Ao longo dos séculos, a prática foi um instrumento de resistência e de proteção contra as diversas violências sofridas, durante e depois da escravidão. Assim, a capoeira se difundiu pelo território nacional, incluindo o estado do Pará, onde foi combatida com afinco no período da Belle Époque, quando a elite buscava se assemelhar aos costumes europeus e, para isso, marginalizava uma prática de raiz africana e popular. Ademais, por ser uma prática cujo protagonismo era masculino, a presença feminina foi silenciada por bastante tempo. Todavia, esse contexto de silenciamento vem se transformando, dado que as mulheres vêm conquistando voz e espaço nesse cenário, inclusive em contextos adversos como foi a pandemia da Covid-19. Isso porque, em 2020, a capoerista paraense Sabrina Silva utilizou lives no Facebook para difundir o movimento feminino da capoeira no Pará. Diante do exposto, o presente estudo objetivou analisar como a internet se tornou um território de atuação política das mulheres capoeiristas durante a pandemia no ano de 2020, a partir do estudo de caso das Lives de Sabrina Silva. Para realizar as análises, adotamos a etnografia do virtual como método, ela é uma adaptação da análise etnográfica para o estudo de culturas on-line, visando explorar e expandir as possibilidades por meio do constante uso das redes digitais, postando o material coletado. Em relação ao arcabouço teórico, selecionamos, entre outros, autores que trabalham questões relacionadas à capoeira, como Nestor Capoeira (1999), Letícia Reis (2000) e Luiz Augusto Leal (2005); autores que debatem questões de gênero, raça e classe, por exemplo, Anne McClintock (1995) e Kimberlé Crenshaw (2002); e teóricos que discutem a etnografia do virtual, a saber, Beatriz Lins, Carolina Parreiras e Eliane Freitas (2020). Com isso, verificamos que as mídias sociais foram apropriadas por mulheres durante um período em que encontros físicos estavam suspensos, a fim de difundir uma luta tão importante para a construção da cultura brasileira, assim, evidenciando as conquistas de mulheres capoeiristas e suas possibilidades de expandirem as discussões sobre o tema e darem mais visibilidade a ele.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3146812 - MICHELE ESCOURA BUENO
Interno - 3322189 - DANIELA RIBEIRO DE OLIVEIRA
Interno - 1350773 - LUISA MARIA SILVA DANTAS
Externo à Instituição - LARA ROBERTA RODRIGUES FACIOLI
Notícia cadastrada em: 30/03/2023 09:27
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