ESTUDO DA EXPRESSÃO DAS PROTEINAS TWIST1, KAI1 E E-CADERINA EM AMOSTRAS DE CÂNCER DE PÊNIS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ
Twist1, E-cadherin,KAI1, Penile Câncer, Biomarker
O câncer de pênis é uma doença rara em nações desenvolvidas, sendo mais comum em regiões em desenvolvimento figurando como um importante problema de saúde pública, por ter um caráter mutilante, que pode acarretar problemas psicológicos e sociais ao paciente acometido. O fator prognóstico mais importante do câncer de pênis é o comprometimento linfonodal e a presença de metástases à distância. Os pacientes que apresentam estas características raramente sobrevivem por cinco anos. Por outro lado, nos estadios iniciais da doença o prognóstico é bom, obtendo-se cura na maioria dos casos. Na busca por indicadores prognósticos mais confiáveis, inúmeros genes/proteínas associados à carcinogênese peniana têm sido avaliados vislumbrando um melhor entendimento deste processo, para que métodos mais precisos de diagnósticos identifiquem pacientes com doenças mais agressivas de modo mais confiável, e então submetidos a um tratamento primário mais eficaz e a uma maior sobrevida. Algumas classes de marcadores epiteliais e mesenquimais têm sido utilizadas para determinar a presença de transição epitélio mesenquimal em tecidos neoplásicos. Essas classes abrangem proteínas de superfície como a E-caderina, e marcadores do citoesqueleto, como vimentina, β-catenina e fatores de transcrição como Snail, Slug e Twist1. Com este enfoque, realizamos um estudo retrospectivo, onde foram analisados um total de 109 pacientes do Hospital Ophir Loyola, no período de janeiro 2012 a novembro 2014. Foi investigado a expressão proteica do Twist1, Kai1 e E-caderina em tecidos de pênis com lesões benignas e malignas, buscando evidenciar o padrão de imunorreatividade das proteínas Twist1, Kai1 e E-caderina em câncer de pênis e tecidos não neoplásicos, assim como correlacionar o padrão de imunorreatividade destas proteínas quanto às características de progressão e invasão do câncer de pênis e demais características clínico-patológicas do tumor estudado. Em relação a E-caderina, 48,6% dos pacientes apresentavam expressão reduzida desta proteína , quando comparadas a tecidos não neoplásicos, porém não houve associação da expressão alterada da E-caderina com outros fatores clínicos ou patológico, já a expressão aumentada do Twist1 esteve associada com tumores mais avançados conforme a classificação TNM, no que se refere a proteína Kai1, não se pôde encontrar associação entre a expressão defeituosa desta com fatores histopatológicos. Houve significância estatística quando da expressão defeituosa de forma simultânea de E-caderina e Twist1, neste contexto, obtivemos um resultado inconclusivo sobre a associação entre E-caderina e Kai1, e não houve significância estatística em relação a analise entre as proteínas Twist1 e Kai1.