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Banca de DEFESA: CLARA MARIA MESQUITA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLARA MARIA MESQUITA SILVA
DATA: 30/03/2020
HORA: 16:00
LOCAL: Via Skype
TÍTULO:

A DESCRIÇÃO COMO RECURSO TEXTUAL-DISCURSIVO NA PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS: PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Sequências tipológicas. Descrição. Produção Textual. Ensino.


PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Este trabalho tem como tema a descrição como recurso textual-discursivo na produção escrita de alunos. Merece atenção neste estudo o fato de que a descrição, como recurso de composição textual, contribui para a coerência e serve à argumentatividade. Os alunos, de maneira geral, têm dificuldades de operar/escrever sequências descritivas com valor argumentativo/expressivo. E a descrição constitui uma demanda sociodiscursiva diária. Considerando esses pontos, esta pesquisa perguntou: que conhecimento os alunos dispõem quanto ao uso de sequências descritivas? Objetivou projetar e executar uma proposta didática - parcialmente baseada em Lopes-Rossi (2011; 2006) - composta por atividades que analisassem a descrição como recurso textual/discursivo, visando ao desenvolvimento/aprimoramento da competência descritiva dos alunos. Metodologicamente, este trabalho norteou-se pelos processos da pesquisa-ação. Fez-se uma análise descritiva/exploratória de como os livros didáticos, de três coletâneas de Língua Portuguesa, destinadas aos anos finais do Ensino Fundamental, abordam didaticamente a tipologia descrição. Analisou-se, diagnosticamente, se os alunos da pesquisa inserem sequências descritivas em seus textos/contos. Se inserem, como procedem? Depois, a proposta foi aplicada e os resultados analisados, observando-se os novos textos/contos escritos pelos alunos. Este trabalho ancora-se nas construções teóricas da Linguistica Textual, tocantes ao texto e ao fato de que a textualidade é resultado da articulação entre fatores linguísticos e não linguísticos; e à concepção interacional da linguagem ao tratar do processo de escrita - (KOCH 2017; 2016); Marcuschi (2010; 2012); Antunes (2010); e Bronckart (1999). E, sobretudo, orienta-se por exposições de Marquesi (1995; 2007; 2011; 2017) concernentes à formulação de uma teoria à superestrutura do descritivo e a especificidades linguístico-discursivas dessa sequência tipológica. No desenvolvimento da pesquisa, identificou-se que, em predominância, as atividades sugeridas por livros didáticos tratam a descrição de modo superficial, fora de contextos, ou como pretexto para a metalinguagem. Os resultados obtidos após a implementação da proposta didática mostraram relativa progressão das descrições construídas. Os alunos manifestaram avanço no processo de filtrar com coerência as características evidenciadas pelas descrições feitas. Teceram, portanto, recortes descritivos favoráveis à progressão temática/semântica de seus contos. Já esboçam
habilidades de construção de descrições mais criativas, mais complexas: que saem do plano das operações concretas ao plano das operações lógicas, por meio do uso de recursos estilísticos. Avalia-se, portanto, que empreender estratégias de ensino em que a tipologia descrição é estudada - considerando sua função discursiva, argumentativa e expressiva - pode contribuir para o aperfeiçoamento da capacidade dos alunos de criar imagens verbais coerentes com objetivos específicos (revelar o perfil de uma personagem, criar pistas enigmáticas, gerar suspense...).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AUSTRIA RODRIGUES BRITO
Presidente - 326290 - IACI DE NAZARE SILVA ABDON
Interno - 1646705 - THOMAS MASSAO FAIRCHILD
Notícia cadastrada em: 19/03/2020 11:35
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