Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • ANDRÉ DOUGLAS FARIAS SANTOS
  • RACISMO E HUMOR: a língua como um lugar de dores para muitos de nós

  • Orientador : MARCOS ANDRE DANTAS DA CUNHA
  • Data: 17/09/2024
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  • O trabalho em voga tem como objetivo propor análises de textos humorísticos que
    circulam socialmente e que trazem alguns estereótipos do chamado racismo
    recreativo (Moreira, 2020). Essas perspectivas de análises estão em
    comprometimento com as práticas docentes de uma educação antirracista,
    principalmente no âmbito discursivo, pois, como afirma Gregolin (2016), a partir de
    uma perspectiva foucaultiana (Foucault, 2010), a subjetividade não se refere à
    percepção do sujeito como categoria imóvel, mas como formas de agir, de atuar
    (nesse caso linguística e discursivamente), faces de subjetivação maleáveis e
    diversas. Ou seja, tendo em vista o fato de o dispositivo racial se atualizar para
    manter a estratificação racial, também os professores da educação básica podem e
    devem atualizar suas práticas discursivas de resistência para dar uma resposta a
    esse sistema colonial racial do Brasil em diversas matizes (Nascimento, 2019). A
    pesquisa encaminha-se metodologicamente pela pesquisa-ação, destacando-se o
    aspecto social/racial; também por possibilitar uma intervenção direta na realidade
    analisada, a partir de uma diagnose da recepção dos textos de humor pelos sujeitos-
    alunos do 9° ano do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual de Ensino. Os
    textos selecionados são basicamente de stand-up que circulam livremente pelas
    redes sociais e afins, meios a que os jovens da faixa-etária da etapa escolar
    supracitada têm livre acesso. Os produtores dos discursos textos orais semióticos
    reunidos são pessoas brancas héteros as quais explicitam um processo histórico
    que coloca esse perfil de sujeitos como raça social superior, o chamado Pacto da
    branquitude (Bento, 2022); dessa forma, os textos trazem discurso em distintos
    níveis do racismo recreativo, ratificando a sofisticação e a atualização dessa
    tecnologia de segregação no Brasil, atingindo crianças e adolescentes, daí
    ratificando a força do racismo em várias esferas sociais. Por fim, de maneira
    interventiva, a pesquisa também selecionou três discursos orais semióticos, de
    caráter antirracista produzidos por comediantes negros, para aplicação em sala de
    aula com os mesmos alunos da diagnose, possibilitando uma prática discursiva de
    resistência frente aos textos já apresentados para eles.

     

  • VANDEBERG PEREIRA ARAUJO
  • DEBATENDO RACISMO RELIGIOSO NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 27/06/2024
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  • Com base nos pressupostos metodológicos da pesquisa-ação THIOLLENT (1986) e ENGEL (2000), o presente trabalho visa desenvolver práticas interventivas para enfrentamento ao racismo religioso que se manifesta em ações e discursos de ódio reverberando em atos de violência física e verbal contra os praticantes do Tambor de Mina, religião oriunda de negros escravizados que vieram para o Maranhão, sendo alvo de perseguição ao longo de toda a sua história. Temos como objetivo geral contribuir para o combate ao racismo religioso na sociedade a partir da constatação de sua existência, sensibilizando para o respeito aos elementos característicos do Tambor de Mina por meio do uso do gênero oral debate. Para desenvolver as ações atinentes ao tema, optamos por explorar a oralidade, pois acreditamos ser imprescindível o desenvolvimento de ações que estimulem o aluno a falar com responsividade, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de argumentação tanto pela identificação dos tipos de argumentos e escolhas linguísticas adequadas ao contexto interacional quanto pelo conhecimento do tema debatido. As ações foram desenvolvidas com o intuito de ressignificar a nossa prática docente por meio de um processo reflexivo para o desenvolvimento de estratégias que contribuam para o desenvolvimento integral dos alunos. As ações realizadas tiveram como aporte teórico os estudos acerca do racismo em CARNEIRO (2023), NASCIMENTO (2019), BENTO (2022) e GONZALEZ (2022); nos estudos sobre o Tambor de Mina do Maranhão, temos como referência FERRETI (2009) e FERRETI (2000) no âmbito dos estudos sobre gêneros textuais em perspectiva interacionista, de modo geral, e o gênero debate em especial, recorremos a BAKHTIN (2021 [1940]); SCHNEUWLY E DOLZ (2004), KOCH (2022), FERRAREZZI (2018). O projeto culminou na elaboração de uma proposta pedagógica aplicada em uma turma do oitavo ano onde foi possível levar os alunos a entenderem o racismo religioso em relação ao Tambor de Mina como uma face do racismo na sociedade; além de compreenderem a importância da manifestação oral para o exercício da cidadania e da argumentação no processo de interação.

  • SIMONE CRISTINA DUARTE MEDEIROS
  • O PAPEL DO CIRCUITO MÍNIMO DE ATIVIDADES NO DESENVOLVIMENTO DA COMPREENSÃO LEITORA DE TEXTOS DO GÊNERO CONTO DE TERROR: uma experiência em uma turma do 8º ano da Escola de Aplicação da UFPA

  • Data: 30/05/2024
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  • A leitura é essencial não apenas para a vida escolar, mas também para toda vida cidadã fora dela. A vida do aluno como um todo passará pela sua capacidade de ler a palavra e de ler o mundo. A sua participação ativa na sociedade e o seu pleno exercício da cidadania dependerão do domínio da prática de leitura. Portanto, é imprescindível possibilitar aos alunos atividades que contribuam para o desenvolvimento da compreensão leitora deles. Levando isso em consideração, neste trabalho, busco responder a esta pergunta de pesquisa: De que forma o trabalho com leitura mediado pelo Circuito Mínimo de Atividades (CMA) possibilita o desenvolvimento da compreensão leitora de textos do gênero conto de terror, de alunos do 8º do Ensino Fundamental de uma Escola de Aplicação da UFPA?. Almejando responder a essa pergunta, temos como objetivo geral analisar a aplicabilidade e os efeitos do CMA na aprendizagem de leitura de contos de terror. Com base nessa questão, realizamos uma pesquisa caracterizada como pesquisa-ação, qualitativa-interpretativa e quantitativa e de natureza aplicada, situada no campo da didática das línguas. Tomamos como referencial teórico a concepção de gêneros textuais de Dolz e Schneuwly (2004), de Circuito Mínimo de Atividades (CMA) de Cordeiro e Liaudet (2021) e Cordeiro (2013), de leitura de Solé (1998) e Freire (2003), de compreensão leitora de Kleiman (2002, 2004) e Koch e Elias (2014), bem como de Gotlib (2006), sobre a teoria do conto. Realizamos um estudo comparativo entre as três turmas que participaram da investigação. Em uma delas implementamos, uma proposta de intervenção com base no CMA e realizamos e apreciamos quatro testes de leitura. Nas outras duas, os alunos participaram apenas da realização dos quatro testes, sem passarem pelo CMA. Os resultados dessa pesquisa apontam que a turma em que o CMA foi implementado obteve desempenho mais consistente nos testes de compreensão leitora, ao longo da pesquisa; sendo a única, entre as três, a apresentar avanços contínuos, o que pode comprovar indícios de aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades de leitura.

  • LIVIANE MOREIRA DE SOUSA
  • PROGRESSÃO TEXTUAL E TEXTUALIDADE: Proposta de Ensino de Escrita para o Fundamental II

  • Data: 20/05/2024
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  • Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as principais dificuldades de progressão textual nas produções escritas de alunos do 6º e 8º ano do Fundamental, a fim de propor atividades de ensino de escrita que possam desenvolver a competência escrita dos discentes. A pesquisa foi realizada em uma Escola Pública de Santo Antônio do Tauá, no Pará. Pautada nos estudos da Linguística Textual, analisamos os critérios linguísticos e textuais no que diz respeito à progressão textual, tais como continuidade, progressão, não contradição e articulação; fatores de textualidade como informatividade, intencionalidade e aceitabilidade; os articuladores textuais de conteúdo proposicional que marcam as relações espaço-temporais e os articuladores discursivo-argumentativos. A pesquisa ancora-se nos pressupostos teóricos que trazem contribuições de Koch (1997; 2002; 2007; 2009; 2015; 2016; 2022) sobre o percurso da Linguística Textual, no que diz respeito ao tratamento que esta atribui à produção dos textos e sobre progressão textual, Costa Val (2016) sobre os fatores de textualidade, Menegassi e Gasparoto (2016) sobre a reescrita e estratégias e correção textual-interativa, Serafim (2004) e Ruiz (2010), Bortoni-Ricardo (2004) sobre as contribuições da Sociolinguística Educacional e outros. Em termos metodológicos, esta pesquisa é uma pesquisa-ação, de abordagem quantiqualitativa e de natureza aplicada. O percurso metodológico da pesquisa-ação se deu mediante as seguintes etapas: a) observação diagnóstica da escrita de textos dos alunos do 6º e 8º ano do ensino fundamental; b) aplicação de atividade para produção de textos de três gêneros (como relatos pessoais, textos de opinião e história), sendo dois tipos textuais (narrativo e argumentativo) pelos alunos; c) identificação das dificuldades de escrita mais comuns nos textos produzidos pelos alunos (de acordo com os tipos e gêneros textuais), no que diz respeito à progressão textual, tais como articuladores textuais de conteúdo proposicional e articulador discursivo-argumentativo, progressão textual e fatores de textualidade; d) análise do texto narrativos e argumentativo a partir das dificuldades do uso ou não dos articuladores textuais de conteúdo proposicional e articulador discursivo-argumentativo, progressão textual e fatores de textualidade; e) consideração sobre a análise dos resultados da pesquisa; f) elaboração de uma proposta didático-pedagógica, que servirá como apoio para professores e alunos, para o enfrentamento das dificuldades de escrita dos alunos, especialmente no que diz respeito à progressão textual; e posterior g) aplicação da proposta didático-pedagógica à turma e h) elaboração do produto educacional. Na fase inicial da pesquisa, os resultados obtidos demonstraram que a maioria dos discentes apresentaram dificuldade acerca da progressão textual, evidenciando baixo grau de informatividade, continuidade e articulação. A partir dos resultados, elaboramos e implementamos a proposta de intervenção organizada em cinco etapas, com atividades de leitura, escrita e análise linguística. Os resultados das atividades interventivas demonstraram que, na escrita dos textos, os alunos desenvolveram a progressão textual regular. Por fim, elaboramos o produto educacional em formato de um e-book com a sequência de atividade sobre a prática de linguagem escrita que servirá de apoio para os professores de Língua Portuguesa.

  • AUREA MARIA NEVES
  • ROMANCE EM CORDEL: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 10/04/2024
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  • A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver a leitura literária, utilizando os romances em cordel como ferramenta para desenvolvimento da língua oral, previstas no ensino fundamental e valorizar a interdisciplinaridade com a arte de criar a xilogravura a partir da construção da leitura e oralidade dos discentes. É de conhecimento dos profissionais de educação que a leitura literária e a língua oral, em particular, são muitas vezes negligenciadas ou pouco presentes no cotidiano escolar. Reconhecendo a escola como um ambiente propício para o desenvolvimento das reflexões sobre as relações sociais, políticas e históricas, bem como para o aprimoramento das habilidades de leitura e oralidade, propõe-se desenvolver quatro oficinas, três com o foco em promover a leitura literária e a oralidade elementos indissociáveis para uma aprendizagem significativa e uma de xilogravura. À luz dos pressupostos teóricos dos autores, de Zilberman, (1991), Zappone, (2008), Marinho; Pinheiro, (2012), Abreu, (1999), Haurélio, (2010), Candido, (1972), Kleiman (2022), Pinheiro (2018), Bajour (2012), Colomber (2007), Cascudo (2006), Curran (2009) e outros, sistematizou-se uma proposta teórico-metodológica, utilizando os romances em cordel “O Conde de Monte Cristo” e a “História da Donzela Teodora”. A pesquisa foi desenvolvida no ambiente escolar, direcionada ao 9º ano do ensino fundamental, com finalidade de formar leitor crítico e reflexivo

  • NUBIA DOS SANTOS MONTEIRO
  • NARRATIVAS ORAIS: UMA ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DE RETEXTUALIZAÇÃO E REESCRITA EM TEXTOS ESCOLARES

  • Data: 01/04/2024
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  • A presente pesquisa analisou, em narrativas orais passadas para a escrita, os movimentos de retextualização e reescrita em textos escolares de alunos do sexto/sétimo ano do ensino fundamental, a partir da concepção teórica de escrita como trabalho, respaldada nos estudos de Geraldi (2012 [1984], 1997 e 2015), Riolfi (2011), Fiad (2009) e Fairchild (2013), e dos procedimentos da retextualização, na perspectiva de Marcuschi (2010). O contexto do trabalho foi a produção de textos de narrativas orais pelos alunos, os quais foram compartilhados com a comunidade escolar. Objetivou-se, de maneira geral, analisar por meio desses textos os movimentos a que eles foram submetidos por meio da retextualização e reescrita. Traçou-se como objetivos específicos apresentar aos discentes a proposta da escrita como trabalho, , para que eles passassem a reconhecer que um texto não é um produto acabado, mas precisa ser construído por meio de processos sucessivos de retomada e reelaboração; analisar as modificações realizadas no texto por meio das reescritas, seus efeitos e o que dizem da percepção do aluno em relação aos efeitos da sua própria palavra; bem como promover a circulação e a valorização das narrativas coletadas, retextualizadas, escritas e reescritas pelos discentes por meio de coletâneas. A investigação se configura como uma pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e natureza aplicada; apoiada nos estudos de Thiollent (1986) e Chisté (2016). O trabalho com narrativas, por sua vez, inspira-se na proposta de Geraldi (2012), ao defender que o ensino de Língua Portuguesa seja pautado em uma concepção da linguagem como forma de interação entre os sujeitos, fazendo-se necessário, portanto, voltar o ensino para a realidade do educando. O local de realização da pesquisa foi uma escola da rede municipal de ensino, no município de Afuá, no estado do Pará.  Do ponto de vista metodológico, para a diagnose, os alunos realizaram uma entrevista para conhecer a origem familiar e de sua comunidade e, em seguida, houve a produção de narrativas pessoais pelos alunos. O segundo momento de pesquisa se concentrou em duas coletas de narrativas (reais ou ficcionais), uma no primeiro e outra no segundo semestre de 2023, que circulam nas comunidades que os discentes pertencem, bem como a escrita e reescrita de textos. Por meio das análises, observou-se que os discentes iniciaram o trabalho com a escrita ao realizarem na retextualização operações como: 1ª, 2ª, 5ª, 6ª e 7ª a maioria com regras de transformação do texto, e na reescrita nota-se um extensivo trabalho de acréscimos de informações, supressões e substituições; movimentos que reverberaram na melhoria do projeto de dizer do educando. Outro resultado importante consistiu na produção de textos. Foram 317 no decorrer da pesquisa. A socialização do livreto “Contando histórias, colecionando memorias...” para a comunidade escolar suscitou no aluno a importância da escrita direciona a um leitor, bem como as correções ortográfica realizadas. Nesse sentido, ressalta-se os avanços significativos na aprendizagem dos discentes e o caracterizamos como o início de um trabalho realizado na escrita daqueles sujeitos. Portanto, busca-se por meio dessa dissertação propor uma produção de textos na escola de maneira reflexiva, recursiva e constante.

  • JEOCELE MARILIA VAZ DA SILVA CARDOSO
  • GAMIFICAÇÃO E O GÊNERO CRÔNICA: PRÁTICAS DECOLONIAIS A PARTIR DA TRÍADE ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA

  • Data: 25/03/2024
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  • A sociedade está enredada em um fluxo de informações, descobertas e em passos mínimos, a escola acompanha um mundo onde as habilidades associadas à inovação e ao uso de tecnologias são frequentes. Dessa forma, o desafio em despertar o interesse dos discentes em sala de aula tem sido uma constância e o professor busca ressignificar sua prática para a promoção de um processo de ensino e aprendizagem que oportunize o protagonismo, a autonomia, a criatividade, o engajamento, a ludicidade e a criticidade. Desse modo, o presente trabalho visa averiguar como a inserção das tecnologias digitais, bem como as mecânicas de jogos podem contribuir para a aprendizagem dos alunos nas práticas de oralidade, leitura e escrita, oportunizando o protagonismo e a criatividade no uso da linguagem em suas práticas sociais. Nessa perspectiva, as atividades gamificadas objetivam desenvolver as habilidades dos sujeitos envolvidos, pois estão imbricadas nesse processo a mobilização das ações colaborativas, a criatividade, o engajamento e a resolução de problemas. Assim, considerando as práticas cotidianas do ensino da língua nos espaços escolares, buscamos estratégias que abarquem o uso das tecnologias imersivas com os gêneros discursivos, entendendo as relações teóricopráticas, bem como suas funções sociais e comunicativas em convergência com os conceitos dialógicos e decoloniais. Para tanto, é necessário compreender o arcabouço teórico que orienta as práticas de ensino de línguas, sobretudo no que se refere às concepções de Mikhail Bakhtin, considerando a organização de nosso discurso por meio dos gêneros discursivos. Os estudos concernentes ao Círculo de Bakhtin postulam que, no momento da interação, oral ou escrita, os sujeitos recorrem a determinados gêneros e essas escolhas estão intrinsecamente associadas às necessidades dos falantes/escritores. Isso significa que os gêneros discursivos são determinados pela esfera discursiva e estão presentes em toda atividade comunicativa humana. Desta feita, o gênero crônica constitui a base para o desenvolvimento das atividades propostas no referido trabalho, tendo em conta a dimensão social, a partir das categorias de análise: conteúdo temático, estilo e construção composicional, com o intuito de mobilizar saberes para além da sala de aula em convergência com temáticas do cotidiano dos alunos. A análise dos dados, a partir das condições de produção, buscou compreender as categorias supracitadas para identificar dificuldades e potencialidades na escrita do texto, bem como a aplicação das atividades de intervenção pedagógica mobilizando as práticas de oralidade, leitura e escrita em consonância com as mecânicas de jogos, considerando o contexto de vivência, apresentam as seguintes situações: a) No que tange aos aspectos relacionados aos elementos constitutivos do enunciado, do quantitativo de vinte e três alunos participantes, dois seguiram a temática descrita no comando de produção, enquanto os demais abordaram dimensões semânticas e discursivas para além do solicitado; b) No que diz respeito ao contexto da construção composicional, dezesseis estudantes desenvolveram os textos em conformidade ao arranjo textual; c) No que se refere ao estilo, todos os discentes contemplaram o elemento supracitado. Na aplicação da proposta de intervenção, ao considerar os objetivos da pesquisa, verificamos que as atividades gamificadas colaboram para o desenvolvimento dos alunos do 9º ano nas práticas de oralidade, leitura e escrita, além de promover engajamento, motivação e colaboração entre eles. No que concerne aos aspectos decoloniais, observamos que temáticas relacionadas ao contexto social dos discentes contribuem para que assumam posturas, atitudes e posicionamentos reflexivos e críticos frente às problemáticas da comunidade a qual estão inseridos.

  • ANA PAULA OLIVEIRA DA SILVA
  • LEITURA EM PERSPECTIVA DIALÓGICA: A PRODUÇÃO DE SENTIDOS E AS APRECIAÇÕES VALORATIVAS A PARTIR DO TRABALHO COM O GÊNERO DISCURSIVO CONTO

  • Data: 15/03/2024
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  • À luz da Linguística Aplicada, a presente pesquisa consiste em um estudo teóricoprático de leitura em perspectiva dialógica, no trabalho com o gênero discursivo conto em uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental. Tem como objetivo geral compreender a produção de sentidos e as apreciações valorativas dos alunos do 6º ano, a partir do trabalho com a leitura dialógica de contos. Vinculada ao Projeto de Pesquisa “O dialogismo e as práticas de linguagem no processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa”, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a investigação fundamenta-se nos pressupostos teóricos do Dialogismo do Círculo de Bakhtin (Volóchinov, 2017 [1929]; 2019 [1926]; Bakhtin, 2016 [1979]), em sua abordagem sociológica e valorativa da linguagem e nos estudos de pesquisadores que seguem essa vertente, como Sobral (2009), Ohuschi e Menegassi (2021), Gomes, Ohuschi e Menegassi (2022), Menegassi, Fuza e Angelo (2022), entre outros. Ao buscar responder de que forma os alunos do 6º ano constroem sentidos e apreciações valorativas a partir da leitura dialógica de contos em sala de aula, a investigação parte da hipótese de que esses discentes evidenciam produção de sentidos e apreciações valorativas, nas respostas às perguntas de leitura em perspectiva dialógica, por meio de uma proposta didático-pedagógica com o gênero discursivo conto, a manifestarem marcas de projeto de dizer e posicionamentos axiológicos. A pesquisa caracteriza-se como qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico, de natureza aplicada e como pesquisa-ação. Para responder ao questionamento inicial deste trabalho, elaboramos e implementamos uma atividade diagnóstica de leitura em perspectiva dialógica, com questões discursivas e de múltipla escolha. Em seguida, analisamos os dados gerados nessa fase diagnóstica para, então, elaborarmos a proposta de intervenção, a considerar os resultados da fase diagnóstica. A análise diagnóstica apontou alguns indícios de posicionamentos valorados e marcas de projeto de dizer, o que nos deu subsídios para a elaboração da proposta didático-pedagógica sobre leitura em perspectiva dialógica. Após essa etapa, implementamos a proposta em sala de aula e analisamos os dados a partir dos princípios orientadores de análise suscitados por meio de um levantamento e de uma observação das respostas dos discentes. Os resultados demonstraram que os sujeitos-leitores, por meio de um trabalho didático e de mediação, conseguiram evidenciar posicionamentos axiológicos no enunciado; perceberam que a utilização dos recursos da língua nos discursos orais e escritos são carregados de intenções valorativas; conseguiram produzir sentidos no momento de leitura e de discussão sobre o tema, a manifestar um projeto enunciativo igualmente valorado. Essas análises e resultados geraram um Produto Educacional que se consolidará como um material de apoio e incentivo ao professor para o trabalho dialógico com a linguagem.

  • ROMARIO RUI NATIVIDADE DA NATIVIDADE
  • PRÁTICAS DE LINGUAGEM EM UMA PERSPECTIVA VALORATIVA: O GÊNERO PARÓDIA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 06/02/2024
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  • Compreendemos a paródia musical como gênero do discurso por se tratar de um enunciado concreto que se organiza na esfera social e cotidiana, a apresentar conteúdo temático, estrutura composicional e estilo, a conformar valorações discursivas. Assim, à luz da Linguística Aplicada, esta pesquisa consiste em um estudo teórico-prático da composição dialogizada e valorada do discurso na produção escrita e oral de paródias por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Tem como objetivo geral refletir sobre a mobilização de vozes sociais valorativas na produção de paródias por alunos do 9º ano, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da consciência socioideológica discente. A investigação, vinculada ao Projeto de Pesquisa O dialogismo e as práticas de linguagem no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), fundamenta-se na concepção dialógica de linguagem e língua, a partir de sua abordagem sociológica e valorativa, pressupostos teóricos discutidos nos estudos do Círculo de Bakhtin (Bakhtin, 2011 [1979]; Volóchinov, 2017 [1929]; Volóchinov, 2019 [1926], dentre outros). Assim, partimos do seguinte questionamento: De que forma se dá o arranjo valorativo das vozes sociais nas paródias produzidas por esses alunos? A pesquisa caracteriza-se como qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico e se configura em uma pesquisa-ação, organizada a partir dos seguintes passos metodológicos: a) elaboração e implementação de uma atividade diagnóstica com a turma; b) análise dos dados gerados na fase diagnóstica; c) elaboração de uma proposta de intervenção para o trabalho com o gênero paródia, considerando os eixos leitura, oralidade e escrita, a partir dos resultados da análise diagnóstica; d) implementação da proposta de intervenção na turma, seleção e análise os dados gerados; e) elaboração de um Produto Educacional. Na análise diagnóstica, os resultados demonstraram que a maioria dos discentes têm conhecimento acerca do gênero paródia, bem como evidenciaram indícios de produção valorada e de consciência socioideológica nos enunciados produzidos. A partir desses resultados, elaboramos e implementamos a proposta de intervenção, organizada em: a) atividades de leitura (já-ditos, leitura do enunciado concreto, dimensão social, dimensão verbal); b) atividades de produção textual escrita (características do gênero paródia, produção textual escrita, revisão e reescrita); c) gravação e regravação das paródias: a oralidade em foco (leitura entonativa, gravação, escuta e regravação). Implementada a proposta, analisamos os dados gerados a considerar quatro princípios orientadores suscitados pelos 23 enunciados produzidos: a) vozes sociais antirracistas; b) valoração de combate ao racismo; c) responsividade social; d) marcas de dizer próprio. Os resultados da análise demonstram que 13 estudantes mobilizam vozes sociais antirracistas, 14 apresentam valoração de combate ao racismo, 20 evidenciam responsividade social, dez constituem dizer próprio, a demonstrar, dessa forma, consciência socioideológica. Por último, produzimos um produto educacional, em formato de protótipo didático, a ser disponibilizado na plataforma educapes.capes.gov.br, como material de apoio para docentes de Língua Portuguesa.

2023
Descrição
  • ROSELI FERREIRA DA COSTA GONCALVES
  • DA TRADIÇÃO ORAL AO TEXTO ESCRITO : TRABALHO COM A ESCRITA EM SALA DE AULA

  • Data: 28/09/2023
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  • Neste trabalho, discutimos uma experiência de apropriação da escrita nas aulas de Língua Portuguesa por alunos de uma turma de 5.º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Rotary, situada na cidade de Belém, no bairro da Condor. A pesquisa teve como ponto de partida múltiplas atividades de escrita e reescrita de textos baseadas no estudo de lendas. Nosso objetivo geral consistiu em descrever marcas de um sujeito que trabalha com e sobre a linguagem ao apropriar-se de “lendas” por meio da escrita. Para a consecução deste, propusemos como objetivos específicos: a) estabelecer uma avaliação diagnóstica ampla das habilidades de escrita dos alunos nos momentos iniciais; b)identificar marcas que indiciem o trabalho do sujeito para apropriar-se deconhecimentos linguísticos, em diferentes níveis, dentro de atividades escolares de ensino de escrita; c)identificar marcas de uma apropriação “criativa” das lendas pelos alunos, por meio de suas produções escritas; d) discutir as possibilidades de desenvolvimento de um ensino de língua centrado no trabalho do sujeito com e sobre a linguagem no contexto das atuais práticas de ensino e de pesquisa sobre o ensino. O enfoque teórico pautou-se em autores adotam a perspectiva interacionista, entre eles: Volóchinov([1979] 2018) e o círculo de Bakhtin, Geraldi(2011, 2013,2015 e 2019), Franchi (1995), Gancho(2006). A metodologia de nosso trabalho, consistiu em uma Pesquisa-ação por apresentar seus princípios fundamentais, segundo Thiollent e Colette (2014) — contrato, participação, mudanças, discurso e ação. Tivemos como enfoque uma pesquisa descritivo-qualitativa de caráter diagnóstico, pela qual realizamos um trabalho de observação, investigação e reflexão do produto de nossa própria prática docente. Em sala de aula realizamos múltiplas atividades pautadas nos eixos da escrita e da reescrita textual, seguindo a concepção de Geraldi (2011) de escrita como trabalho. Mostramos com a nossa experiência que o processo de apropriação da escrita de texto pelo aluno se dá por meio da interação, prática e reflexão. A escrita do sujeito constituise de vozes, as quais ecoam nas escolhas de palavras, expressões e forma de pensar o mundo, evidenciando a constituição de processos de escrita que consintam aos alunos constituírem-se como autores.

  • ZILMARA SOARES DE BRITO
  • UM INQUÉRITO NA RUA MORGUE: o conto policial na sala de aula

  • Data: 30/06/2023
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  • O presente trabalho propõe a leitura do conto policial “Assassinatos na rua morgue”, de Edgar Allan Poe, para uma turma de 7° ano do ensino fundamental em uma escola estadual da rede pública do município de Primavera, PA. Para a presente pesquisa, o texto literário é reconhecido como uma prática escolar e social que precisa ser experimentada para ser significativa. Com o intuito de mobilizar a atenção dos estudantes para elementos significativos da narrativa de Poe, para detalhes que emergem como pistas para a solução do crime, propomos a elaboração de um inquérito policial em conjunto com a leitura literária, na tentativa de qualificar a leitura, tornando-a mais atenta e conectada à vida. Para tanto, nos pautamos em discussões teóricas sobre leitura literária, ensino de literatura, professor de literatura, romance policial, inquérito policial, por meio de autores tais como Antonio Candido (2002, 2006, 2011), Humberto Eco (2011), Marisa Lajolo (1993), Lajolo e Zilberman (2019), Zilberman (1991, 2008), Todorov (2006, 2009), Ceia (2002) entre outros. A partir do repertório teórico, de nossa formação no PROFLETRAS e de nossa experiência docente, elaboramos apresentamos a proposta de atividade, a ser aplicada nos meses de março e abril de 2023; em seguida, a experiência será relatada e avaliada na versão final da dissertação.

  • LUCINETE RODRIGUES TAVARES ALMEIDA
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    PRÁTICAS DE LEITURA ORALIZADA NO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: Uma proposta de intervenção com narrativas infanto-juvenis.

  • Data: 14/06/2023
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  • A leitura é uma prática indispensável para a formação integral de cidadãos críticos e atuantes na transformação da sociedade. Nesse sentido, fazendo parte como mediadora desse processo e observando as inúmeras dificuldades que os alunos enfrentam para ler com fluência e compreender o sentido do texto, objetivamos nessa pesquisa demonstrar o efeito da compreensão oral de textos lidos no desenvolvimento da fluência em leitura oral. Como objetivos específicos, buscamos: verificar se o trabalho com o Sistema Narrativo-personagem (SNP) favorece a compreensão do texto lido; perceber em quais atividades os alunos demonstram mais compreensão do texto lido; e reconhecer se os alunos demonstram mais fluência em leitura oral após a implementação do SNP. Para realizar o estudo apresentado, partimos da perspectiva dialógica e sociointeracionista da linguagem, pois compreendemos a língua como atividade social e histórico-cultural (BAKHTIN, 2003). Além disso, tomamos como referencial teórico a concepção de gêneros textuais de Dolz e Schneuwly (2004), de Circuito Mínimo de Atividade (CMA) de Cordeiro e Liaudet (2021), de fluência em leitura oral de Martins e Capellini (2014), Puliezi e Maluf (2014), bem como de leitura de Koch (2008), Kleiman (1992) e Martins (2006). Como metodologia, recorremos à pesquisa-ação, já que utilizamos como campo de estudo a nossa sala de aula, na qual a professora/ pesquisadora e os alunos são os participantes do processo de investigação científica. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que os alunos tiveram avanços significativos no desenvolvimento dos componentes da fluência leitora (velocidade, precisão e prosódia). No entanto, o desempenho relacionado à compreensão oral foi pouco expressivo, devido às inúmeras carências apresentadas por eles, como: pouco apropriação de vocabulários, ineficiência na realização de inferências e ainda a pouca apropriação da estrutura linguística dos textos, entre outros. Embora não tenha havido melhoria na leitura de todos os participantes, verificamos que a intervenção com o dispositivo CMA teve um impacto positivo no desenvolvimento da compreensão leitora oral de alguns alunos. Através das atividades que envolveram interações entre aluno-professor e aluno-aluno, observamos melhorias na habilidade de construir inferências e reconstruir o significado não literal do texto, o que também aprimorou a compreensão do texto escrito.

  • ORLENIL DE OLIVEIRA CASTRO
  • HIPO E HIPERSEGMENTAÇÃO EM TEXTOS DE ALUNOS DO 5° e do 9° ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Orientador : DERMEVAL DA HORA OLIVEIRA
  • Data: 02/05/2023
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  • O presente trabalho apresenta um estudo sobre o fenômeno da segmentação não-convencional do tipo hipossegmentação e hipersegmentação na escrita de alunos do 5o ( de uma escola da rede pública municipal da área rural) e do 9o anos (alunos de uma escola da rede estadual de ensino, da área urbana) do Ensino
    Fundamental I e II, ambas localizadas no município de Irituia, nordeste paraense. Os textos foram coletados em ambiente de sala e serviram de base para a análise e descrição das segmentações não-convencionais acima descritas, a fim de entender e explicar as razões pelas quais os escreventes desse nível de ensino optarem por
    fazer uso de determinada forma e não de outra – convencionalmente definida – no ato de sua produção textual. Ao final, apresenta-se uma proposta pedagógica que busca mitigar os problemas de segmentação não-convencional encontrados, assim como contribuir como fonte de consulta e pesquisa para professores de língua
    portuguesa, sobretudo, do Ensino Fundamental e auxiliá-los em sua prática pedagógica. Dentre os autores que consubstanciaram esta pesquisa, destacam-se as propostas de Geraldi (2002) sobre a leitura, a produção e a análise linguística; Menegassi (2004) sobre a produção de textos em sala de aula; Kleiman (2005)
    sobre a alfabetização e letramento; Bisol (2000), Cunha (2004) e Tenani (2011) sobre segmentações não-convencionais. Os resultados obtidos por este estudo mostram uma predominância da Hipossegmentação sobre a hipersegmentação. Em decorrência disso, foram criadas atividades em conformidade com a realidade
    educacional das escolas pesquisadas, ou seja, de acordo com as dificuldades apresentadas pelos alunos e os níveis das turmas que serviram de base para o estudo, a fim de se mitigar o problema da segmentação não-convencional nessas escolas.

  • RENAN DO SOCORRO DOS SANTOS BORGES
  • Dicionários onomasiológicos na sala de aula.

  • Data: 28/04/2023
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  • O presente trabalho investiga a potencialidade dos dicionários onomasiológicos – dicionários analógicos e dicionários de sinônimos – no ensino de língua materna em turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. Tem como pressuposto para o ensino a ideia de que os dicionários onomasiológicos são destinados à produção linguística (BALDINGER, 1966) e são uma classe que, apesar desta característica, não estão no escopo da escola básica nem nos programas de distribuição de materiais didáticos, como o PNLD-Dicionários. Isso porque os dicionários escolares, semasiológicos por natureza, cumprem tanto a função de recepção quanto a de produção (BUGUEÑO-MIRANDA; FARIAS, 2008, 2011). Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar um contexto escolar quanto ao uso de dicionários semasiológicos e do potencial de dicionários onomasiológicos com o fito de produzir uma proposta de intervenção didática. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa de abordagem quantitativa-qualitativa, com fins exploratórios e investigação de campo com levantamento de dados a partir da aplicação de questionários a docentes e discentes para a compreensão do contexto escolar e dos atores envolvidos no processo. Como resultado principal, produzimos uma proposição didática que leva em consideração os dados coletados com alunos e professores da EEEFM Cônego Batista Campos (Barcarena/Pará), segundo os quais o uso de dicionários na sala de aula é incipiente, tanto os dicionários escolares quanto os dicionários especiais. A fim de contribuir para a abordagem dos aspectos lexicais na aula de língua materna e instrumentalizar alunos e professores para o uso de dicionários é que se propõe o trabalho com dicionários analógicos e de sinônimos aliados à produção textual do tema Trabalho infantil na Amazônia, prevendo exercícios de leitura, produção e reescrita de textos poéticos.

2022
Descrição
  • ELINA DA COSTA FERREIRA
  • O MICROFONE E O POEMA: LEITURA DE CANÇÃO E ESCUTA DE POESIA NO 9o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

  • Data: 31/10/2022
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  • Este trabalho busca investigar e refletir sobre as práticas de leitura do texto poético no Ensino Fundamental, no que diz respeito ao ensino da poesia e a relação que esta apresenta com o gênero canção, por meio de uma proposta de intervenção pedagógica especificamente no 9o ano, em uma escola pública municipal de Ananindeua-Pa. A organização deste trabalho divide-se em dois momentos. No primeiro, discute-se o referencial teórico envolvendo as concepções de leitura de literatura, o papel da literatura na formação humana e a prática pedagógica. Utilizamos, nesta primeira etapa, os teóricos Antonio Candido (2004), Tzyetan Todorov (2009), Terry Eagleton (2003), Tereza Colomer (2007), Luzia De Maria (2016). Para o estudo da poesia e a relação com o espaço escolar lançou-se mão de Helder Pinheiro (2018), Lígia Cademartori (2012), Rildo Cosson (2009), Regina Zilberman (2008-2012). Sobre a cancão na escola Moura (2009), Tatit (1998). Sobre o movimento Hip Hop utilizamos os trabalhos de Allyson Garcia (2007), Angelini (2020). Para falar de poema, canção e seus elementos Otavio Paz(1990), Antonio Candido(1993) e Said Ali (1999). No segundo momento, apresentaremos a proposta didática como possibilidade para o trabalho com leitura de poesia no 9o ano do Ensino fundamental. De forma geral, buscam-se percepções sobre questões do ensino do poema e a associação com o gênero canção, especificamente com o gênero popular RAP, e as práticas docentes no Ensino Fundamental. A proposta contará com os seguintes textos poéticos: Ismália (Alphonsus de Guimarães), Fundação casa (Sérgio Vaz) e Quebranto (Cuti) e a canção Ismália (Emicida). O interesse em investigar o referido assunto justifica-se pela tentativa de contribuir com os debates a respeito do uso de textos literários, especificamente da canção popular como objeto autônomo de apreciação poética, no ensino de literatura e na
    promoção do letramento literário.

  • LUIS FERNANDO RIBEIRO ALMEIDA
  • O DIÁRIO DE LEITURA COMO INSTRUMENTO PARA A EXPERIÊNCIA COM O TEXTO LITERÁRIO: uma incursão pelo conto fantástico “Demônios”, de Aluísio Azevedo

  • Data: 30/09/2022
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  • Este trabalho discute as contribuições do uso do diário de leitura para a experiência com o texto literário, precisamente em turmas do 9º ano do Ensino Fundamental. Partindo de uma pesquisa bibliográfica, à luz dos estudos sobre as características do texto literário, procedimentos de leitura, relação autor-texto-leitor, entre outras pesquisas do campo do ensino-aprendizagem, foi possível observar que, em contexto escolar, o tratamento dado ao texto literário deve proporcionar, do ponto de vista prático, uma imersão nas tênues tessituras da malha do texto, caminhando pelas estradas dos não ditos, das ausências, dos eufemismos, enfim, que o leitor seja capaz de ver aquilo que, pela linguagem literária, está para além das ações cotidianas. Como aporte teórico para justificar a relevância da experiência do leitor em face da instância literária, adotou-se os pressupostos da Estética da Recepção, a partir dos estudos de Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. Para os autores, o texto fornece pistas ao leitor, sugere, dá margens para interpretações diversas, mediante o processo de percepção. Partindo desse pressuposto e buscando responde ao questionamento: Qual estratégia de ensino facilitaria a leitura literária em contexto escolar?, optou-se pelo uso do diário de leitura, baseado nos estudos de Machado (1998) e Cosson (2021). Para os autores citados, o diário é uma forma de interação verbal, onde o aluno registra/expõe suas impressões a respeito do texto lido. Como exemplificação do uso do diário de leitura, elaborou-se, como efeito decorrente das proposições levantadas acerca da importância da leitura literária, uma sequência didática tendo como texto motivador o conto fantástico Demônios, do maranhense Aluísio Azevedo (1857-1913). Como aspecto tributário da temática abordada e pela construção detalhada da sequência didática para o trabalho com a leitura, foi possível constatar que o diário de leitura é uma forma peculiar de registro das impressões do leitor mediante o contato com o texto objeto de sua intervenção leitora, ou seja, pelo registro é possível criar, recriar e intervir no encaminhamento da narrativa ficcional, por exemplo; e que ele, do ponto de vista da funcionalidade é prático para o trabalho em sala de aula, uma vez que flexibiliza o trabalho docente, ao passo que o aluno (leitor) pode organizar sua própria rotina de leitura. Entre os autores utilizados para este trabalho, destacamos Pound (2013), Coelho (2000), Compagnon (2010), Todorov (2009), Terra (2014), Cosson
    (2014), Silva (2013), Colomer (2007), Aguiar (2017), Rezende (2013), Zilberman (1991), Dalvi (2013), Machado (2018), Pimentel (2011), Tinoco (2013), Moisés (2004), entre outras fontes, que pensaram as caraterísticas da linguagem literária e seu aspecto dialógico dentro da tríade autor-texto-leitor; bem como reflexões sobre as metodologias para o desenvolvimento da competência leitora entre alunos da Educação Básica.

  • ADRIANA TEIXEIRA DO CARMO
  • VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO DE LÍNGUA: dificuldades de uso da norma culta na fala e na escrita.

  • Data: 02/08/2022
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  • Este trabalho investigou as dificuldades de uso da norma culta, na fala e na escrita, por alunos de 8o e 9o anos oriundos de uma escola municipal da cidade de Ananindeua-PA, tendo como principal objeto de análise além, das questões gramaticais (concordância, estruturação sintática, prosódia) e gráficas (ortografia, pontuação, estruturação gráfica do texto no papel), questões pragmático-discursivas que dizem respeito propriamente ao uso efetivo da norma culta (tais como adequação vocabular, registro, contexto, polidez, adequação ao gênero textual e ao tipo textual) de modo a contribuir com o aprimoramento da competência linguística e comunicativa
    dos estudantes do Ensino Fundamental. A escolha dessa temática se deveu ao fato de o problema de domínio da norma culta acarretar sérias dificuldades de aprendizagem para os alunos, haja vista que a falta de habilidade na produção oral e escrita nessa norma cria uma espécie de interdição discursiva, que provoca insegurança nas interações, dificulta a aprendizagem e compromete o desenvolvimento da autonomia intelectual desses alunos. Para a efetivação deste trabalho foram monitorados estudantes dos últimos anos do ensino fundamental II de
    uma escola municipal situada na área urbana de Ananindeua-PA, entre 2018 e 2019, período no qual foram coletados textos escritos (dos gêneros conto, comentário e relato pessoal) e orais (nos gêneros relato pessoal e debate). À luz da metodologia da sociolinguística educacional (cf. BORTONI-RICARDO, 2004, 2005, 2008, 2021;
    BAGNO 2003, 2010, 2012, 2017,2019), foram analisadas as variáveis sociais (i) ano escolar, (ii) sexo e (iii) grau de escolaridade dos pais, e as variáveis linguísticas (i) gênero textual (ii) modalidade (oral e escrita) e (iii) o contexto. Os dados indicam que: (i) os alunos dos referidos anos apresentaram dificuldades no uso da concordância em texto de maior monitoração estilística na modalidade escrita (comentário); (ii) quanto à oralidade, os estudantes demonstraram fazer uso da variedade de concordância marcada por traços graduais. Variedade esta presente na expressão da maioria dos falantes de português brasileiro e que, por essa razão não sofrem estigmatização (BAGNO, 2007). No entanto, os traços descontínuos, logo que percebidos, sofrem preconceito, conforme presenciamos no andamento da pesquisa; (iii) os alunos apresentam dificuldades na segmentação de parágrafos e organização de períodos; (iv) foi observado que os conectores/sequenciadores empregados pelos alunos ajudaram na constituição dos gêneros o que indica que os estudantes têm uma memória relacionada às práticas sociais de linguagem, mas que há necessidade de trabalho mais insistente com relação à escrita;(v) a insegurança linguística levou os estudantes a incorrerem na inadequação vocabular na escrita e na inadequação ao contexto e ao interlocutor nas manifestações orais. Ao final da pesquisa, de posse dos diagnósticos obtidos e aproveitando as experiências de outros trabalhos, como os de Lima e Nascimento (2017 e 2018) e Bortoni-Ricardo (2004), elaboramos um caderno de atividades, destinado aos alunos do fundamental, como uma proposta para o enfrentamento da dificuldade de domínio da norma culta (na fala e na escrita).

  • RAFAEL DOS SANTOS LOPES
  • JOGOS DE RPG NA MEDIAÇÃO EDUCACIONAL: UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE A IDENTIDADE CULTURAL EM UMA ESCOLA RIBEIRINHA MARAJOARA NO RIO CANATICU, EM CURRALINHO – PA

  • Data: 19/04/2022
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  • Os estudos realizados para produzir esta dissertação lançou sobre os jogos de interpretação de papéis, os famosos RPGs (sigla inglesa para Role-Playing Game), uma pesquisa sob a ótica da teoria da Análise do Discurso. Estes jogos possuem um potencial significativo para serem utilizados como tecnologia de ensino. Isso por conta das possibilidades que o RPG proporciona em tantas áreas de conhecimento. Assim, decidimos analisar o quão eficaz esta ferramenta se apresenta como motivadora/facilitadora do exercício da identidade cultural do sujeito no processo de ensino-aprendizagem, ao ressaltar o lugar/espaço de fala do sujeito-estudante em sua posição sócio-histórica. Assim, fazemos uma reflexão sobre o papel do jogo e da aprendizagem lúdica na manifestação do discurso e suas vozes ao longo da formação da identidade cultural considerando o lugar/espaço da sala de aula rural, marajoara, portanto, às margens de um rio amazônico, bem afastado dos centros urbanos. Dentro do contexto sócio-histórico em que o indivíduo-sujeito está inserido. Lançamos sobre os jogos de RPG uma pesquisa conceitual e tipológica aprofundada do que se trata esta modalidade de entretenimento, respondendo o que é RPG. Em seguida apresentamos todo o contexto histórico-geográfico e cultural do local onde a intervenção pedagógica foi aplicada, na qual abordamos o município de Curralinho, no Marajó, apresentamos a comunidade e fazemos uma descrição da escola São Francisco dos Pacas. Com toda a pesquisa realizada até então, apresentamos o sistema de RPG que foi aplicado na escola e os critérios de cunho identitários dos sujeitos-discentes, relativos aos utilizados na escolha do jogo trazido para a sala de aula, focalizando os personagens, o cenário e a aventura. Detalhamos como foi executada a proposta do jogo de interpretação de papéis em passo-a-passo para depois realizarmos um exame minucioso, com base nos conceitos da Análise do Discurso, sobre os textos produzidos pelos sujeitos-alunos alvo da intervenção. Após as considerações finais, incorporamos um apêndice a essa dissertação com uma proposta pedagógica para que qualquer docente tenha em mãos uma orientação detalhada de como aplicar o RPG em sala de aula em qualquer disciplina e, inclusive, realizar trabalhos interdisciplinares com seu corpo discente.

2021
Descrição
  • DEMIANY CRISTINA CURSINO NATIVIDADE
  • O APAGAMENTO DO RÓTICO EM POSIÇÃO DE CODA SILÁBICA NA ESCRITA ESCOLAR

  • Data: 16/12/2021
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  • Este trabalho investiga o apagamento do r em posição de coda no final de palavras em textos de alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública no município de Ananindeua. À luz da Sociolinguística Variacionista, procedeu-se a uma análise de cunho variacionista em textos do gênero conto, produzidos em contexto de sala de aula, com o objetivo de observar o uso (ou não), por parte dos alunos, do r em final de palavras e a interferência da fala na ocorrência desse fenômeno. A análise dos grupos linguísticos e extralinguísticos visa à identificação dos fatores que efetivamente favorecem a ocorrência do fenômeno em estudo, de modo a servir de informação para a elaboração de uma proposta didático-pedagógica de intervenção que possa auxiliar o professor e possibilitar ao aluno a ampliação de sua competência comunicativa e repertório linguístico sobre o tema em questão. Os textos foram coletados em sala de aula após a leitura e discussão de um conto que serviu de base para a produção dos alunos. Realizou-se uma análise quantitativa dos dados provenientes dos textos dos alunos por meio do programa de regra variável GoldVarb X que mostrou significativa influência de fatores como sexo, extensão do vocábulo e o tipo da vogal que antecede o rótico para a ocorrência do fenômeno. Com base nos resultados obtidos e nas reflexões sobre ensino de Língua Portuguesa, elaborou-se uma proposta de intervenção com  objetivo de oferecer a professores e alunos uma alternativa de estudo do objeto em análise que leve o aluno a refletir e operar sobre a linguagem, fazendo uso mais consciente das regras do uso do r em final de palavras em situações de maior ou menor monitoramento, segundo as intenções e propósitos comunicativos.

  • ANA CRISTINA SILVA CHAGAS
  • DO TEXTO ESCRITO À MÍDIA DIGITAL: A CONTRUÇÃO DA IDENTIDADE REGIONAL PARAENSE PELOS SUJEITOS ALUNOS DO PROJETO MUNDIAR

     


  • Data: 16/11/2021
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  • O presente trabalho, sob o aporte teórico da Análise do Discurso, possui como temática a análise discursiva acerca do material didático gráfico Caderno de CulturaPará, utilizado em sala de aula no Projeto Mundiar, a fim de apresentar um produto educacional voltado a docentes do ensino fundamental da rede estadual. Além de tais objetivos, busca-se produzir vídeos que procuram ampliar a identidade regional paraense dos sujeitos alunos participantes, também para a referida etapa de ensino. Tal estudo justifica-se pelas observações realizadas no material utilizado no Mundiar. Esse apesar de apresentar aspectos referentes à identidade cultural das regiões Sul e Sudeste, percebe-se a ausência da propagação da identidade regional amazônica-paraense tanto na mídia digital quanto nos livros didáticos do material didático utilizado pelo projeto. Verifica-se que a grande maioria dos materiais didáticos não é produzido considerando a realidade amazônica, e mesmo aqueles que tentam se delimitar à realidade amazônica, não conseguem discursivizar-se de modo mais heterogêneo referente a essa realidade. Para nortear este estudo, privilegiaram-se alguns conceitos da Análise do Discurso (AD) e das mídias digitais pois apresentam ferramentas conceituais para realizar análises dos materiais gráficos do Mundiar, bem como propor produções audiovisuais que apontem para uma perspectiva discursiva. Pensando-se em atividades a serem desenvolvidas com turmas do ensino fundamental, preferencialmente do Projeto Mundiar. Os procedimentos metodológicos gerais desta pesquisa englobam a pesquisa-ação devido envolver a prática em sala de aula e a participação de sujeitos alunos, além das pesquisas quantitativa e qualitativa, visto que na avaliação diagnóstica implementada há questões objetivas e subjetivas. Como suporte teórico adotou-se na linha da Análise do Discurso os preceitos de Foucault (2007, 2008,2014) e Pêcheux (2002). Em relação às mídias digitais privilegiou-se Gregolin (2003,2004,2006,2007), Martino (2015), Martin-Barbero (2009) e Cunha (2011). Utilizou-se para discorrer acerca da identidade e cultura Bauman (2005), Hall (2006), Certeau (2005). Recorreram-se também a Belloni (1999), Niskier (2000), Keegan (1996) e Peters (2001) no que concerne à Educação a Distância. Para elaboração das atividades contidas no produto educacional proposto “Eu sou de um país que se chama Pará: do roteiro à produção de mídias digitais”, utilizou-se as orientações de Lopes-Rossi (2002,2008), Ohuschi (2018, 2019) e Antunes (2003). Por meio da análise da atividade diagnóstica percebeu-se nos discursos dos sujeitos alunos alguns aspectos concernentes à visão desses autores a respeito do projeto Mundiar e ao material didático utilizado em sala. Ainda foram analisadas como os papéis são assumidos tanto pelo personagem / docente das teleaulas, quanto pelos discentes e pelo professor mediador de conhecimento do projeto, papel o qual nos identificamos enquanto professora/pesquisadora. Foram constatadas algumas lacunas no material didático referido, tais como ausência dos aspectos da identidade e da cultura regional paraense, além de haver uma disparidade temporal entre o contexto em que foram produzidas as videoaulas e o contexto atual. Portanto, a produção de roteiros e de vídeos curtos a respeito da identidade cultural paraense pelos sujeitos alunos, possibilitará aos discentes exercerem o papel de protagonistas, de sujeitos alunos autônomos, capazes de utilizar os novos recursos da mídia digital para se reafirmarem enquanto cidadãos participativos na comunidade escolar e social.

  • NIVEA LAIS MARQUES DA COSTA ROCHA
  • CÍRCULO DE LEITURA: UMA PROPOSTA PARA A LEITURA DE O FANTASMA DE CANTERVILLE DE OSCAR WILDE NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 30/08/2021
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  • Este trabalho procura discutir a formação de leitores de literatura, em especial de narrativas ficcionais, a partir da experiência de um círculo de leitura em uma turma do 9o ano do ensino fundamental em uma escola da rede pública estadual do distrito de Icoaraci, localizado em Belém, PA. O percurso incluiu, num primeiro momento, a leitura e reflexão acerca do papel da literatura na formação humana e escolar; da presença do texto literário nos documentos oficiais, notadamente na Base Nacional Curricular Comum (BNCC), homologada em 2018; da caracterização e modalidades dos círculos de leitura. Para tanto, adotou-se como repertório teórico Daniels (2002), Cosson (2017, 2018), Candido (2004), Todorov (2009), De Maria (2016), Colomer (2007), Rezende (2013), Dalvi (2013), Aguiar (2013), Yunes, (1999, 2009), Bajour (2012) e Souza e Girotto (2011). No segundo momento, a partir de Thiollent (2011), a dissertação traz o contexto da pesquisa e seus sujeitos para, em seguida, tratar dos procedimentos diagnósticos e descrever a proposta de atividade, reproduzida em produto pedagógico em anexo, focada na leitura coletiva da obra O fantasma de Canterville, de Oscar Wilde. Esperamos que essa proposta auxilie os professores de Língua Portuguesa que atuam no ensino fundamental e que desejam iniciar ou continuar um trabalho com o texto literário em suas turmas, além de qualificar e incentivar a leitura literária entre os alunos.

  • DANIEL NICACIO DE SOUSA
  • PROPOSIÇÕES SOBRE O USO E ANÁLISE DOS ARTICULADORES TEXTUAIS/DISCURSIVOS EM TEXTOS NARRATIVOS E EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVOS: uma contribuição para o Ensino Fundamental II 

  • Data: 05/07/2021
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  • Nas atividades com a escrita, uma das inquietações do professor de Língua Portuguesa é a dificuldade dos alunos decorrente do seu conhecimento incipiente sobre recursos linguísticos cuja função, nos textos, é sinalizar as diversas relações semânticas (lógico-semânticas e discursivo-argumentativas) instanciadas entre seus segmentos, promover a organização espaço-temporal na linearidade do texto, além de servir para introduzir comentários sobre a forma ou modo de formulação de enunciados. Em vista desse problema, esta dissertação apresenta como tema “O ensino dos articuladores textuais/discursivos para alunos do 8º ano do nível Fundamental”. Seu objetivo é, a partir de uma pesquisa diagnóstica, desenvolver um material didático para contribuir com o ensino-aprendizagem do uso dos articuladores textuais/discursivos, quer em texto de base narrativa, quer em textos de base expositivo-argumentativa. As bases teóricas deste trabalho estão pautadas em teóricos como Ducrot (1977), Bronckart (2007), bem como em estudiosos que têm se ocupado em debater fenômenos de textualização, como Koch (1995, 2009, 2011), Koch e Elias (2016), Val (1999), Antunes (2003). Em termos metodológicos, apoiados em considerações de Gil (2002) e Brandão (1999), situamos a presente pesquisa, quanto aos seus procedimentos, como pesquisa participante e, quanto à abordagem, esta é quanti-qualitativa, nos termos de Ludke e André (1986) e Creswell (2010). Os dados preliminares coletados para este trabalho são oriundos de oficina implementada em sala de aula, analisados dentro dos critérios estabelecidos para esta pesquisa. Em relação à proposta didática, esta se fez apoiada nas orientações de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e pautada no projeto de ensino de Lopes-Rossi (2002), que põe em foco as três práticas de linguagem, leitura, escrita e divulgação. A partir dos resultados da pesquisa diagnóstica, que apontaram limitações dos alunos no emprego de articuladores na sua produção escrita, na qual se mostram reiterações frequentes de uma classe de articuladores de uso mais rotineiro nas práticas linguísticas (o que compromete o estilo do texto) e o pouco acesso à variedade de articuladores de que se pode dispor na língua, produziu-se um Caderno de Atividades de cunho didático, intitulado Aprendendo mais sobre o emprego dos articuladores textuais/discursivos em textos narrativos e argumentativos, cuja finalidade é não só contribuir para mais conhecimento dos alunos quanto ao emprego desses articuladores, mas também abrir um espaço de diálogo com professores de Língua Portuguesa. Quanto ao gênero discursivo, optou- se por dois tipos: um de base narrativa (conto) e outro de base expositivo-argumentativa (artigo de opinião), o que abre maior oportunidade à abordagem do emprego dos articuladores textuais/discursivos, objeto de estudo deste trabalho.

  • JOSYAN WESLLEY DA SILVA SOARES
  • ANÁLISE LINGUÍSTICA EM PERSPECTIVA DIALÓGICA: UM TRABALHO COM O GÊNERO DISCURSIVO RELATO PESSOAL NO 9º ANO

  • Data: 30/06/2021
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  • A presente pesquisa consiste na elaboração de atividades de análise linguística em perspectiva dialógica em um Projeto de Leitura e Escrita com o gênero discursivo relato pessoal, voltado a alunos do 9º ano. Vinculada no Projeto de Pesquisa O ensino da Língua Portuguesa por meio da concepção sociológica e valorativa da língua(gem), da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus de Castanhal, a investigação busca responder de que forma as atividades de análise linguística dialógica, no interior de um projeto de leitura e escrita do gênero discursivo relato pessoal, podem contribuir para a formação de coautores-criadores com estilo próprio. A partir desse questionamento, levantamos a hipótese de que as atividades de análise linguística em perspectiva dialógica, no interior de um Projeto de Leitura e Escrita com o gênero discursivo relato pessoal, para o 9º ano, contribuem para o desenvolvimento do estilo próprio dos alunos na produção textual do gênero. A pesquisa pauta-se em duas tendências teórico-metodológicas: I. Os escritos do Círculo de Bakhtin e as pesquisas de seus interlocutores (filiados aos postulados do Círculo) que repercutem na contemporaneidade estes escritos (VOLÓCHINOV, 2013 [1930]; 2019, [1926]; 2018, [1929]); (BAKHTIN, 2017 [1986], (2014 [1975], 2000 [1979]); (POLATO, 2017). II. As contribuições recentes na área da ciência da linguagem em especial as do âmbito da Linguística Aplicada em favor de uma prática reflexiva do ensino da língua materna (MENEGASSI, 2010), (OHUSCHI, 2019), (FUZA; OHUSCHI; MENEGASSI, 2020); (BELOT et al., 2020). Tem como objetivo geral propor atividades de análise linguística em perspectiva dialógica, em um Projeto de Leitura e Escrita para o 9º ano, com o gênero discursivo relato pessoal, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do estilo próprio dos alunos. Como objetivos específicos, temos por ênfase: (1) Identificar o estilo dos alunos na produção inicial de textos do gênero relato pessoal; (2) Refletir sobre a configuração das atividades de análise linguística em perspectiva dialógica no interior do Projeto de Leitura e Escrita do gênero discursivo relato pessoal; (3) Verificar de que forma as atividades de análise linguística de perspectiva dialógica poderão contribuir para o desenvolvimento do estilo próprio dos alunos. Trata-se de uma pesquisa qualitativo-interpretativa, de natureza aplicada e de caráter propositivo, na qual realizamos um diagnóstico a partir de uma produção textual escrita do gênero relato pessoal. Os resultados da análise diagnóstica mostraram que a maioria dos alunos, no processo de leitura e escrita enquanto resposta a um comando de produção textual, em maior ou menor grau, evidenciaram suas marcas enunciativas com indícios de valoração, frutos das relações sócio-histórico-ideológicas, sob uma situação/contexto do gênero discursivo relato pessoal. Tais resultados nos forneceram subsídios para a elaboração do Projeto de Leitura e Escrita, apresentado e discutido nesta Dissertação. As atividades de análise linguística em perspectiva dialógica partem da delimitação do gênero relato pessoal de experiência vivida Banhos de Mar, de Clarice Lispector, estas inserem-se no interior do Projeto de Leitura e Escrita, pautado na metodologia de Lopes-Rossi (2008), com adaptações. A proposta gerou um Produto Educacional, em formato de e-book. Assim, as atividades inseridas nas etapas de cada oficina do módulo de leitura e análise linguística, atravessadas pelo dialogismo, possibilitam o desenvolvimento do uso consciente dos recursos da língua (gem) e a constituição do estilo próprio do aluno, revelando suas marcas valorativas.

  • IRIS LETIERE DA SILVA SANTOS
  • A CONSCIÊNCIA SOCIOIDEOLÓGICA E A PRODUÇÃO VALORADA DO DISCURSO: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O 9º ANO COM O GÊNERO DISCURSIVO CARTA ABERTA

  • Data: 28/06/2021
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  • A presente pesquisa consiste na elaboração de um Projeto Pedagógico de Leitura e Escrita com o gênero discursivo carta aberta, voltado a alunos do 9º ano, para o desenvolvimento da consciência socioideológica e a produção valorada do discurso. À luz da Linguística Aplicada e vinculada ao Projeto de Pesquisa O ensino da Língua Portuguesa por meio da concepção sociológica e valorativa da língua(gem), da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus de Castanhal, a investigação fundamenta-se na concepção dialógica de língua e linguagem, a partir de sua abordagem sociológica e valorativa, e no Interacionismo, bases teóricas sustentadas nos estudos do Círculo de Bakhtin (VOLÓCHINOV, 2017 [1929]; BAKHTIN, 2011 [1979], dentre outros). Ao buscar responder de que forma é possível sistematizar atividades que contribuam para que o aluno evidencie a consciência socioideológica e a produção valorada do discurso em suas produções textuais do gênero discursivo carta aberta, a investigação levanta a hipótese de que o Projeto de Leitura e Escrita, elaborado a partir da abordagem sociológica e valorativa da linguagem, auxilia os alunos do 9º ano a evidenciarem, na produção textual do gênero discursivo carta aberta, aspectos sociais e ideológicos, e a apresentarem marcas de discurso valorativo. A pesquisa caracteriza-se como qualitativo-interpretativa, de caráter propositivo e natureza aplicada, e tem como objetivo geral propor um Projeto Pedagógico de Leitura e Escrita para o 9º ano, com o gênero discursivo carta aberta, com o intuito de contribuir para a constituição da consciência socioideológica e a
    produção valorada do discurso dos alunos. Como objetivos específicos, propõe-se: a) compreender como os aspectos sociais e ideológicos podem ser contemplados no interior do Projeto de Leitura e Escrita; b) verificar como a questão valorativa precisa ser contemplada no Projeto de Leitura e Escrita, de forma a contribuir para a
    produção textual da carta aberta, com vistas à persuasão do interlocutor e o alcance da finalidade discursiva da carta aberta. Com intuito de buscar responder ao questionamento desta pesquisa, procedeu-se a uma atividade diagnóstica com o gênero discursivo carta aberta para verificação do conhecimento dos alunos sobre o gênero, e, principalmente, se havia indícios de consciência socioideológica e produção valorada do discurso em suas produções. A análise diagnóstica apontou alguns indícios de posicionamento axiológico na escrita, pouco conhecimento dos alunos sobre o gênero e problemas relacionados à articulação do texto e à norma culta da língua em sua modalidade escrita. Diante desses resultados, tendo como referência a metodologia de Lopes-Rossi (2008), foi proposto um Projeto de Leitura e Escrita com o gênero discursivo carta aberta, voltado ao 9º ano, com o objetivo de contribuir para a constituição da consciência socioideológica e a produção valorada do discurso dos alunos. Entretanto, a proposta de intervenção não pôde ser implementada em razão do contexto de pandemia. Por outro lado, ela gerou um produto educacional, em formato de e-book, a ser disponibilizado na plataforma educapes.capes.gov.br, como material de apoio a professores de Língua Portuguesa.

  • RITA DE CASSIA DAMASCENO BARBOSA
  • Gamificação e escrita: experiência de aprendizagem gamificada para produção textual

     

     

  • Data: 11/06/2021
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  • O presente trabalho propõe realizar, à luz da Linguística Aplicada, um estudo teórico-metodológico sobre a manifestação responsiva ativa na produção textual de alunos do 9º ano do ensino fundamental, a partir do trabalho com os gêneros discursivos artigo de opinião e comentário de leitor, na interface argumentativa, por este recurso fazer parte da vida em sociedade e meio pelo qual os alunos se inserem como sujeitos nas diversas
    práticas sociais das quais participam, sejam elas em ambiente escolar, familiar ou em ambiente digital. Para efetivá-lo, partiu-se da seguinte problemática: Como as atividades elaboradas com base em mecânicas de jogos, Gamificação, podem contribuir para a manifestação responsiva ativa discente na produção de gêneros discursivos? Para responder a esse questionamento, foi elaborado um produto educacional direcionado à produção textual de gêneros argumentativos, adaptado do projeto de leitura e escrita de gêneros discursivos de Lopes-Rossi (2008), composto por atividades organizadas com mecânicas de jogos – Gamificação, que buscou confirmar/negar duas hipóteses: a)atividades gamificadas, por terem como finalidade o engajamento e a motivação para a solução de problemas, colaboram para a manifestação da responsividade ativa dos alunos do 9º ano na produção textual dos gêneros artigo de opinião e comentário de leitor; b) os alunos manifestam responsividade ativa durante as atividades que envolvem a reescrita dos textos. Definimos como objetivo principal verificar a manifestação responsiva ativa discente na produção textual dos gêneros discursivos artigo de opinião e comentário de leitor, entendendo aqui como atitudes responsivas, o comportamento verbal que os alunos assumem em resposta às atividades implementadas pelo professor, e como objetivos específicos: a) averiguar se as atividades gamificadas, as quais envolvem agência dos discentes na construção dos conhecimentos, colaboram para uma atitude responsiva ativa dos alunos na construção da argumentação; b) verificar a manifestação responsiva na produção de gêneros discursivos, durante o processo de revisão e reescrita dos textos. Para fundamentação teórica nos baseamos nos princípios do pensamento do Círculo de Bakhtin sobre a natureza dialógica da linguagem e a responsividade, bem como em teóricos e pesquisadores que desenvolvem trabalhos relacionados à produção textual em sala de aula nessa perspectiva como Geraldi (1996), Sercundes (2004), Fiad e Mayrink-Sabinson (2019) e Menegassi (2016); os estudos sobre multiletramentos de Street (2013, 2014), Kleiman (1995), Soares (2006), Rojo e Moura (2012) e  Rojo e Barbosa (2015), Alves (2015) e Paula (2016) sobre Gamificação como prática pedagógica. A investigação se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, com base no interpretativismo, de caráter propositivo e de natureza
    aplicada, em que os resultados obtidos a partir da análise diagnóstica realizada no início da pesquisa serviram como base para a elaboração do produto educacional, no intuito de colaborar para a manifestação responsiva ativa dos alunos na construção da argumentação durante o processo de produção textual.

  • ECILIA BRAGA DE OLIVEIRA
  • A NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: entre a escola e as práticas socioculturais em uma comunidade  ribeirinho-quilombola. 

  • Data: 04/06/2021
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  • A presente pesquisa se propõe a analisar a produção textual no Ensino Fundamental a partir de narrativas autobiográficas em uma escola situada em uma comunidade ribeirinho-quilombola, tendo como ponto de partida as práticas socioculturais que envolvem os alunos do 8o ano. O percurso tem como perspectiva trabalhar a identidade dos educandos enquanto agentes de transformação de si e do mundo que os cerca, partindo da realidade vivenciada por eles ao conhecimento mais amplo que dialogue com outras realidades. A experiência didática inicial, a geração de dados e a diagnose ocorreram no período entre abril e dezembro de 2019. Tomando-se como base e fundamentação de estudo autores como Bakhtin (1997, 2012, 2016), Menegassi (2010, 2016), Lopes-Rossi (2005;2008), entre outros que discutem e analisam o trabalho com o texto em sala de aula, bem como Thiollent (2011) e Angrosino (2009) que reconhecem a pesquisa etnográfica como metodologia que nos possibilita conhecer os sujeitos e seus mundos. A proposta de intervenção contempla práticas de leitura, escrita e análise linguística em sala de aula. Tem a finalidade de despertar novas discussões, colaborando para uma maior atenção à produção de texto nas escolas, em especial na escola do campo, uma vez que se tornou notável a necessidade de inovações metodológicas em aulas destinadas à produção textual em comunidades que ainda estão se apropriando mais frequentemente da modalidade escrita da língua. Não obstante, reconhecer a tríade oralidade, leitura e escrita para o melhor desempenho nas aulas de produção textual, visto que aqui, especificamente, será dada mais atenção à produção escrita e oral – o que, obviamente, não descarta a importância da leitura como fator relevante principal na absorção de conhecimentos e diálogos que despertem a relação entre teoria e prática, entre o que está sendo dito e o que se vivencia, de fato, nas práticas socioculturais. Espera-se com isso contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento de um melhor desempenho e do protagonismo do aluno como produtor textual seja ele oral ou escrito. Para o desenvolvimento da pesquisa, optou-se pela tessitura metodológica da pesquisa ação, linha de pesquisa, cuja função é resolver problemas com vistas na transformação. A análise de dados foi realizada a partir do questionário e do texto inicial que permite entender como estão as escritas desses alunos. Desse modo, pensar nos fatores que contribuem para o desenvolvimento de práticas pedagógicas estimulantes e motivadoras no processo de ensino e aprendizagem da escrita na Língua Portuguesa em escolas do campo subsidia alunos dessas áreas a atuarem mais produtivamente em espaços sociais que exigem o domínio dessa forma de uso da língua.

  • ADRIANO NASCIMENTO SILVA
  • A INTERFACE ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA NA PRODUÇÃO DO GÊNERO DIGITAL VIDEOBLOG

  • Data: 02/06/2021
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  • A presente pesquisa analisa o Videoblog (Vlog), um gênero discursivo digital, como um recurso para trabalhar com alunos do 9o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública situada no município de Santo Antônio do Tauá - Pará, a partir de uma interface entre a oralidade, a leitura e a escrita. É importante destacar a necessidade de os alunos avançarem nos aspectos da produção escrita e oral, uma vez que muitos apresentam dificuldades ao elaborarem textos escritos e adequarem a oralidade em diferentes contextos. Nesse sentido, chegamos à hipótese de que a inserção do Vlog contribui para o ensino da Língua Portuguesa de maneira mais reflexiva, pois é preciso utilizar da oralidade, da leitura e da escrita para essa produção de forma responsável. Partindo desse pensamento, temos como objetivo geral analisar a relação entre os aspectos da oralidade, da leitura e da escrita no processo de ensino e aprendizagem dos discentes, em atividades que utilizam o gênero discursivo Vlog. Como objetivos específicos destacamos: verificar as dificuldades dos discentes nos processos de oralidade, leitura e escrita, utilizar o gênero Vlog como um recurso às práticas de ensino por meio de atividades orais e escritas, elaborar um produto educacional a partir das análises da diagnose. Para ancorar a pesquisa, evidenciamos os estudos do círculo de Bakhtin que abordam as questões da linguagem e do dialogismo, as contribuições de Moura e Rojo (2012;2019), na importância das novas tecnologias ao ensino e nas questões sobre multiletramentos na escola, Menegassi (2010;2016), nos aspectos da leitura, escrita e reescrita e Ataliba (2017), no repertório sobre os Vlogs. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativo-interpretativa de natureza aplicada com traços etnográficos. Seguimos estas etapas: questionários aos alunos, participação em palestras, visita ao museu e ao igarapé Tauá, ensaio, produção do gênero Roteiro de Apresentação e gravação dos Vlogs. Os dados nos mostraram que os alunos avançaram nos processos da oralidade, da leitura e da escrita, sendo favorável a inserção desse gênero nas aulas. Com essas observações elaboramos o produto educacional Manual do professor – Produção de Videoblog baseado no Projeto de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008), com adaptações. Assim, os dados apresentados nesta pesquisa contribuíram para entender o que era necessário apresentar como uma estratégia de ensino diante das dificuldades apresentadas pelos alunos e possibilidades de avanços nos processos de oralidade, leitura e escrita.

  • MÁRCIA FABRINA OLIVEIRA SILVA
  • FORMAÇÃO DO LEITOR NOS DIÁLOGOS COM AS PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: contação de histórias e mediação de leitura.

  • Data: 28/05/2021
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  • A presente pesquisa está relacionada à formação do leitor pautada nas narrativas que envolvem as práticas socioculturais de comunidades situadas em Concórdia do Pará. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória cujas principais estratégias utilizadas foram a contação de histórias e a mediação de leitura, com uma turma do 7o ano do Ensino Fundamental, no ano de 2019. O objetivo consistia em analisar de que maneira a contação de histórias e a mediação de leitura potencializavam a formação leitora dos alunos, tendo como base as narrativas das comunidades e as já recorrentes na literatura infantojuvenil. O estudo, enquanto análise qualitativa, está apoiado em Thiollent (2011), uma vez que propõe a aplicação de práticas interventivas. Quanto à fundamentação teórica, aos conceitos de leitura e leitor, assim como ao trabalho com a literatura em sala de aula, o mesmo se respalda em Menegassi (2010), Iser (1996), Jauss (1994), Chartier (1998), Todorov (2009), Colomer (2007) e Petit (2009). No que diz respeito à contação de histórias, oralidade e práticas socioculturais, há estudos apoiados em Busatto (2012, 2013), Zumthor (1993, 2014) e Freire (1981, 1989, 2013). Há ainda em Bakhtin (1997), Bakhtin e Volóchinov (1997) reflexões alicerçadas na perspectiva dialógica da linguagem. As etapas da pesquisa desdobraram-se em: contação de histórias e leitura de obras literárias; socialização das experiências de leitura e escuta; visita ao Ateliê Cravo & Canela/socialização da visita e narração de histórias e causos oriundos das comunidades e bairros nos quais residem os alunos. Os dados resultantes indicam que os discentes apresentam um nível de compreensão literal em se tratando de leitura, evidências questionadas e contra-argumentadas por autores provenientes da Estética da Recepção. Além do mais, o estudo revelou que a leitura e escuta de histórias mostram-se agradáveis aos discentes no que tange à ficção e ao enredo, o que permite afirmar que as práticas de contação de histórias próprias de suas localidades, contribuem para o seu desenvolvimento enquanto leitores, uma vez que evidenciam saberes provenientes de sua realidade, promovem a produção de sentidos, a autonomia e ampliam sua bagagem cultural. Desse modo, a partir dos resultados obtidos, formulou-se um Produto Educacional apoiado na prática de atividades relacionadas às concepções de leitura, estas ancoradas na interação autor-texto-leitor e, assentadas ainda, em ações que potencializem o desenvolvimento do aluno-leitor, como a contação de histórias e mediação de leitura.

  • ADRIANE ANDRADE SOUZA DE SOUZA
  • OS OPERADORES ARGUMENTATIVOS NO PROCESSO DE LEITURA E DE PRODUÇÃO TEXTUAL: UMA PROPOSTA DE ENSINO PARA ALUNOS DO 9o ANO DO NÍVEL FUNDAMENTAL

  • Data: 12/04/2021
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  • A presente pesquisa tem como tema o ensino dos operadores argumentativos em gêneros discursivos do domínio jornalístico no tocante ao processo de leitura e escrita de alunos do Ensino Fundamental. O interesse em desenvolvê-la surgiu na própria rotina de sala de aula, como professora de Língua Portuguesa, ao observar a
    dificuldade dos alunos em construir, com proficiência, adequados textos argumentativos, incluindo o domínio dos operadores linguísticos que sinalizam a relação construída entre argumentos. Como objetivo geral, elegemos elaborar uma proposta didática para alunos do 9o ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública estadual do município de Igarapé-Açu, Pará – Brasil, que amplie seu conhecimento acerca da construção da argumentação textual por meio de operadores argumentativos. Para cumprimento dos objetivos pretendidos, a
    presente pesquisa, de caráter qualitativo, desenvolveu-se em duas etapas distintas: a primeira referente à construção de informações acerca do conhecimento que os alunos detêm sobre os operadores argumentativos ao procederem à leitura e produção de textos por excelência argumentativos; a segunda concernente à elaboração de uma proposta de ensino pautada no modelo sugerido por Lopes-Rossi (2002). Para embasar a pesquisa, constituem-se como referência os estudos da semântica argumentativa, desenvolvidos por Ducrot (1987, 1989) e construções teóricas da linguística funcional em Halliday & Hasan (1976), Haiman & Thompson(1984), Lehman (1988) e Van Dijk (1981, 1992) e os estudos sistematizados por Koch (1995, 2003, 2009, 2015) no âmbito da linguística textual. A avaliação diagnóstica evidenciou resultados pertinentes à elaboração da proposta de ensino, que, resumidamente, apontam para o fato de que a maioria dos alunos usaoperadores argumentativos, mas têm um domínio limitado das possibilidades existentes da língua, bem como revelou a utilização das relações discursivas de conjunção (aditiva) com o operador e com ampla frequência pelos redatores. Evidenciou-se também o desconhecimento da importância dos operadores argumentativos na sinalização das relações semântico-argumentativas no texto, o que justifica a relevância de elaborar-se uma proposta didática com vistas à promoção de mais conhecimento sobre a argumentação construída por recursos linguísticos.

2020
Descrição
  • MARCIA DO SOCORRO BOTELHO CAVALCANTE
  • O ENSINO DA GRAMÁTICA POR ENTRADA DE SENTIDO: CARACTERIZAÇÃO DE SERES/EVENTOS EM PORTUGUÊS

  • Data: 11/12/2020
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  • Este trabalho insere-se na área de Linguagens e Letramento do Mestrado Profissional em Letras (PROLETRAS) da Universidade Federal do Pará, e tem como tema a caracterização dos seres e eventos em língua portuguesa pela entrada de sentido. Problematiza-se que a maioria dos alunos da escola contexto da pesquisa mostra insegurança em como identificar características de seres e eventos expressas num texto, considerando-se que, além dos adjetivos, outras formas linguísticas se relacionam com a categoria de sentido de que se trata neste trabalho. A partir do fenômeno levantado, à luz dos pressupostos teórico-analíticos da Semiolinguística, com base em estudos de Travaglia (2011) e Charaudeau (2015), além de importantes contribuições de estudiosos como Bakhtin(1992[1929], Geraldi (2003[1997], 2012[1984]), Zanini (1999), Neves (2018), North & Santaella (2017), Peirce (2005), Vogt (2006), Macambira (1993), Mattoso Câmara Jr. (1987[1970], Macedo (1987), tem-se como objetivo geral elaborar um produto didático, a partir do enfoque metodológico de Lopes-Rossi (2002; 2008), e contribuições de Menegassi (2010; 2018) e Ohuschi (2018; 2019) e Ritter (2010), para ser desenvolvido em turmas dos 9oanos do Ensino Fundamental. Para tanto, foram objetivos norteadores (i) investigar qual o conhecimento prévio dos alunos-sujeitos da pesquisa quanto ao processo de caracterização; (ii) examinar a contribuição de gramáticas acerca do estudo sobre caracterização (adjetivação), o que poderá servir de parâmetro para o presente trabalho; (iii) divulgar, entre professores de Língua Portuguesa, um produto
    didático construído com base nos pressupostos de uma gramática de sentido. Procedeu-se, como opção metodológica, a uma pesquisa participante, de cunho predominantemente descritivo-qualitativo no tratamento dos dados levantados, pelos quais se buscou ter indícios do conhecimento dos sujeitos da pesquisa quanto ao
    processo de caracterização e das formas disponíveis na língua portuguesa. Os instrumentos utilizados para a pesquisa diagnóstica constituíram-se de técnicas de observação e de registros para a constituição de um corpus a partir do qual se confirmou que, embora os alunos demonstrem competência para caracterizar, não têm o domínio suficiente de que existe uma diversidade de formas da língua para expressar categorias de sentido, o que justifica investir-se no ensino de gramática com entrada pelos sentidos. De posse dos resultados, formulou-se o produto didático Texto, Gramática e Produção de Sentidos, cujas atividades propostas estão distribuídas por módulos didáticos – de leitura, de análise linguística, de produção textual e de divulgação ao público – e que tem como produto final, a produção escrita de uma coletânea de relatos pessoais, preferencialmente, para ser feita por alunos dos 9o anos.

  • DEGIVANE LIMA MAGALHÃES
  • DO DESMATAMENTO AO TURISMO: a construção de sentidos a partir da leitura de notícias sobre a Amazônia Paraense.

  • Data: 29/09/2020
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  • Esta pesquisa surgiu da necessidade de se buscar por atividades educacionais que contribuíssem efetivamente na formação do sujeito leitor por meio de práticas de ensino de leitura em uma perspectiva discursiva, levando em consideração a construção de sentidos da identidade paraense pelos sujeitos alunos, a partir da leitura de notícias sobre a Amazônia paraense. Delimitamos como foco de nossa análise duas temáticas que podem ser vistas como dicotômicas, apontariam para algo positivo e algo negativo a respeito do estado do Pará-Brasil (Amazônia), quais sejam, o desmatamento e o turismo. Nesse estudo, utilizamos os pressupostos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso- AD de tradição francesa, especialmente, nas concepções de Foucault (1996; 2004; 2007; 2009), Pêcheux (1995; 1997), Orlandi (2001; 2015), Cunha (2011), entre outros. Nesse sentido, objetivamos que os alunos sujeitos leitores pudessem vislumbrar quais são as principais referências sociais e culturais que cercam a identidade paraense e como se processam estas na realidade deles. Este estudo foi desenvolvido com uma turma de 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Igarapé-Açu- PA. Para viabilizar nossa pesquisa, a metodologia principal empregada foi com base na pesquisa-ação, de cunho qualitativo. O corpus foi formado a partir de recortes de enunciados dos sujeitos alunos acerca das leituras de notícias sobre a temática do desmatamento e do turismo; relacionadas ao estado do Pará.

  • MARIA DO CARMO DA SILVA SANTIAGO
  • DISCURSO E IDENTIDADE REGIONAL: PRÁTICAS DE LETRAMENTO SOBRE OS RIOS, A CHUVA E OS RITMOS DO PARÁ NO 9o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 23/09/2020
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  • A presente dissertação tem por objeto de estudo os discursos dos sujeitos alunos de uma turma do 9o ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual de Belém do Pará. Seu objetivo geral consiste em investigar como é representada e construída a identidade cultural paraense que emerge no discurso desses sujeitos, a partir de interações promovidas por práticas de letramento sobre os rios, a Chuva, e os ritmos musicais paraenses. Como objetivos específicos, o trabalho pretende contribuir para a compreensão das singularidades próprias da cultura paraense, possibilitando o letramento acerca de temáticas voltadas para a identidade regional paraense; bem como favorecer o uso da leitura para o saber de suas singularidades regionais, suas  diferenças sociais e o exercício mais propositivo de sua cidadania; além de identificar que saberes da cultura e da Amazônia paraense são acionados nos discursos do sujeitos-alunos e se revelam mais recorrentes, ou não, em suas situações concretas de interação. Para isso, a pesquisa foi desenvolvida na área da Linguagem e Letramento, fundamentada, sobretudo, no aparato teórico-metodológico da Análise Dialógica Discursiva do Ciclo de Bakhtin, na perspectiva de pesquisa ação, dentro de uma abordagem qualitativa e interpretativa, por meio da técnica da observação-participante, trazendo algumas contribuições de Foucault, relativa a relação entre discurso e letramento, enquanto prática sócio-histórica da linguagem. Daí vieram contribuições de outros estudos do discurso (Fiorin), (Cunha), (Brait); dos estudos de letramentos (Kleiman), (Rojo), (Soares); referentes à cultura e identidades (Hall), (Woodward), (Canclini), (Bauman); e mais delimitadamente acerca da cultura amazônica (Loureiro), (Monteiro). A proposta de intervenção foi realizada em sala de aula por meio de duas atividades motivadoras, que serviram para promover uma primeira abordagem diagnóstica sobre a dentidade paraense; e teve seu ponto meio de mediação em três oficinas temáticas intituladas: “No ritmo do Pará”; “Chove, Chuva” e “Esse rio é minha rua”. Com base numa perspectiva sócio-histórica, os dados analisados permitiram elencar singularidades e pluralidades concernentes à identidade dos sujeitos e sua relação com a cultura local. Os resultados demonstraram que em alguns casos, os sujeitos não se identificam com determinados aspectos dessa cultura, sendo esse sentimento de pertencimento ou afastamento, desvelado nos diferentes enunciados, verificando-se relações de maior ou menor resistência e/ou adesão a certas ordens colonizadoras vigentes.

  • JACIRA DA COSTA BAIA
  • LEITURA NUMA PERSPECTIVA DISCURSIVA: UMA POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NOS ENTREMEIOS DAS MEMÓRIAS DE ALUNOS DA EJA EM PORTEL - PARÁ

  • Data: 22/09/2020
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  • Esta pesquisa consiste em estudos acerca da prática de leitura na perspectiva discursiva numa turma de 4o ciclo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola municipal, na cidade de Portel-Pará. Problematiza-se a dificuldade de tais alunos para realizarem uma leitura de textos que aponte para a multiplicidade de sentidos, o que resulta, muitas vezes, na institucionalização de um discurso de que alunos da EJA “não sabem” ler nem escrever. Na busca por se romper com esses discursos que se propagam na escola, e que acabam sendo reproduzidos pelos próprios alunos, realizamos a presente pesquisa-ação com análise qualitativa dos dados, ancorada sobretudo na teoria da Análise do Discurso de linha francesa. Baseamo-nos nas concepções de Foucault (1987, 1996), Pêcheux (1995), Orlandi (1993, 1996, 2012, 2015), Fernandes (2008), Cunha (2011), dentre outros. Partimos da hipótese de que um trabalho com a leitura de relatos de memórias de alunos da EJA, numa perspectiva discursiva, pode possibilitar aos alunos a leitura focada nos sentidos múltiplos do texto, considerando-se os aspectos sócio-históricos e, ainda, promover a valorização dos textos produzidos pelos alunos, muitas vezes considerados na escola como textos “sem sentido”. Temos como objetivo geral compreender o discurso como constituinte e constituído pelos sujeitos-alunos e, assim, determinar as produções de sentidos dos textos, a fim de pensarmos as relações de poder que aparecem entre os saberes trazidos pela escola e os saberes encontrados nas enunciações dos sujeitos-alunos da EJA, daí buscarmos possibilidades para uma prática de leitura múltipla que valorize os saberes trazidos pelos alunos. À vista disso, realizou-se um trabalho com a leitura de relatos de memórias de alunos da EJA, numa perspectiva discursiva, tendo como objeto os textos produzidos pelos alunos de uma turma do 4o ciclo e lidos por outra, do mesmo ciclo, da mesma escola onde foi realizada a pesquisa. Inicialmente, propomos uma atividade diagnóstica para análise do processo de produção de sentidos, ou seja, da leitura realizada por parte dos sujeitos da pesquisa ao lerem relatos de memórias de outros alunos. Com base nos resultados das análises, em que constatamos que a leitura ficava mais na repetição dos sentidos explícitos no texto, realizamos cinco oficinas de leitura cujo objetivo foi proporcionar aos sujeitos-alunos o acesso a outros saberes importantes para que pudessem ler com diferentes possibilidades de sentido, para além do dito, de uma previsível transparência da linguagem. Na análise do corpus, consideramos algumas categorias de análise: enunciado, discurso, sujeito, identidade, memória e formação discursiva. A partir da análise de dados coletados pós-intervenção, constatamos que a maioria dos sujeitos-alunos, estabeleceu maior conexão da leitura com o seu contexto sócio-histórico, saindo do campo da paráfrase para apontar para uma leitura em que os sentidos se multiplicam, o que podemos chamar de leitura polissêmica.

  • SUZIANNE CARVALHO OLIVEIRA RIBEIRO
  • PRODUÇÃO DE TEXTOS AUTORAIS: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO 9º ANO

  • Data: 10/09/2020
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  • Esta pesquisa discute a prática de produção de textos sob o viés da autoria, em uma turma de 9o ano do ensino fundamental de uma escola pública da rede estadual de ensino, localizada em Vigia/PA. Esse contexto de pesquisa foi escolhido devido nossa experiência de sala de aula ter evidenciado a dificuldade desses alunos em
    desenvolverem textos com características autorais. Tem-se como objetivo principal contribuir para o desenvolvimento da autoria dos alunos na produção de textos escritos. Como objetivos específicos, pretende-se: a) delimitar a noção de autoria e de singularidade (escrita que visa a uma posição subjetiva); b) refletir sobre
    diferentes formas como a autoria pode se manifestar nos textos dos alunos; c) reconhecer procedimentos de escrita adotados pelos alunos que dificultam o desenvolvimento de sua autoria; d) introduzir metodologias que contribuam para a manifestação autoral dos alunos; e e) relacionar diferentes tipos de conhecimento (linguísticos e extralinguísticos) como suporte para o exercício da autoria dos alunos. O enfoque teórico baseia-se, principalmente, em Bakhtin/Volochinov (2014) com a concepção interacionista de linguagem, Geraldi (2012[1984]), Britto (1999), Koch e Elias (2015) e Pécora (1999) com abordagens sobre escrita na escola; Foucault (2001) com reflexões acerca de autoria no âmbito mais abrangente, Possenti (1995, 2002) e Riolfi e Magalhães (2008) com discussões relacionadas à questões de autoria em textos escolares. A metodologia adotada constituiu-se na realização de uma pesquisa-ação aplicada em dois momentos. O primeiro consistiu na realização de atividade diagnóstica para levantamento dos primeiros dados da pesquisa, em que se constataram problemas quanto à produção de textos autorais. O segundo momento foi de elaboração e realização da proposta pedagógica, na qual trabalhamos com atividades de leitura, escrita, análise linguística, revisão e reescrita. Os resultados finais mostram uma evolução na escrita dos alunos quanto os aspectos trabalhados em nossas aulas, relacionados à autoria, uma vez que se observa nos textos um discurso com mais densidade, historicidade, referência a outras vozes e indícios de conhecimentos e experiências dos autores. De forma que esses dados revelam uma aposta maior no trabalho de escrita desenvolvido em sala de aula, por meio do qual os discentes demonstraram um amadurecimento da prática discursiva na elaboração de suas produções textuais.

  • CLAUDEMIR ALMEIDA DA PAES
  • A CRIATIVIDADE NA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 31/08/2020
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  • Este trabalho propõe investigar o lugar da criatividade na educação formal, em particular nas aulas de Língua Portuguesa da escola de ensino fundamental, a fim de construir propostas de abordagens e atividades que promovam a criatividade na leitura e produção de textos narrativos curtos de 31 alunos do 6o ano de uma escola municipal de Breves (PA), localizada na ilha do Marajó. O estudo adota como posição metodológica a pesquisa-ação (THIOLLET, 2001) e envolveu, além do levantamento e leitura da bibliografia pertinente ao tema, o uso de instrumentos exploratórios preliminares – um questionário e uma sequência de atividades do livro didático – para avaliar a leitura e produção criativa de textos narrativos pelos alunos e a consequente elaboração de uma proposta de atividades. Esta dissertação parte da discussão do complexo conceito de criatividade, sua evolução no pensamento ocidental e sua relação com a Educação formal a partir, principalmente, dos estudos de Alencar (2003, 2018, 2019), Lubart (2007) e Vigotski (1998); segue pelas questões ligadas ao ensino da leitura e da escrita, adotando Geraldi (2010), Kleiman (2000), Maria (2016) e Colomer (2007), além de Rodari (1982) para os aspectos da escrita criativa; ainda, descreve o contexto da pesquisa e apresenta os resultados da pesquisa exploratória; até concluir com a proposta de atividades para a promoção da criatividade na (e através da) leitura e redação de textos narrativos. A proposta prevê 14 encontros semanais com 1h30 de duração, com leitura de textos da cultura oral do município (“Mário Curica perdeu um olho”), uma narrativa de Drummond (“A incapacidade de ser verdadeiro”) e as Reinações de Narizinho de Lobato e produção e socialização de textos dos alunos por meio de varais literários e plataformas virtuais.

  • SUELEM CRISTINA SILVA BEZERRA
  • AS RELAÇÕES DE CAUSALIDADE COM VALOR ARGUMENTATIVO: COMPREENSÃO, CONSTRUÇÃO E PROPOSTA DE ENSINO PARA ALUNOS DO FUNDAMENTAL

  • Data: 27/08/2020
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  • Desenvolve-se esta pesquisa, que trata do tema “relações de causalidade”, com base em um teste de diagnose que buscou obter respostas a problemas surgidos em um contexto específico de sala de aula. Diante dos resultados, formalizou-se o problema, que versa sobre a competência linguístico-cognitiva dos alunos do 8o ano ao processarem (na leitura e na escrita) relações de causalidade e sobre a competência de compreender e de instanciar (na produção escrita) estas relações que servem à orientação argumentativa do discurso. O objetivo geral é desenvolver nos alunos do 8o ano do ensino fundamental a capacidade de reconhecer e instanciar as relações de causalidade no domínio semântico em que são interpretadas e no seu valor argumentativo. Como objetivos específicos constam: (1) identificar, a partir de um teste de diagnose, em que consiste o conhecimento dos alunos relativamente à interpretação da causalidade em seus diferentes domínios semânticos, e à produção de discurso em que façam uso de estratégias argumentativas construídas com base nessa relação; (2) levar os alunos a compreender, por meio de uma proposta didática, como se interpretam as relações de causalidade em diferentes domínios semânticos e como essas relações têm potencial para construir a argumentatividade em textos; (3) estimular a capacidade dos alunos de, ao desenvolverem a orientação argumentativa na produção de
    seus textos, estabelecer relações de causalidade apropriadamente. Adotam-se como base teórica as contribuições de Sweetser (1990), Neves (2000, 2001), Abdon (2004), no que tange à compreensão do fenômeno da causalidade do ponto de vista funcionalista; e os estudos de Fiorin (2015) e Koch (2006), os quais permitem mobilizar o aspecto argumentativo da noção de causalidade. Apresenta-se ainda a perspectiva gramatical do conceito de causa, referenciando Cunha & Cintra (2008), Bechara (2009), Castilho (2010). Do ponto de vista metodológico, desenvolve-se uma pesquisa-participante, pois a realização deste trabalho permitiu o envolvimento direto entre a pesquisadora e os sujeitos estudados, bem como faz-se opção por um abordagem descritivo-qualitativa de caráter diagnóstico, pela qual se realiza um trabalho pautado na observação, investigação e interpretação de um produto que reflete a própria prática docente. E adota-se como procedimentos, entre outros, a construção de um caderno pedagógico com uma proposta de ensino voltada para o desenvolvimento das competências de leitura e escrita.

  • PAULO SERGIO MAIA DO NASCIMENTO
  • LEITURA DE POEMAS EM SALA DE AULA: UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO LITERÁRIA DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 13/08/2020
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  • A Dissertação de Mestrado Profissional, intitulada Leitura de poemas em sala de aula: uma proposta para a educação literária do 9o ano do Ensino Fundamental, objetiva a promoção da leitura literária em uma turma do nono ano emuma escola pública da rede municipal do Ensino Fundamental, localizada na BR 316, no município de Ananindeua do estado do Pará. A partir das percepções das dificuldades que os alunos têm de compreender e interpretar poemas, buscou-se implemetar atividades com o intuito de, se não solucionar, amenizar essa problemática de leitura de textos do gênero poema. Com isso, pretendemos aprimorar a competência leitora dos
    alunos e proporporcionar-lhes a educação literária que vem cada vez mais perdendo o seu espaço nas práticas pedagógicas no Ensino Fundamental nas aulas de Português. Esse trabalho teve início com uma turma do oitavo ano do turno da manhã e prosseguiu, praticamente com os mesmos alunos, no nono ano no turno da tarde. Em relação à metodologia, seguimos, de forma adaptada, as estratégias de Cosson (2014, 2018) com a sua sequência básica para desenvolver as atividades pedagógicas: a motivação, a introdução, a leitura e a interpretação. Amparamo-nos também nas teorias de Thiollent (2011) para nortear motodologicamente a pesquisa-ação nos aspectos quantitativos e qualitativo. Para embasarmos as nossas ideias sobre ensino de leitura da literatura, buscamos os conhecimentos dos seguintes escritores: Petit (2009), Lajolo (2002), Zilberman (1991), Zilberman e Silva (2008) e Todorov (2009); além de teóricos sobre leitura de poesia no espaço escolar, como Aristóteles (2008), Candido (1996, 1989), Gebara (2002), Pinheiro (2018), Pilati (2018), Sorrenti (2013). E Selecionamos para a implementação das atividades os seguintes poetas com seus respectivos poemas escolhidos. Da literatura do cânone nacional, os corpus: Mario Quintana, “O Adolescente” e “Bilhete”; Manuel Bandeira, “Poema tirado de uma notícia de jornal” e “Vou-me embora pra Pasárgada”; Cecília Meireles, “Ou isto ou aquilo” e “Mulher ao Espelho”. E do cânone paraense: Bruno de Menezes, “Poesia IV” e “Batuque”; Max Martins, “Ver-o-Peso” e “A Casa”; Olga Savary, “Narciso” e “Vida: Duelo de contrastes”.

  • JOSUÉ PEREIRA DE LIMA
  • A PRÁTICA DA INTERTEXTUALIDADE NA FORMAÇÃO DE LEITORES E PRODUTORES DE TEXTO PROFICIENTES

  • Data: 28/07/2020
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  • Esta pesquisa tem como tema a intertextualidade na formação de leitores e produtores de texto proficientes, e apresenta como foco esse fenômeno como fator relevante para o processamento do texto na leitura e na escrita. Problematiza-se o fato de que, embora haja estudos, experiências e pesquisas que mostram novas
    metodologias para desenvolver um trabalho com leitura e escrita, que valorize o aluno como o principal agente do processo comunicativo e torne-o competente nas suas práticas sociais, há, decerto, ainda uma parte de estudantes que não tem domínio suficiente de recursos textuais-discursivos. Um desses recursos que poderia
    favorecer a capacidade de leitura e escrita seria a prática da intertextualidade em sala de aula, pois é crucial fazer os alunos perceberem que os textos que eles leem não surgiram isoladamente, mas que mantêm uma relação com outros já existentes. E é nesse sentido que se apresenta esta pesquisa, cujo objetivo geral é desenvolver o conhecimento de alunos de 8o/9o ano sobre o fator intertextualidade, no processamento do texto tanto na leitura quanto na escrita. Para o presente estudo, inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica para identificar as teorias que abordam a intertextualidade, discutindo sua natureza, suas tipificações, sua importância e relevância, bem como focalizou-se a intertextualidade como objeto de atividades nas
    aulas de língua portuguesa com a intenção de esclarecer qual realmente é a função que ela pode cumprir na prática de leitura e produção de texto. Para isso, foram considerados os estudos de vários autores, como Abaurre e Pontara (1999), Val (2000), Bakthin (2003), Soares (2004), Fiorin (2006), Koch & Elias (2006), Bazerman (2007), Marcuschi (2009), Koch, Bentes & Cavalcante (2012), Antunes (2017). Em termos metodológicos, este trabalho desenvolveu-se por meio da pesquisa-ação, pois, a partir da constatação de um problema recorrente em duas turmas de oitavo ano, da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Piauí, a qual passou a ser alvo de investigação/observação, pensou-se logo em ações, no contexto do ensino da leitura e escrita, que pudessem confrontar o problema encontrado naquelas turmas, mas, para isso, contou-se com a ação conjunta dos participantes envolvidos para uma possível transformação daquela realidade em que estes se encontravam. A abordagem dos dados desta pesquisa é de natureza quali-quanti, uma vez que foi feito um levantamento de dados objetivamente quantificados e procurou-se interpretá-los; ao mesmo tempo, foram feitas propostas de atividades envolvendo a intertextualidade, com vistas a favorecer os sujeitos envolvidos uma reflexão no ato de ler e escrever dentro e fora da sala de aula. Os resultados obtidos pela aplicação da proposta didática, em que se considerou o recurso da intertextualidade como objeto de atividades nas práticas de leitura e produção textual, foram satisfatórios e animador, pois alguns alunos que apresentavam imensa dificuldade nas práticas de ler e escrever, passaram a ter menos dificuldade em relacionar, compreender, interpretar e produzir textos. Este trabalho proporcionou uma experiência enriquecedora e mostrou que, com a utilização consciente do recurso da intertextualidade em sala de aula, é possível contribuir para a formação de bons leitores e bons escritores.

  • LENA CILENE HASHIGUTI DE ARAÚJO
  • BIBLIOTECA ITINERANTE NA ESCOLA: UMA PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

  • Data: 25/06/2020
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  • Formar leitores em um país onde há dificuldades de acesso a livros por maior parte da população, em razão de condições sociais desiguais, é um desafio, mas também um compromisso que deve ser assumido pelos órgãos responsáveis pela educação em todos níveis, e, principalmente, pela escola pública. Pois, ela possui ferramentas capazes de atuar para promover a democratização da leitura. A principal delas é a biblioteca escolar, a   qual não
    consiste somente em um espaço físico dentro da escola, mas em um movimento em prol da disseminação da leitura no espaço escolar, de modo que ao estudante seja dada a oportunidade de inserir no seu cotidiano um elemento a mais, o livro. Desse modo, este estudo elencou como objetivo central a promoção do acesso ao livro aos estudantes de uma escola pública da rede estadual do distrito de Icoaraci, da cidade de Belém do Pará, por meio da criação de uma biblioteca itinerante. A biblioteca foi organizada com acervos do Programa Nacional Biblioteca na Escola – PNBE. Para que os acervos ficassem disponíveis para todos os estudantes da instituição, foi realizado um projeto de leitura, com a participação do corpo docente e técnico da escola, tendo como atividade principal O Dia da Biblioteca Itinerante na Escola. Contudo, apenas cinco turmas do Ensino Fundamental II foram acompanhadas pelo professor-pesquisador. Essas turmas receberam estímulos para realizar empréstimos durante as aulas destinadas à leitura, nas quais buscou-se estratégias de leitura que levasse em consideração as particularidades de cada estudantes ao entrar em contato com textos polissêmicos. Elegeu-se como metodologia para a coleta e discussão de dados a pesquisa-ação. A discussão teórica está fundamenta em Zilberman (1991), Lajolo, Zilberman (1996), Gebara (2002), Abreu (2006), Lajolo (2006) Ferrera (2009), Sales (2014), De Maria (2016) e outros.

  • NATALIA MORAES CARDOSO
  • IDAS E VINDAS DA ESCRITA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DE PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 18/06/2020
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  • Neste trabalho, discutimos uma experiência de ensino da escrita pautada na organização coletiva do trabalho pelos professores da área de Língua Portuguesa da Escola Municipal de Ensino Fundamental Raimunda da Silva Barros, situada na periferia da cidade de Cametá, nordeste do Pará. A pesquisa teve início com a avaliação e re(construção) de um projeto de escrita previamente existente na escola, pensada a partir das análises dos resultados do projeto e dos textos produzidos pelos alunos. Propusemos, no ano letivo de 2019, algumas alterações e/ou modificações no projeto baseando-nos em nosso objetivo geral, que consistiu em desenvolver uma proposta de ensino da escrita para os anos finais do ensino fundamental que permitisse ao corpo docente de Língua Portuguesa da instituição produzir sua própria avaliação do desempenho dos alunos, com vistas à elaboração de um projeto de formação do aluno leitor e escritor. Para a consecução deste, propusemos como objetivos específicos: a) criar espaços de trabalho coletivo na escola, envolvendo o corpo docente de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental, por meio da proposição de um grupo de trabalho sobre escrita; b) avaliar coletivamente os resultados do projeto “A redação em exame” do ano de 2018; c) tornar a escola e a sala de aula de língua portuguesa espaço de exercício cotidiano das habilidades de escrita pela proposição e execução de um projeto de escrita coletivamente construído pelos docentes de Língua Portuguesa; d) criar formas de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento da escrita dos alunos que possam ser compartilhadas pela escola, de modo a favorecer a continuidade do trabalho. O enfoque teórico que nos ajudou a pensar essas ações pautou-se em duas “frentes”. Na primeira, de modo geral relacionada à área da educação, valemo-nos dos estudos de Michael Apple (1989; 1995); Maurice Tardif e Claude Lessard, (2005) e Jorge Larrosa (2002), que discutem a relação entre as práticas docentes e os conhecimentos que sustentam o trabalho docente. Na segunda, no âmbito da linguagem, contamos com as contribuições de Mikhail Bakhtin e Valentín Volochinov (1997), Eglê Franchi (1986), Lucy Mccormick Calkins (1989), Magda Soares (1992), Cláudia Riolfi et al. (2008), Sírio Possenti (2009), e, de modo especial, com as obras de João Wanderley Geraldi (1984; 1997; 2015), as quais nos ofereceram a oportunidade de pensar o ensino e aprendizagem de língua portuguesa numa perspectiva interacionista, considerando as próprias práticas escolares como espaço social de trocas, de resistências e de transformações. A metodologia de nosso trabalho consistiu em uma pesquisa-ação crítica, nos termos de Ghedin e Franco (2008), cuja natureza compõe-se de uma pesquisa descritivo-qualitativa de caráter diagnóstico, pela qual realizamos um trabalho de observação, investigação e reflexão do produto de nossa própria prática docente. Em sala de aula, realizamos atividades diversas pautando-nos nos três pilares do ensino de língua materna que, segundo Geraldi (1984), são: leitura, produção textual e análise linguística. De modo geral, essas atividades tiveram como objetivo ajudar os alunos a adquirirem habilidades de linguagem presentes em textos de bases narrativo-descritiva e expositivo-argumentativa. Os resultados apontam em duas direções: a primeira refere-se à possibilidade de se efetivar na escola espaços de discussão nos quais a coletivização do trabalho aponte caminhos para soluções de problemas enfrentados na sala de aula. Já no que se refere aos alunos, mostramos com nossa experiência no chão da sala de aula que é possível nas aulas de língua materna propiciar a construção de habilidades de escrita que permitam aos alunos constituírem-se como autores.

  • ADENILZA NUNES SOARES DA SILVA
  • ZEUS OU A MENINA E OS ÓCULOS, DE MARIA LÚCIA MEDEIROS: CONTRIBUIÇÕES PARA O LETRAMENTO LITERÁRIO NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 29/04/2020
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  • O presente trabalho, intitulado “Zeus ou a menina e os óculos, de Maria Lúcia Medeiros: contribuições para o letramento literário no Ensino Fundamental” é resultado de reflexões acerca do ensino da leitura literária no ambiente escolar e tem por finalidade o desenvolvimento de leitura de literatura, bem como a análise dos resultados das atividades em sala de aula, por meio de uma proposta direcionada a alunos do 7º ano do Ensino Fundamental Anos Finais, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Externato Santo Antonio Maria Zaccaria, localizada no município de São Miguel do Guamá-PA. Para tanto, foi escolhido o livro de contos Zeus ou a menina e os óculos (1988) da escritora paraense Maria Lúcia Medeiros. As discussões teóricas atreladas a essa proposta do PROFLETRAS envolvem a formação de leitura literária e letramento literário as quais servirão de reflexões sobre a prática docente. Diante disso, a argumentação traz os estudos de AZEVEDO (1986), ZILBERMAN (1991), LAJOLO (1996), CANDIDO (2011) e COSSON (2014), entre outros, a fim de contribuir para que as atividades com a leitura de textos literários auxiliem na formação de leitores.

  • EDILENA PINHEIRO GUERRA
  • A LEITURA DE O DIÁRIO DE ANNE FRANK EM SALA DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA NA AMAZÔNIA

  • Data: 28/04/2020
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  • Esta dissertação de mestrado trata da leitura do texto literário e da produção de notas de leitura e cartas com 37 alunos, dispostos em duas turmas do 9º ano de uma escola pública municipal localizada no bairro do Guamá, o mais populoso da cidade de Belém (PA). O repertório teórico para a discussão do papel da literatura na formação humana e seu lugar na escola incluiu Candido (2007), Chartier (2001), Freire (2000), Manguel (1997), Maria (2016), Morin (2000, 2005), Petit (2009), Silva (1993), Todorov (2009) e Zilberman (1989). Nossa perspectiva metodológica teve como base as teorias da Recepção (Jauss, 1994; Iser, 1996) e a Sociologia da Leitura (Horellou-Laforge e Segré, 2010). Foi elaborado um conjunto de atividades com o objetivo de promover o contato significativo com a leitura e a escrita, a partir das conexões entre a narrativa biográfica de Anne Frank e as vidas dos estudantes, adolescentes na faixa etária entre 13 e 16 anos, a maioria com 14, em situação de vulnerabilidade econômica e vivendo num contexto violento. O diário de Anne Frank (1974) foi lido integralmente, parte em sala, parte em casa; alguns leram em suporte de papel (livros, fotocópias), mas a maioria em aplicativos de leitura para formato ePub. As trocas de impressões sobre a leitura e avaliação das atividades se deram tanto no ambiente da sala de aula, quanto em espaços virtuais, de aplicativo de mensagens e redes sociais. A identificação imediata dos estudantes com a personagem do Diário, motivada pelo ambiente em que vivem, a opressão que experimentam e também pelos dilemas típicos da adolescência; a linguagem acessível; a organização em capítulos curtos, motivaram a leitura e promoveram o engajamento dos leitores com o texto. No final do processo, a leitura parece ter sido significativa e colaborado para enriquecer o repertório imaginativo, histórico, linguístico e estético dos alunos, além de humanizado as relações em sala de aula.

  • CLARA MARIA MESQUITA SILVA
  • A DESCRIÇÃO COMO RECURSO TEXTUAL-DISCURSIVO NA PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS: PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

     

  • Data: 30/03/2020
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  • Este trabalho tem como tema a descrição como recurso textual-discursivo na produção escrita de alunos. Merece atenção neste estudo o fato de que a descrição, como recurso de composição textual, contribui para a coerência e serve à argumentatividade. Os alunos, de maneira geral, têm dificuldades de operar/escrever sequências descritivas com valor argumentativo/expressivo. E a descrição constitui uma demanda sociodiscursiva diária. Considerando esses pontos, esta pesquisa perguntou: que conhecimento os alunos dispõem quanto ao uso de sequências descritivas? Objetivou projetar e executar uma proposta didática - parcialmente baseada em Lopes-Rossi (2011; 2006) - composta por atividades que analisassem a descrição como recurso textual/discursivo, visando ao desenvolvimento/aprimoramento da competência descritiva dos alunos. Metodologicamente, este trabalho norteou-se pelos processos da pesquisa-ação. Fez-se uma análise descritiva/exploratória de como os livros didáticos, de três coletâneas de Língua Portuguesa, destinadas aos anos finais do Ensino Fundamental, abordam didaticamente a tipologia descrição. Analisou-se, diagnosticamente, se os alunos da pesquisa inserem sequências descritivas em seus textos/contos. Se inserem, como procedem? Depois, a proposta foi aplicada e os resultados analisados, observando-se os novos textos/contos escritos pelos alunos. Este trabalho ancora-se nas construções teóricas da Linguistica Textual, tocantes ao texto e ao fato de que a textualidade é resultado da articulação entre fatores linguísticos e não linguísticos; e à concepção interacional da linguagem ao tratar do processo de escrita - (KOCH 2017; 2016); Marcuschi (2010; 2012); Antunes (2010); e Bronckart (1999). E, sobretudo, orienta-se por exposições de Marquesi (1995; 2007; 2011; 2017) concernentes à formulação de uma teoria à superestrutura do descritivo e a especificidades linguístico-discursivas dessa sequência tipológica. No desenvolvimento da pesquisa, identificou-se que, em predominância, as atividades sugeridas por livros didáticos tratam a descrição de modo superficial, fora de contextos, ou como pretexto para a metalinguagem. Os resultados obtidos após a implementação da proposta didática mostraram relativa progressão das descrições construídas. Os alunos manifestaram avanço no processo de filtrar com coerência as características evidenciadas pelas descrições feitas. Teceram, portanto, recortes descritivos favoráveis à progressão temática/semântica de seus contos. Já esboçam habilidades de construção de descrições mais criativas, mais complexas: que saem do plano das operações concretas ao plano das operações lógicas, por meio do uso de recursos estilísticos. Avalia-se, portanto, que empreender estratégias de ensino em que a tipologia descrição é estudada - considerando sua função discursiva, argumentativa e expressiva - pode contribuir para o aperfeiçoamento da capacidade dos alunos de criar imagens verbais coerentes com objetivos específicos (revelar o perfil de uma personagem, criar pistas enigmáticas, gerar suspense...).

  • NAZARÉ DO SOCORRO FERREIRA PINHEIRO
  • A FORMAÇÃO DE LEITORES NA EJA POR MEIO DA LEITURA DE FÁBULAS E CORDÉIS, EM SALA DE AULA

  • Data: 14/02/2020
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  • A Dissertação de mestrado intitulada “A formação de leitores na EJA: educação literária por meio da leitura de fábulas e cordéis em sala de aula” apresenta uma proposta de intervenção pedagógica no ensino da literatura para uma turma da 3ª Etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola localizada na cidade de Barcarena, município brasileiro do Estado do Pará, pertencente à mesorregião Metropolitana de Belém. Esse trabalho resulta da constatação, a partir do ingresso do curso de mestrado PROFLETRAS, da quase anulação da leitura literária nas aulas de Língua Portuguesa. Constitui-se de uma discussão sobre a importância da leitura literária como uma atividade humanizadora e de uma experiência de leitura de fábulas e cordéis, em sala de aula, utilizando a sequência básica desenvolvida por Rildo Cosson (2016), estruturada em: motivação, introdução, leitura e interpretação, tendo como corpus as Fábulas A cigarra e as formigas, O leão e o rato agradecido, escritas por Esopo, e a releitura das referidas fábulas: A Cigarra e a Formiga e O Leão e o Rato, de Jean de La Fontaine; os cordéis: Afro-Brasil em cordel, de Nezile Alencar e A descoberta do cavalo, de Severino José. Essa pesquisa busca promover a literatura em sala de aula, formar leitores proficientes em leitura literária, além de propiciar uma aprendizagem significativa na vida dos alunos que já ultrapassaram a idade de escolarização regular. Esse trabalho ancora-se nos pressupostos sobre o ensino da leitura literária centradas em estudiosos brasileiros como Antonio Candido (1995), Marisa Lajolo (2001, 2010), Regina Zilberman (1991), Rildo Cosson (2014, 2016), Neide Luzia Rezende (2013), além dos teóricos Tzvetan Todorov (2009), Michèle Petit (2013) e Miguel Arroyo (2017). A proposta de intervenção é baseada na teoria da pesquisa-ação de Michel Thiollet (2001). Ainda sobre a metodologia utilizada, houve a aplicação de um questionário inicial com o intuito de se estabelecer um diagnóstico sobre a leitura literária dos alunos da Educação Básica para a elaboração da proposta. Posteriormente, foram aplicadas as sequências básicas visando à interação do aluno, à valorização da oralidade e à experiência da comunicação literária, a partir da mediação do professor. Os resultados observados foram considerados satisfatórios por essa metodologia apresentar inúmeras possibilidades para um trabalho significativo com o texto literário em sala de aula, no Ensino Fundamental.

2019
Descrição
  • CINARA LOPES RODRIGUES
  • O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA ARGUMENTATIVA: um trabalho com o gênero Meme em turma de 8º ano.

  • Data: 26/09/2019
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  • No contexto de constante evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação, emergem gêneros dotados de multimodalidade, como o gênero discursivo Meme, que caem no gosto dos usuários de redes sociais, espaço onde esse gênero circula predominantemente. Assim, observando o frequente compartilhamento de Memes e aos percebermos a dificuldade que os alunos apresentam ao desenvolver atividades que exigem competência argumentativa, surgiu a seguinte questão norteadora desta pesquisa: “Os Memes publicados/compartilhados nas redes sociais podem ser utilizados em atividades voltadas para o desenvolvimento argumentativo dos alunos?”. A partir dessa questão, levantamos a hipótese de que é possível utilizar Memes publicados em contexto de redes sociais como elementos instigadores/potencializadores da argumentação. Deste modo, estabelecemos como objetivo geral deste trabalho de pesquisa analisar o desenvolvimento argumentativo dos estudantes do 8º ano, por meio de uma proposta de trabalho com o gênero Meme. No que tange aos objetivos específicos da pesquisa, pretende-se: a) instigar o desenvolvimento da escrita argumentativa por meio da postagem de Memes em grupo de WhatsApp; e b) avaliar como atividades baseadas na utilização das redes sociais podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, influenciando na escrita argumentativa. No que tange à metodologia, consiste em uma pesquisa-ação, qualitativa-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada. Nessa perspectiva, para verificar o nível de desenvolvimento dos alunos no que tange à desenvoltura argumentativa, foi realizada uma atividade inicial que consistiu na produção de um pequeno texto, a partir da leitura de um Meme que viralizou nas redes sociais (o garoto com a testa tatuada). A partir do diagnóstico resultante dessa atividade, foram verificadas consideráveis dificuldades referentes à habilidade argumentativa dos discentes como: dificuldade em apresentar argumentos próprios, baseados em dados e informações; dificuldade em escrever um texto argumentativo seguindo a estrutura de textos desse tipo. Com base nos resultados da diagnose e na busca pela resposta da questão-problema desta pesquisa, foi elaborado um Projeto Educacional de Intervenção (PEI), o qual teve como fundamentação teórica a metodologia de projetos de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008), que foi implementado em escola pública de ensino fundamental, no município de Breves-PA. A elaboração dessa proposta e as análises dos dados foram norteadas pelos estudos de Bakhtin/Volochinov (2006) e Bakhtin (2016), no que tange aos estudos da linguagem e dos gêneros discursivos; pelos estudos acerca da utilização das tecnologias no contexto escolar de Valente (1999), Braga (2013), Coscarelli(2005 e Rojo (2015); como estudos norteadores sobre o gênero discursivo Meme, utilizaremos os escritos de Maciel e Takaki (2016), além das consideráveis abordagens feitas por Koch e Elias (2015; 2016), Charaudeau (2016) e Fiorin (2017) acerca do texto argumentativo. Os resultados da intervenção mostraram que o gênero Meme, dotado de caráter humorísto, possui características argumentativas ao tratar de temas do cotidiano e pode contribuir para o desenvolvimento da escrita argumentativa, seja por meio de atividades realizadas em contexto digital ou em atividades realizadas em sala de aula, uma vez que os alunos demonstram, ainda que parcialmente, avanços relacionados à capacidade de argumentação.

  • JOSÉ LUIZ FERREIRA AMORAS
  • O ESTUDO DA ESTRUTURA DA FRASE: contribuição para a produção de textos de alunos do 8º ano do ensino fundamental

  • Data: 20/09/2019
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  • O presente trabalho tem como objeto de estudo a frase em contextos reais de comunicação. Apresenta como objetivo geral contribuir para o desenvolvimento da capacidade dos alunos de construir frases bem estruturadas, de modo a concorrer para a ampliação de sua competência textual-discursiva na produção de textos escritos. E orienta-se pelos objetivos específicos de compreender em que consiste o conhecimento dos alunos sobre construção de frases ao produzir textos; fazer uma abordagem teórico-descritiva da frase que a considere em seu uso efetivo no texto; relacionar o estudo da frase com a leitura e produção de textos por meio da abordagem do gênero discursivo resumo. A partir das bases teóricas apropriadas e das orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que afirmam que o ensino da língua portuguesa deve se pautar na leitura, na produção textual e na análise linguística, efetivou-se a pesquisa e a intervenção pedagógica, nos anos letivos de 2017, com uma turma de 8º ano, e de 2018, com a mesma turma, no 9º ano, de uma escola estadual da cidade de Ananindeua-PA. O ponto de partida foi a pesquisa descritivo-qualitativa, para fins de diagnose, a partir da qual se implementou uma intervenção pedagógica, que consistiu na elaboração e aplicação de uma proposta didática, cujo objetivo principal foi contribuir para que o aluno construísse conhecimento sobre como melhorar a organização de suas frases na composição do texto, o que poderia aumentar sua capacidade de produzir textos bem construídos em sua materialidade linguística e na progressão coerente de ideias. Para isso, este trabalho de pesquisa se pautou nas teorias funcionalistas do estudo da língua/linguagem, no que se refere ao uso da língua em contextos reais de interação verbal, tendo como principal referencial teórico o holandês Simon Dik (1989), que desenvolveu uma proposta teórica no âmbito da gramática funcional, dando uma grande contribuição à concepção funcionalista da língua sobre o aspecto sintático da predicação da frase. Além desse linguista, são referências importantes deste trabalho os estudos feitos por Borba (1996), Bakhtin (1997), Martelota (2003), Pezatti (2004), Neves (1994, 1997, 2000, 2003, 2004), Lopes-Rossi (2008), Castilho (2010) e Antunes (2014). A conclusão do trabalho aponta que é de imensa importância a aquisição do conhecimento sobre as possibilidades de construção de frases, estruturalmente, bem organizadas, em contextos de usos reais da língua, uma vez que esse conhecimento contribui para o aumento da competência textual-discursiva do aluno. De fato, a pesquisa revelou que, com o conhecimento construído sobre como organizar melhor a estrutura das frases, os alunos conseguiram melhorar suas produções textuais, tornando-se mais hábeis em cumprir os princípios que regulam a formação adequada de um texto.

  • ANTÔNIO APRÍGIO FERNANDES DE ARAÚJO
  • A ARGUMENTAÇÃO NO DISCURSO DE SUJEITOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: A construção da identidade regional mediada pelo gênero canção nos estilos Música Popular Paraense e Tecnobrega

  • Data: 09/09/2019
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  • A pesquisa constitui-se como realização de um projeto de dissertação do Programa de Mestrado Profissional em Letras - PROFLETRAS e está caracterizada como pesquisa-ação. Desenha-se como principal objetivo motivar a construção da argumentação escrita em torno da reflexão do sujeito discente do ensino fundamental maior acerca de sua identidade cultural (regional/paraense). Daí, ao trabalhar com a argumentação indicar alternativas pedagógicas comprometidas com um sujeito crítico; discutir as relações de poder implicadas no debate acerca das singularidades/diferenças regionais e mais especificamente mostrar de que maneira a música pode ajudar o aluno a preparar-se socialmente e de forma crítica entendendo e posicionando-se diante das relações de poder existentes. Essa pesquisa tem suas bases nas concepções teóricas e metodológicas da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, mais especificamente nas concepções de Foucault (2008). Também ao trabalhar com a produção de identidade do sujeito aluno paraense, mediada na Música Popular Paraense (MPP), este estudo delimita-se aos estudos culturais e da identidade difundidos por Certeau (1994), Bauman (1999) Canclini (1991). Além disso, conta com aportes teóricos de estudiosos da linguística textual, mais especificamente, dos conceitos referentes à teoria da argumentação de Koch (2004) e Fiorin (2015). Isso pensando-se a argumentação como um expediente discursivo, textualmente possível de ser acionado pelos sujeitos alunos. A pesquisa busca traçar metodologicamente ações que proporcionem a audição, análise-reflexão acerca da produção musical, considerando a recepção/performance do Tecnobrega e da MPP por parte dos sujeitos alunos, na medida em que tais produções tematizam uma identidade regional paraense. Então, buscar-se-á propor/mediar a construção da argumentação em textos escritos pelos sujeitos alunos, tendo como temática a identidade cultural, a partir dos textos delimitados a dois gêneros musicais identificados como paraenses.

  • TATIARA FERRANTI NERY
  • PROPAGANDA DE VIOLÊNCIA SIMBÓLICO-REGIONAL CONTRA A MULHER: discurso e identidade na escola.

  • Data: 09/09/2019
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  • O presente estudo discorre acerca dos discursos produzidos por alunos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Tia Erica Strasser, em Moju - PA, a partir da realização de atividades de escrita e leitura de campanhas publicitárias oficiais sobre violência física a simbólico-regional contra a mulher, a exemplo do escalpelamento, comum na Amazônia paraense. Portanto, ao estabelecer a relação entre propaganda, violência, identidade, gênero, discurso e ensino, o objetivo principal da pesquisa é ampliar a visão crítica do estudante a respeito da temática e incentivar o protagonismo estudantil no que concerne às mudanças das relações sociais de cunho violento e discriminatório. Com base nos pressupostos da Análise do Discurso de linha francesa, mais especificamente nas concepções de Foucault (2008) e Pêcheux (2002), e nos preceitos teóricos sobre identidade, difundidos por Hall (2002) e Bauman (2005), pretende-se, mais especificamente: 1) refletir de que maneira o sujeito aluno posiciona-se diante da temática feminina e da violência simbólico-regional e de gênero; 2) analisar como os estudantes constroem sentidos e inscrevem suas identidades sociais e culturais acerca da problemática do gênero a partir das leituras de campanhas publicitárias oficiais sobre o combate à violência contra a mulher; e 3) compreender quais as leituras dos estudantes a respeito do discurso dos anúncios publicitários, de modo a refletir se há identificação, aceitação, reafirmação, desconstrução ou ainda inscrição de suas identidades nesses discursos. Segundo Foucault (1969), o discurso é um conjunto de enunciados que pertencem a uma mesma formação discursiva. Desse modo, analisar a formação discursiva consiste em verificar as relações de sentido daquilo que se diz com outros dizeres, assim como as delimitações discursivas que as circunscrevem. Nesse sentido, esta pesquisa é importante para subsidiar de forma mais eficaz os alunos no processo de compreensão e produção de campanhas publicitárias, construindo nos discentes leitores um olhar mais crítico da realidade e o combate à violência contra a mulher. Por fim, a partir da análise em curso de uma proposta de intervenção desenvolvida na escola, verificou-se que muitos discursos que enfatizavam a mulher como sujeito inferior ao homem e como personagem feminino violentado, feito para servir o outro e sem liberdade para a tomada de decisões podem ser desconstruídos. Assim, notou-se ainda que as atividades com as propagandas despertaram nos estudantes um olhar mais crítico e reflexivo com relação às suas ações e as de outrem, tornando-se sobretudo agentes ativos na desconstrução de desigualdades e discriminações que marginalizam e oprimem o gênero feminino e que são historicamente reproduzidas contra a mulher.

  • JOSIANE DIAS DE AZEVEDO
  • O PONTO E A VÍRGULA NAS PRODUÇÕES ESCRITAS E NA ORIENTAÇÃO DA LEITURA DE ALUNOS DO FUNDAMENTAL MAIOR

  • Data: 19/08/2019
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  • Este trabalho analisa, por meio de atividades orais e escritas, as principais dificuldades de compreensão e de uso da vírgula e do ponto por alunos do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Abaetetuba-PA. Para sua realização, após observar as dificuldades presentes nos textos dos alunos, analisou-se o peso dos fatores sociolinguísticos no condicionamento dessas dificuldades e, em seguida, elaborou-se uma proposta de intervenção didático-pedagógica para auxiliar os professores no trabalho com os sinais de pontuação e estimular os alunos a refletirem sobre esse tema. Os pressupostos teóricos deste estudo trazem a contribuição de autores como: Kail (2013), sobre a aquisição da linguagem; Fayol (2014), em relação ao processo de aquisição da escrita; Marcuschi (2008), acerca da oralidade, relacionando-a ao letramento e às práticas sociais; e Antunes (2003), em torno da importância de se abordar a pontuação de forma reflexiva e vinculada à oralidade. Para a efetivação desta pesquisa, cuja metodologia é de natureza descritiva e quantitativa, foram analisados textos dos gêneros fábula, relato de experiência vivida e texto de opinião, além de um teste de percepção e uma atividade oral, conforme os pressupostos da Sociolinguística Educacional. Por meio das análises realizadas e dos estudos da literatura referentes ao tema em questão, observou-se que, no gênero fábula, os alunos não apresentaram muita dificuldade quanto ao uso dos sinais gráficos indicadores de diálogo (dois pontos e travessão), entretanto a vírgula e o ponto, em muitos momentos, não foram utilizados ou o foram de forma problemática, fato que se repetiu em todos os gêneros trabalhados, com maior incidência no gênero relato de experiência e menor incidência no gênero texto de opinião. Constatou-se também que os meninos têm mais dificuldades que as meninas em usar a vírgula e o ponto e em perceber os sentidos que a alteração na pontuação do texto pode proporcionar. Considera-se que tais dificuldades se devam, em parte, porque a pontuação ainda é trabalhada de forma prescritiva e descontextualizada, desvinculada de atividades de leitura e produção de texto. Dessa forma, avalia-se que trabalhar os sinais de pontuação tendo o texto como unidade de ensino e desenvolvendo atividades orais e escritas, por meio de diferentes contextos, possibilita que os alunos percebam o quanto a pontuação é importante para a construção de sentidos e a manutenção da coerência textual e, por isso, ferramenta essencial para a produção e compreensão de texto.

  • HELENA DO SOCORRO DAMASCENO PALHETA BORGES
  • CONSTRUÇÃO DE GLOSSÁRIO COMO MEDIAÇÃO DA ESCRITA DE ALUNOS DO CAMPO

  • Data: 19/08/2019
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  • O presente trabalho trata das dificuldades de leitura e escrita de textos de alunos da Escola do Campo. O objetivo geral da pesquisa consiste em descrever os principais problemas de escrita dos alunos e construir uma proposta didático-pedagógica para se enfrentar essa realidade. Como se sabe, as atividades de leitura e escrita envolvem processos sociocognitivos complexos e exigem domínios de habilidades (igualmente complexas) que se adquirem e se desenvolvem por meio de práticas linguísticas que favoreçam a conceptualização e a verbalização do mundo. Tais práticas linguísticas envolvem, por exemplo, a observação e a reflexão sobre as coisas do mundo, a produção de texto (oral e escrito), a reescrita e a reelaboração discursiva, a sintetização e o desenvolvimento de tópicos temáticos, a reflexão metalinguística. Neste presente trabalho, portanto, apresentamos uma proposta de intervenção, embasada (dentre outros) na Pesquisa-ação (cf. THIOLLENT, 2008) e na Sociolinguística Educacional (cf. BORTONI-RICARDO, 2004, 2008, 2014), que usa como estratégia a elaboração de um glossário especializado dos termos das atividades agrícolas da Escola do Campo. A pesquisa e a intervenção foram desenvolvidas juntamente com os alunos do sexto/sétimo ano, na Escola Municipal Agrícola de Barcarena-PA, e compreendem as seguintes etapas metodológicas: (i) Observação diagnóstica; (ii) Identificação e análise dos problemas de escrita; (iii) Apresentação dos resultados; (iv) Processo de produção de textos a partir do gênero verbete; (v) Elaboração de fichas catalográficas; (vi) Coleta e seleção dos dados; e (vii) Organização de um glossário ilustrado contendo 301 termos das atividades agrícolas da Escola, o qual foi a culminância da proposta de intervenção e que servirá como material didático na escola.

  • WLADEMIR FERREIRA DOS SANTOS FILHO
  • LEITURAS DE LÁ E DE CÁ: A FORMAÇÃO DE LEITORES A PARTIR DE DIÁLOGO ENTRE A 'LITERATURA DE MASSA' E A LITERATURA CANÔNICA

  • Data: 01/07/2019
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  • A presente pesquisa apresenta uma reflexão sobre a prática da leitura do texto literário no ensino fundamental, bem como procura verificar a eficácia de uma proposta de intervenção didática que conseguisse lograr êxito no escopo de formar alunos literariamente letrados a partir do diálogo entre a literatura de massa e a literatura canônica. Procurou-se desmistificar os discursos correntes de que o ―adolescente não lê, não gosta de ler, ou lê pouco‖. Para tanto, foi implementado na turma do nono ano do ensino fundamental da Escola Estadual Luiz Nunes Direito, em Ananindeua-PA, o projeto de leitura ―Leituras de lá e de cá...‖ A hipótese era a de que se a escola partisse dos interesses e da experiência real de leitura dos alunos, não só seria possível desenvolver práticas mais significativas de letramento literário na turma, como a adesão e o envolvimento dos alunos seriam mais efetivos. Lançando mão de métodos de ensino do texto literário centrados nas propostas dos círculos literários, de Cosson (2016) e da leitura recepcional, de Bordini & Aguiar (1988), a proposta propôs a leitura dos romances Uma canção para a libélula, de Juliana Daglio, e do conto Menina a caminho, de Raduan Nassar. Realizado de abril a dezembro de 2018, o projeto apresentou resultados que responderam positivamente às hipóteses previstas. Os alunos participantes demonstraram interesse e envolvimento durante a realização de todas as atividades da proposta de intervenção, tendo suas habilidades de leitoras desenvolvidas ou aprimoradas.

  • ELAINNE CRISTINA SANTANA DE LIMA
  • A RECEPÇÃO DE NARRATIVAS AMAZÔNICAS E A FORMAÇÃO DE LEITORES NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 01/07/2019
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  • literatura proporciona a humanização do indivíduo contribuindo para o seu desenvolvimento integral. Em razão dessa premissa, esta pesquisa se propõe a apresentar estratégias de mediação e recepção de leitura do texto literário com o intuito de possibilitar aprimoramento docente no que se refere às práticas de letramento literário realizadas nas salas de aula do ensino fundamental II – neste caso, numa turma de 7º ano – bem como garantir aos discentes um encontro efetivo com as obras por meio da leitura de textos integrais e oportunizar aos mesmos o compartilhamento das experiências de leitura. Para isso, selecionamos como corpus narrativas fantásticas e maravilhosas de temática amazônica iniciando as oficinas com as narrativas orais populares “A lenda do Norato” e “A cobra do rio Vacilande”, coletadas pelo projeto IFNOPAP, organizado pelos pesquisadores Simões e Golder (1995), assim como pelas histórias “A Mãe D‟Água do igarapé de São Joaquim” e “Cobra Grande do Murinim” recolhidas, respectivamente, pelos escritores/pesquisadores Walcyr Monteiro (2012) e Paulo Maués Corrêa (2016). Ao final das oficinas, propusemos a leitura do conto “Acauã”, de Inglês de Sousa (2012). Nosso estudo embasou-se, principalmente, nas teorias de Candido (2004), Todorov (1970, 2010, 2014), Petit (2007, 2009, 2013), Lajolo (1993), Zilberman (2009), Jouve (2002, 2012), Colomer (2003, 2007), Rouxel (2013a, 2013b, 2013c), Jauss (1979, 1994), Iser (1979, 1996), Silva (1988), Zhumtor (2007, 2010), Compagnon (2010), Goulemot (2011), Bernd (1992), Roas (2014), Hall (2015), Bettelheim (2015), de Maria (2016), Chiampi (2017), dentre outros. A base teórico-metodológica adotada pautou-se em Ghedin e Franco (2008), André (2008), Silverman (2009) e Thiollent (2011). Usando uma abordagem etnográfica, trata-se de uma pesquisa ação, qualitativo-interpretativa cuja metodologia baseou-se na sequência básica do letramento literário de Cosson (2016) bem como na perspectiva da metacognição a qual compreende o ensino-aprendizagem das estratégias de leitura proposta por Girotto e Souza (2010), Souza e Girotto (2011). A partir dessa concepção de trabalho, realizamos oficinas privilegiando a leitura oralizada dos textos supramencionados acompanhadas de atividades, nas quais enfocamos a mediação antes, durante e após a leitura assim como a utilização de estratégias para melhor compreensão do texto literário. Como resultado da pesquisa, comprovou-se a eficácia de uma prática de leitura mediada aliada ao ensino de estratégias que favoreçam o diálogo entre texto, autor e leitor a fim de promover maior interesse pela leitura literária, entendimento do que se lê, troca de experiências e engajamento para novas leituras. Da mesma forma, evidenciou-se que a leitura de narrativas que enfocam o elemento fantástico e maravilhoso amazônicos contribuem para a motivação leitora dos alunos do ensino fundamental II favorecendo a construção e manutenção do hábito da leitura literária.

  • VERA LÚCIA GONÇALVES DE ALMEIDA
  • LEITURA DO GÊNERO DISCURSIVO CHARGE: ABORDAGEM MULTICULTURAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

  • Data: 25/06/2019
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  • Esta pesquisa apresenta algumas reflexões relacionadas à compreensão leitora em textos multimodais, especificamente em textos chárgicos. O estudo iniciou a partir de nossas observações, em sala de aula, sobre as dificuldades enfrentadas por alunos para ler e compreender textos imagéticos. As observações viraram inquietações no sentido de desenvolver atividades que orientassem a prática leitora dos alunos. Desse modo, partimos da hipótese de que um projeto pedagógico de intervenção voltado para a leitura de textos multimodais pode contribuir para o desenvolvimento da compreensão leitora dos alunos, bem como para o aprimoramento de uma visão crítico-reflexiva dos leitores. Em função desse propósito, a pesquisa tem como objetivo geral verificar o nível de compreensão leitora em textos chárgicos dos alunos da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública da cidade de Macapá-AP, com o intuito de contribuir para a formação de leitores competentes. A partir da diagnose realizada e dos resultados observados, ancoramos nosso estudo, o qual tem como foco a leitura, nos estudos de Menegassi (2010; 1995). O autor trabalha as etapas do processo de leitura: decodificação, compreensão (literal, inferencial e interpretativo), interpretação e retenção. Nos estudos de Ohuschi, Oliveira, Luppi (2010), encontramos suporte para o desenvolvimento das atividades apresentadas no modelo proposto por Lopes-Rossi (2011). Como nosso estudo envolve textos multimodais cujo tema aborda o multiculturalismo, trazemos para nossa pesquisa as abordagens de Candau (2008) e Rojo (2015). Para esta pesquisa, adotamos uma investigação qualitativa, de vertente interpretativa, além de envolver características da pesquisa-ação. Os estudos foram desenvolvidos em uma turma da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública no município de Macapá-AP. O trabalho tem como corpus as respostas dos alunos na atividade diagnóstica e nas atividades apresentadas durante a implementação do Projeto pedagógico de leitura. Por se tratar de uma pesquisa que busca analisar o nível de compreensão leitora dos alunos da 3ª etapa da Eja, utilizamos como categorias de análise as etapas do processo de leitura segundo Menegassi (1995). Como resultado, observamos que o objetivo foi alcançado, pois, nas atividades de perguntas e respostas, os participantes apresentaram dificuldade em compreender os textos, ficando no nível de compreensão literal. Porém, na atividade na qual os alunos elegeram sua charge e escreveram sobre elas, houve demonstração de compreensão no nível inferencial.

  • MARTA GORETI DO NASCIMENTO RODRIGUES
  • A CONSTITUIÇÃO DOS SENTIDOS A PARTIR DO GÊNERO MULTIMODAL TIRA

  • Data: 25/06/2019
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  • Este trabalho consiste em uma proposta de pesquisa teórica e prática sobre a leitura de texto multimodal tira. Foi aplicado na turma do 7º ano do ensino fundamental de uma escola estadual da periferia de Belém. Justifica-se por conta da dificuldade que os alunos apresentavam na leitura desses textos com os quais têm contato nos mais diversos suportes a que têm acesso. Dentre os textos multimodais, utilizamos o gênero discursivo tira muito presente no livro didático deles e que exige, para uma leitura mais completa, além da compreensão do texto verbal, consideração dos elementos não verbais, a fim de contribuir para uma leitura crítica, autônoma, uma vez que a imagem é dotada de sentido e pode dialogar com os leitores da mesma forma que um texto verbal. Partimos da hipótese de que o trabalho com o gênero multimodal tira pode contribuir para a formação do leitor, podendo ampliar o nível de compreensão leitora dos sujeitos. Assim, desenvolvemos um projeto de intervenção (PI) abordando a leitura de texto multimodal, gênero tira, tendo as tecnologias como suporte de aprendizagem, a fim de averiguar se, por meio dele, houve avanço na forma de os alunos lerem esses textos, contribuindo, assim, para a construção da competência leitora. Tal proposta foi formulada a partir do que foi observado na diagnose da turma, realizada com a finalidade de analisar como os alunos estavam lendo o referido gênero. Nossa investigação teve como objetivo geral analisar as possibilidades de contribuições do gênero tira para a formação de leitores, usando as tecnologias como suporte potencializador da aprendizagem. Como categorias de análise, buscamos verificar o nível de compreensão leitora dos alunos, consideramos, especificamente, a etapa de compreensão e seus níveis: literal, inferencial e interpretativo; e as formas de apropriação do gênero multimodal, as quais consideramos: linguagem visual (imagens), linguagem quadrinística (balão, legenda, onomatopeia, pontuação). Fizemos uma pesquisa na área de Linguística Aplicada (LA) com a finalidade de contribuir para o referencial teórico e prático no que se refere ao ensino da leitura, bem como nortear nosso trabalho proposto aqui. Assim, apoiamo-nos em Kleiman (2012), Koch (2006), Menegassi (2010) e Menegassi e Ângelo (2005) e Solé (1998) que apresentam estudos voltados para o ensino e aprendizagem da leitura, enfocando as etapas do processo de leitura e as estratégias de leitura; em Ramos (2017; 2009) e Vergueiro (2016), quanto ao letramento visual e aspectos relacionados ao gênero tira. Quanto à metodologia, consiste em uma pesquisa-ação, qualitativa de cunho etnográfico, de caráter interventivo. O projeto de intervenção seguiu o modelo de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2011), com adaptações. Após a aplicação, foi possível responder às inquietações da pesquisa, decorrentes das dificuldades apresentadas pelos alunos em leitura. Dessa forma, como resultado, observamos que, após a participação nas etapas do projeto, os alunos demonstraram avanço na leitura de tiras, ainda que de forma parcial, uma vez que leram e analisaram de forma mais significativa, as tiras, cujos assuntos foram abordados em classe e contextualizados, chegando à compreensão de nível inferencial naquelas que produziram mediante as atividades em sala de aula; quanto à apropriação da linguagem dos quadrinhos, também foi parcial, uma vez que apenas fizeram uso de alguns elementos tais como balões e pontuação, deixando de lado outros também mencionados no projeto de intervenção, importantes para a leitura como legendas e onomatopeias.

  • LELIANE DE CÁSSIA GONÇALVES SILVA
  • LEITURA DE CONTOS MEDIADA PELO PROFESSOR, EM SALA DE AULA, NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 22/04/2019
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  • A Dissertação de Mestrado Leitura de contos mediada pelo professor, em sala de aula, nos anos finais do Ensino Fundamental consiste em uma proposta de intervenção pedagógica, na qual se apresenta uma experiência de formação leitora a partir da leitura e discussão de obras literárias com alunos de uma escola pública de Cametá, município do Estado do Pará. Pressupõe-se que com essa implementação seria possível torná-los cidadãos proficientes em leitura literária, isto é, leitores capazes de construir experiências, conhecimentos, conexões a partir da literatura e seu inerente processo de humanização, que corresponde ao reconhecimento da condição de ser humano, possibilitando-se, assim, sua educação literária. Esse trabalho resulta do reconhecimento, após o ingresso no curso de mestrado PROFLETRAS, do quase desaparecimento da leitura de obras literárias em sala de aula, especialmente nos quatro últimos anos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), embora reflexões teóricas apontem suas significativas contribuições para nosso processo de humanização e visão crítica do mundo. A fim de verificar de maneira científica essa realidade empírica e os aspectos estruturais que nos levam a situar a leitura, compreensão e interpretação dos alunos partícipes deste projeto como uma preocupação a ser explorada, utilizamos, em uma turma de 9º ano um questionário com perguntas objetivas e subjetivas relacionadas a seus dados pessoais, à formação e profissão de seus pais e a respeito de suas práticas de leitura literária, para, a partir dessa amostragem, saber quem é esse público, qual tipo de contato já teria com a literatura e se, ao final desta ação, os resultados desse ensino seriam positivos para a proficiência em leitura literária. Os pressupostos sobre o ensino da leitura de literatura concentram-se em estudiosos brasileiros como Antonio Candido (1995), Ezequiel Theodoro (2008), Regina Zilberman (1991), Marisa Lajolo (2000), Rildo Cosson (2014, 2016) e Luzia de Maria (2016) além do teórico estrangeiro Tzvetan Todorov (2009). Optou-se ainda por uma proposta de intervenção baseada na teoria da pesquisa-ação de Michel Thiollent (1986) e a tentativa de subsidiar a experiência com a leitura literária nessa realidade empírica foi a partir da sequência básica proposta por Rildo Cosson (2016), constituída por quatro etapas: motivação, introdução, leitura e interpretação, com algumas alterações, bem como o trabalho com leitura desenvolvido por Luzia de Maria (2016): para tal tivemos como corpus os contos “Restos do carnaval” e “Uma história de tanto amor”, da escritora Clarisse Lispector; e os contos “Zeus ou A menina e os óculos”, “Era uma vez” e “Velas. Por quem?”, da escritora paraense Maria Lúcia Medeiros. Vivendo-se em uma sociedade que exige cada vez mais a compreensão da palavra escrita, as aulas foram pensadas de modo que nosso aluno da Educação Básica, mediados pelo professor, antes, durante e depois da leitura das obras literárias, tivesse seu lugar de fala preservado, não somente as ouvindo – em silêncio -, mas interagindo e experienciando a comunicação literária para um letramento para a cidadania.

  • IDALÉIA CRUZ SILVA
  • O DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO LEITOR DE ALUNOS DO 8º ANO: um trabalho com textos de memórias literárias contadas por moradores antigos de Castanhal

  • Data: 28/02/2019
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  • Esta investigação consiste no estudo sobre o desenvolvimento da compreensão de leitura de alunos do 8º ano, a partir de um trabalho com o gênero memórias literárias. A pesquisa caracteriza-se como qualitativo-interpretativa, de caráter experimental e está pautada no dialogismo do Círculo de Bakhtin, além de teóricos e pesquisadores que seguem esta vertente. No tocante à prática de leitura, ancora-se, sobretudo, nos estudos de Britto (2012) e Menegassi (2010; 1995). Vincula-se ao Projeto de Pesquisa Dialogismo em Práticas Linguageiras a partir do trabalho com Gêneros Discursivos (UFPA – Castanhal). Partimos da hipótese de que a implementação de um trabalho com a leitura, sob o viés dialógico, possibilita aos estudantes do ensino fundamental o desenvolvimento de sua compreensão leitora. Com base nessa hipótese, temos como objetivo geral examinar as possibilidades e as consequências do trabalho com o gênero memórias literárias na formação leitora dos alunos do 8º ano e, como objetivos específicos: a) implementar uma proposta de intervenção de caráter experimental com textos de memórias literárias, contendo histórias do povo castanhalense; b) verificar a eficácia (ou não) das atividades elaboradas no interior do projeto pedagógico de leitura com textos de memórias literárias contadas por moradores antigos de Castanhal, a partir da análise do desenvolvimento do conhecimento de leitura dos discentes. A fim de averiguar nossa hipótese e contemplar nossos objetivos, primeiramente, realizamos uma atividade diagnóstica com a turma, com o gênero discursivo selecionado, para verificar o conhecimento leitor dos estudantes. A diagnose demonstrou que houve maior número de respostas adequadas nas questões de decodificação e de compreensão literal, certa dificuldade nas questões de compreensão inferencial e dificuldade maior nas questões de compreensão interpretativa e de interpretação. Com base nos resultados que obtivemos nesse diagnóstico, elaboramos uma proposta de intervenção pedagógica, contendo quatro oficinas, com o referido gênero, pautada na metodologia de Lopes-Rossi (2008). Após essa etapa em sala de aula, selecionamos as respostas-enunciados escritas de 12 informantes, como amostragem das respostas atribuídas às perguntas de leitura, para analisarmos qualitativamente esses dados. Os resultados nos mostraram que a maioria dos estudantes conseguiu refletir e entender o enunciado das questões, pois localizou informações explícitas no texto e, a partir delas, fez inferências e depreendeu os implícitos, demonstrando domínio dos níveis de compreensão literal e inferencial. Além disso, grande parte associou a temática discutida no texto com seus conhecimentos prévios e produziu respostas pessoais, evidenciando domínio do nível de compreensão interpretativa. A partir desse avanço, muitos discentes conseguiram emitir juízo de valor, construindo sentidos ao que foi abordado no texto, explicitando alcance à etapa de interpretação. Concluímos que a implementação do Projeto Pedagógico de Leitura com o gênero memórias literárias contribuiu para o desenvolvimento da compreensão leitora dos alunos do 8º ano.

2018
Descrição
  • SACHA EMMANUELLE DE SOUSA GOMES
  • A dinâmica discursiva no jornal escolar: a negociação de vozes em práticas de uso real da língua.

  • Data: 09/11/2018
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  • Nesta pesquisa, a partir de uma intervenção de pesquisa que visou o ensino de escrita para um jornal escolar, analisamos 11 textos jornalísticos escritos por alunos do 9º ano de uma escola estadual. Isso aconteceu depois de termos observado que as críticas que os discentes faziam em relação à escola não tinham espaço nos textos que escreviam nas aulas. Como forma de atender a esses dizeres não ouvidos, vimos a necessidade de investigar como os alunos, ao escreverem para o jornal escolar pensavam as experiências escolares e como incorporavam a palavra do outro, como a dos entrevistados, em seus textos. Pautamo-nos pela seguinte pergunta de pesquisa: como o aluno ao planejar e organizar as ideias, pesquisas e entrevistas, elabora construções textuais que incluem sua voz e a voz do outro no texto do jornal escolar? Tivemos como objetivo geral criar por meio de um jornal escolar um espaço para que o aluno use a palavra em práticas de uso reais da língua. Buscamos nos objetivos específicos: i) “Devolver a palavra” ao aluno tal como na expressão de Geraldi, para quem o texto deve ser construído com base em uma escrita real na qual o leitor do texto não seja apenas o professor, ii) Discutir como os alunos constroem pontos de vista sobre as situações vividas no espaço escolar e iii) Ensinar estratégias de gerenciamento de vozes tendo como base a intenção a ser alcançada, iv) Analisar os mecanismos linguísticos utilizados para a introdução da palavra do outro e negociação de vozes surgidas a partir do ensino do gerenciamento das vozes presentes no texto por intermédio de uma proposta de intervenção. Esta é uma pesquisa-ação que compreende uma perspectiva social da escola e outra que é a perspectiva discursiva da linguagem. Para a construção da primeira tomamos como base os teóricos Soares (2017), Geraldi (1993) e Apple (1995). Para a segunda, baseamo-nos nos teóricos Pêcheux (2014), Maingueneau (2014) e Authier-Révuz (2004). A metodologia de nossa intervenção incluiu a criação de um jornal escolar chamado “Jornal Tipití”, a instauração de práticas de escrita de textos para esse jornal, como a leitura e reescrita contínuas, às vezes em caráter voluntário. Em sala de aula, realizamos atividades voltadas para o ensino das formas de inclusão das palavras do outro no discurso que partiram da leitura de um texto, dando conta das interferências reais surgidas a partir dele. Os resultados mostraram que o texto escrito para o jornal escolar provocou diversas polêmicas na escola e a compreensão da inserção da voz do outro no texto contribuiu para um ensino e aprendizagem de escrita mais reflexivos no que diz respeito à intenção do texto escrito no Ensino Fundamental.

  • JOELTON DA SILVA PASSINHO
  • ARGUMENTAÇÃO E FORMAÇÃO DO SENSO CRÍTICO: PROPOSTA DE TRABALHO COM O GÊNERO ANÚNCIO

  • Data: 09/07/2018
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  • Neste trabalho, averiguou-se (por meio de atividades de leitura, oralidade e escrita) as dificuldades de argumentação apresentadas por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública no município de Curuçá-PA, com o objetivo de elaborar uma proposta de intervenção que contribua para a realização de leituras mais profícuas e favoreça o desenvolvimento do senso crítico e reflexivo dos discentes. A pesquisa, assentada na sociolinguística variacionista de caráter quanti-qualitativo, compreendeu a realização de várias etapas: (i) coleta de dados a partir das atividades de diagnose; (ii) seleção dos textos para o diagnóstico inicial; (iii) análise dos dados e considerações acerca dos itens mais relevantes; (iv) elaboração das atividades de intervenção (v) aplicação dos exercícios propostos e reflexão sobre os resultados alcançados; (vi) divulgação das produções finais dos educandos. O corpus foi composto por dados coletados das produções de 20 alunos (pertencentes a zona urbana e zona rural, sendo 05 meninos e 05 meninas de cada área), submetendo-se a investigação a uma metodologia pautada na linguística textual e com influência da análise do discurso, fundamentando-se em autores como: Adam (2008), Abrel (2009), Bagno (2009), Ducrot (1987), Fiorin (2016), Marcuschi (2008). A verificação dos resultados possibilitou a constatação de que os alunos concluem o ensino fundamental apresentando baixa competência argumentativa, uma vez que demonstram grandes dificuldades para compreender informações que não se encontram na superfície textual e, na maioria das situações, não questionam as ideias apresentadas nos textos. Baseando-se nessas constatações, formulou-se uma proposta didático-metodológica com o propósito de intervir nas carências evidenciadas, para que o educando atinja maior competência argumentativa nas séries posteriores.

  • ANDREZA DO ROSARIO DOS SANTOS PEREIRA
  • OS PROCESSOS DE REVISÃO E REESCRITA NA PRODUÇÃO DO GÊNERO CONTO POPULAR BELENENSE ESCRITO

  • Data: 29/03/2018
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  • Esta pesquisa consiste em um estudo teórico-prático sobre os processos de revisão e de reescrita na produção do gênero conto popular belenense escrito, a partir do trabalho com esse gênero discursivo, em uma turma de 7º ano. Parte da hipótese de que, se os alunos participarem de um projeto pedagógico de leitura e escrita – a partir da produção textual do gênero supracitado – considerando os processos de revisão e reescrita na construção desse gênero, haverá o desenvolvimento de habilidades de escrita do discente, aumentando sua competência comunicativa na construção do gênero em questão. Em vista desse propósito, a investigação tem como objetivo geral compreender os processos de revisão e reescrita do gênero discursivo conto popular belenense, produzido por alunos do 7º ano, com o intuito de contribuir para a formação de produtores competentes de textos. À luz da Linguística Aplicada, a investigação, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de Linguagem e Formação Docente, da UFPA, campus de Castanhal, tem por pressupostos a concepção dialógica da linguagem, a partir dos teóricos do Círculo de Bakhtin e de pesquisadores que seguem este viés. Caracteriza-se como pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada e realizou-se em uma escola da rede municipal de ensino, na cidade de Ananindeua/PA. Buscando responder à questão acerca de como os processos de revisão e reescrita contribuem para o desenvolvimento de habilidades de escrita de alunos do 7º ano do ensino fundamental, aumentando a competência comunicativa desses alunos na construção do gênero discursivo conto popular belenense escrito, realizamos, primeiramente, um diagnóstico da turma, a partir da implementação de uma proposta de produção textual, para verificar quais conhecimentos os alunos já possuíam sobre o gênero conto popular belenense escrito bem como suas dificuldades referentes à escrita. Em seguida, a partir do diagnóstico realizado, elaboramos uma proposta de intervenção com o referido gênero, utilizando a metodologia de projetos de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008). Na sequência, implementamos a proposta na turma e selecionamos as produções textuais e, a partir delas, verificamos que, de posse de seus textos revisados pela professora pesquisadora, via bilhete orientador, os alunos optaram pelas seguintes estratégias: i. atender parcialmente a revisão sugerida pela professora pesquisadora; ii. atender as sugestões de revisão propostas. Com relação aos aspectos linguístico-discursivos utilizados pelos sujeitos no ato da reescrita, verificamos uma significativa ocorrência de substituições e acréscimos no processo de reescrita a partir da orientação do professor por meio do bilhete orientador. Como resultado, observamos que os processos de revisão e reescrita contribuem para que haja uma reflexão do aluno sobre a necessidade de deslocar-se da posição de sujeito passivo - aquele que escreve apenas para exercitar ou para alcançar uma nota - para a posição de quem inicia um processo de compreender-se como um sujeito inserido em um processo dialógico de construção da escrita.

     

  • ZELIA MONICA LIMA DOS SANTOS
  • LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: Uma proposta para leitura e produção de contos. 

  • Data: 29/03/2018
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  • Esta dissertação, intitulada Literatura no ensino fundamental: uma proposta para leitura e produção de contos, pretende evidenciar a questão da leitura de textos literários nas escolas de ensino fundamental e propor um conjunto de atividades centradas na leitura dos Contos amazônicos de Inglês de Sousa, numa perspectiva interacionista, tendo como público alvo alunos do nono ano do Ensino Fundamental da rede pública. Para sua efetivação, fundamentou-se no referencial teórico constituído por Candido (1995) e Todorov (2009), sobre a relevância da literatura para a formação da personalidade humana; Zilberman (1991), Lajolo (2000), Girotto & Souza (2010), Dalvi (2012) e Cosson (2014) nas reflexões sobre o lugar da literatura na escola, Gotlib (1995) sobre o gênero conto, além de documentos oficiais, como os PCN (1998). A partir daí, realizaram-se entrevistas com professores e discentes do nono ano da escola alvo a fim de diagnosticar como a leitura de literatura é vista e vem comparecendo na escola. Enfim, baseado no marco teórico e no diagnóstico, procedeu-se o projeto de leitura incluindo etapa de motivação, leitura de três contos da coletânea de Sousa (2004) – ―Voluntário‖, ―Acauã‖ e ―O rebelde‖ – e socialização, através de debates e produção escrita de narrativas curtas com vistas de divulgação à comunidade escolar. Ao final do trabalho, foi possível concluir que a leitura literária, quando mediada adequadamente na escola, constitui importante instrumento de formação e engajamento, pois permite ao estudante imaginar, expressar-se, dialogar com o texto, percebendo como a materialidade do texto literário inscreve-se na sua vida tanto no aspecto coletivo, quanto no individual.

  • ANDREA FARIAS SOUSA
  • EDUCAÇÃO LITERÁRIA: desvendando o texto literário no 7º ano do Ensino Fundamental a partir da formação de círculo de leitura em comunidade leitora.

  • Data: 29/03/2018
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  • O presente trabalho visa discutir a formação de leitores através da experiência literária em Círculos de Leitura com alunos do 7º ano de uma escola pública municipal de São Luís do Maranhão, por meio de uma proposta de intervenção pedagógica. O objetivo é identificar de que forma referida prática possibilita a formação de leitores literários inseridos em uma comunidade leitora na qual a escolha, leitura, discussão e análise do texto literário desenvolvem-se sob a mediação do professor a partir da socialização de impressões, percepções, conexões com outros textos e com a vida. A partir da compreensão de leitura como prática cultural a ser internalizada e historicizada (BOURDIEU, 1996; CHARTIER, 1998), o referencial teórico respalda-se na perspectiva social de leitura com enfoque na teoria de Comunidade de Leitores desenvolvida por Stanley Fish (1995), Roger Chartier (1999), Maria de Lourdes Dionísio (2000), e de círculos de leitura proposta por Eliana Yunes (1999, 2009), Harwey Daniels (2004), Rildo Cosson (2014) e Luzia de Maria (2016). Evidenciam-se ainda concepções e procedimentos metodológicos de leitura literária propostos por Umberto Eco (2001), Antônio Candido (2004), Marisa Lajolo (1993, 2004), Regina Zilberman (1988, 1989, 2008), Luiz Percival Brito (2015), Renata Junqueira de Souza e Cyntia Girotto (2011) Trata-se de uma pesquisa do tipo observação-participante, de natureza qualitativa, descritiva e intervencionista. A coleta de dados foi extraída da análise das práticas leitoras no Círculo de Leitura, além de questionários aplicados como avaliação preliminar e exploratória. Resultados das análises permitem concluir que, apesar dos discursos que reforçam a rejeição de adolescentes pela literatura, os textos literários são provocadores de uma experiência leitora prazerosa quando compartilhada comunidades leitoras. Registra-se que a leitura literária em círculo leva os leitores a pensar coletivamente os sentidos dos textos a partir de suas próprias experiências de vida, de forma que a literatura sai da esfera estritamente fantástica para discutir fatos da vida real: violência, amizade, fidelidade, ganância, assim discutidos na obra Os assassinatos da Rua Morgue, de Edgar Alan Poe. Ao final da pesquisa é possível perceber uma mudança de visão dos alunos e de afinidades em relação à concepção de Leitura e Literatura. Por isso, pode-se afirmar que uma experiência leitora literária livre, partilhada coletivamente em Círculos de Leitura e firmada em um projeto de educação literária, é capaz de provocar uma atitude de politização e sensibilização necessárias à construção de ações de transformação coletiva.
     

  • ANGELITA DOS SANTOS CONCEICAO SILVA
  • A compreensão leitora de alunos do 8º ano a partir de um projeto de leitura com gênero discursivo notícia.

  • Data: 29/03/2018
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  • Esta pesquisa consiste em um estudo teórico-prático sobre a proficiência leitora de alunos do 8º ano do ensino fundamental, a partir do trabalho com o gênero discursivo notícia. Parte da hipótese de que, se os discentes participarem de um projeto pedagógico de leitura, neste caso por meio do gênero notícia, poderão desenvolver habilidades, aumentando seu nível de proficiência leitora. À vista disso, a investigação tem como objetivo geral refletir sobre os níveis de compreensão leitora de alunos do 8º ano, no decorrer de um projeto de leitura com o gênero discursivo notícia e, como objetivos específicos: a) observar quais estratégias de processamento do texto os alunos do 8º ano conseguem depreender no momento da leitura de textos do gênero notícia; b) verificar se os alunos depreendem os conhecimentos que estão implícitos no texto; c) observar se os alunos conseguem construir sentidos no texto a partir das marcas linguístico-enunciativas. À luz da Linguística Aplicada, a investigação, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de Linguagem e Formação Docente, da UFPA, campus de Castanhal, tem por pressupostos a concepção dialógica da linguagem, a partir dos teóricos do Círculo de Bakhtin e de pesquisadores que seguem esta vertente. Caracteriza-se como pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada realizada em uma escola da rede estadual de ensino, na cidade de Belém/PA. Buscando responder à questão de como o trabalho com o gênero discursivo notícia pode contribuir para o desenvolvimento da competência em leitura dos alunos do 8º do ensino fundamental, realizamos, primeiramente, um diagnóstico da turma, a partir da implementação de uma atividade de leitura de um enunciado concreto do gênero discursivo notícia, para verificar o nível de compreensão leitora dos alunos. Em seguida, a partir do diagnóstico realizado, fundamentados na metodologia de projetos de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008), elaboramos uma proposta de intervenção pedagógica com o referido gênero e a implementamos em uma turma do 8º ano. Posteriormente, selecionamos as respostas-enunciados escritas de dez participantes, como mostra representativa das respostas dadas às dez questões, para analisarmos qualitativamente o nível de compreensão leitora dos discentes. Os resultados demonstraram que, após a intervenção, os discentes conseguiram depreender estratégias de processamento do texto essenciais à compreensão do enunciado. Assim, refletiram sobre o componente textual, identificaram as informações explícitas, inferiram as implícitas, reconstruíram os seus processamentos e produziram sentidos ao enunciado, apresentando habilidades características dos níveis de compreensão literal e inferencial. Além disso, perceberam o efeito de sentido produzido pela escolha e emprego de determinada marca linguístico-enunciativa, inferindo a intencionalidade discursiva do enunciador. De modo geral, a maioria dos alunos ampliou suas leituras, para alcançar o sentido do texto, produzindo respostas de cunho pessoal, evidenciando habilidades do nível de compreensão interpretativa. Concluímos que a implementação do Projeto Pedagógico de Leitura com o Gênero Discurso Notícia contribuiu para o desenvolvimento da competência em leitura dos alunos do 8º ano, aumentando seu nível de proficiência leitora.

  • ARTHUR RIBEIRO COSTA E SILVA
  • LEITURA LITERÁRIA E PEDAGOGIA DE PROJETOS – ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

  • Data: 28/03/2018
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  • RONALDO NOGUEIRA DE MORAES
  • CONCORDÂNCIA VERBAL EM TEXTOS DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR: VARIAÇÃO E ENSINO

  • Data: 28/03/2018
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  • Este trabalho investiga os padrões de concordância verbal usados por alunos dos anos finais do ensino fundamental – 8º e 9º anos –, de uma escola pública do município de Santo Antonio do Tauá–PA. À luz da Sociolinguística Variacionista, procedeu-se a uma análise de cunho variacionista em textos dos gêneros crônica, artigo de opinião e relato, produzidos em sala de aula, a fim de observar o uso, por parte dos alunos, da concordância verbal de terceira pessoa do plural em suas produções escritas. A análise dos condicionamentos linguísticos e extralinguísticos visa à identificação dos fatores que efetivamente afetam o uso linguístico dos alunos, de modo a servir de informação para a elaboração de uma proposta didático-pedagógica de intervenção que possa auxiliar o professor e possibilitar ao aluno a ampliação de sua competência comunicativa e repertório linguístico sobre o tema em questão. A proposta didático-pedagógica de intervenção foi elaborada com base nos pressupostos de uma proposta experimental para o ensino de gramática em três eixos (VIEIRA, 2017), que concebe os fenômenos gramaticais como: (i) elementos que permitem uma abordagem reflexiva da gramática, por meio do desenvolvimento de atividades de natureza linguística, epilinguística e metalinguística a serem conduzidas no interior da prática de leitura de textos (FRANCHI, 2006; GERALDI, 2006; FOLTRAN, 2013); (ii) recursos expressivos necessários à construção dos sentidos do texto (NEVES, 2006; PAULIUKONIS, 2013); e (iii) instâncias de manifestação de normas/variedades (cultas e populares), relacionando o ensino de gramática ao plano da variação linguística (VIEIRA, 2013a; 2013b; GÖRSKI; FREITAG, 2013), como forma de promover o desejável domínio das estruturas variáveis segundo os contínuos de variação (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005). Para a coleta dos textos objetos de análise, aplicou-se atividade envolvendo cada um dos gêneros, em que, ao final de cada uma, um texto representativo do gênero foi produzido. Além disso, aplicou-se às turmas um teste de percepção com o objetivo de verificar o grau de percepção do aluno frente às formas padrão e não padrão de concordância verbal; o referido teste foi elaborado com base em outros trabalhos que visaram à observação dos falantes frente ao fenômeno variável em estudo nesta dissertação (BORTONI-RICARDO, 2008b; GAMEIRO, 2009). Realizou-se uma análise quantitativa dos dados provenientes dos textos dos alunos por meio do programa de regra variável VARBRUL, que mostrou significativa influência de fatores como posição do sujeito na frase, distância entre o sujeito e o verbo, saliência fônica, paralelismo formal no nível da cláusula e animacidade do sujeito. Com base nos resultados obtidos e nas reflexões sobre ensino de gramática e em particular o de concordância verbal, elaborou-se uma proposta de intervenção como forma de oferecer a professores e alunos uma alternativa ao estudo da concordância verbal que leve o aluno a refletir e operar sobre a linguagem, fazendo uso mais consciente das regras variáveis de concordância em situações de maior ou menor monitoramento, segundo as intenções e propósitos comunicativos.

  • MARIA DE LOURDES SODRÉ
  • A PRODUÇÃO DO DISCURSO NARRADO/COMENTADO: UMA PROPOSTA DE ENSINO PARA ALUNOS DO NÍVEL FUNDAMENTAL A PARTIR DO GÊNERO CRÔNICA

  • Data: 28/03/2018
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  • Este trabalho aborda a produção de textos de base narrativa do 7º ano do ensino fundamental, tomando-se como temática a ética. O ponto de partida é a realização de um diagnóstico sobre problemas de escrita desses alunos com vistas a ajudá-los a compreender estratégias de construção de texto relacionadas à infraestrutura textual (plano geral, articulação de mundos discursivos, tipos de sequências e modos de sua articulação) e à referenciação de personagens. Visa também, por meio de uma proposta de intervenção, baseada na concepção interacionista da linguagem, levar os alunos a refletir sobre condutas éticas a partir de determinadas situações presentes no seu contexto de vivência e na sociedade de modo geral. Acredita-se que expostos a essas experiências, eles possam, por meio da interação e do diálogo, respeitar as atitudes e as diversas opiniões, agir de forma autêntica, enfim, “formar ideias e ser formado” em um processo “íntimo” de produção significativa de conhecimento. O trabalho tem como referencial as construções teóricas de Bronckart (1999) sobre mundos discursivos e sobre as dimensões da organização do texto, apropria-se também da contribuição dos estudos sobre referenciação textual, inclui ainda considerações sobre ética orientando-se por Freire (2015) e Souza (1995), bem como reflete sobre questões de ensino-aprendizagem da escrita com base em Geraldi (1984, 1997, 2011), Antunes (2003, 2010), Oliveira (2010), Koch e Elias (2011, 2015), entre outros. Trata-se de uma pesquisa de observação participante, orientada para uma análise qualitativa dos dados, que consiste de etapas que envolvem o levantamento do corpus: textos produzidos pelos alunos provenientes da aplicação de oficinas de leitura e escrita em textos de base narrativa com ênfase em temas relacionados à ética; a descrição e análise da produção dos alunos; e a construção de uma proposta didática que vise a minimizar os problemas identificados referentes à produção textual dos alunos, assim como a proporcionar discussões sobre diversos temas relacionados à ética. O gênero selecionado para o trabalho é a crônica por se tratar de um gênero vinculado ao cotidiano, comumente acessível às experiências das pessoas, e por sua didatização, com opção por textos que tratem de questões éticas, vir a contribuir com a formação de alunos mais éticos e críticos sobre seu tempo e sua região. Os resultados da pesquisa apontam dificuldades dos alunos relativas à organização da infraestrutura geral dos textos e à articulação dos mundos discursivos, bem como limitações quanto a estratégias de referenciação textual. Mas também revelam que as narrativas que os estudantes produzem atendem a uma relativa organização do conteúdo semântico global, o que implica dizer que é necessário ampliar neles uma competência latente para compor textos bem formados quanto à sua infraestrutura. E esse resultado justifica o investimento que foi feito, neste trabalho, em uma proposta didática idealizada para futura aplicação por aqueles que apostam em mudanças na rotina das aulas de produção de textos.

  • ANDERSON MAGNO PIRES CASTRO
  • "NEM LHE CONTO, COMPADRE: uma proposta de leitura do conto 'O carro dos milagres', de Benedito Nunes.

  • Data: 27/03/2018
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  • Este trabalho versa sobre a fundamentação, elaboração e execução de uma proposta de intervenção pedagógica que teve como núcleo a leitura e discussão do conto O carro dos Milagres, de Benedicto Monteiro, em sala de aula, numa escola pública da cidade de Acará-PA, onde exerço a docência em língua portuguesa. A proposta foi concebida a partir da verificação, in loco, do distanciamento entre os alunos da escola e a literatura amazônica e da percepção da necessidade de alternativas práticas e significativas para o trabalho com literatura em sala de aula. Tais problemas foram percebidos ano a ano no exercício da docência nessa escola, e foram confirmados pela aplicação de um questionário diagnóstico prévio à elaboração da proposta. A partir disso, foi definido o objetivo principal do trabalho: aproximar o aluno amazônida da literatura em geral e da amazônica em particular, por meio de uma atividade de leitura efetiva do conto citado, privilegiando a experiência literária e a interpretação coletiva do texto. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da escola citada. A opção pelo texto de Monteiro foi motivada por seus atributos literários e pela presença marcante da cosmovisão e da cultura amazônica, elaboradas esteticamente pelo autor, destoando da mera caricatura do universo amazônico. A pesquisa segue os princípios básicos da pesquisa-ação crítica, conforme propõem Ghedin e Franco (2008). Os principais estudiosos que fundamentam este trabalho são: João Alexandre Barbosa (1994, 1996), Marcia Abreu (2006), Rildo Cosson (2010, 2014, 2015, 2016), Magda Soares (2011), Marisa Lajolo (1993), Antonio Cândido (2004), Maria Helena Martins (1994), Tzvetan Todorov (2008), Nádia Gotlib (2006) e Fátima Nascimento (2004). A proposta de intervenção pedagógica se baseia na sequência básica de letramento literário, conforme defende Cosson (2014), e compõe-se de três etapas: atividades prévias; leitura e interpretação do conto de Monteiro; e atividades práticas posteriores realizadas a partir da leitura do texto. A análise da aplicação da proposta mostra que, apesar das dificuldades e imprevistos que afetaram o resultado das atividades, o saldo da proposta foi bastante positivo, pois os alunos manifestaram uma identificação empática com os temas, o enredo, a visão de mundo e a linguagem do texto, e perceberam a elaboração estética da realidade amazônica no conto de Monteiro. A referida proposta se mostra como uma alternativa viável para a necessária inserção da literatura amazônica nas nossas salas de aula amazônicas.

  • RAIMUNDO DA SILVA BARROS
  • A PARAGRAFAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ESCRITO: UMA PROPOSTA DE ENSINO PARA ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.

  • Data: 26/03/2018
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  • Este trabalho investe na didatização da organização do texto escrito, por meio da paragrafação. Nele, procurou-se analisar a macroestrutura e a superestrutura dos textos de alunos do 9º ano, a fim de identificar os problemas relacionados a estratégias de paragrafação e possibilidades de delimitação dos parágrafos em termos tipográficos e linguístico-cognitivos. Tem como objetivos específicos: identificar e descrever a presença ou não de planejamento na organização do texto dos alunos; examinar e descrever a estrutura tópica manifestada nos textos dos alunos; demonstrar a importância do tópico na construção de uma paragrafação coerente; elaborar uma proposta didática acerca da paragrafação, tomando por base gêneros em que predominam sequências de ordem argumentativa (expor/provar). O estudo toma como pressupostos teóricos gerais a gramática de texto no modelo apresentado por Van Dijk (2000) e a tipificação textual apresentada por Adam (2008). Além desses autores, o trabalho apoiou-se na noção de tópico discursivo em Jubran et al. (1992) e no estudo da paragrafação postulado por Rehfeld (1984). É uma pesquisa de natureza aplicada, pois objetiva a produção de conhecimentos que tenham aplicação prática e dirigidos à solução de problemas reais e específicos; tem caráter qualitativo, na medida que considera haver uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito que não pode ser traduzida em números. Os sujeitos desta pesquisa são alunos do 9º ano do ensino fundamental II, de escola urbana da rede pública da cidade de Macapá, Amapá. Os resultados do estudo demonstram uma tendência de o aluno produzir texto do tipo argumentativo com critério de paragrafação predominantemente tipográfico, o que reduz a possibilidade de detalhamento do tópico discursivo e compromete o fatiamento do texto e, consequentemente, a argumentatividade. Com objetivo de desenvolver a competência textual-discursiva de alunos quanto à paragrafação, o trabalho apresenta uma proposta didática acerca das propriedades da centração e organicidade como parâmetro a ser adotado no trabalho, em sala de aula, com a paragrafação de textos de superestrutura argumentativa. A proposta toma por base o gênero artigo de opinião, cuja paragrafação é da ordem do expor/argumentar.
    Palavras-chave: macroestrutura; superestrutura; tópico discursivo; argumentação; ensino.

  • PATRICIA DOS REIS VIEGAS
  • LEITURA DA OBRA LITERÁRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL E LIVRO DIDÁTICO: DA REFLEXÃO À AÇÃO INTERVENTIVA

  • Orientador : MARIA DE FATIMA DO NASCIMENTO
  • Data: 26/03/2018
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  • XXX

  • ERICA EMMANUELLE LIMA SANTOS
  •  OS MULTILETRAMENTOS NO CHÃO DA ESCOLA: desafiando realidades.

  • Data: 26/03/2018
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  • Esta Dissertação parte do pressuposto de que o uso da tecnologia é um grande atrativo para jovens e adolescentes, da crença que os recursos tecnológicos podem ser aliados na efetivação de práticas pedagógicas mais conectadas à realidade do estudante e da urgência em promover a inclusão digital e os multiletramentos dos discentes, tendo em vista às necessidades da sociedade contemporânea. Para efetivá-la, partiu-se da seguinte problemática: De que forma utilizar as TDIC como instrumento no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para a leitura crítica, reflexiva e para os multiletramentos dos alunos? No intuito de responder tal questionamento, foi elaborada uma proposta de intervenção, com enfoque na leitura crítica, a partir da concepção de Projeto de Leitura e escrita de gêneros discursivos, de Lopes-Rossi (2008), na perspectiva da Pedagogia dos Multiletramentos, buscando o letramento digital e o letramento em marketing dos alunos. As atividades de leitura foram pautadas na concepção dialógica da linguagem, segundo a perspectiva bakhtiniana, a partir dos gêneros discursivos anúncio publicitário e propaganda, e buscavam confirmar/ negar duas hipóteses: a) apesar de serem nativos digitais, os estudantes não dominam os recursos oriundos dos textos multimodais, nem a leitura de implícitos, acarretando em uma leitura superficial, o que – na prática do gênero em questão, possibilita a disseminação de preconceitos e de relações de consumo pouco saudáveis; b)a utilização dos sites de redes sociais (SRS), em ambientes híbridos de aprendizagem, é um facilitador no processo de ensino e aprendizagem, pois aproxima o professor do contexto do aluno, e promove a ressignificação desses espaços. Definiu-se como objetivo geral a utilização das TDICs e, inicialmente do SRS Facebook, e posteriormente do WhatsApp, como ferramentas de ensino e aprendizagem, a fim de desenvolver a leitura crítica e reflexiva, bem como contribuir para os multiletramentos dos educandos. Os objetivos específicos elencados foram a) Utilizar as TDIC como ferramentas de ensino e aprendizagem, de modo a contribuir para os multiletramento dos alunos, bem como fazê-los refletir acerca do poder da publicidade e de seu discurso; b) Promover a leitura reflexiva, fornecendo instrumentos linguísticos necessários para a realização das inferências e leitura dos implícitos; c) Instrumentalizar os alunos na utilização dos recursos tecnológicos necessários para as práticas de multiletramentos realizadas. A aplicação desse projeto teve início no segundo semestre de ano de 2016 e encerrou-se no segundo semestre de 2017, tendo como alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola conveniada à rede estadual no município de Belém-PA. A fundamentação teórica pautou-se em Bakhtin (2003), quanto à discussão dos gêneros discursivos, Cope, Kalazantis (2000), Coscarelli (2007), Rojo (2012) no que tange os multiletramentos, Knoll (2012), Sandmann (2003) em relação à publicidade, ao anúncio publicitário e à propaganda, dentre outros. A pesquisa teve cunho etnográfico, seguiu a metodologia da observação-participante e foi de natureza aplicada. A investigação demonstrou que o uso das TDICs favorece a leitura crítica de textos multimodais, mas que a utilização dos SRS como ferramenta pedagógica necessita de maior envolvimento entre professor/aluno a fim de que o educando engaje-se e veja o instrumento para além do entretenimento.

  • FERNANDA VALESKA MENDES DA SILVA
  • A SEMIÓTICA NA SALA DE AULA: uma proposta de trabalho com a leitura no Ensino Fundamental

  • Data: 26/03/2018
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  • A discussão acerca do ensino de leitura vem, há algum tempo, figurando o cenário educacional brasileiro. É nesse contexto que se acentua o debate a respeito da complexa tarefa de formar leitores competentes, aspecto posto em evidência pelos baixos índices obtidos pelos alunos nas avaliações que propõem aferir o grau de conhecimento dos educandos. Nesse sentido, o objetivo geral de nossa pesquisa é investigar e agir, no intuito de contribuir para uma melhor abordagem do texto, no que tange ao ensino de leitura. A fim de cumprir com tal propósito, organizamos este estudo, de caráter qualitativo, em duas etapas distintas: o processo de diagnóstico, realizado com a finalidade de investigar o nível de leitura de alunos do 9º ano do ensino fundamental, de uma escola pública estadual do município de Igarapé-Açu, Pará - Brasil - e uma pesquisa-ação, na qual implementamos uma proposta de intervenção denominada ―A Semiótica do Texto como instrumento teórico-metodológico para o ensino de leitura‖, que tem base em duas referências: 1) a concepção, à luz da Teoria Semiótica do Texto de Algirdas Julien Greimas (linha francesa), 2) as estratégias de leitura propostas por Solé (1998). Como suporte teórico, apoiamo-nos nas obras de Greimas (1975), Greimas & Courtés (2011), Fiorin (2003; 2015, 2016), Barros (2002; 2010), Solé (1998), Geraldi (1984, 1996, 2015), Brito (2003, 2015), Orlandi (2000), dentre outros. A proposição interventiva foi materializada em um caderno pedagógico com o objetivo de subsidiar o trabalho docente, no que tange à abordagem do texto nas aulas de língua portuguesa, especificamente, no ensino de leitura. Dessa forma, indicamos caminhos, alternativas que levem o professor a aliar teoria à prática, a fim de que possa contribuir para desenvolver e/ou ampliar a competência leitora dos alunos, por meio de atividades de leitura que explorem os níveis fundamental, narrativo e discursivo do percurso gerativo de sentido, na construção dos significados. A escolha do gênero poema se justificou pela riqueza de significados e pela necessidade de fomentar a leitura de textos literários na escola. Os resultados comprovaram a hipótese de que, apesar de sua complexidade, a Teoria Semiótica do Texto de A. J. Greimas se torna eficaz quando orientada didaticamente para o processamento dos sentidos nas atividades de leitura. Ademais, confirmou-se que, mesmo não sendo conhecida como uma teoria destinada ao ensino de leitura – sobretudo na educação básica – a Semiótica injeta na escola uma perspectiva diferente das utilizadas corriqueiramente pelos professores na sala de aula, configurando-se como mais uma possibilidade, enquanto recurso teórico-metodológico, para o ensino de leitura em contextos escolares.

  • MARIA DILMA DE CARVALHO LISBOA
  • A LITERATURA NA SALA DE AULA: A LEITURA DO ROMANCE "AS AVENTURAS DE NGUNGA'", DE PEPETELA.

  • Data: 26/03/2018
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  • A dissertação de Mestrado Profissional intitulada A literatura na sala de aula: leitura do romance As aventuras de Ngunga, de Pepetela, para 8º ano do Ensino Fundamental configura-se em uma proposta de intervenção de ensino da leitura do texto literário para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, em uma escola municipal localizada no município de Ananindeua, Pará. Nesta dissertação, objetivamos investigar quais são os entraves que impossibilitam que o texto literário se constitua em objeto mediador de conhecimento na escola, que estratégias podem ser mais eficazes para a realização de leituras mais produtivas e significativas na escola, objetivamos também verificar de que forma as abordagens de leitura apresentadas no livro didático Projeto Teláris: Português, 8º ano, utilizado pelos alunos investigados, podem interferir na sua compreensão leitora, propomos ainda um diálogo com a literatura angolana, por meio da leitura do romance As aventuras de Ngunga, de Pepetela. Para fundamentação teórica deste estudo, apoiamo-nos em Rita Chaves (1984), Maria Aparecida Santilli (1985), Manuel Ferreira (1987), Regina Zilberman (1991), Marisa Lajolo (1993), Lajolo e Zilberman (1996), Ezequiel Theodoro da Silva (1996), Nilma Lino Gomes, (1999), Roberto Acízelo de Sousa (1999), Iris Amâncio (2008), Roger Chartier (2009), Carlos Augusto Melo (2009), Antoine Compagnon (2010), Maria Amélia Dalvi et al (2013), Miguel Arroyo (2013) e Rildo Cosson (2014). Como estratégia metodológica, fizemos uso dos dados do Ideb da escola pesquisada, os quais demonstraram o baixo desempenho leitor dos alunos. Depois, propomos aos alunos a realização de uma atividade de leitura, constante em Projeto Teláris: Português, 8º ano, essa atividade consiste num questionário sobre os fragmentos do romance As aventuras de Ngunga, de Pepetela. O resultado dessa análise serviu para a demonstrar que o modelo de leitura, apresentado no referido livro didático, não promove o letramento literário da turma. Em seguida, apresentamos proposta de leitura integral do romance As aventuras de Ngunga, após essa leitura, realizamos avaliação da compreensão leitora dos alunos, demonstrada por meio de uma atividade oral. Nas seis seções, nas quais foram divididas esta dissertação, tratamos dos fatores que contribuíram pra a construção do modelo de ensino de literatura que tem predominado na escola brasileira, discutimos sobre concepções de leitura e de como essas concepções entrelaçam-se ao ensino da leitura literária, refletimos sobre como a leitura literária pode ser um instrumento eficaz para implementação da lei 10.639/2003, apresentamos também discussão sobre a construção da identidade do professor, no contexto histórico da educação brasileira, sobre a importância da leitura literária como objeto de formação humana, análise do livro didático, Teláris: Português, 8º ano, e, por fim, apresentamos o projeto de intervenção.

  • LUIS MARCELO DE ARAUJO PEDROSO
  • NOVAS TECNOLOGIAS E LIVRO DIDÁTICO DA EJA: uma abordagem pedagógica por meio do gênero propaganda.

  • Data: 26/03/2018
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  • Este trabalho buscou propor uma abordagem pedagógica, por meio do gênero propaganda, considerando o uso das NTICs e a sua relação com o Livro Didático da EJA (3ª etapa), de uma escola pública da periferia de Belém. Buscou-se entender como essa relação ocorria em prol do desenvolvimento da competência leitora e escrita no processo ensino-aprendizagem dos alunos. Desta forma, foi importante traçar uma breve descrição da EJA, do livro didático, NTICs, bem como do percurso metodológico adotado (pesquisa-ação e observação participante) na proposta de atividades. Para o estudo da língua materna, utilizou-se o gênero propaganda, analisando sua estrutura, linguagem verbal/não verbal e as funções da linguagem predominantes. Defendeu-se que a apropriação de ferramentas tecnológicas ampliaria os saberes e perspectivas dos alunos de alcançarem um fim prático. A literatura utilizada no trabalho teve como referência autores como, Souza (1998), Bakhtin (2003), Menegassi (2005) e Koch (2015). O trabalho pôde revelar que, apesar de ser possível desenvolver atividades utilizando as NTICs conjuntamente com os LDs para o ensino de Língua Portuguesa, ainda existem inúmeros desafios para o desenvolvimento mais efetivo desse tipo de encaminhamento. Isso se justifica tendo em vista que há docentes que não estão bem preparados e com interesse em trabalhar com as novas tecnologias. Além disso, muitas escolas não possuem estrutura adequada para este tipo de trabalho em função do baixo investimento na área. Por outro lado, os alunos são bem receptivos às NTICs. Eles conseguem, interagir e avançar em suas aprendizagens, em especial, nas atividades que potencializavam relação com as suas possibilidades de articulação com o mercado de trabalho (formal e informa) e subsistência.

  • TANIA CARLA DA SILVA MONTEIRO
  • FILIGRANAS DA MEMÓRIA: A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS DE HISTÓRIAS DE VIDA NA EJA - Volume I e II

  • Data: 23/02/2018
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  • A presente pesquisa foi realizada em duas turmas da EJA de uma escola da rede estadual localizada na periferia de Belém e trata da produção de narrativas de memórias pelos alunos. O enfoque teórico baseia-se no embricamento entre memória e consciência, de acordo com o embasamento fornecido pelas obras Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem, de Mikhail M. Bakhtin/Voloshínov (2014), e Memória e sociedade: lembranças de velhos, de Ecléa Bosi (1994). Na obra de Bakhtin/Voloshínov, buscamos os conceitos de signo e consciência, e na de Bosi, o conceito de memória. Buscamos mostrar que essas noções se articulam à medida que, ao se reconstruir a memória, se procede à construção de discursos que refletem e refratam a realidade da sociedade na qual está inserido o sujeito. A questão norteadora é: Como ensinar escrita por meio de narrativas de memórias de alunos da EJA? O objetivo geral é contribuir para o aperfeiçoamento da escrita desses alunos, a fim de superar a resistência em relação a essa modalidade de produção de textos, levando-os a aprimorarem suas habilidades em relação ao uso da língua portuguesa. Como objetivos específicos, pretendemos: a) diagnosticar as dificuldades existentes na produção de textos; b) superar a resistência dos alunos em relação à narração dos fatos de sua vida na construção de suas memórias; c) desenvolver habilidades de reescrita para melhorar seus textos no que diz respeito à estrutura narrativa e ao conteúdo e d) discutir a situação paradoxal em que esses alunos se encontram, estando ao mesmo tempo incluídos e excluídos na sociedade. A metodologia adotada consistiu na realização de uma pesquisa-ação aplicada em dois momentos. Na primeira, a pesquisa-piloto, trabalhamos com: escrita, orientação individualizada, gravação de áudios das memórias e reescrita. Os resultados da pesquisa-piloto serviram para aperfeiçoar a pesquisa final. Na segunda, a pesquisa final, trabalhamos com: escrita, estudo da estrutura narrativa, leitura literária, gravação de áudio, correção textual-interativa e reescrita. Como resultado final, constatamos que é possível ensinar escrita por meio de narrativas de histórias de vida, uma vez que, ao se narrar, ao mesmo tempo em que reconstitui as filigranas de sua memória, o aluno aprimora suas habilidades linguísticas e reflete sobre si e sobre o outro, revendo as ideologias que formam sua consciência e seu espaço na sociedade.

  • JOAO BATISTA POCA DA SILVA
  • EXPERIÊNCIAS LEXICOGRÁFICAS EM SALA DE AULA: CONSTRUINDO GLOSSÁRIOS COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 21/02/2018
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  • As ciências do léxico são ramos da Linguística cujas contribuições são pouco exploradas em atividades letivas no ensino fundamental. Partindo-se desse pressuposto, busca-se constatar que os atos de conceituar e definir, corporificados por meio do gênero discursivo verbete, podem promover a capacidade comunicativa dos alunos e contribuir para o aprimoramento de leitura e escrita. Esses atos, porém, encontram pouco espaço nas aulas, enquanto o dicionário, a enciclopédia e o glossário, quando usados, têm seu alcance interdisciplinar praticamente anulado, porque seu usuário é quase sempre considerado como mero consulente, ou seja, como alguém que apenas consulta publicações voltadas para o verbete, ao passo que não se valoriza nele a habilidade de conceptualizar (recortar cultural e linguisticamente a realidade). O aporte teórico da pesquisa se apoia nos estudos de Biderman (2001), sobre as ciências do léxico; de Barbosa (2001) e Finnato (2002) acerca da conceptualização e da definição; de Pontes (2009), Carvalho e Bagno (2011) e Ilari (2015), em torno da Lexicografia e seus subcampos teórico, prático, pedagógico e educacional; de Antunes (2012), sobre léxico e discurso em contexto de ensino-aprendizagem; de Barros (2004) e Lima (2010), sobre Terminologia e Terminografia; e de Dionisio (2010), acerca do gênero discursivo verbete. No percurso metodológico, optou-se pela pesquisa participante para intermediar a observação do trabalho com o léxico numa turma de sexto ano do ensino fundamental, em quatro disciplinas, a saber, História, Ciências, Matemática e Língua Portuguesa. Duas fontes geraram dados que passaram por análise qualitativa: livros didáticos utilizados nas aulas das respectivas disciplinas e questionários semiestruturados aplicados junto aos professores e alunos da turma atingida. A partir das análises, reflexões e cotejos realizados, foi elaborada e aplicada uma proposta de intervenção com atividades de conceptualização que culminam na elaboração de glossários pelos próprios alunos. O estudo e a aplicação da proposta levaram à constatação de que atividades com conceitos e definições mediadas pelo gênero verbete são importante recurso de organização e expressão de conhecimentos. Seus resultados positivos abarcam diversas disciplinas curriculares. O resultado final do trabalho consiste num caderno de atividades didático-pedagógicas disponibilizado às escolas.

2016
Descrição
  • GLEICY GARCIA ALVES
  • O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS DO 6º ANO: ESTRATÉGIAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS

  • Data: 19/12/2016
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  • Este é um trabalho voltado para o professor no seu papel de mediador do processo de escrita e de reescrita de textos, com o objetivo de identificar, por meio de uma pesquisa-participante, a mediação do professor no processo da escrita e reescrita de textos. São colaboradores da pesquisa 17 alunos de uma escola da rede pública municipal da cidade de Breves que realizaram em sala de aula uma atividade escrita sob o gênero discursivo Memórias Literárias, cujos textos serviram à análise, bem como a professora de Língua Portuguesa responsável pela turma, a quem foi solicitado um relato sobre como esta realiza a mediação com o aluno no processo de escrita e reescrita. Para a análise do corpus, assim constituído, foram considerados os três tipos de correções apontados por Serafini (SERAFINI, 2004 apud GASPAROTTO/ MENEGASSI, 2013) e uma quarta acrescentada por Ruiz(1998); além deles, são referências deste trabalho, entre outras, os estudos de Antunes (2008), Bakhtin/Volochinov (2004), Lopes Rossi (2008), Gasparotto e Menegassi (2013), PCNs (1998). A análise dos resultados nos revelam a necessidade de o professor refletir sobre a sua prática de intervenção, sob a perspectiva da mediação dialógica, para que perceba a importância de seu papel como mediador no processo de ensino/aprendizagem e a relevância da reescrita para o desenvolvimento da competência textual-discursiva. A partir desses resultados, propõe-se um Projeto de Ensino de Escrita e Reescrita, sob o viés da perspectiva interacionista da linguagem, direcionado ao professor com o objetivo de contribuir para a sua prática, destacando a mediação e a reescrita no processo de produção textual.

  • GIZELY AMARAL DA SILVA BARROS
  • VIDAS EM MOVIMENTO: desenvolvendo a escrita narrativa no Ensino Fundamental II

  • Data: 16/12/2016
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  • A presente pesquisa apresenta uma proposta de intervenção realizada com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental II de uma Escola Estadual localizada em uma vila no município de Igarapé-Açu. O trabalho objetiva, principalmente, desenvolver a escrita narrativa dos alunos, por meio de atividades de leitura de textos literários narrativos e a prática de produção textual, utilizando estratégias de revisão e reescrita. Nossa pesquisa tem como base fundamental a concepção sociointeracionista (BAKHTIN; VOLOCHINOV, 2014). Para construir nosso quadro teórico, abordamos algumas concepções de leitura, como as de Kleiman (1998) e Kato (1999), além de buscarmos suporte nas estratégias de leitura apontadas por Menegassi (2005). Também discorremos acerca de alguns estudos sobre o processo de produção textual e o trabalho com o texto literário nas aulas de língua materna, dentre os quais destacamos Koch e Elias (2015), Sercundes (1997), Geraldi (2012, 2013), Menegassi (2010), Candido (1995), Perrone-Moises (2006), Lajolo (2010), Zilberman (2008), Britto (2013) e Belintane (2013). Na primeira fase do trabalho, a fim de diagnosticar as turmas estudadas, foram desenvolvidas duas atividades de leitura, uma atividade de produção escrita e um questionário; este, como intuito de coletar informações socioeconômicas e culturais dos alunos. Observamos, assim, a familiaridade de todos os alunos com a leitura de textos literários narrativos, mas também, a resistência da maioria deles quanto à utilização das estratégias de revisão e reescrita, na atividade de produção textual escrita realizada. Na segunda fase do nosso trabalho, realizamos as atividades de intervenção, com ênfase em trabalhos de leitura e escrita. Como resultados, verificamos que a grande maioria conseguiu desenvolver a escrita narrativa, ainda que sutilmente, e produziu, em alguns casos, textos bastante expressivos, apesar dos efeitos negativos da escolarização sobre o estilo de escrita dos alunos.

  • PATRICIA ALBUQUERQUE DE CAMPOS GOMES
  • A DEVOLUÇÃO DA PALAVRA AO  ALUNO POR MEIO DE NARRATIVAS LITERÁRIAS

  • Data: 16/12/2016
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  • Este trabalho é uma pesquisa realizada em uma turma do 6º ano do ensino fundamental de uma escola municipal acerca da devolução da palavra ao aluno em sala de aula. O trabalho constituiu-se por duas etapas. A primeira foi para diagnosticar o desempenho dos alunos no que tange às habilidades de leitura e escrita e elaborar uma proposta de intervenção. A segunda etapa objetivou aplicar atividades que estimulassem a produção de narrativas literárias a partir de elementos da experiência pessoal e/ou familiar dos alunos. O diagnóstico realizado na primeira etapa mostrou que parte dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental não foram inseridos num certo tipo de cultura oral desde cedo (como contação de história); e consequentemente os resultados mostraram que isso se manifesta no baixo desempenho dos alunos no que tange às  habilidades de leitura e escrita. O objetivo geral desta pesquisa é devolver a palavra ao aluno através de atividades que estimulem a experiência e o contato com o texto literário. Dessa forma, discutiremos, neste trabalho, a importância do texto literário em sala de aula e, como base teórica, mostraremos as ideias de alguns autores que defendem a presença desses textos na escola: ZILBERMAN (1988), LAJOLO (1988), BELINTANE (2013), entre outros, os quais sustentam que a presença do texto literário na escola é imprescindível para a formação e o desenvolvimento do leitor/escritor, além de preparar o aluno para ler todos os discursos sociais. Neste trabalho, é abordado, ainda, a concepção interacionista da linguagem pautada em BAKHTIN/ VOLOCHINOV (2014). Como metodologia para a coleta de dados, aplicamos quatro atividades diagnósticas. Em seguida, fizemos as análises e chegamos à conclusão de que, para intervir na realidade dos alunos, seria importante um levar para a sala de aula um conjunto de atividades em que o aluno tivesse a oportunidade de ter versando sobre a devolução da palavra, pautada em Geraldi (2003), trabalhando em torno de textos literários. 

  • ROBERTO PINHEIRO ARAÚJO
  • A formação e o desenvolvimento do leitor literário: a narrativa arquetípica do herói e a mitologia na sala de aula

  • Data: 14/12/2016
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  • A dissertação “A formação e o desenvolvimento do leitor literário: a narrativa arquetípica do herói e a mitologia na sala de aula” corresponde a um estudo sobre a função da Literatura na escola, tendo como suporte a narrativa arquetípica do herói e o estudo comparativo dos mitos em sua proposta de intervenção. Temos como objetivo proporcionar uma reflexão sobre o que tem sido feito no ambiente escolar em relação à Literatura e o que é necessário fazer para a constituição do sujeito leitor e, assim, contribuir para o debate sobre o papel da leitura de Literatura na escola. Para tanto, adotamos, em nosso estudo, os trabalhos realizados Solé (1998), Antunes (2014), Menegassi (2005/2010) e Lopes-Rossi (2008) no que tange à teoria linguística e Cosson (2014) para a leitura do texto literário. Já para os estudos dos mitos, usaremos Campbell (2002, 2003), Eliade (2011/2002), Salis (2003) e Kenneth (2015). Por fim, para embasar e auxiliar a construção de nossa concepção de estudo que leve em conta a língua em processo de interação, teremos os trabalhos Bakhtin/Voloshinov (1999) a respeito do caráter dialógico da linguagem. Temos como público-alvo os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual, caracterizados como leitores iniciantes, com algumas habilidades do processamento de leitura ainda não desenvolvidas satisfatoriamente. As atividades pedagógicas que constituem a proposta de intervenção apresentam estratégias que têm como intuito ampliar a visão de mundo desses educandos, a partir do reconhecimento de padrões e do diálogo entre textos mitológicos de culturas diferentes e sua presença em nosso cotidiano em meio a outros gêneros. Nesta proposta, considera-se que a extrapolação do texto e a exploração da temática sugerida por uma obra literária possibilita ao aluno reconhecer outras dimensões da narrativa, despertando a reflexão política, filosófica, moral. Adotamos, no aspecto metodológico, a pesquisa qualitativa de natureza aplicada, procurando observar o cotidiano escolar, a dura realidade enfrentada por educadores e alunos e, a partir dos relatos obtidos, aplicamos nossa proposta de intervenção. Ao final deste trabalho, selecionamos algumas produções dos alunos para tecer análises, verificar e debater a respeito dos resultados da aplicação das atividades na escola, sejam em seus aspectos positivos e negativos. 

  • AYHOLANDIA MORAES DA SILVA
  • NARRATIVAS AMAZÔNICAS E NOVAS TECNOLOGIAS: diálogos possíveis na formação do leitor.

  • Data: 14/12/2016
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  • Este trabalho procurou contribuir para o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno bem como sua inserção na sociedade. Desse modo, a ideia inicial foi uma proposta de leitura (e escrita) baseada na orientação dos escritos de Bakhtin/Volochinov (1992), os estudos de Rossi (2008), sobre o projeto pedagógico de leitura e produção escrita e Rojo (2012) sobre o ensino de leitura associado às novas tecnologias e à cultura amazônica. Para tanto, por meio de uma pesquisa participante, levamos em consideração a relevância da leitura na formação humana, do repertório cultural e da habilidade cognitiva do leitor. A referida proposta foi elaborada para uma turma de 6º ano/9 pertencente à esfera pública de ensino. Esperou-se promover a formação de leitores competentes que conseguissem dialogar com as informações presentes no texto que lessem para, com base nisso, e em das ferramentas oferecidas hoje ao leitor (a exemplo do programa wondershare Filmora), produzir suas próprias histórias. Dentro dessa proposta, destacam-se a leitura (e escrita) de lendas amazônicas, tais como “a lenda da cobra grande” e “a lenda da mãe d‟água”. A escolha dos textos se deu em função das possibilidades pedagógicas e cognitivas de que o gênero dispõe, pela proximidade com o contexto cultural do qual faz parte o discente, além de serem histórias inspiradas no imaginário popular que, ao se utilizarem de uma combinação muito atrativa entre o mundo real e o da fantasia despertam o interesse do leitor e, com isso, dinamizam o processo de ensino e aprendizagem.

  • HAMILTON DE JESUS MIRANDA
  • ESTRATÉGIAS DE LEITURA COMO INSTRUMENTO NA FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.

  • Data: 14/12/2016
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  • Ao entender a leitura como um processo de interação social em que o leitor interage com o texto de maneira crítica e ativa, capaz de atribuir sentido ao que lê, desenvolvemos este estudo com objetivo de propor o ensino de estratégias de compreensão leitora como instrumento na formação de leitores competentes de alunos do 7º ano do ensino fundamental em uma escola de Oeiras do Pará. Na busca de alcançar o objetivo pretendido, fundamentamos este trabalho na concepção dialógica da linguagem e na perspectiva dos gêneros discursivos a partir  de Bakhtin/Volochinov (1992), Bakhtin (2003) e nos pressupostos teóricos   relacionados  à visão interacionista bakhtiniana da linguagem, expressos nos PCN (BRASIL 1997- 1998 - 2001), nos estudos de Geraldi (1997 -1998 - 2011), Solé (1998), Kleiman (1998, 2002, 2007), Menegassi e Ângelo (2005), Menegassi (2010), e, além disso, em autores orientados   pela concepção construtivista do ensino e da aprendizagem escolar defendida por Coll (1990), teoria na qual Solé (1998) se fundamenta quando trata do ensino de estratégias de compreensão leitora. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa/participativa, na qual buscamos descrever o discurso dos sujeitos pesquisados, fazendo um paralelo com o que dizem os documentos fornecidos pela escola colaboradora da pesquisa, retomando na análise as teorias vigentes na pesquisa. Os resultados do estudo evidenciam que o trabalho com a leitura proposto pela escola ainda não é suficiente para tornar o leitor um sujeito ativo e participativo do processo ensino e aprendizagem e, por isso, não o faz desenvolver suficientemente suas capacidades leitoras. A leitura do texto ainda se faz de maneira elementar, com enfoque mais acentuado na oralização da escrita e em seus aspectos gramaticais, sem um aprofundamento temático voltado para o diálogo crítico com outras leituras e com as singularidades do próprio texto, fatores estes que contribuem para uma leitura eficaz na construção dos sentidos no ato de ler. Entendemos que um dos motivos que levam a essa prática é o pouco investimento em um trabalho sistematizado com a leitura, que promova a integração leitor-texto-autor. Embora haja um grande esforço dos docentes, as atividades de leitura por eles elaboradas ainda estão aquém de um trabalho que de fato contribua para a formação de um leitor competente, capaz de fazer uso social da leitura em diferentes situações comunicativas. As análises feitas culminam em uma proposta de atividades de compreensão leitora, conforme definidas por Solé (1998), que orienta que a leitura deve acontecer em três momentos: antes, durante e após a leitura do texto.

  • OZANA DE OLIVEIRA BARBOSA
  • As TICs em sala de aula de LP: ensino-aprendizagem da língua materna por meio do software HagáQuê

  • Data: 14/12/2016
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  • Apresentamos uma pesquisa-participante que consiste em uma proposta de intervenção às aulas de língua portuguesa que possa contribuir para o desenvolvimento da produção textual de alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, no município de Ananindeua, no Estado do Pará. Os estudos são embasados nas teorias acerca das tecnologias educacionais (ALMEIDA; VALENTE, 2011), na concepção de linguagem sob a perspectiva sócio-histórica (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 2004), e na transposição do gênero discursivo para a sala de aula no processo de ensino aprendizagem de língua materna, conforme os PCN de língua portuguesa (BRASIL, 1998) e sob o olhar com vistas aos multiletramentos (ROJO, 2012, 2013, 2015); com o objetivo de investigar o uso do software HagáQuê enquanto ferramenta didática associada ao estudo do gênero Histórias em Quadrinhos para a ampliação da leitura e da escrita dos alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública no município de Ananindeua, no estado do Pará, por meio de uma proposta de intervenção. A metodologia se desenvolveu por meio de levantamento bibliográfico acerca das concepções de linguagem, de gêneros discursivos e das Novas Tecnologias na educação; e para desenvolver as atividades de intervenção em sala de aula, consideramos as orientações de Lopes-Rossi (2008) sobre o projeto pedagógico de leitura e produção de gêneros, e Menegassi (2010) referente à concepção de leitura com perguntas ordenadas, para a recepção do gênero e à concepção de escrita. Desenvolvemos, portanto, o trabalho em sala de aula com foco no gênero Histórias em Quadrinhos, embora a necessidade de dialogar com dois outros textos (conto e lenda). O conto tratou-se dos contos amazônicos de Inglês de Sousa para que os alunos se apropriassem da língua por meio de texto literário que proporcione o desenvolvimento da competência leitora a partir das questões populares presentes na obra, no que tange ao contexto amazônico e o texto “O Curupira”, versão adaptada por Maurício de Sousa (2009); trabalhamos também com as HQs eletrônicas a partir do software HagaQuê – editor de histórias em quadrinhos – um programa que possibilitou ao aluno ser autor (escritor) de suas HQs. Vale ressaltar que a substituição do Conto pela lenda do Curupira foi necessária, uma vez que, esta repercutiu em melhor aceitação por parte dos educandos para a sua reprodução em HQ, sugerida em sala. Para análise dos dados, consideramos os elementos constitutivos do gênero textual/discursivo e da ferramenta tecnológica selecionados para se chegar à produção escrita dos alunos, tendo como corpus para análise as produções de dois grupos (A e B), tanto em suporte impresso quanto em digital no software HagáQuê. 

  • GLAUCE CORREA ANTUNES
  • ARGUMENTAÇÃO NA CARTA E NO FACEBOOK E A FORMAÇÃO DO SUJEITO ALUNO-AUTOR: PROCESSO DE RE(SIGNIFICAÇÃO) DO DIZER NA ERA DIGITAL

  • Data: 14/12/2016
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  • O presente trabalho objetiva discutir, a partir das perspectivas relacionadas à interação verbal e gêneros discursivos postuladas por Bakhtin (2003), Bakhtin/Volochínov (2006) e Geraldi (1997) e concepções de leitura e escrita propostas por Kleiman (2013) e Antunes (2005; 2009, 2012), de que maneira podemos contribuir para ampliar as competências de leitura e escrita, promovendo a utilização contextual do gênero do discurso escolhido, a saber, a carta. Nossos estudos também se deram à luz de Rojo e Barbosa (2015), Rojo (2013) e Araújo e Leffa (2016) no tocante ao uso de novas tecnologias na escola. Quanto ao tipo de pesquisa, em relação aos procedimentos, trata-se de uma pesquisa-ação e participante; quanto à abordagem, é qualitativa, com traços etnográficos, por envolver o aprimoramento de práticas docentes por meio de interferências nossas, cujas informações foram reunidas por meio de um trabalho de campo. Os sujeitos selecionados para a pesquisa são alunos do 8º ano do ensino fundamental, da rede pública municipal de ensino, em Belém. O corpus desta pesquisa compõe-se de cartas manuscritas e postagens no Facebook produzidas pelos alunos mencionados. Como objetivo geral, pretendemos verificar em que sentido a escrita do gênero discursivo carta mobiliza diferentes saberes ao ser utilizado em práticas escolares centradas o mais próximo possível das situações linguageiras dos alunos. No que diz respeito aos objetivos específicos, pretendemos (i) apurar como esses mesmos sujeitos portam-se frente a um contexto com as singularidades do mundo virtual; e (ii) verificar de que maneira a utilização de sequenciadores do discurso propicia a construção de sentidos nessas produções. Para isso introduzimos a utilização do Facebook para que eles também se posicionem como leitores críticos, no intuito de compararmos o que diferencia sua postura crítica on-line da escrita convencional, comparando, dessa forma, os contextos de produção e as diferenças que isso implica nas escolhas lexicais. Além dos autores já mencionados, pautamo-nos em Lopes-Rossi (2008) e Solé (1998), os quais conduziram alguns dos encaminhamentos que propusemos para atingir nossos objetivos. A fim de alcançá-los e consolidar nossas análises, aplicamos uma proposta de intervenção, realizada em forma de projeto de ensino, com módulos de leitura, escrita e divulgação, o qual culminou em trocas de cartas entre alunos de escolas em diferentes municípios (Belém e Tomé-Açu) e postagens nos perfis de nossos alunos de Belém. Os resultados apontam que há mudança de postura quando o sujeito aluno-autor se depara com uma situação linguageira na qual, de fato, há um interlocutor real e a escrita torna-se significativa; e também realiza escolhas gramaticais, lexicais e fraseológicas diferenciadas ao estruturar seu enunciado frente a diferentes interlocutores.
    Palavras-chave: Interação verbal. Novas tecnologias. Carta. Facebook. Sujeito aluno-autor.

  • GERCILENE VALE DOS SANTOS
  • FIOS DE METÁFORA EM LABIRINTOS DE MEMÓRIAS LITERÁRIAS: a metáfora na escrita de 8º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública de Tracuateua - PA

  • Data: 14/12/2016
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  • Neste trabalho, apresentamos os resultados da aplicação de uma Sequência Didática, desenvolvida em 12 oficinas. Tínhamos como objetivo geral desenvolver em alunos do 8º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Tracuateua –PA o conhecimento da metáfora como um recurso para a produção de efeitos de literariedade em textos do gênero memórias literárias. Os sujeitos da pesquisa compunham uma turma de 30 alunos. Os textos foram analisados a partir da concepção interacionista de linguagem (BAKHTIN e VOLOCHINOV, 2004); da noção de gênero como instrumento (DOLZ e SCHNEUWLY, 2004); da categorização de metáforas conceptuais: estruturais, ontológicas, orientacionais e imagéticas (LAKOFF E JOHNSON, 2002); da classificação de metáforas literárias: totalmente inusitadas, parcialmente inusitadas e cristalizadas (ANDRADE, 2008; LAKOFF E TURNER, 1989). As razões da abordagem adotada foram a possibilidade de transformar uma preocupação de ensino e aprendizagem em pesquisa; a visibilidade que se pretende dar à metáfora como recurso cognitivo, linguístico e criativo. Analisamos, aleatoriamente, 6 (seis) produções textuais iniciais e 6 (seis) produções textuais finais, cujos resultados demonstraram ampliação da competência discursiva dos alunos: os textos compuseram um memorial intitulado Nos tempos da Maria Fumaça; a maioria apresentou metáforas literárias parcialmente inusitadas e cristalizadas, resultantes de criações de metáforas imagéticas, de extensão e elaboração de conceitos metafóricos estruturais, ontológicos e orientacionais. Esse resultado impactou positivamente no rendimento dos alunos. Concluímos que a hipótese foi confirmada parcialmente: o ensino da metáfora, conduzido em abordagem reflexiva, pode contribuir para que o aluno produza textos de memórias literárias com efeitos de literariedade. 

  • NELCILENE OLIVEIRA DE SOUSA
  • LEITURA E RESPONSIVIDADE AO DESVENDAR AS ENTRELINHAS DO TEXTO: UMA PROPOSTA DE TRABALHO COM O GÊNERO FÁBULA NA ESCOLA"

  • Data: 13/12/2016
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  • Esta Dissertação, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de linguagem e formação docente (UFPA-Castanhal), parte da hipótese de que, as atividades de leitura, a partir do trabalho com os gêneros discursivos, tomando-os como eixo de progressão e de articulação curricular na aprendizagem da Língua Portuguesa, promovem a responsividade ativa dos alunos, contribuindo para a formação de leitores críticos. Desse modo, a investigação tem como temática a leitura crítica, a partir do trabalho com o gênero fábula, em uma turma do 9º ano do ensino fundamental. O objetivo geral do trabalho consiste em refletir sobre a responsividade discente no ensino e aprendizagem da leitura, com o intuito de formar leitores críticos. Como objetivos específicos, propomo-nos a: a) investigar a eficácia da atividade de leitura, sugerida na proposta de intervenção, voltada à localização e à compreensão de inferências discursivas; b) identificar e descrever os níveis de responsividade dos discentes na leitura durante a atividade escrita. À luz da Linguística Aplicada, a pesquisa pauta-se na perspectiva sócio-histórica da linguagem, embasada nos pressupostos teóricos do Círculo de Bakhtin e de pesquisadores que seguem esta vertente, lançando mão também de aportes da Psicolinguística, no que se refere ao trabalho com a leitura. No que tange à responsividade, embasamo-nos nas categorias de Bakhtin (2003), nos estudos de Menegassi (2008) e na pesquisa de Ohuschi (2003). A investigação constitui-se de uma pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de caráter etnográfico e de natureza aplicada, na qual elaboramos uma proposta de intervenção pedagógica que desenvolvemos em uma turma de 9º ano e, no âmbito das aulas, recolhemos as atividades de leitura, respondidas por escrito pelos alunos, para verificar o nível de responsividade discente. Assim, com a intenção de incentivar os discentes a atuarem de forma significativa na construção do conhecimento, dentre as possibilidades de trabalho com os gêneros discursivos, optamos pela proposta metodológica de Lopes-Rossi (2008). Como resultado do desempenho dos discentes, podemos destacar que a maioria evidencia uma leitura crítica e participativa ao compreender os implícitos textuais e discursivos do texto/enunciado, pois predominam, ao longo da maioria das respostas dos alunos, atitudes responsivas ativas. A partir das reações dos discentes ao responderem as questões, identificamos que todos os alunos apresentaram responsividade ativa expansiva de explicação. Além dessa responsividade apresentada por todos, podemos destacar a responsividade ativa expansiva de: comentário e exemplificação, crítica, opinião, sugestão, injunção, retórica, comparação.  Os resultados também evidenciaram responsividade ativa sem expansão explicativa e exemplificativa, nos níveis de concordância e desconsideração, responsividade silenciosa nos níveis de compreensão e de dúvida. Com relação à eficácia das questões propostas na atividade de leitura, podemos ressaltar que as questões que foram elaboradas com o apoio da contextualização da função discursiva do gênero e referências a problemas sociais estimularam um número mais expressivo de responsividade ativa dos discentes do que as que não continham esses recursos.

  • MISSILENE SILVA BARRETO
  • LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: A COMPREENSÃO RESPONSIVA DISCENTE A PARTIR DO GÊNERO CHARGE

  • Data: 12/12/2016
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  • Esta Dissertação, a qual integra o Projeto de Pesquisa “Práticas de linguagem e formação docente” (UFPA- Castanhal), consiste numa pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de tipo etnográfico, de natureza aplicada. Para sua efetivação, partimos da seguinte problemática: Quais os níveis de responsividade dos alunos do 9º ano do ensino fundamental durante a realização de atividades de leitura? A fim de respondermos a tal questionamento, elaboramos, à luz da Linguística Aplicada, uma proposta de intervenção, com enfoque na leitura, a partir da concepção de Projeto Pedagógico de leitura e escrita de gêneros discursivos, de Lopes-Rossi (2008). Buscamos cooperar com atividades de leitura, pautadas na concepção dialógica da linguagem numa perspectiva bakhtiniana, a partir do gênero discursivo charge. A aplicação desse projeto foi realizada em uma escola pública estadual localizada no município de Soure - PA. Assumimos como hipóteses ao problema as seguintes assertivas: a) as atividades de leitura elaboradas no interior do projeto pedagógico de leitura com o gênero charge são eficazes, pois promovem a compreensão responsiva ativa dos alunos, contribuindo para a formação de leitores conscientes, reflexivos e críticos; b) os alunos do 9º ano manifestam responsividade ativa em diferentes níveis durante a realização das atividades de leitura em sala de aula. Delineamos como objetivo geral: refletir sobre a responsividade discente no processo de ensino e aprendizagem da leitura e objetivos específicos: a) verificar a eficácia das atividades de leitura elaboradas no interior de um projeto de leitura com o gênero discursivo charge, a partir da comparação entre as primeiras e últimas atividades; b) evidenciar e caracterizar a manifestação da responsividade discente demonstrada por alunos do 9º ano, na realização das atividades de leitura; c) demonstrar se houve ou não a ampliação das habilidades de leitura. Os dados coletados foram interpretados com base na perspectiva bakhtiniana, especificamente no que tange à responsividade. Sendo assim, tomamos como norte para análise, as definições de compreensão responsiva ativa, passiva, silenciosa (efeito retardado) de Bakhtin (2011); as categorias expandidas por Menegassi (2008): responsividade ativa com expansão explicativa e exemplificativa, responsividade passiva sem expansão, responsividade ativa sem expansão explicativa e exemplificativa; as subcategorias ampliadas e subdivididas em níveis por Ohuschi (2013): crítica; opinião; comentário e exemplificação; explicação; discordância; sugestão; questionamento; concordância; desconsideração; dúvida; compreensão. Os resultados evidenciaram a manifestação de responsividade dentre aqueles já identificadas por Ohuschi (2013): responsividade ativa com expansão explicativa e/ou exemplificativa nos níveis de: crítica, opinião, explicação; responsividade silenciosa nos níveis de: compreensão, dúvida. Não obstante, as respostas dos discentes e o contexto da pesquisa levou-nos a acrescentar novos dados: 1) na categoria responsividade ativa com expansão explicativa e/ou exemplificativa detectamos os níveis de: descrição, objetividade, sensibilidade; 2) identificamos uma nova categoria de responsividade, a qual denominamos responsividade ativa com expansão parcial. Essa nova categoria, por sua vez, evidenciou os seguintes desdobramentos: a) os níveis de explicação e dúvida (OHUSCHI, 2013); b) a partir dos nossos estudos, os níveis denominados de: descrição, obliquidade, objetividade. 

  • FLAVIO JORGE DE SOUSA LEAL
  • LEITURA DE CONTOS DAS OBRAS “LITERATURA EM MINHA CASA”: UMA PROPOSTA PARA O 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 12/12/2016
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  • A Dissertação de Mestrado intitulada Leitura de contos das obras “Literatura em minha casa”: uma proposta para o 9º ano do Ensino Fundamental objetiva ser uma proposta de intervenção pedagógica no ensino de Literatura para uma turma do 9º ano de uma escola municipal de Ensino Fundamental localizada no município de Santa Luzia do Pará, no nordeste paraense. Constitui-se de uma discussão acerca da importância da leitura da Literatura em sala de aula como uma experiência humanizadora, que deve ser desenvolvida na escola, especialmente nos primeiros anos de escolaridade dos alunos, e de uma experiência de leitura de contos  a partir da  metodologia intitulada  de sequência básica desenvolvida por Rildo Cosson (2013), a qual é composta das seguintes fases: motivação, introdução, leitura e interpretação, tendo como corpus dois contos da “Coleção Literatura em Minha Casa”, a saber: “Negócio de menino com menina” (2001), de Ivan Ângelo e “Biruta” (2001), de Lygia Fagundes Telles, disponíveis no acervo da biblioteca da referida escola. Esse trabalho busca promover a leitura de contos em sala de aula na tentativa de possibilitar o letramento literário, além de aproximar os estudantes da citada coleção e, assim, formar leitores, haja vista que ela é pouco conhecida e pouco lida, enquanto opção de leitura da biblioteca. Essa pesquisa ancora-se no autor citado acima e em outros como Alfredo Bosi (1974), Antonio Candido (1995), Ezequiel Theodoro da Silva (1999), Fabio Lucas (1983), Maria Amélia Dalvi (2013), Marisa Lajolo (2001), Regina Zilberman (1991), e Walnice Nogueira Galvão (1983), no sentido de construir um arcabouço teórico necessário enquanto fundamentação dessa pesquisa. Ainda no que diz respeito à metodologia, houve a aplicação de um questionário inicial com o intuito de se estabelecer um diagnóstico acerca da leitura literária dos alunos na sala de aula para que fosse possível elaborar a proposta; em seguida ocorreu a aplicação e análise de uma atividade sobre conto, presente no livro didático de Língua Portuguesa do 9º ano adotado pela escola. Depois houve a aplicação das sequências básicas e, por fim, a aplicação e análise de um questionário final a fim de se avaliar os resultados, os quais foram considerados satisfatórios, de forma que essa metodologia mostrou-se um caminho possível e exitoso para o trabalho com o texto literário na sala de aula do Ensino Fundamental.

  • NILSON FERNANDES DOS SANTOS
  • LEITURA DE CONTOS: UMA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 12/12/2016
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  • A Dissertação de Mestrado intitulada Leitura de contos: uma experiência literária no ensino fundamental tem por objetivo promover o letramento literário em turmas de sétimo ano de uma escola estadual de ensino fundamental que tem alcançado níveis baixíssimos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB e que se localiza na Ilha de Caratateua, distrito periférico da cidade de Belém do Pará, também conhecido como Ilha de Outeiro. Para tal, selecionamos cinco contos de três autores da Literatura, a saber, Felicidade Clandestina e A Bela e a Fera ou a ferida grande demais, de Clarice Lispector; Espelho meu e Sounds, de Maria Lúcia Medeiros; e, Negrinha, de Monteiro Lobato. Como estratégia metodológica, adotamos a proposta de Cosson (2014) a qual se compõe pelas fases consecutivas da motivação, da introdução, da leitura e da interpretação. Para tanto, nosso trabalho se constitui de quatro capítulos nos quais discorreremos sobre a base teórica que nos norteia quanto à leitura (literária), quanto ao letramento literário e quanto ao conto, sobre a caracterização do ambiente de pesquisa e a metodologia adotada, além de apresentarmos as propostas de intervenção aplicadas (exceto dos contos A Bela e Fera ou a ferida grande demais e Negrinha, dos quais apresentamos apenas a proposta elaborada como sequência básica) e a descrição e análise dos resultados, após a aplicação da pesquisa. Também apresentamos um capítulo em que propomos breves estudos sobre cada um dos contos citados.

  • SILVIO NAZARENO DE SOUSA GOMES
  • A RESPONSIVIDADE DISCENTE EM ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA COM O GÊNERO CRÔNICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 12/12/2016
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  • À luz da Linguística Aplicada, esta Dissertação de Mestrado, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de Linguagem e Formação Docente, da UFPA, Castanhal, propõe realizar um estudo teórico-prático sobre o processo de compreensão responsiva discente com atividades de análise linguística (AL), a partir do trabalho com o gênero discursivo crônica em uma turma de 9º ano, ao considerarmos o gênero como eixo de progressão e articulação curricular. O estudo tem como objetivo geral compreender a responsividade discente, a partir da prática de AL, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos. A pesquisa é norteada pela seguinte questão: De que maneira os alunos de 9º ano conseguem resolver atividades epilinguísticas e metalinguísticas, durante a prática de AL, no interior de um trabalho com o gênero discursivo crônica, de forma a contribuir para a construção de sentidos do texto? O trabalho parte da hipótese de que, se os alunos de 9º ano forem instigados a refletir sobre os efeitos de sentido de determinados recursos gramaticais e sobre a estrutura e o funcionamento da língua durante as atividades de leitura e AL, inseridas em um projeto de leitura e escrita, conseguirão resolver atividades epilinguísticas e metalinguísticas, de forma a contribuirem para a construção de sentidos do texto.  Optamos pela proposta de projetos de produção escrita de gêneros discursivos de Lopes-Rossi (2008), com adaptações, a partir de Perfeito, Ohuschi e Borges (2010) e Ohuschi e Paiva (2014). A pesquisa pauta-se na concepção dialógica da linguagem e sob o viés dos gêneros discursivos, com base nos pressupostos teóricos do Círculo de Bakhtin. No que tange à responsividade, pautamo-nos em Bakhtin (2003; 2010), Menegassi (2008;2009) e Ohuschi (2013). A investigação, que se caracteriza, como pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada, ocorreu em uma escola pública de Castanhal/PA com uma turma de 9º ano. O trabalho tem como corpus as respostas-discentes das atividades de AL. Assim, para que a pesquisa se efetivasse, fomos motivados a partir dos resultados apresentados pelos Projetos de Pesquisa Língua Portuguesa: formação docente e ensino-aprendizagem, Ohuschi e Paiva (2013), e Práticas de Linguagem e Formação Docente, Ohuschi e Paiva (2015), ao diagnosticarem as dificuldades dos professores de LP de Castanhal e região, em relação ao ensino de gramática reflexivo e contextualizado. Ademais, analisamos dois itens, do LD de LP de 9º ano, adotado pela escola, nos quais a abordagem da classe de palavra (adjetivo) selecionada para a prática de AL, não propicia a construção de sentidos do texto. Diante disso, elaboramos o projeto de leitura e escrita para ser aplicado no 9º ano sob o viés dos gêneros discursivos. Posteriormente, aplicamos apenas o módulo de leitura e prática de AL, foco da nossa pesquisa. Na sequência, selecionamos das atividades de AL três questões epilinguísticas e três metalinguísticas respondidas pelos alunos para analisarmos a responsividade discente. Os resultados demonstram que os alunos manifestam, em suas respostas, os seguintes níveis de compreensão responsiva: RACEEE de explicação, de explicação e de opinião, de explicação e de exemplificação, de explicação e de comentário, RPSE de desconsideração e RS de dúvida e de compreensão. Assim, concluímos que a aplicação das atividades inseridas nas etapas de cada oficina do módulo de leitura e reflexão sobre a língua, contribuiu, significativamente, para que os alunos respondessem às questões de AL. 

  • SAMELA AIRES DOS SANTOS PORTELA
  • A LEITURA COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DO ALUNO LEITOR: PROPOSTA DE ATIVIDADES EM UMA TURMA DE 8º ANO EM UMA ESCOLA  MOSQUEIRO.

  • Data: 10/11/2016
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  • Este trabalho foi constituído a partir do pressuposto de que a leitura é um dos caminhos para que o aluno adquira conhecimentos e uma das ferramentas de construção do sujeito crítico, agente de suas próprias falas e capaz de interagir de forma eficiente com os demais interlocutores. Nele, discutimos a necessidade de a escola assumir o papel não apenas de formadora de leitores, mas também de espaço para o desenvolvimento do aluno leitor. À luz da concepção interacionista da linguagem, baseada, principalmente, em Bakhtin e Menegassi, discutimos essa necessidade e questionamos, a partir de uma sondagem prévia com uma turma de 8º ano de uma escola de Mosqueiro, o que pode ser feito para o aluno sinalizar um desenvolvimento e autonomia leitora? Para tentar responder ao questionamento que nos inquieta, tivemos como objetivo identificar, a partir do desenrolar das atividades, avanços no desenvolvimento leitor dos aprendizes para que esse pudesse se tornar um leitor proficiente e apto a se envolver nas mais diversas interações comunicativas. A partir da sinalização dada pelos alunos na atividade prévia verificamos que a turma possuía dificuldades desde o nível da compreensão até o nível da retenção na leitura. Com vistas a isso, propusemos o trabalho com atividades de leitura, com foco nos níveis da decodificação, da compreensão, da interpretação e da retenção, até chegarmos à culminância das atividades com o gênero reportagem turística. Do resultado, notamos indícios de avanços na leitura a partir da terceira atividade, quando introduzimos estratégias de leitura, como a produção de resumos, indicada por Solé (1998). Nas atividades subsequentes, verificamos que os alunos foram ampliando conhecimentos e melhorando o desempenho nas etapas do processo de leitura. Por fim, comprovamos, na maioria dos alunos, a apropriação das etapas de leitura quando os aluno-leitores realizaram as entrevistas e conseguiram, a partir delas, retextualizar para o gênero reportagem turística aplicando, inclusive, estratégias como as aprendidas no trabalho com o resumo, a exemplo da seleção de informações realizadas, além da demonstração de criticidade revelada durante o processo que culminou com a produção da revista de reportagem turística.

  • FLÁVIA LEITE GOMES DOS SANTOS
  • Hipossegmentação e Hipersegmentação em textos de alunos do 6ª ao 8º anos: da análise dos problemas de escrita à proposta interventiva.

  • Data: 04/04/2016
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  • XXX

  • DINELSON SERRÃO DA SILVA
  • TEXTO LITERÁRIO EM SALA DE AULA: O POEMA PEDE PASSAGEM

  • Data: 04/04/2016
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  • O presente trabalho tem como propósito maior o resgate do gênero poema em sala de aula. Resultou da necessidade de se dá a devida importância a esse gênero, relegado muitas vezes ao segundo plano em nossas escolas, local em que se privilegiam os textos narrativos em prosa. Por conta desse distanciamento das atividades com poesia em sala de aula, é que resolvemos elaborar este trabalho, a fim de aprimorar nossos conhecimentos sobre o gênero poema, além de proporcionar aos nossos alunos o ensino de uma literatura voltada para o letramento literário. A fim de que esse distanciamento fosse eliminado, propusemo-nos a elaborar um material baseado em sequências didáticas envolvendo o gênero poema. Foram elaboradas quatro sequências didáticas correspondendo às seguintes temáticas: i. Canção do Exilio e suas intertextualidades; ii. Poemas de amor; iii. Poemas de reflexão social; iv. Poemas: imagens e sentidos. Como suporte teórico para a realização deste trabalho, seguimos os ensinamentos de alguns estudiosos, a exemplo de Cosson (2014) , Gebara (2002), Cândido (1995), Kleiman (2004), Koch (2012),entre outros. Pensamos em compor nosso trabalho subdividindo-o em três etapas. A primeira etapa ocupa-se da fundamentação teórica. Também é apresentado nessa etapa um levantamento sobre a presença do gênero poema nos livros didáticos, bem como se visualiza o tratamento que os manuais escolares dispensam a esse gênero literário. A segunda etapa  aborda os  aspectos relacionados ao poema como ritmo,  metro, verso e seus níveis de significação ,unidades expressivas: linguagem direta e linguagem figurada, linguagem figurada espontânea e linguagem figurada elaborada, palavras figuradas e suas modalidades (os  tipos de imagem), além de se trabalhar com outros níveis ou aspectos estruturais do poema como os níveis lexical, sintático e o semântico. Na terceira etapa apresentamos  quatro sequências didáticas que trazem sugestões de atividades para trabalharmos  com poemas em sala de aula.

  • JORGE FERNANDO DO NASCIMENTO COIMBRA
  • LEITURA DO CONTO NA ESCOLA: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental.

  • Data: 04/04/2016
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  • A dissertação de Mestrado Leitura do conto na escola: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental tem como objetivo promover a leitura do texto literário em sala de aula por meio da sequência básica de letramento proposta por Cosson (2006) no livro Letramento literário: teoria e prática que é constituída de Motivação, Introdução, Leitura e Interpretação cuja unidade de ensino será o texto narrativo (conto) de autores brasileiros da série Literatura em minha casa e outros regionais da autora paraense Maria Lúcia Medeiros. Para essa finalidade serão desenvolvidas atividades em duas turmas do 8º ano do Ensino Fundamental em uma instituição escolar da rede municipal da cidade de Maracanã-PA. A pesquisa foi desenvolvida dentro da perspectiva de pesquisa-ação de caráter interpretativo e interventiva de base empírica (THIOLLENT, 1996), cuja relação entre pesquisador e pesquisados dar-se-á no ambiente de realização da pesquisa, visando à solução de um problema de forma cooperativa. O interesse pelo objeto de pesquisa se deu a partir de consulta aos livros didáticos, conversas informais com os professores de Língua Portuguesa da escola na qual desenvolvemos a pesquisa e acesso ao diário de classe dos mesmos docentes. Os trabalhos de (COSSON, 2006, 2010), (CEIA, 2002), (COLOMER, 2007), (REGINA ZILBERMAN, 1988), (ANTONIO CANDIDO, 1995) serviram como quadro teórico no qual vai surgir a importância de se trabalhar a literatura na escola bem como chamar atenção para se ter um professor de literatura, considerando que não é comum nos dias atuais ver nas aulas de língua portuguesa do ensino fundamental o trabalho efetivo com o texto literário. Assim fizemos uma proposta metodológica de trabalho com o texto literário no Ensino Fundamental. Assim, estruturamos essa dissertação de Mestrado nos seguintes tópicos: O ensino de literatura no Ensino Fundamental, A formação do leitor e Leitura do conto na escola: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental.

  • LETÍCIA MARTINS FEITOSA LOPES
  • UMA PROPOSTA PARA ABORDAGEM DA RELAÇÃO ENTRE ORALIDADE E ESCRITA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

  • Data: 04/04/2016
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  • Este trabalho insere-se na área de Linguagens e Letramentos do Mestrado Profissional em Letras da Universidade Federal do Pará e foi concebido com a intenção de contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa de alunos, na textualização da escrita formal, sem marcas de textualização da fala espontânea; bem como de auxiliar a prática docente no que tange a esse problema. São alunos de uma turma de quarto ciclo da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública do município de Castanhal – PA. No que se refere à pesquisa que precede a preparação da proposta de ensino elaborada para esse fim, este estudo teve por objetivo observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos da linguagem abordados nele.  Realizou-se, portanto, uma abordagem qualitativa de análise indutiva, tomando como objeto de estudo textos produzidos pelos alunos. Para a fundamentação teórica deste trabalho, sobre a abordagem das estratégias de textualização, buscou-se, embasamento em Oliveira (2010), Koch & Elias (2010), Koch (2005), Bronckart (1999) e outros. Valeu-se, ainda, de embasamento nos estudos de Castilho (2014), Neves (2011), Koch-Travaglia (2011), Brait (2010), Marcuschi (2005,2008), Ilari-Geraldi (2006), Freire (2005), Schneuwly & Dolz (2004), Bortoni-Ricardo (2004), Bagno (2002, 2003, 2006,2009, 2011, 2013), Rojo (2000) e outros, para abordagens de aspectos relacionados a texto e gêneros textuais, sequência didática, trabalho com EJA, marcas da oralidade na escrita e peculiaridades destas modalidades da língua. A abordagem teórica se fez com o propósito de ser uma fonte para acesso de professores de Língua Portuguesa, estudantes de Letras e alfabetizadores para o trabalho com a relação oralidade/escrita em sala de aula, de forma a apresentar-lhes, inicialmente, reflexões sobre a importância da busca de subsídios nas teorias linguísticas como apoio permanente de suas práticas docentes, contribuindo para levar o falante ao domínio da língua que usa. E, mais adiante, conforme a identificação do problema a ser discutido na pesquisa, relacionou-se a teoria à prática, o que, além de ajudar na composição deste trabalho e na elaboração do material didático para tratar das necessidades dos alunos, também se tornou um possível modelo, de que o docente poderá dispor diante de tantos outros problemas que se encontram na sala de aula. A partir da análise que interpretou que os alunos não conhecem as peculiaridades de cada uma das modalidades da língua, pois empregam estratégias da oral na escrita inadequadamente, buscou-se engendrar um material didático no formato de um caderno pedagógico baseado no procedimento “sequência didática” – dos estudos de Schneuwly & Dolz (2004) –, cujos exercícios foram inspirados, inclusive, na atividade de “retextualização” segundo Marcuschi (2005). Trata-se de atividades que têm por objetivo contribuir para que o aluno aprenda a considerar o contexto de comunicação em que esteja inserido para selecionar as estratégias de textualização mais adequadas a ele, o que inclui, quando textualizarem a escrita formal, a eliminação de marcadores conversacionais, a adequação de introdução tópica, a realização de referenciação textual adequada e o uso adequado e variado de conectores – o que foi o objetivo principal desta pesquisa.

2015
Descrição
  • RODOLFO MEIRELES DE SOUSA
  • UMA PROPOSTA DE USO DO PROCEDIMENTO WEBQUEST NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO DE ALUNOS COM INDICATIVO DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

  • Data: 31/08/2015
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  • A presente dissertação apresenta uma proposta de intervenção no contexto das oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa realizadas como estratégias de Enriquecimento no Programa de Atendimento de Alunos com indicadores de Altas Habilidades/Superdotação. A proposta consiste na utilização do procedimento Webquest como instrumento alternativo para as pesquisas escolares previstas no Programa de Altas Habilidades/Superdotação e, consequentemente, na Olimpíada de Língua Portuguesa, uma vez que esta está inserida neste contexto. A proposta prevê pesquisas na internet sobre o tema ―O lugar onde vivo‖ para produção do gênero textual crônica, ambos previstos na referida Olimpíada. Esta dissertação apresenta ainda as teorias que contribuem para o conceito e o atendimento de Altas Habilidades/Superdotação, como as concepções de inteligência de Gardner e de Sternberg e as orientações pedagógicas de Joseph Renzulli. Além disso, discutem-se, aqui, as contribuições da pesquisa escolar e na internet para o ensino-aprendizagem nas escolas e no âmbito do Programa de Atendimento de Alunos com indicadores de Altas Habilidades/Superdotação. A proposta concretiza-se na proposição da WQ, observando as orientações de Dodge (1995) sobre pesquisa orientada.

  • MARCOS VINICIUS SOUZA DA SILVA
  • Leitura de contos Machadianos adaptados ao gênero HQ na formação de novos leitores 

  • Data: 31/08/2015
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  • A presente dissertação tem o objetivo de analisar as adaptações para HQ de três contos do escritor Machado de Assis. Antes, faremos um breve histórico sobre o autor como contista, suas publicações e sua importância para a literatura brasileira. Faremos também uma análise dos enredos dos contos ―A cartomante‖, ―Pai contra mãe‖ e ―Conto de escola‖. Este estudo fundamenta-se em pressupostos teóricos de pesquisadores como (BOSI, 1980), (COSSON, 2006), (COSTA, 2013) e (VERGUEIRO, 2006; 2013) entre outros. Na perspectiva deste estudo, é interessante verificar como anda a relação da literatura canônica com o gênero quadrinho, discutiremos como os autores utilizam a linguagem dos quadrinhos para destacar particularidades da história, assim como observar o que os componentes da HQ proporcionam às adaptações, de que modo eles interagem, pois entendemos que tanto a leitura do conto tradicional quanto do conto adaptado pode ser feita independentemente da ordem, inclusive defendemos que a leitura de ambos, pode ajudar-nos a compará-las, possibilitando novas formas de entendimento, enriquecendo a nossa análise. Desse modo, a adaptação de textos literários para o gênero HQ surge não como uma solução definitiva ou algo extraordinário, mas como uma estratégia metodológica que visa à aproximação do aluno do ensino de base aos textos literários. Como sugestão para desenvolver essa proposta, utilizaremos uma sequência didática, pois apresenta uma estrutura mais organizada e ao mesmo tempo dinâmica, que pode proporcionar ao educador possibilidades de inserir atividades de acordo com suas próprias observações, considerando a capacidade linguística de cada aluno, seus conhecimentos prévios e experiência cultural.

  • MARIA HELENA DA SILVA VIANA
  •  ANA MARIA MACHADO EM SALA DE AULA: LEITURA LITERÁRIA E FORMAÇÃO DO LEITOR

  • Data: 31/08/2015
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  • Este trabalho pretende refletir e discutir a respeito da leitura do texto literário no ensino fundamental e de alguns desafios que envolvem o ensino de literatura na escola pública. Desse modo, apresenta um estudo teórico sobre a leitura e sobre o professor como mediador do processo de interação entre livro e aluno. Destaca a importância da inserção da literatura infantojuvenil e do clássico no cotidiano escolar e busca analisar as instâncias que escolarizam a literatura e prejudicam a formação de leitores na escola. Pretende-se, assim, contribuir no intuito de auxiliar o professor a repensar sua prática pedagógica para que a leitura literária passe a significar uma experiência relevante e prazerosa para o aluno e que, assim, favoreça a formação de leitores na escola pública. Dessa forma, apresenta-se uma proposta metodológica para a leitura de duas obras da escritora brasileira Ana Maria Machado, destinadas ao público infantojuvenil com o objetivo de incentivar o letramento literário e a formação do leitor.

  • DJANE DO SOCORRO PEREIRA BENJAMIM
  • Problemas de escrita nas séries finais do Ensino Fundamental

  • Data: 28/08/2015
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  • Este trabalho pretende descrever as características das produções escritas de alunos das séries finais do Ensino Fundamental, observando fenômenos de ordem ortográfica, morfossintática e discursiva, verificando as principais dificuldades de escrita a fim de propor intervenções que visem superá-las ainda nesta etapa de ensino. A pesquisa foi realizada em uma Escola Pública de Ananindeua, no Pará. Os dados obtidos demonstraram que os alunos apresentam diversos problemas no domínio da escrita, alguns dos quais já deveriam ter sido resolvidos pelo processo de letramento, como, por exemplo, a interferência da fala na escrita. Fundamentando as discussões sobre letramento, aprendizagem da escrita e atividades de produção textual na escola, foram consultados autores como: Bortoni-Ricardo (2005), Cagliari (2009), Costa Val (1999), Soares (2003) entre outros. Observou-se também a relevância dos fatores sociais e linguísticos, relacionados ao aprendizado da escrita e constatou-se que a ocorrência de problemas nos textos dos alunos, além de estar relacionada a esses fatores, demonstra também falhas no ensino, uma vez que os anos de escolarização deveriam ter sanado pelo menos a maioria dos problemas apontados nos textos dos alunos. Considerando esses resultados, elaboramos propostas didático-metodológicas a serem trabalhadas com essas séries, a fim de melhorar efetivamente a produção escrita desses alunos.

  • MARIA RITA BARBOSA DE ALMEIDA
  • A PRODUÇÃO DE TEXTOS DE BASE NARRATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 28/08/2015
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  • Este trabalho analisa a produção textual (conto) de alunos de uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental, estudantes de uma escola pública de Altamira (Pará), como ponto de partida para a construção de uma proposta de ensino voltada à produção de textos de base narrativa. A análise consiste em compreender a situação em que os alunos se encontram em relação à construção de narrativas, procurando identificar que conhecimentos dispõem sobre os elementos da narrativa, como articulam os mecanismos de textualização quanto à coesão verbal (temporalidade primária da narrativa) e nominal (referenciação dos personagens) e como articulam o discurso interativo com o narrativo . Dentro dessa perspectiva, discute-se como textos de base narrativa são organizados (Cardoso, 2001; Koch, 2011, 2015); reflete-se sobre o ensino e aprendizagem da produção de textos (Dolz, 2010; Antunes, 2009); sobre as contribuições de Bronckart (1999), com sua proposta teórica para elucidar a organização do texto nas suas diferentes dimensões. Também se apresentam reflexões ao professor sobre a importância de se apropriar de contribuições da Linguística como apoio para desenvolver sua prática docente, de considerar quais as dificuldades do aluno como ponto de partida para a promoção de práticas pedagógicas, de valorizar as atividades com gêneros textuais, entre outros. O trabalho de análise dos textos dos alunos, que se situa no âmbito da pesquisa qualitativa, apresentou como resultado dificuldades na produção textual de alunos do 8º ano, tais como falta de domínio da organização de uma narrativa, dificuldade em empregar o discurso direto e pouca habilidade no processo de referenciação das personagens. Observando os problemas identificados, elaborou-se uma proposta didática para os professores com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento da competência de redigir textos bem formados quanto a sua organização e escolhas linguísticas, considerando o gênero em que se configuram, sendo esse o objetivo principal do trabalho.

  • GILCÉLIA AMARAL MENDES
  • INTERFERÊNCIA DA FALA NA ESCRITA DE ALUNOS DO SEXTO ANO: descrição, análise e intervenção

  • Data: 27/08/2015
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  • No presente trabalho, tivemos como objetivo geral descrever e analisar a interferência da fala na escrita dos alunos do 6.º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Belém-PA, com a finalidade de propor atividades que visem à melhoria da aquisição da escrita. A pesquisa, embasada na sociolinguística quantitativa, teve várias etapas: (i) coleta de dados; (ii) triagem e codificação dos dados; (iii) rodadas no programa estatístico VARBRUL; e (iv) análise dos resultados, com elaboração de tabelas e gráficos. O corpus totalizou 2.179 dados, distribuídos entre problemas de escrita por interferência da fala, equivalente a 1.360 ocorrências, e problemas inerentes à escrita (problemas de convenção ortográfica), equivalente a 819 ocorrências, sendo submetido à análise seguindo uma metodologia orientada de acordo com estudos da Sociolinguística Variacionista, fundamentada em Bortoni-Ricardo (2003, 2004), Cagliari (2009), Faraco (2012), Lemle (2003), Marcuschi (1997, 2007, 2010), Mollica (1998, 2013), entre outros. A análise dos resultados permitiu-nos concluir que os alunos chegam ao 6.º ano do Ensino Fundamental apresentando ainda mais problemas de interferência da fala em sua escrita (62%), do que aqueles relativos à falta de familiaridade do educando com as convenções ortográficas (38%); e também que esses problemas estão correlacionados tanto a fatores socioeconômicos (sexo, renda, escolaridade dos pais), quanto a linguísticos (gênero textual, classe gramatical, natureza do item lexical e tonicidade da palavra ou expressão). A partir dessas conclusões, elaboramos uma proposta didático-metodológica cujo objetivo foi o de intervir perante essas dificuldades apresentadas, para que os alunos possam avançar às séries/anos subsequentes com menos dificuldades em sua escrita e, consequentemente, adquirindo maior competência linguística.

  • JANAÍNA MARIA GONÇALVES
  • A MODALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE LEITURA E ESCRITA

  • Data: 24/08/2015
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  • A presente pesquisa tem o propósito de contribuir com o ensino da língua portuguesa na
    escola Melvin Jones, localizada em Uruará (PA). Seu foco são alunos do 9º ano e seu
    objeto de atenção é um fato da língua a respeito do qual esses alunos demonstram pouco domínio: o uso da modalização. Com base nas teorias do funcionalismo e da argumentatividade, foram investidos esforços na construção de um caderno pedagógico, com o objetivo de possibilitar aos alunos, sobretudo por meio de atividades ancoradas em gêneros discursivos, a ampliação de sua capacidade comunicativa; bem como
    proporcionar aos professores uma reflexão sobre ações conduzidas em sala de aula numa perspectiva dialógica, procurando inserir a gramática reflexiva no trabalho docente. Por meio de uma metodologia centrada na pesquisa-ação, são analisadas e propostas situações de ensino-aprendizado sobre a modalização em vários gêneros textuais, direcionados à sala de aula para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. A partir das noções e conceitos de Neves (1997, 2002,2004), Travaglia (2004, 2009, 2013), Koch (1996, 2000,2002), Dolz & Schenewwlly (2004), Castilho e Castilho (1993), entre outros, realizou-se um estudo centrado na concepção de linguagem como atividade dialógica que se atualiza nos discursos cotidianos e se materializa na
    diversidade de gêneros discursivos. O estudo da modalização realizado conduziu à conclusão de que a metodologia de ensino guiada pelos pressupostos da gramática de uso (reflexiva) e pela didatização de gêneros discursivos forma alunos com amplas habilidades linguísticas de produção textual e de compreensão da leitura.

     

  • GRACELI DA SILVA NUNES
  • PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO PARA ALUNOS DA EJA DO ENSINO PERSONALIZADO-NÍVEL FUNDAMENTAL-EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELÉM - MÓDULO I

  • Data: 21/08/2015
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  • A proposta deste trabalho é oferecer aos educandos de uma escola pública do município de Belém-PA, que se destaca por empreender uma metodologia diferenciada na modalidade de ensino na Educação de Jovens e Adultos, o Ensino Personalizado Semipresencial, um material didático de língua portuguesa que atenda aos reais anseios comunicacionais dessa parcela de indivíduos que retorna à escola para a complementação de sua escolaridade. Busca-se, assim, proporcionar um melhor domínio dos instrumentos da cultura letrada, por meio de práticas de linguagem significativas para a vida de jovens e adultos trabalhadores, principalmente, que não dispõem de tempo suficiente para frequentar o ensino regular. Os sujeitos selecionados para esta pesquisa foram os alunos matriculados no Ensino Personalizado Semipresencial, em nível fundamental do 6º ao 9º ano, na escola “Centro de Educação de Jovens e Adultos Prof. Luís Otávio Pereira” – CEEJA, metodologia que tem como princípio básico a flexibilidade de horário e o ensino por módulos. Como é função da escola a oferta do material didático - os módulos de ensino - a ação deste trabalho foi a reformulação do primeiro módulo de língua portuguesa, o Módulo I, com o intuito de promover um ensino mais profícuo de leitura, de escrita e de análise linguística, por meio de gêneros textuais, diferentemente da proposta no material em uso pela escola, que ainda privilegia as nomenclaturas e as normatizações gramaticais, sem ter o texto como o principal objeto de ensino. Nessa perspectiva, observou-se a pertinência do novo módulo em um quantitativo de alunos que iniciaram os estudos de língua portuguesa, distribuídos nos três turnos: manhã, tarde e noite. Para essa avaliação, houve a participação de professores da área, que trabalharam o módulo dentro do processo normal de ensino da escola. A aplicação da proposta didática em um contexto real de ensino resultou positivamente, haja vista a significativa mudança na postura dos discentes quanto à compreensão dos padrões que regulam os usos sociais da leitura e da escrita, que se realizam e se atualizam em diferentes gêneros textuais.

  • ROSANGELA DINIZ SOARES
  • A ARGUMENTAÇÃO EM PRÁTICAS DE LEITURA E (RE) ESCRITA COM ALUNOS DE 4ª ETAPA DE EJA DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS

  • Data: 20/08/2015
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  • Este trabalho analisa e caracteriza as produções de leitura e escrita do gênero carta argumentativa dos alunos da 4.ª etapa da EJA de uma escola da rede de ensino municipal de São Luís, com vistas à identificação de habilidades e competências que esses alunos já têm desenvolvidas, bem como as dificuldades que merecem ser sanadas quanto ao uso dos recursos discursivo-argumentativos na produção escrita do gênero carta argumentativa. Nesse intento, faz-se uma reflexão acerca da concepção sociodiscursiva e interacionista que norteia o estudo da língua, voltado para as práticas discursivas presentes na interação verbal, a qual só se efetua em situações reais de fala e de escrita e se materializa na forma de gêneros textuais, inclusive naqueles de viés argumentativo. Na sequência, apresentam-se as concepções de texto, gênero e discurso sob o foco da Linguística de Texto (LT), que os concebe como ação e não abstração, Marcuschi (2012). Ainda nessa perspectiva sociodiscursiva, a argumentação se efetiva como recurso de articulação à cidadania, já que possibilita aos alunos da EJA questionarem seus direitos sociais. E, para a produção dos dados que oportunizassem a verificação das dificuldades supramencionadas, utilizaram-se questionários e análise da produção escrita inicial dos alunos de dois gêneros de viés argumentativo: a carta argumentativa e a carta do leitor. Os dados são reveladores de que os alunos são competentes na percepção do ponto de vista em textos de opinião, mas têm dificuldades relacionadas ao desenvolvimento das estratégias discursivo-argumentativas do gênero carta argumentativa. Faz-se ainda uma proposta de intervenção sob a forma de uma sequência didática, objetivando o trabalho sistemático de dificuldades específicas apontadas nos dados.

  • IRACY DE SOUSA PEREIRA ARAÚJO
  • ESTRATÉGIAS DE LEITURA DO TEXTO LITERÁRIO EM TURMAS DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Data: 19/08/2015
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  • Considerando a leitura como um elemento fundamental na aquisição e construção de conhecimentos, este trabalho tem como objetivo elaborar, aplicar e avaliar atividades que fomentem a leitura qualificada de textos literários, em especial do gênero conto, nas salas de aula do 7º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, precisamos, antes, refletir sobre a leitura e suas estratégias; os desafios específicos da leitura do texto literário; o gênero conto; e realizar diagnóstico, através de entrevistas com professores e estudantes. A fundamentação teórica que embasa
    este estudo está pautada nos conceitos de leitura abordados por Solé (1998), Souza & Girotto (2011) e sobre o ensino de literatura abordados por Cosson (2012: 2014) Dalvi (2013), Moisés (2006) e outros. Assim sendo, com esta atividade, levantamos hipóteses sobre a eficácia da aplicação de atividade baseada no texto literário conto
    com o objetivo de verificar como podemos melhorar a leitura com a proposta interativa de compreensão e produção de sentido. Desta forma, esperamos fazer uma contribuição significativa para esta área de ensino.

  • SAMARA DE OLIVEIRA MONTEIRO
  • A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO ATRAVÉS DO LIVRO ‘PEQUENAS DESCOBERTAS DE MUNDO’ DE CLARICE LISPECTOR

  • Data: 19/08/2015
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  • O presente trabalho se originou da decisão de trabalhar o letramento literário dentro da aula de Língua Portuguesa em uma turma de 25 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública estadual de Ensino Fundamental e Médio no município de Castanhal, cidade localizada a aproximadamente 73 km de Belém. O trabalho que se desenvolveu ao longo de um mês (sete aulas de duas horas cada), buscou proporcionar o contato inicial com o texto literário através da leitura de quatro textos do livro Pequenas descobertas do mundo da escritora Clarice Lispector: Tortura e glória, Restos do carnaval, O primeiro beijo e Banhos de mar. As atividades foram fundamentadas de acordo com a sequência didática básica proposta por COSSON (2006) e com as estratégias de leitura propostas por GIROTTO & SOUZA (2011), que priorizam o caráter comunicativo do texto literário e a explicitação das habilidades utilizadas pelos professores, leitores mais experientes, para os seus alunos, viabilizando assim, o entendimento dos mecanismos colocados em ação no momento da leitura de um texto literário. A leitura integral dos textos em sala de aula, com pausas para explicitação de estratégias de leitura usadas e comentários sobre cada texto foi acompanhada da leitura de outros textos de diversos autores, assim como a escuta de músicas, a apresentação de vídeos e imagens. Acreditamos que a realização deste trabalho se deu de forma positiva e satisfatória porque favoreceu o contato dos alunos com uma das principais escritoras brasileiras e promoveu momentos bastante proveitosos de diálogo entre a turma e a professora sobre os textos lidos e serviu para abrir o caminho para os alunos continuarem a buscar nos textos literários momentos de fruição e aprendizagem.

  • DENISE GUIOMAR FRANCO LEAL DOS SANTOS
  • Leitura do texto literário brasileiro da Amazônia Paraense

  • Data: 18/08/2015
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  • Esta dissertação de Mestrado “Leitura do texto literário brasileiro da Amazônia paraense” está constituída de atividades de leitura, compreensão e interpretação de poemas e contos de escritores paraense dos séculos XIX e XX, destinadas aos alunos da terceira etapa do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com a finalidade de diminuir as dificuldades de leitura apresentadas pela turma e permitir a discussão sobre questões universais da literatura. Para a elaboração das atividades de leitura nos pautamos em teóricos da literatura, a exemplo de Antonio Candido, Carlos Ceia, Wolfang Iser, Regina Zilberman, Ezequiel Theodoro da Silva e Rildo Cosson bem como de reflexões a respeito de escrita e oralidade a partir dos teóricos Claudemir Belintane e Claudia Riolfi. Na descrição das atividades de leitura propostas nesta dissertação, apresentamos os poemas e contos selecionados e seus respectivos autores; as atividades de leitura dos textos selecionados; o relato do procedimento realizado com a leitura de cada texto; e apresentamos também nossa leitura dos poemas e contos selecionados para esta dissertação.

  • EDINALDO DA MOTA PIMENTEL
  • Leitura de poemas: uma proposta para o ensino fundamental

  • Data: 18/08/2015
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  • O presente trabalho, intitulado Leitura de poemas: uma proposta para o ensino fundamental, é resultado das reflexões sobre o ensino da leitura literária no ambiente escolar e tem por finalidade a produção e o desenvolvimento de atividades de leitura assim como a análise dos resultados dessas atividades na sala de aula. As atividades desenvolvidas com poemas de autores do século XX, consagrados e não consagrados pelo cânone, destinam-se a alunos do 7º ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Mário Barbosa, localizada em um bairro periférico da cidade de Belém do Pará, e buscam, entre outras questões, despertar o interesse dos alunos pela leitura literária, fazendo com que a literatura cumpra seu papel formador na vida desses alunos, levando-os à descoberta de outras maneiras de compreender o mundo por meio do gênero poema. Para o alcance desses objetivos, consideramos necessário levantarmos algumas discussões sobre: a relevância da leitura literária para a formação humana, o modo como essa leitura tem sido desenvolvida na sala de aula bem como o trabalho com o poema. Essas discussões foram fundamentais para a criação de atividades pedagógicas, nas quais optamos pela utilização, com algumas adaptações, da estratégia metodológica criada por Cosson (2012), constituída pelas fases da motivação, da introdução, da leitura e da
    interpretação. Os resultados do desenvolvimento das atividades nas duas turmas do 7º ano do ensino fundamental da escola Mário Barbosa foram surpreendentes para um docente acostumado com a reprodução das atividades dos livros didáticos, e explicitaram a importância do redescobrimento da literatura não somente na vida dos alunos, mas, também, na vida do professor.

     

  • TÂNIA REGINA DO NASCIMENTO MONTEIRO
  • Genero textual "anuncio publicitário": ensino, persuasão e meio ambiente em uma escola estadual de Belém (PA)

  • Data: 17/08/2015
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  • A presente pesquisa pretende mostrar como o ensino da Língua Portuguesa pode levar os alunos a um agir em defesa de uma causa, unindo o trabalho com o gênero textual Anúncio Publicitário e temáticas da área da Educação Ambiental. Os estudos foram baseados em bibliografias referentes ao trabalho com os gêneros de texto e, ainda, nas orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (BRASIL. MEC, 1998) e do tema transversal Meio Ambiente (BRASIL. MEC, 1998). Ambos recomendam um ensino voltado à cidadania e à prática social enfatizando a importância de envolver no conteúdo das disciplinas, incluindo a LP, assuntos que estão em evidência no dia-a-dia dos indivíduos e da coletividade a fim de tornar o ensino mais significativo e ontextualizado. Dessa forma, este trabalho apresenta uma sequência de atividades com o gênero textual Anuncio Publicitário na perspectiva de intervir em uma realidade socioambiental da Escola Estadual de Ensino Fundamental Maroja Neto, localizada em Belém (Pará). O projeto teve como público alvo alunos da 4a Etapa, da Educação de Jovens e Adultos, que conheceram conteúdos específicos relacionados à construção do gênero a fim de que pudessem reconhecer o poder de persuasão desses textos quando estão em circulação social e, também, produziram uma campanha para sensibilizar a comunidade dos três turnos a preservar o espaço escolar e a combater a violência entre os discentes. Os conteúdos estudados pelos alunos se concentraram em abordagens relacionadas às linguagens verbal e não verbal, argumentação e persuasão no texto publicitário.

  • CLÉBIA DO SOCORRO SALVADOR MACIEL
  • Perspectivas para o ensino de língua materna por meio de práticas de letramento

  • Data: 17/08/2015
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  • A presente dissertação de mestrado expõe um estudo acerca da realidade educacional do município de Soure, Estado do Pará, no que diz respeito ao desempenho dos alunos concluintes do ensino fundamental (discentes do 9º ano), na disciplina de Língua Portuguesa. A pesquisa foi ambientada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Gasparino Batista da Silva e, buscou verificar os níveis de letramento dos alunos, tendo em vista sua competência leitora e seu desempenho enquanto produtores de textos. Os resultados da pesquisa mostraram um cenário bastante problemático, pois indicou um baixo índice de proficiência dos alunos, em suas práticas de leitura e escrita. Em vista disto, procurou-se elaborar um plano de ação que, embasado na teoria sócio interacionista de Bronckart (1999), e dos gêneros de Bakhtin (1979), pudesse amenizar as várias dificuldades daquela comunidade. Dentre a literatura pesquisada para um melhor aprofundamento no tema em questão, buscou-se enfatizar questões relativas aos conceitos de alfabetização, letramento, leitura e escrita, e para isso foram consultados autores como, Soares (2003, 2012 e 2013), Kleiman (2012), Cagliari (1997), entre outros; bem como as fontes de embasamento legal que regem o ensino brasileiro (PCN). Na construção da proposta de intervenção, optou-se pela elaboração de um instrumento que, realmente, pudesse contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de língua materna, tanto de alunos quanto de professores. Desse modo, a proposta se constituiu da instauração dos gêneros textuais enquanto principal objeto de ensino da disciplina de língua portuguesa, ensinados por meio de sequências didáticas (Dolz e Schneuwly, 2001). Para se verificar a viabilidade da aplicação da proposta, realizou-se, ainda durante a pesquisa, uma experimentação na série observada (9º ano) e, tendo-se obtido resultados relevantes quanto ao desempenho dos alunos durante a realização das atividades sugeridas, decidiu-se executar a proposta de intervenção nas demais turmas da escola.

  • JANDIASSY NAZARÉ BRAZ DA SILVA RIBEIRO
  • CONOTAÇÃO E METÁFORA NO ENSINO DA ESCRITA PARA ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

  • Data: 13/07/2015
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  • A presente pesquisa foi produzida a partir da observação de turmas da terceira e quarta etapas do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Dr. Carlos Guimarães, no período de setembro de 2014 a maio de 2015. Consistiu na elaboração e realização de atividades de ensino pautadas no uso da conotação e de metáfora, e na análise de produções escritas por alunos da EJA em resposta a estas atividades. O foco na conotação e na metáfora foi escolhido porque consideramos serem recursos expressivos usados pelos alunos. Trabalhamos com as perspectivas teóricas de Lakoff e Johnson (1998 [1980]), para os quais a metáfora é um processo cognitivo ecapaz de influenciar nossos pensamentos e ações; e Perelman e Olbrechts-tyteca (2005) que, à luz da nova retórica, consideram a metáfora uma argumentação; Geraldi (1996; 2010; 2011; 2013) sugere o ensino de Língua Portuguesa sob a égide da linguagem como fundamental para o desenvolvimento do homem e propõe trabalhá-la em um processo interativo, tendo como objeto de ensino o texto. Após análise dos textos verificamos que há um padrão quanto ao uso da conotação e da metáfora. Esses fenômenos linguísticos ocorrem sutilmente, por meio de expressões cristalizadas. Essas ocorrências são percebidas na modalidade oral da língua. Na modalidade escrita, percebemos os alunos mantendo uma relação burocrática com a escola, por meio da qual se privam de uma escrita que os evidencie como sujeitos em constituição para reproduzir as demandas da cultura de massa. Em contrapartida, há os alunos com postura diferenciada no momento de produção escrita, usando expressões peculiares, mesmo que de forma cristalizada, investindo na utilização de uma língua mais próxima de suas realidades linguísticas, abandonando o discurso sistematizado muitas vezes imposto pela instituição escolar. Nesta argumentação, portanto, constatamos a existência de um Ensino de Língua Portuguesa por meio de atividades estimulantes à produção escrita, possibilitando aos alunos o diálogo sobre/com os recursos expressivos disponíveis sobre a linguagem no processo interlocutivo.

  • SILVANA BANDEIRA OLIVEIRA
  • A revalorização da palavra nas aulas de Língua Portuguesa: uma proposta de ação perante a violência escolar

  • Data: 13/07/2015
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  • A presente pesquisa se originou da decisão de fazer da linguagem um instrumento capaz de mediar situações permeadas por atos de violência vividos no contexto de uma escola pública municipal da perifeira, na cidade de Belém/PA. Para fazer frente a isso, ocupamo-nos em criar oportunidades para tratar de assuntos que valorizassem o conhecimento dos alunos e que trabalhassem estratégias que se mostraram enfraquecidas nas relações mantidas no ambiente escolar. Desta forma, executamos aulas de Língua Portuguesa em quatro turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, ao longo do ano letivo de 2014. Inicialmente, trabalhamos a produção de narrativas e de paródias sobre a temática do carnaval, para identificar as dificuldades apresentadas pelos alunos, bem como utilizar estratégias que promovessem o surgimento de posições subjetivas em seus discursos. Na sequência, desenvolvemos as atividades sobre enquetes, para as quais exploramos temas relacionados à vivência dos alunos a fim de obter informações acerca do universo estudantil para a promoção de outras ações pedagógicas. Em seguida, executamos as atividades sobre charges, a partir de um conteúdo que explorou temas que envolviam o espaço escolar, em que o conhecimento dos alunos esteve a serviço de uma produção criativa e subjetiva, como nas paródias. Posteriormente, trabalhamos a produção de textos descritivos que exploraram as brincadeiras populares do bairro, entre as quais, aquelas mais apreciadas pelos alunos em seu contexto extraescolar. Essas propostas promoveram a criação de espaços em que os alunos produziram discursos de forma às vezes mais subjetiva, a partir das contribuições de seus conhecimentos, assumindo, portanto, a palavra e responsabilizando-se por ela durante as aulas de Língua Portuguesa. A pesquisa encontrou nas contribuições de Soares (1995), Rodari (1982), Geraldi (1996, 1997, 1999), Antunes (2003), Riolfi (2008a, b) e Riolfi e Magalhães (2008) subsídios à construção do projeto de ensino.  Esses estudos se direcionam para um fazer docente que favorece o processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa por meio de um trabalho de revalorização da palavra do aluno no ambiente de sala de aula. Durante o desenvolvimento da ação, o diário de campo foi utilizado para registro e reflexão das observações do educador nas aulas, bem como a recolha e digitalização das tarefas dos alunos envolvidos no processo. Para esta discussão, quatro conjuntos de atividades foram selecionados para análise e algumas conclusões foram elencadas. Além disso, criamos quatro categorias de avaliação, a saber: 1) procura por uma escuta, 2) “ética” de escrita, 3) criação de “efeitos estéticos” com a linguagem, e 4 ) Incidência de reescrita. Os dois primeiros critérios indicaram maior interação entre professor e alunos, e produções discentes com sinais de uma busca da criatividade e da singularidade de seus discursos, a partir de escritas que apontam a tentativa da construção de um texto próprio. Identificamos também a dificuldade apresentada pelos alunos nos dois últimos critérios de avaliação, uma vez que muitos alunos não conseguiram desenvolver a linguagem de forma estética e exercer o processo de reelaboração da escrita nas atividades. Destacamos ainda, a existência de algumas dificuldades no processo de ensinoaprendizagem de Língua Portuguesa, como, por exemplo, a falta de assiduidade na realização nas tarefas e a existência de oscilação nos resultados das tarefas do mesmo aluno. Acreditamos que essa pesquisa nos permitiu ter uma visão mais concreta dos resultados alcançados pelos alunos em seu processo de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa dentro do contexto vivenciado no espaço escolar em 2014.

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