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GLEICY GARCIA ALVES
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O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS DO 6º ANO: ESTRATÉGIAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS
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Data: 19/12/2016
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Este é um trabalho voltado para o professor no seu papel de mediador do processo de escrita e de reescrita de textos, com o objetivo de identificar, por meio de uma pesquisa-participante, a mediação do professor no processo da escrita e reescrita de textos. São colaboradores da pesquisa 17 alunos de uma escola da rede pública municipal da cidade de Breves que realizaram em sala de aula uma atividade escrita sob o gênero discursivo Memórias Literárias, cujos textos serviram à análise, bem como a professora de Língua Portuguesa responsável pela turma, a quem foi solicitado um relato sobre como esta realiza a mediação com o aluno no processo de escrita e reescrita. Para a análise do corpus, assim constituído, foram considerados os três tipos de correções apontados por Serafini (SERAFINI, 2004 apud GASPAROTTO/ MENEGASSI, 2013) e uma quarta acrescentada por Ruiz(1998); além deles, são referências deste trabalho, entre outras, os estudos de Antunes (2008), Bakhtin/Volochinov (2004), Lopes Rossi (2008), Gasparotto e Menegassi (2013), PCNs (1998). A análise dos resultados nos revelam a necessidade de o professor refletir sobre a sua prática de intervenção, sob a perspectiva da mediação dialógica, para que perceba a importância de seu papel como mediador no processo de ensino/aprendizagem e a relevância da reescrita para o desenvolvimento da competência textual-discursiva. A partir desses resultados, propõe-se um Projeto de Ensino de Escrita e Reescrita, sob o viés da perspectiva interacionista da linguagem, direcionado ao professor com o objetivo de contribuir para a sua prática, destacando a mediação e a reescrita no processo de produção textual.
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GIZELY AMARAL DA SILVA BARROS
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VIDAS EM MOVIMENTO: desenvolvendo a escrita narrativa no Ensino Fundamental II
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Data: 16/12/2016
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A presente pesquisa apresenta uma proposta de intervenção realizada com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental II de uma Escola Estadual localizada em uma vila no município de Igarapé-Açu. O trabalho objetiva, principalmente, desenvolver a escrita narrativa dos alunos, por meio de atividades de leitura de textos literários narrativos e a prática de produção textual, utilizando estratégias de revisão e reescrita. Nossa pesquisa tem como base fundamental a concepção sociointeracionista (BAKHTIN; VOLOCHINOV, 2014). Para construir nosso quadro teórico, abordamos algumas concepções de leitura, como as de Kleiman (1998) e Kato (1999), além de buscarmos suporte nas estratégias de leitura apontadas por Menegassi (2005). Também discorremos acerca de alguns estudos sobre o processo de produção textual e o trabalho com o texto literário nas aulas de língua materna, dentre os quais destacamos Koch e Elias (2015), Sercundes (1997), Geraldi (2012, 2013), Menegassi (2010), Candido (1995), Perrone-Moises (2006), Lajolo (2010), Zilberman (2008), Britto (2013) e Belintane (2013). Na primeira fase do trabalho, a fim de diagnosticar as turmas estudadas, foram desenvolvidas duas atividades de leitura, uma atividade de produção escrita e um questionário; este, como intuito de coletar informações socioeconômicas e culturais dos alunos. Observamos, assim, a familiaridade de todos os alunos com a leitura de textos literários narrativos, mas também, a resistência da maioria deles quanto à utilização das estratégias de revisão e reescrita, na atividade de produção textual escrita realizada. Na segunda fase do nosso trabalho, realizamos as atividades de intervenção, com ênfase em trabalhos de leitura e escrita. Como resultados, verificamos que a grande maioria conseguiu desenvolver a escrita narrativa, ainda que sutilmente, e produziu, em alguns casos, textos bastante expressivos, apesar dos efeitos negativos da escolarização sobre o estilo de escrita dos alunos.
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PATRICIA ALBUQUERQUE DE CAMPOS GOMES
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A DEVOLUÇÃO DA PALAVRA AO ALUNO POR MEIO DE NARRATIVAS LITERÁRIAS
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Data: 16/12/2016
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Este trabalho é uma pesquisa realizada em uma turma do 6º ano do ensino fundamental de uma escola municipal acerca da devolução da palavra ao aluno em sala de aula. O trabalho constituiu-se por duas etapas. A primeira foi para diagnosticar o desempenho dos alunos no que tange às habilidades de leitura e escrita e elaborar uma proposta de intervenção. A segunda etapa objetivou aplicar atividades que estimulassem a produção de narrativas literárias a partir de elementos da experiência pessoal e/ou familiar dos alunos. O diagnóstico realizado na primeira etapa mostrou que parte dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental não foram inseridos num certo tipo de cultura oral desde cedo (como contação de história); e consequentemente os resultados mostraram que isso se manifesta no baixo desempenho dos alunos no que tange às habilidades de leitura e escrita. O objetivo geral desta pesquisa é devolver a palavra ao aluno através de atividades que estimulem a experiência e o contato com o texto literário. Dessa forma, discutiremos, neste trabalho, a importância do texto literário em sala de aula e, como base teórica, mostraremos as ideias de alguns autores que defendem a presença desses textos na escola: ZILBERMAN (1988), LAJOLO (1988), BELINTANE (2013), entre outros, os quais sustentam que a presença do texto literário na escola é imprescindível para a formação e o desenvolvimento do leitor/escritor, além de preparar o aluno para ler todos os discursos sociais. Neste trabalho, é abordado, ainda, a concepção interacionista da linguagem pautada em BAKHTIN/ VOLOCHINOV (2014). Como metodologia para a coleta de dados, aplicamos quatro atividades diagnósticas. Em seguida, fizemos as análises e chegamos à conclusão de que, para intervir na realidade dos alunos, seria importante um levar para a sala de aula um conjunto de atividades em que o aluno tivesse a oportunidade de ter versando sobre a devolução da palavra, pautada em Geraldi (2003), trabalhando em torno de textos literários.
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ROBERTO PINHEIRO ARAÚJO
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A formação e o desenvolvimento do leitor literário: a narrativa arquetípica do herói e a mitologia na sala de aula
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Data: 14/12/2016
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A dissertação “A formação e o desenvolvimento do leitor literário: a narrativa arquetípica do herói e a mitologia na sala de aula” corresponde a um estudo sobre a função da Literatura na escola, tendo como suporte a narrativa arquetípica do herói e o estudo comparativo dos mitos em sua proposta de intervenção. Temos como objetivo proporcionar uma reflexão sobre o que tem sido feito no ambiente escolar em relação à Literatura e o que é necessário fazer para a constituição do sujeito leitor e, assim, contribuir para o debate sobre o papel da leitura de Literatura na escola. Para tanto, adotamos, em nosso estudo, os trabalhos realizados Solé (1998), Antunes (2014), Menegassi (2005/2010) e Lopes-Rossi (2008) no que tange à teoria linguística e Cosson (2014) para a leitura do texto literário. Já para os estudos dos mitos, usaremos Campbell (2002, 2003), Eliade (2011/2002), Salis (2003) e Kenneth (2015). Por fim, para embasar e auxiliar a construção de nossa concepção de estudo que leve em conta a língua em processo de interação, teremos os trabalhos Bakhtin/Voloshinov (1999) a respeito do caráter dialógico da linguagem. Temos como público-alvo os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual, caracterizados como leitores iniciantes, com algumas habilidades do processamento de leitura ainda não desenvolvidas satisfatoriamente. As atividades pedagógicas que constituem a proposta de intervenção apresentam estratégias que têm como intuito ampliar a visão de mundo desses educandos, a partir do reconhecimento de padrões e do diálogo entre textos mitológicos de culturas diferentes e sua presença em nosso cotidiano em meio a outros gêneros. Nesta proposta, considera-se que a extrapolação do texto e a exploração da temática sugerida por uma obra literária possibilita ao aluno reconhecer outras dimensões da narrativa, despertando a reflexão política, filosófica, moral. Adotamos, no aspecto metodológico, a pesquisa qualitativa de natureza aplicada, procurando observar o cotidiano escolar, a dura realidade enfrentada por educadores e alunos e, a partir dos relatos obtidos, aplicamos nossa proposta de intervenção. Ao final deste trabalho, selecionamos algumas produções dos alunos para tecer análises, verificar e debater a respeito dos resultados da aplicação das atividades na escola, sejam em seus aspectos positivos e negativos.
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AYHOLANDIA MORAES DA SILVA
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NARRATIVAS AMAZÔNICAS E NOVAS TECNOLOGIAS: diálogos possíveis na formação do leitor.
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Data: 14/12/2016
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Este trabalho procurou contribuir para o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno bem como sua inserção na sociedade. Desse modo, a ideia inicial foi uma proposta de leitura (e escrita) baseada na orientação dos escritos de Bakhtin/Volochinov (1992), os estudos de Rossi (2008), sobre o projeto pedagógico de leitura e produção escrita e Rojo (2012) sobre o ensino de leitura associado às novas tecnologias e à cultura amazônica. Para tanto, por meio de uma pesquisa participante, levamos em consideração a relevância da leitura na formação humana, do repertório cultural e da habilidade cognitiva do leitor. A referida proposta foi elaborada para uma turma de 6º ano/9 pertencente à esfera pública de ensino. Esperou-se promover a formação de leitores competentes que conseguissem dialogar com as informações presentes no texto que lessem para, com base nisso, e em das ferramentas oferecidas hoje ao leitor (a exemplo do programa wondershare Filmora), produzir suas próprias histórias. Dentro dessa proposta, destacam-se a leitura (e escrita) de lendas amazônicas, tais como “a lenda da cobra grande” e “a lenda da mãe d‟água”. A escolha dos textos se deu em função das possibilidades pedagógicas e cognitivas de que o gênero dispõe, pela proximidade com o contexto cultural do qual faz parte o discente, além de serem histórias inspiradas no imaginário popular que, ao se utilizarem de uma combinação muito atrativa entre o mundo real e o da fantasia despertam o interesse do leitor e, com isso, dinamizam o processo de ensino e aprendizagem.
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HAMILTON DE JESUS MIRANDA
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA COMO INSTRUMENTO NA FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.
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Data: 14/12/2016
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Ao entender a leitura como um processo de interação social em que o leitor interage com o texto de maneira crítica e ativa, capaz de atribuir sentido ao que lê, desenvolvemos este estudo com objetivo de propor o ensino de estratégias de compreensão leitora como instrumento na formação de leitores competentes de alunos do 7º ano do ensino fundamental em uma escola de Oeiras do Pará. Na busca de alcançar o objetivo pretendido, fundamentamos este trabalho na concepção dialógica da linguagem e na perspectiva dos gêneros discursivos a partir de Bakhtin/Volochinov (1992), Bakhtin (2003) e nos pressupostos teóricos relacionados à visão interacionista bakhtiniana da linguagem, expressos nos PCN (BRASIL 1997- 1998 - 2001), nos estudos de Geraldi (1997 -1998 - 2011), Solé (1998), Kleiman (1998, 2002, 2007), Menegassi e Ângelo (2005), Menegassi (2010), e, além disso, em autores orientados pela concepção construtivista do ensino e da aprendizagem escolar defendida por Coll (1990), teoria na qual Solé (1998) se fundamenta quando trata do ensino de estratégias de compreensão leitora. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa/participativa, na qual buscamos descrever o discurso dos sujeitos pesquisados, fazendo um paralelo com o que dizem os documentos fornecidos pela escola colaboradora da pesquisa, retomando na análise as teorias vigentes na pesquisa. Os resultados do estudo evidenciam que o trabalho com a leitura proposto pela escola ainda não é suficiente para tornar o leitor um sujeito ativo e participativo do processo ensino e aprendizagem e, por isso, não o faz desenvolver suficientemente suas capacidades leitoras. A leitura do texto ainda se faz de maneira elementar, com enfoque mais acentuado na oralização da escrita e em seus aspectos gramaticais, sem um aprofundamento temático voltado para o diálogo crítico com outras leituras e com as singularidades do próprio texto, fatores estes que contribuem para uma leitura eficaz na construção dos sentidos no ato de ler. Entendemos que um dos motivos que levam a essa prática é o pouco investimento em um trabalho sistematizado com a leitura, que promova a integração leitor-texto-autor. Embora haja um grande esforço dos docentes, as atividades de leitura por eles elaboradas ainda estão aquém de um trabalho que de fato contribua para a formação de um leitor competente, capaz de fazer uso social da leitura em diferentes situações comunicativas. As análises feitas culminam em uma proposta de atividades de compreensão leitora, conforme definidas por Solé (1998), que orienta que a leitura deve acontecer em três momentos: antes, durante e após a leitura do texto.
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OZANA DE OLIVEIRA BARBOSA
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As TICs em sala de aula de LP: ensino-aprendizagem da língua materna por meio do software HagáQuê
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Data: 14/12/2016
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Apresentamos uma pesquisa-participante que consiste em uma proposta de intervenção às aulas de língua portuguesa que possa contribuir para o desenvolvimento da produção textual de alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, no município de Ananindeua, no Estado do Pará. Os estudos são embasados nas teorias acerca das tecnologias educacionais (ALMEIDA; VALENTE, 2011), na concepção de linguagem sob a perspectiva sócio-histórica (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 2004), e na transposição do gênero discursivo para a sala de aula no processo de ensino aprendizagem de língua materna, conforme os PCN de língua portuguesa (BRASIL, 1998) e sob o olhar com vistas aos multiletramentos (ROJO, 2012, 2013, 2015); com o objetivo de investigar o uso do software HagáQuê enquanto ferramenta didática associada ao estudo do gênero Histórias em Quadrinhos para a ampliação da leitura e da escrita dos alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública no município de Ananindeua, no estado do Pará, por meio de uma proposta de intervenção. A metodologia se desenvolveu por meio de levantamento bibliográfico acerca das concepções de linguagem, de gêneros discursivos e das Novas Tecnologias na educação; e para desenvolver as atividades de intervenção em sala de aula, consideramos as orientações de Lopes-Rossi (2008) sobre o projeto pedagógico de leitura e produção de gêneros, e Menegassi (2010) referente à concepção de leitura com perguntas ordenadas, para a recepção do gênero e à concepção de escrita. Desenvolvemos, portanto, o trabalho em sala de aula com foco no gênero Histórias em Quadrinhos, embora a necessidade de dialogar com dois outros textos (conto e lenda). O conto tratou-se dos contos amazônicos de Inglês de Sousa para que os alunos se apropriassem da língua por meio de texto literário que proporcione o desenvolvimento da competência leitora a partir das questões populares presentes na obra, no que tange ao contexto amazônico e o texto “O Curupira”, versão adaptada por Maurício de Sousa (2009); trabalhamos também com as HQs eletrônicas a partir do software HagaQuê – editor de histórias em quadrinhos – um programa que possibilitou ao aluno ser autor (escritor) de suas HQs. Vale ressaltar que a substituição do Conto pela lenda do Curupira foi necessária, uma vez que, esta repercutiu em melhor aceitação por parte dos educandos para a sua reprodução em HQ, sugerida em sala. Para análise dos dados, consideramos os elementos constitutivos do gênero textual/discursivo e da ferramenta tecnológica selecionados para se chegar à produção escrita dos alunos, tendo como corpus para análise as produções de dois grupos (A e B), tanto em suporte impresso quanto em digital no software HagáQuê.
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GLAUCE CORREA ANTUNES
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ARGUMENTAÇÃO NA CARTA E NO FACEBOOK E A FORMAÇÃO DO SUJEITO ALUNO-AUTOR: PROCESSO DE RE(SIGNIFICAÇÃO) DO DIZER NA ERA DIGITAL
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Data: 14/12/2016
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O presente trabalho objetiva discutir, a partir das perspectivas relacionadas à interação verbal e gêneros discursivos postuladas por Bakhtin (2003), Bakhtin/Volochínov (2006) e Geraldi (1997) e concepções de leitura e escrita propostas por Kleiman (2013) e Antunes (2005; 2009, 2012), de que maneira podemos contribuir para ampliar as competências de leitura e escrita, promovendo a utilização contextual do gênero do discurso escolhido, a saber, a carta. Nossos estudos também se deram à luz de Rojo e Barbosa (2015), Rojo (2013) e Araújo e Leffa (2016) no tocante ao uso de novas tecnologias na escola. Quanto ao tipo de pesquisa, em relação aos procedimentos, trata-se de uma pesquisa-ação e participante; quanto à abordagem, é qualitativa, com traços etnográficos, por envolver o aprimoramento de práticas docentes por meio de interferências nossas, cujas informações foram reunidas por meio de um trabalho de campo. Os sujeitos selecionados para a pesquisa são alunos do 8º ano do ensino fundamental, da rede pública municipal de ensino, em Belém. O corpus desta pesquisa compõe-se de cartas manuscritas e postagens no Facebook produzidas pelos alunos mencionados. Como objetivo geral, pretendemos verificar em que sentido a escrita do gênero discursivo carta mobiliza diferentes saberes ao ser utilizado em práticas escolares centradas o mais próximo possível das situações linguageiras dos alunos. No que diz respeito aos objetivos específicos, pretendemos (i) apurar como esses mesmos sujeitos portam-se frente a um contexto com as singularidades do mundo virtual; e (ii) verificar de que maneira a utilização de sequenciadores do discurso propicia a construção de sentidos nessas produções. Para isso introduzimos a utilização do Facebook para que eles também se posicionem como leitores críticos, no intuito de compararmos o que diferencia sua postura crítica on-line da escrita convencional, comparando, dessa forma, os contextos de produção e as diferenças que isso implica nas escolhas lexicais. Além dos autores já mencionados, pautamo-nos em Lopes-Rossi (2008) e Solé (1998), os quais conduziram alguns dos encaminhamentos que propusemos para atingir nossos objetivos. A fim de alcançá-los e consolidar nossas análises, aplicamos uma proposta de intervenção, realizada em forma de projeto de ensino, com módulos de leitura, escrita e divulgação, o qual culminou em trocas de cartas entre alunos de escolas em diferentes municípios (Belém e Tomé-Açu) e postagens nos perfis de nossos alunos de Belém. Os resultados apontam que há mudança de postura quando o sujeito aluno-autor se depara com uma situação linguageira na qual, de fato, há um interlocutor real e a escrita torna-se significativa; e também realiza escolhas gramaticais, lexicais e fraseológicas diferenciadas ao estruturar seu enunciado frente a diferentes interlocutores. Palavras-chave: Interação verbal. Novas tecnologias. Carta. Facebook. Sujeito aluno-autor.
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GERCILENE VALE DOS SANTOS
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FIOS DE METÁFORA EM LABIRINTOS DE MEMÓRIAS LITERÁRIAS: a metáfora na escrita de 8º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública de Tracuateua - PA
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Data: 14/12/2016
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Neste trabalho, apresentamos os resultados da aplicação de uma Sequência Didática, desenvolvida em 12 oficinas. Tínhamos como objetivo geral desenvolver em alunos do 8º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Tracuateua –PA o conhecimento da metáfora como um recurso para a produção de efeitos de literariedade em textos do gênero memórias literárias. Os sujeitos da pesquisa compunham uma turma de 30 alunos. Os textos foram analisados a partir da concepção interacionista de linguagem (BAKHTIN e VOLOCHINOV, 2004); da noção de gênero como instrumento (DOLZ e SCHNEUWLY, 2004); da categorização de metáforas conceptuais: estruturais, ontológicas, orientacionais e imagéticas (LAKOFF E JOHNSON, 2002); da classificação de metáforas literárias: totalmente inusitadas, parcialmente inusitadas e cristalizadas (ANDRADE, 2008; LAKOFF E TURNER, 1989). As razões da abordagem adotada foram a possibilidade de transformar uma preocupação de ensino e aprendizagem em pesquisa; a visibilidade que se pretende dar à metáfora como recurso cognitivo, linguístico e criativo. Analisamos, aleatoriamente, 6 (seis) produções textuais iniciais e 6 (seis) produções textuais finais, cujos resultados demonstraram ampliação da competência discursiva dos alunos: os textos compuseram um memorial intitulado Nos tempos da Maria Fumaça; a maioria apresentou metáforas literárias parcialmente inusitadas e cristalizadas, resultantes de criações de metáforas imagéticas, de extensão e elaboração de conceitos metafóricos estruturais, ontológicos e orientacionais. Esse resultado impactou positivamente no rendimento dos alunos. Concluímos que a hipótese foi confirmada parcialmente: o ensino da metáfora, conduzido em abordagem reflexiva, pode contribuir para que o aluno produza textos de memórias literárias com efeitos de literariedade.
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NELCILENE OLIVEIRA DE SOUSA
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LEITURA E RESPONSIVIDADE AO DESVENDAR AS ENTRELINHAS DO TEXTO: UMA PROPOSTA DE TRABALHO COM O GÊNERO FÁBULA NA ESCOLA"
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Data: 13/12/2016
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Esta Dissertação, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de linguagem e formação docente (UFPA-Castanhal), parte da hipótese de que, as atividades de leitura, a partir do trabalho com os gêneros discursivos, tomando-os como eixo de progressão e de articulação curricular na aprendizagem da Língua Portuguesa, promovem a responsividade ativa dos alunos, contribuindo para a formação de leitores críticos. Desse modo, a investigação tem como temática a leitura crítica, a partir do trabalho com o gênero fábula, em uma turma do 9º ano do ensino fundamental. O objetivo geral do trabalho consiste em refletir sobre a responsividade discente no ensino e aprendizagem da leitura, com o intuito de formar leitores críticos. Como objetivos específicos, propomo-nos a: a) investigar a eficácia da atividade de leitura, sugerida na proposta de intervenção, voltada à localização e à compreensão de inferências discursivas; b) identificar e descrever os níveis de responsividade dos discentes na leitura durante a atividade escrita. À luz da Linguística Aplicada, a pesquisa pauta-se na perspectiva sócio-histórica da linguagem, embasada nos pressupostos teóricos do Círculo de Bakhtin e de pesquisadores que seguem esta vertente, lançando mão também de aportes da Psicolinguística, no que se refere ao trabalho com a leitura. No que tange à responsividade, embasamo-nos nas categorias de Bakhtin (2003), nos estudos de Menegassi (2008) e na pesquisa de Ohuschi (2003). A investigação constitui-se de uma pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de caráter etnográfico e de natureza aplicada, na qual elaboramos uma proposta de intervenção pedagógica que desenvolvemos em uma turma de 9º ano e, no âmbito das aulas, recolhemos as atividades de leitura, respondidas por escrito pelos alunos, para verificar o nível de responsividade discente. Assim, com a intenção de incentivar os discentes a atuarem de forma significativa na construção do conhecimento, dentre as possibilidades de trabalho com os gêneros discursivos, optamos pela proposta metodológica de Lopes-Rossi (2008). Como resultado do desempenho dos discentes, podemos destacar que a maioria evidencia uma leitura crítica e participativa ao compreender os implícitos textuais e discursivos do texto/enunciado, pois predominam, ao longo da maioria das respostas dos alunos, atitudes responsivas ativas. A partir das reações dos discentes ao responderem as questões, identificamos que todos os alunos apresentaram responsividade ativa expansiva de explicação. Além dessa responsividade apresentada por todos, podemos destacar a responsividade ativa expansiva de: comentário e exemplificação, crítica, opinião, sugestão, injunção, retórica, comparação. Os resultados também evidenciaram responsividade ativa sem expansão explicativa e exemplificativa, nos níveis de concordância e desconsideração, responsividade silenciosa nos níveis de compreensão e de dúvida. Com relação à eficácia das questões propostas na atividade de leitura, podemos ressaltar que as questões que foram elaboradas com o apoio da contextualização da função discursiva do gênero e referências a problemas sociais estimularam um número mais expressivo de responsividade ativa dos discentes do que as que não continham esses recursos.
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MISSILENE SILVA BARRETO
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LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: A COMPREENSÃO RESPONSIVA DISCENTE A PARTIR DO GÊNERO CHARGE
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Data: 12/12/2016
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Esta Dissertação, a qual integra o Projeto de Pesquisa “Práticas de linguagem e formação docente” (UFPA- Castanhal), consiste numa pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de tipo etnográfico, de natureza aplicada. Para sua efetivação, partimos da seguinte problemática: Quais os níveis de responsividade dos alunos do 9º ano do ensino fundamental durante a realização de atividades de leitura? A fim de respondermos a tal questionamento, elaboramos, à luz da Linguística Aplicada, uma proposta de intervenção, com enfoque na leitura, a partir da concepção de Projeto Pedagógico de leitura e escrita de gêneros discursivos, de Lopes-Rossi (2008). Buscamos cooperar com atividades de leitura, pautadas na concepção dialógica da linguagem numa perspectiva bakhtiniana, a partir do gênero discursivo charge. A aplicação desse projeto foi realizada em uma escola pública estadual localizada no município de Soure - PA. Assumimos como hipóteses ao problema as seguintes assertivas: a) as atividades de leitura elaboradas no interior do projeto pedagógico de leitura com o gênero charge são eficazes, pois promovem a compreensão responsiva ativa dos alunos, contribuindo para a formação de leitores conscientes, reflexivos e críticos; b) os alunos do 9º ano manifestam responsividade ativa em diferentes níveis durante a realização das atividades de leitura em sala de aula. Delineamos como objetivo geral: refletir sobre a responsividade discente no processo de ensino e aprendizagem da leitura e objetivos específicos: a) verificar a eficácia das atividades de leitura elaboradas no interior de um projeto de leitura com o gênero discursivo charge, a partir da comparação entre as primeiras e últimas atividades; b) evidenciar e caracterizar a manifestação da responsividade discente demonstrada por alunos do 9º ano, na realização das atividades de leitura; c) demonstrar se houve ou não a ampliação das habilidades de leitura. Os dados coletados foram interpretados com base na perspectiva bakhtiniana, especificamente no que tange à responsividade. Sendo assim, tomamos como norte para análise, as definições de compreensão responsiva ativa, passiva, silenciosa (efeito retardado) de Bakhtin (2011); as categorias expandidas por Menegassi (2008): responsividade ativa com expansão explicativa e exemplificativa, responsividade passiva sem expansão, responsividade ativa sem expansão explicativa e exemplificativa; as subcategorias ampliadas e subdivididas em níveis por Ohuschi (2013): crítica; opinião; comentário e exemplificação; explicação; discordância; sugestão; questionamento; concordância; desconsideração; dúvida; compreensão. Os resultados evidenciaram a manifestação de responsividade dentre aqueles já identificadas por Ohuschi (2013): responsividade ativa com expansão explicativa e/ou exemplificativa nos níveis de: crítica, opinião, explicação; responsividade silenciosa nos níveis de: compreensão, dúvida. Não obstante, as respostas dos discentes e o contexto da pesquisa levou-nos a acrescentar novos dados: 1) na categoria responsividade ativa com expansão explicativa e/ou exemplificativa detectamos os níveis de: descrição, objetividade, sensibilidade; 2) identificamos uma nova categoria de responsividade, a qual denominamos responsividade ativa com expansão parcial. Essa nova categoria, por sua vez, evidenciou os seguintes desdobramentos: a) os níveis de explicação e dúvida (OHUSCHI, 2013); b) a partir dos nossos estudos, os níveis denominados de: descrição, obliquidade, objetividade.
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FLAVIO JORGE DE SOUSA LEAL
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LEITURA DE CONTOS DAS OBRAS “LITERATURA EM MINHA CASA”: UMA PROPOSTA PARA O 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Data: 12/12/2016
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A Dissertação de Mestrado intitulada Leitura de contos das obras “Literatura em minha casa”: uma proposta para o 9º ano do Ensino Fundamental objetiva ser uma proposta de intervenção pedagógica no ensino de Literatura para uma turma do 9º ano de uma escola municipal de Ensino Fundamental localizada no município de Santa Luzia do Pará, no nordeste paraense. Constitui-se de uma discussão acerca da importância da leitura da Literatura em sala de aula como uma experiência humanizadora, que deve ser desenvolvida na escola, especialmente nos primeiros anos de escolaridade dos alunos, e de uma experiência de leitura de contos a partir da metodologia intitulada de sequência básica desenvolvida por Rildo Cosson (2013), a qual é composta das seguintes fases: motivação, introdução, leitura e interpretação, tendo como corpus dois contos da “Coleção Literatura em Minha Casa”, a saber: “Negócio de menino com menina” (2001), de Ivan Ângelo e “Biruta” (2001), de Lygia Fagundes Telles, disponíveis no acervo da biblioteca da referida escola. Esse trabalho busca promover a leitura de contos em sala de aula na tentativa de possibilitar o letramento literário, além de aproximar os estudantes da citada coleção e, assim, formar leitores, haja vista que ela é pouco conhecida e pouco lida, enquanto opção de leitura da biblioteca. Essa pesquisa ancora-se no autor citado acima e em outros como Alfredo Bosi (1974), Antonio Candido (1995), Ezequiel Theodoro da Silva (1999), Fabio Lucas (1983), Maria Amélia Dalvi (2013), Marisa Lajolo (2001), Regina Zilberman (1991), e Walnice Nogueira Galvão (1983), no sentido de construir um arcabouço teórico necessário enquanto fundamentação dessa pesquisa. Ainda no que diz respeito à metodologia, houve a aplicação de um questionário inicial com o intuito de se estabelecer um diagnóstico acerca da leitura literária dos alunos na sala de aula para que fosse possível elaborar a proposta; em seguida ocorreu a aplicação e análise de uma atividade sobre conto, presente no livro didático de Língua Portuguesa do 9º ano adotado pela escola. Depois houve a aplicação das sequências básicas e, por fim, a aplicação e análise de um questionário final a fim de se avaliar os resultados, os quais foram considerados satisfatórios, de forma que essa metodologia mostrou-se um caminho possível e exitoso para o trabalho com o texto literário na sala de aula do Ensino Fundamental.
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NILSON FERNANDES DOS SANTOS
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LEITURA DE CONTOS: UMA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
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Data: 12/12/2016
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A Dissertação de Mestrado intitulada Leitura de contos: uma experiência literária no ensino fundamental tem por objetivo promover o letramento literário em turmas de sétimo ano de uma escola estadual de ensino fundamental que tem alcançado níveis baixíssimos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB e que se localiza na Ilha de Caratateua, distrito periférico da cidade de Belém do Pará, também conhecido como Ilha de Outeiro. Para tal, selecionamos cinco contos de três autores da Literatura, a saber, Felicidade Clandestina e A Bela e a Fera ou a ferida grande demais, de Clarice Lispector; Espelho meu e Sounds, de Maria Lúcia Medeiros; e, Negrinha, de Monteiro Lobato. Como estratégia metodológica, adotamos a proposta de Cosson (2014) a qual se compõe pelas fases consecutivas da motivação, da introdução, da leitura e da interpretação. Para tanto, nosso trabalho se constitui de quatro capítulos nos quais discorreremos sobre a base teórica que nos norteia quanto à leitura (literária), quanto ao letramento literário e quanto ao conto, sobre a caracterização do ambiente de pesquisa e a metodologia adotada, além de apresentarmos as propostas de intervenção aplicadas (exceto dos contos A Bela e Fera ou a ferida grande demais e Negrinha, dos quais apresentamos apenas a proposta elaborada como sequência básica) e a descrição e análise dos resultados, após a aplicação da pesquisa. Também apresentamos um capítulo em que propomos breves estudos sobre cada um dos contos citados.
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SILVIO NAZARENO DE SOUSA GOMES
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A RESPONSIVIDADE DISCENTE EM ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA COM O GÊNERO CRÔNICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
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Data: 12/12/2016
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À luz da Linguística Aplicada, esta Dissertação de Mestrado, vinculada ao Projeto de Pesquisa Práticas de Linguagem e Formação Docente, da UFPA, Castanhal, propõe realizar um estudo teórico-prático sobre o processo de compreensão responsiva discente com atividades de análise linguística (AL), a partir do trabalho com o gênero discursivo crônica em uma turma de 9º ano, ao considerarmos o gênero como eixo de progressão e articulação curricular. O estudo tem como objetivo geral compreender a responsividade discente, a partir da prática de AL, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos. A pesquisa é norteada pela seguinte questão: De que maneira os alunos de 9º ano conseguem resolver atividades epilinguísticas e metalinguísticas, durante a prática de AL, no interior de um trabalho com o gênero discursivo crônica, de forma a contribuir para a construção de sentidos do texto? O trabalho parte da hipótese de que, se os alunos de 9º ano forem instigados a refletir sobre os efeitos de sentido de determinados recursos gramaticais e sobre a estrutura e o funcionamento da língua durante as atividades de leitura e AL, inseridas em um projeto de leitura e escrita, conseguirão resolver atividades epilinguísticas e metalinguísticas, de forma a contribuirem para a construção de sentidos do texto. Optamos pela proposta de projetos de produção escrita de gêneros discursivos de Lopes-Rossi (2008), com adaptações, a partir de Perfeito, Ohuschi e Borges (2010) e Ohuschi e Paiva (2014). A pesquisa pauta-se na concepção dialógica da linguagem e sob o viés dos gêneros discursivos, com base nos pressupostos teóricos do Círculo de Bakhtin. No que tange à responsividade, pautamo-nos em Bakhtin (2003; 2010), Menegassi (2008;2009) e Ohuschi (2013). A investigação, que se caracteriza, como pesquisa-ação, qualitativo-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada, ocorreu em uma escola pública de Castanhal/PA com uma turma de 9º ano. O trabalho tem como corpus as respostas-discentes das atividades de AL. Assim, para que a pesquisa se efetivasse, fomos motivados a partir dos resultados apresentados pelos Projetos de Pesquisa Língua Portuguesa: formação docente e ensino-aprendizagem, Ohuschi e Paiva (2013), e Práticas de Linguagem e Formação Docente, Ohuschi e Paiva (2015), ao diagnosticarem as dificuldades dos professores de LP de Castanhal e região, em relação ao ensino de gramática reflexivo e contextualizado. Ademais, analisamos dois itens, do LD de LP de 9º ano, adotado pela escola, nos quais a abordagem da classe de palavra (adjetivo) selecionada para a prática de AL, não propicia a construção de sentidos do texto. Diante disso, elaboramos o projeto de leitura e escrita para ser aplicado no 9º ano sob o viés dos gêneros discursivos. Posteriormente, aplicamos apenas o módulo de leitura e prática de AL, foco da nossa pesquisa. Na sequência, selecionamos das atividades de AL três questões epilinguísticas e três metalinguísticas respondidas pelos alunos para analisarmos a responsividade discente. Os resultados demonstram que os alunos manifestam, em suas respostas, os seguintes níveis de compreensão responsiva: RACEEE de explicação, de explicação e de opinião, de explicação e de exemplificação, de explicação e de comentário, RPSE de desconsideração e RS de dúvida e de compreensão. Assim, concluímos que a aplicação das atividades inseridas nas etapas de cada oficina do módulo de leitura e reflexão sobre a língua, contribuiu, significativamente, para que os alunos respondessem às questões de AL.
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SAMELA AIRES DOS SANTOS PORTELA
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A LEITURA COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DO ALUNO LEITOR: PROPOSTA DE ATIVIDADES EM UMA TURMA DE 8º ANO EM UMA ESCOLA MOSQUEIRO.
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Data: 10/11/2016
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Este trabalho foi constituído a partir do pressuposto de que a leitura é um dos caminhos para que o aluno adquira conhecimentos e uma das ferramentas de construção do sujeito crítico, agente de suas próprias falas e capaz de interagir de forma eficiente com os demais interlocutores. Nele, discutimos a necessidade de a escola assumir o papel não apenas de formadora de leitores, mas também de espaço para o desenvolvimento do aluno leitor. À luz da concepção interacionista da linguagem, baseada, principalmente, em Bakhtin e Menegassi, discutimos essa necessidade e questionamos, a partir de uma sondagem prévia com uma turma de 8º ano de uma escola de Mosqueiro, o que pode ser feito para o aluno sinalizar um desenvolvimento e autonomia leitora? Para tentar responder ao questionamento que nos inquieta, tivemos como objetivo identificar, a partir do desenrolar das atividades, avanços no desenvolvimento leitor dos aprendizes para que esse pudesse se tornar um leitor proficiente e apto a se envolver nas mais diversas interações comunicativas. A partir da sinalização dada pelos alunos na atividade prévia verificamos que a turma possuía dificuldades desde o nível da compreensão até o nível da retenção na leitura. Com vistas a isso, propusemos o trabalho com atividades de leitura, com foco nos níveis da decodificação, da compreensão, da interpretação e da retenção, até chegarmos à culminância das atividades com o gênero reportagem turística. Do resultado, notamos indícios de avanços na leitura a partir da terceira atividade, quando introduzimos estratégias de leitura, como a produção de resumos, indicada por Solé (1998). Nas atividades subsequentes, verificamos que os alunos foram ampliando conhecimentos e melhorando o desempenho nas etapas do processo de leitura. Por fim, comprovamos, na maioria dos alunos, a apropriação das etapas de leitura quando os aluno-leitores realizaram as entrevistas e conseguiram, a partir delas, retextualizar para o gênero reportagem turística aplicando, inclusive, estratégias como as aprendidas no trabalho com o resumo, a exemplo da seleção de informações realizadas, além da demonstração de criticidade revelada durante o processo que culminou com a produção da revista de reportagem turística.
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DINELSON SERRÃO DA SILVA
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TEXTO LITERÁRIO EM SALA DE AULA: O POEMA PEDE PASSAGEM
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Data: 04/04/2016
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O presente trabalho tem como propósito maior o resgate do gênero poema em sala de aula. Resultou da necessidade de se dá a devida importância a esse gênero, relegado muitas vezes ao segundo plano em nossas escolas, local em que se privilegiam os textos narrativos em prosa. Por conta desse distanciamento das atividades com poesia em sala de aula, é que resolvemos elaborar este trabalho, a fim de aprimorar nossos conhecimentos sobre o gênero poema, além de proporcionar aos nossos alunos o ensino de uma literatura voltada para o letramento literário. A fim de que esse distanciamento fosse eliminado, propusemo-nos a elaborar um material baseado em sequências didáticas envolvendo o gênero poema. Foram elaboradas quatro sequências didáticas correspondendo às seguintes temáticas: i. Canção do Exilio e suas intertextualidades; ii. Poemas de amor; iii. Poemas de reflexão social; iv. Poemas: imagens e sentidos. Como suporte teórico para a realização deste trabalho, seguimos os ensinamentos de alguns estudiosos, a exemplo de Cosson (2014) , Gebara (2002), Cândido (1995), Kleiman (2004), Koch (2012),entre outros. Pensamos em compor nosso trabalho subdividindo-o em três etapas. A primeira etapa ocupa-se da fundamentação teórica. Também é apresentado nessa etapa um levantamento sobre a presença do gênero poema nos livros didáticos, bem como se visualiza o tratamento que os manuais escolares dispensam a esse gênero literário. A segunda etapa aborda os aspectos relacionados ao poema como ritmo, metro, verso e seus níveis de significação ,unidades expressivas: linguagem direta e linguagem figurada, linguagem figurada espontânea e linguagem figurada elaborada, palavras figuradas e suas modalidades (os tipos de imagem), além de se trabalhar com outros níveis ou aspectos estruturais do poema como os níveis lexical, sintático e o semântico. Na terceira etapa apresentamos quatro sequências didáticas que trazem sugestões de atividades para trabalharmos com poemas em sala de aula.
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JORGE FERNANDO DO NASCIMENTO COIMBRA
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LEITURA DO CONTO NA ESCOLA: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental.
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Data: 04/04/2016
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A dissertação de Mestrado Leitura do conto na escola: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental tem como objetivo promover a leitura do texto literário em sala de aula por meio da sequência básica de letramento proposta por Cosson (2006) no livro Letramento literário: teoria e prática que é constituída de Motivação, Introdução, Leitura e Interpretação cuja unidade de ensino será o texto narrativo (conto) de autores brasileiros da série Literatura em minha casa e outros regionais da autora paraense Maria Lúcia Medeiros. Para essa finalidade serão desenvolvidas atividades em duas turmas do 8º ano do Ensino Fundamental em uma instituição escolar da rede municipal da cidade de Maracanã-PA. A pesquisa foi desenvolvida dentro da perspectiva de pesquisa-ação de caráter interpretativo e interventiva de base empírica (THIOLLENT, 1996), cuja relação entre pesquisador e pesquisados dar-se-á no ambiente de realização da pesquisa, visando à solução de um problema de forma cooperativa. O interesse pelo objeto de pesquisa se deu a partir de consulta aos livros didáticos, conversas informais com os professores de Língua Portuguesa da escola na qual desenvolvemos a pesquisa e acesso ao diário de classe dos mesmos docentes. Os trabalhos de (COSSON, 2006, 2010), (CEIA, 2002), (COLOMER, 2007), (REGINA ZILBERMAN, 1988), (ANTONIO CANDIDO, 1995) serviram como quadro teórico no qual vai surgir a importância de se trabalhar a literatura na escola bem como chamar atenção para se ter um professor de literatura, considerando que não é comum nos dias atuais ver nas aulas de língua portuguesa do ensino fundamental o trabalho efetivo com o texto literário. Assim fizemos uma proposta metodológica de trabalho com o texto literário no Ensino Fundamental. Assim, estruturamos essa dissertação de Mestrado nos seguintes tópicos: O ensino de literatura no Ensino Fundamental, A formação do leitor e Leitura do conto na escola: uma proposta metodológica para o oitavo ano do Ensino Fundamental.
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LETÍCIA MARTINS FEITOSA LOPES
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UMA PROPOSTA PARA ABORDAGEM DA RELAÇÃO ENTRE ORALIDADE E ESCRITA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
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Data: 04/04/2016
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Este trabalho insere-se na área de Linguagens e Letramentos do Mestrado Profissional em Letras da Universidade Federal do Pará e foi concebido com a intenção de contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa de alunos, na textualização da escrita formal, sem marcas de textualização da fala espontânea; bem como de auxiliar a prática docente no que tange a esse problema. São alunos de uma turma de quarto ciclo da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública do município de Castanhal – PA. No que se refere à pesquisa que precede a preparação da proposta de ensino elaborada para esse fim, este estudo teve por objetivo observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos da linguagem abordados nele. Realizou-se, portanto, uma abordagem qualitativa de análise indutiva, tomando como objeto de estudo textos produzidos pelos alunos. Para a fundamentação teórica deste trabalho, sobre a abordagem das estratégias de textualização, buscou-se, embasamento em Oliveira (2010), Koch & Elias (2010), Koch (2005), Bronckart (1999) e outros. Valeu-se, ainda, de embasamento nos estudos de Castilho (2014), Neves (2011), Koch-Travaglia (2011), Brait (2010), Marcuschi (2005,2008), Ilari-Geraldi (2006), Freire (2005), Schneuwly & Dolz (2004), Bortoni-Ricardo (2004), Bagno (2002, 2003, 2006,2009, 2011, 2013), Rojo (2000) e outros, para abordagens de aspectos relacionados a texto e gêneros textuais, sequência didática, trabalho com EJA, marcas da oralidade na escrita e peculiaridades destas modalidades da língua. A abordagem teórica se fez com o propósito de ser uma fonte para acesso de professores de Língua Portuguesa, estudantes de Letras e alfabetizadores para o trabalho com a relação oralidade/escrita em sala de aula, de forma a apresentar-lhes, inicialmente, reflexões sobre a importância da busca de subsídios nas teorias linguísticas como apoio permanente de suas práticas docentes, contribuindo para levar o falante ao domínio da língua que usa. E, mais adiante, conforme a identificação do problema a ser discutido na pesquisa, relacionou-se a teoria à prática, o que, além de ajudar na composição deste trabalho e na elaboração do material didático para tratar das necessidades dos alunos, também se tornou um possível modelo, de que o docente poderá dispor diante de tantos outros problemas que se encontram na sala de aula. A partir da análise que interpretou que os alunos não conhecem as peculiaridades de cada uma das modalidades da língua, pois empregam estratégias da oral na escrita inadequadamente, buscou-se engendrar um material didático no formato de um caderno pedagógico baseado no procedimento “sequência didática” – dos estudos de Schneuwly & Dolz (2004) –, cujos exercícios foram inspirados, inclusive, na atividade de “retextualização” segundo Marcuschi (2005). Trata-se de atividades que têm por objetivo contribuir para que o aluno aprenda a considerar o contexto de comunicação em que esteja inserido para selecionar as estratégias de textualização mais adequadas a ele, o que inclui, quando textualizarem a escrita formal, a eliminação de marcadores conversacionais, a adequação de introdução tópica, a realização de referenciação textual adequada e o uso adequado e variado de conectores – o que foi o objetivo principal desta pesquisa.
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