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Banca de QUALIFICAÇÃO: HUGO JOSE REGIS DE ALMEIDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUGO JOSE REGIS DE ALMEIDA
DATA: 26/06/2017
HORA: 09:00
LOCAL: ICB/UFPA
TÍTULO:

USO DE BIOMARCADORES PARA MONITORAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇA DE GAUCHER


PALAVRAS-CHAVES:

BIOMARCADORES, DOENÇA DE GAUCHER, FERRITINA 


PÁGINAS: 8
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO:

Os erros inatos do metabolismo (EIM) são causados pela deficiência de atividade de uma ou mais enzimas específicas ou defeitos no transporte de proteínas. A Doença de Gaucher (DG) é um EIM do grupo das Doenças de Depósito Lisossômico (DDL), de herança autossômica recessiva, sendo a mais frequente desse grupo e a primeira descrita em literatura – Philippe Gaucher em 1882, tornando-se um modelo para a descrição clínica e variabilidade fenotípica de mais de 50 tipos de doenças de depósito lisossômico. É causada por uma mutação no gene GBA1, localizado no cromossomo 1q21, com consequente e significativa redução na produção da enzima lisossomal beta-glicosidase ácida, ou glicocerebrosidase ou glicosilceramidase, a qual é responsável por hidrolisar a glicosilceramida em glicose e ceramida. A deficiência na produção da enzima beta-glicosidase ácida leva a acúmulo de glicocerebrosídeos nos macrófagos, principalmente em baço, fígado, medula óssea e pulmão, podendo acometer também o sistema nervoso central a partir do acúmulo de glicoesfingolipídeos endógenos no tecido cerebral. O acúmulo de glicocerebrosídeos nos macrófagos origina células gigantescas, com aspecto citoplasmático característico – “aparência de papel amassado”, denominadas células de Gaucher. O diagnóstico para DG é confirmado a partir da detecção de baixos níveis de atividade da glicocerebrosidase, em geral abaixo de 30%. As Células de Gaucher são protagonistas no aparecimento dos sintomas relacionados a DG. Os macrófagos sofrem, preferencialmente, o acúmulo de glicosilceramida em razão de seu papel na degradação de eritrócitos e leucócitos, os quais contêm grandes quantidades de glicoesfingolipídios. Alterações hematológicas como anemia e trombocitopenia são comuns em DG, pois a infiltração de células de Gaucher no baço ocasiona o hiperesplenismo – razão do aumento do sequestro de hemácias ou plaquetas – e insuficiência medular com consequente diminuição na produção de células sanguíneas. Uma vez que esses parâmetros hematológicos apresentam sensível melhora após a esplenectomia, a anemia e trombocitopenia podem ser utilizadas como biomarcadores. Biomarcadores são analitos que indicam a presença de um processo biológico relacionado com manifestações clínicas e surgimento de uma doença em particular. O monitoramento quantitativo, de forma precisa, das manifestações clínicas e da eficácia terapêutica é de extrema importância para o manejo clínico dos pacientes com DDL. A ferritina sérica está aumentada na maioria dos pacientes com DG (>85%), enquanto que as concentrações de ferro sérico e saturação da transferrina permanecem normais. Os níveis de ferritina sérica podem ser preditivos para a instalação de complicações ósseas e estão frequentemente associados à esplenectomia, servindo como indicador de severidade para DG tipo I. A ferritina é um biomarcador útil, apesar de não específico, para o monitoramento da DG. O presente estudo justifica-se pela necessidade de se estabelecer uma rotina de testes laboratoriais que permitam avaliar a progressão da doença, independente do tipo de tratamento ao qual o paciente é submetido, bem como avaliar a eficácia terapêutica e sinalizar para possível ajuste de dose.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1226495 - LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
Interno - 1297519 - MOISES HAMOY
Externo à Instituição - PEDRO EDUARDO BONFIM FREITAS
Interno - 1513331 - VANESSA JOIA DE MELLO
Notícia cadastrada em: 14/06/2017 16:15
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