Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • LUANA LIMA DA SILVA
  • PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA O LABORATÓRIO DE CITOGENÉTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

  • Orientador : GREICE DE LEMOS CARDOSO COSTA
  • Data: 27/03/2024
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  • As análises citogenéticas são fundamentais no diagnóstico de doenças cromossômicas. No Laboratório de Citogenética da Universidade Federal do Pará centenas de famílias recebem diagnósticos que ajudam a melhorar o tratamento e a vida dos pacientes. Para que um diagnóstico seja preciso e confiável, fatores como a qualidade do exame e a biossegurança na sua realização são fundamentais. Entretanto, existe uma carência de regulamentações, legislações, normativas e pesquisas que abordem a conduta dentro dos laboratórios de diagnóstico citogenético, deixando à serviço de cada um elaborar seus próprios documentos. Dessa forma, a pesquisa tem objetivo de elaborar um conjunto de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) das principais técnicas e processos realizados no Laboratório de Citogenética Humana da UFPA. Trata-se de estudo de pesquisa metodológica desenvolvido em duas etapas, (I) levantamento bibliográfico e (II) produção de tecnologia gerencial do tipo POP. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, reunindo artigos científicos, manuais, normas e resoluções do governo e órgãos competentes que possam colaborar na elaboração e construção atualizada dos produtos. As informações para a elaboração dos POPs ocorreram utilizando a RDC nº786/2023 e também de maneira observacional, acompanhando as diferentes etapas da rotina dos profissionais do laboratório. Foram elaborados quatro POPs, seguindo a programação da rotina laboratorial, sendo eles: i) POP de Coleta de Sangue Periférico, ii) Cultura de Linfócitos, iii) Bandeamento G e iv) Análise de Cariótipo e Liberação de Laudo. Para descrição dos procedimentos foi selecionado o formato de POP por etapa simples, que consiste em descrever etapas curtas de fácil execução, passo a passo e permite em seu arcabouço inserir conteúdos relacionados às diretrizes de segurança e qualidade dos produtos e serviços. O desenvolvimento de tecnologias gerenciais para o Laboratório de Citogenética da UFPA é um passo relevante na caminhada em busca de melhorias para os serviços oferecidos aos seus pacientes. Adotamos os Procedimentos Operacionais Padrão como a etapa inicial para a implementação de um sistema de qualidade para o laboratório, sendo a partir deles, desenvolvidos novos processos de gestão da qualidade. 

  • GISELLE GERMANA GAYA TEIXEIRA
  • MANUAL EDUCATIVO “FATORES PRÉ-ANALÍTICOS QUE INFLUENCIAM NOS RESULTADOS DO HEMOGRAMA DE CÃES E GATOS”: ESTUDO DE VALIDAÇÃO.

  • Orientador : MARIA VIVINA BARROS MONTEIRO
  • Data: 21/03/2024
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  • Os exames laboratoriais, incluindo o hemograma, são realizados em três etapas: pré-analítica, analítica e pós analítica. A fase pré-analítica apresenta elevada incidência de erros que podem afetar os resultados e, consequentemente, a interpretação dos exames. Nesse sentido, a educação permanente dos profissionais é importante para que os erros pré-analíticos sejam minimizados ou, preferencialmente, abolidos. O objetivo do trabalho foi realizar a validação de uma tecnologia Educacional (TE), no formato de manual, intitulada: “Fatores pré-analíticos que influenciam nos resultados do hemograma de cães e gatos”. O presente estudo tratou de uma pesquisa metodológica para: validação de conteúdo (etapa 1) composta por profissionais veterinários especialistas em medicina laboratorial; validação de aparência (etapa 2) com participação de profissionais da área de pedagogia, publicidade, comunicação e afins; e validação semântica (etapa 3) com o público-alvo, veterinários. Para a etapa 1 e 3 utilizou-se uma escala do tipo Likert de quatro pontos para o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e Índice de Validade Semântica (IVS) com escore mínimo de 80% para validação. Na etapa 2, utilizou-se um formulário baseado no documento Suitability Assessment of Materials (SAM) com escore de aceitabilidade mínima de 40% de aprovação. A validação de conteúdo apresentou IVC global de 90% e a validação de aparência escore 89% de aceitabilidade, ambas aprovadas em primeira rodada. Após os ajustes no manual sugeridos pelos juízes, submeteu-se a TE para validação semântica obtendo escore IVS de 99% com público-alvo. O manual destaca a importância da fase pré-analítica para realização do hemograma de cães e gatos e a partir da avaliação pelos juízes comprova-se que a TE é adequada para uso dos profissionais veterinários em sua rotina. Destaca-se a importância da validação de tecnologias educativas na área saúde para aprimorar a qualidade dos materiais desenvolvidos.

  • JOSIANE SILVA DE LIMA AZEVEDO
  • ERROS PRÉ-ANALÍTICOS NA REALIZAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS VETERINÁRIOS DE CÃES E GATOS: O QUE FAZER PARA EVITAR?

  • Orientador : MARIA VIVINA BARROS MONTEIRO
  • Data: 20/02/2024
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  • Os exames laboratoriais, incluindo as análises bioquímicas, são realizados em três etapas: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica concentra a maior frequência de erros que podem comprometer os resultados dos exames, bem como, a interpretação, o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento do paciente. Neste contexto, é importante que os profissionais envolvidos nesse processo compreendam que esta etapa é determinante para um exame de qualidade. Objetivo: produzir uma tecnologia educacional sobre a influência dos erros pré-analíticos na realização de exames bioquímicos veterinários de pequenos animais. Método: pesquisa metodológica desenvolvida em duas etapas: revisão integrativa da literatura e produção da tecnologia educacional a partir dos seguintes critérios: a) seleção dos assuntos de maior relevância do referencial teórico para inserção na cartilha; b) condensação do conteúdo e construção dos elementos pré-textuais e textuais; c) criação do layout; d) elaboração de figuras e/ou download de gravuras em sites de bancos de imagens livres de direitos autorais. Resultados: na primeira etapa obteve-se 1.284 artigos. Da leitura foi possível identificar 30 temas geradores. Na segunda etapa foi produzida uma tecnologia educativa, no formato de Manual, organizada em 7 tópicos e com 29 páginas. Considerações Finais: a produção da tecnologia educacional baseada em evidências revelou-se uma estratégia adequada e viável com vistas a identificação de temas geradores atuais e seguros para compor o conteúdo do manual. O manual, após validação, poderá mediar o processo de trabalho de profissionais envolvidos com a fase pré-analítica na realização de exames bioquímicos veterinários de pequenos animais.

2023
Descrição
  • BARBARA ROBERTA DA COSTA LOIOLA
  • GUIA PRÁTICO INSTRUCIONAL PARA O RETORNO ESPORTIVO DE PROFISSIONAIS DA ARBITRAGEM BRASILEIRA APÓS INFECÇÃO PELO VÍRUS SARS-CoV-2. 

  • Data: 30/11/2023
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo Coronavírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) trouxe graves consequências a saúde humana, as atividades sócio-econômicas e esportivas em todo o mundo. Muitos indivíduos, independente do tempo de curso da doença, desenvolveram seqüelas pós-COVID-19 (Síndrome Pós-COVID-19) que afetaram suas atividades cotidianas e de desempenho profissional, em especial atletas de alta performance e árbitros de futebol. OBJETIVOS: Produzir uma tecnologia (Guia Prático Instrucional) capaz de auxiliar na orientação dos profissionais de arbitragem brasileira ligados a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Paraense de Futebol (FPF) quando ao retorno esportivo após diagnóstico e tratamento da COVID-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo metodológico realizado em duas etapas: (1) aplicação de inquérito epidemiológico, através da ferramenta Google FormsÒ com perguntas destinadas a entender a evolução e as conseqüências clínicas da COVID-19 em árbitros de futebol, do território nacional, que desenvolveram a doença entre os anos de 2020 a 2022; e (2) construção de tecnologia em saúde (guia prático instrucional). RESULTADOS: Foram aplicados 104 inquéritos epidemiológicos, porém, apenas 73,1% (76/104) dos árbitros de futebol tiveram o diagnóstico confirmados de COVID-19 (leve a moderada), por algum teste laboratorial, e foram inclídos neste estudo. Desses 61,8% eram do sexo masculino; 60,5% tinham média de idade de 33,5 anos; e 68,5% tinham entre 2 e 10 anos de atuação profissional. O maior número de casos de COVID-19 foi registrado em 2022 (46,1%), quando ocorreu de forma significativa o retorno da prática profissional no Brasil. Dos entrevistados 40/76 (52,6%) relataram ter desenvolvido a doença mesmo após duas doses (68,5%) ou até três doses do imunizante (30,3%). Quanto aos sintomas no curso da doença: 78,9%  (60/76) relataram tosse, alterações ou perda de olfato e/ou paladar, sensação de fadiaga, dificuldade respiratória, diarreia e/ou dor intestinal, insonia, e tonturas. Quando questionados sobre a persistência de sintoma após o fim da COVID-19: 97,4%(74/76) relataram terem desenvolvido um ou dois sistomas de: ansiedade, insônia, dificuldade de concentração, ganho de peso, perda de força muscular e arranque, fadiaga persistente, aumento de lesões musculare, queda de cabelo e/ou surgimento de diabetes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados obtidos nesse estudo permitiram a construção de um guia prático instrucional que será depositado no repositório da CAPES – EduCAPES e também encaminhado para a FPF e CBF para conhecimento das equipes médicas e de avaliação de performance física dessas entidades quanto a importância que deve ser atribuída aos profissionais de arbitragem que tiverem diagnóstico confirmado de COVID-19. De modo a não só manter os prontuários eletrônicos médicos e de desempenho esportivo atualizados quanto aos dados desses profissionais, antes e depois dos relatos de COVID-19, com garantir a plena recuperação e retorno esportivo desses árbitros a prática esportiva de forma individual e humanizada.

  • JOSE ALFREDO COELHO PEREIRA
  • VALIDAÇÃO DE UM FASCÍCULO DE UMA SÉRIE DE REVISTAS TÉCNICO CIENTÍFICAS SOBRE ESTIMULAÇÃO NEUROBIOLÓGICA COM TECNOLOGIA REAC PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

  • Data: 21/11/2023
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  • INTRODUÇÃO: A biologia e a medicina encontram-se em um momento de avanço do conhecimento científico, o que demanda uma maior compreensão dos mecanismos bioelétricos de regulação do organismo. A Tecnologia REAC, através de seus tratamentos de estimulação neurobiológica, é capaz de restaurar progressivamente o correto funcionamento dos campos bioelétricos endógenos, fundamentais para toda forma de vida. Devido à complexidade de entendimento dos mecanismos neurofisiológicos envolvidos na regulação do organismo humano, embora haja publicações científicas acessíveis, o desconhecimento por parte de profissionais da área da saúde, impõe a necessidade da tradução dos conceitos de base para uma linguagem compreensível. OBJETIVO: Validar um fascículo de uma série de revistas técnico-cientifica sobre Estimulação Neuro Biológica com Tecnologia REAC para profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de estudo metodológico, em uma fase, validação, realizado em ambiente virtual on-line, composta por dois grupos distintos de juízes: especialistas da saúde (conteúdo) e de outras áreas (forma), descrito em uma etapa: validação de Produto Técnico Tecnológico (PTT). A coleta de dados para a validação com os juízes especialistas foi realizada por meio de um instrumento do tipo Escala Likert e a análise dos dados obtidos  neste instrumento foi quantitativa, por meio do cálculo Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Para os juízes de outras áreas foi utilizado como instrumento o Escore Suitability Assessment of Materials (SAM). Ambos os dados colhidos foram tratados, com base na análise estatística descritiva, sendo apresentados sob a forma de tabelas e quadros. RESULTADOS E DISCUSÃO: Com base nos resultados da pesquisa, o texto e as ilustrações do fascículo foram ajustadas. As sugestões textuais focaram na formatação, incluindo a justificação de parágrafos e hifenização. No que diz respeito às ilustrações, a legenda das mesmas foi reformulada para estar inserida em uma caixa de texto. CONCLUSÃO: Conclui-se que ao incorporar as sugestões e comentários dos juízes, o fascículo torna-se uma valiosa ferramenta para os profissionais de saúde, visando informar e ampliar os conceitos da Estimulação Neurobiológica com Tecnologia REAC de maneira acessível.

     


  • ELISA CHAVES OLIVEIRA
  • PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO SOBRE RISCOS BIOLÓGICOS PARA UM LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA: ESTUDO METODOLÓGICO


  • Data: 30/10/2023
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  • A Biossegurança tem sido amplamente avaliada nos ambientes de laboratórios de análises clínicas, porém, quando se trata do assunto dentro dos laboratórios de anatomia patológica (LAP), o cenário é diferente, pois as pesquisas são escassas, e pouco se tem discutido sobre o tema. No âmbito da regulamentação, também é observada a carência de normativas e procedimentos padronizados de conduta focados na realidade dos LAP. Por isso é fundamental identificar o conhecimento dos colaboradores acerca da temática, para desenvolver uma ferramenta que visa aumentar tanto a biossegurança no ambiente de trabalho, quanto a qualidade do trabalho desenvolvido, através da padronização das atividades da rotina laboratorial Objetivo: Desenvolver um Procedimento Operacional Padrão (POP) sobre os riscos biológicos presentes em laboratórios de anatomia patológica (LAP). Método: Estudo de desenvolvimento metodológico realizado em duas etapas: diagnóstico situacional; produção de tecnologia modo de conduta, do tipo procedimento operacional padrão (POP) sobre riscos biológicos. Resultados: o diagnóstico situacional apontou que os colaboradores apresentam um nível de conhecimento insuficiente para o tipo de trabalho executado, mostrando que somente o POP de riscos biológicos não será suficiente para suprir a carência de instrução da equipe evidenciada através do instrumento de pesquisa. O Procedimento Operacional Padrão foi elaborado visando abranger todas as áreas do laboratório (área técnica e área administrativa), com linguagem simples e focando nos pontos de maior sensibilidade observados no questionário. Conclusão: Concluiu-se que os conhecimentos dos colaboradores sobre os riscos envolvidos na rotina do LAP não são coerentes com as atitudes e as práticas por eles executadas; quanto ao tempo de trabalho dos colaboradores, notou-se que quase não há influência no nível de conhecimento dos riscos biológicos, mas há influência na prática por eles executada.

  • ROSILMA DOS SANTOS ALBUQUERQUE
  • GUIA LABORATORIAL DE RASTREAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS TLINFOTRÓPICO HUMANO (HTLV) EM SECREÇÃO CÉRVICO-VAGINAL

  • Data: 23/10/2023
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  • A infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) ocorre há milhares de anos. Esse vírus é endêmico em várias regiões do mundo. Os tipos HTLV-1 e HTLV-2 são os mais estudados por sua relação direta nos quesitos ‘patogenia’ e ‘epidemiologia’. Fatores de risco como transfusões, uso compartilhado de agulhas, aleitamento materno e contato sexual sem prevenção são formas de transmissão. O HTLV está presente nas secreções genitais de pessoas infectadas e pode ser transmitido através de relações sexuais desprotegidas. Mesmo assim, ainda é exíguo o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias em saúde sobre o HTLV em secreção cérvico vaginal. As tecnologias de educação em saúde se destacam por serem ferramentas de fácil acesso e baixo custo, além de possuírem amplo impacto social. Neste contexto, o presente estudo propõe a elaboração de uma Tecnologia instrucional, do tipo guia, para o rastreio do HTLV em secreção cérvico-vaginal. Trata-se de um estudo do tipo metodológico, operacionalizado em três etapas: etapa 1 revisão integrativa de literatura onde foi embasado todo o conteúdo que justificou a construção do material tecnológico. Na etapa 2 foi realizado o desenvolvimento do guia laboratorial para o rastreamento da infecção pelo HTLV em secreção cérvico-vaginal, a qual originou a 3 etapa a produção do artigo de revisão integrativa e artigo de construção de tecnologia em saúde. observou-se poucos estudos publicados nas bases de dados, demonstrando a necessidade de atenção adequada a este indicador. Além disso, o estudo demonstrou a necessidade de planejamento e implementação de protocolos de diagnósticos moleculares para detecção do HTLV, além da implantação de tecnologias educacionais, que conscientize e minimize o surgimento de novas infecções.

  • LIANE DO SOCORRO BREMGARTNER DE LIMA
  • PORTFÓLIO DE TECNOLOGIAS SOBRE MONITORAMENTO SANITÁRIO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO

  • Data: 06/10/2023
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  • Introdução: Há séculos, o homem utiliza animais em diferentes áreas de pesquisa na busca por avanços na área de saúde. A necessidade de se manter o status sanitário dos animais de laboratório de forma adequada levou o surgimento dos biotérios. Objetivo: Desenvolver um portfólio de tecnologias sobre monitoramento sanitário de animais de laboratório para biotérios. Método: O estudo é do tipo metodológico operacionalizado em quatro etapas: 1) revisão da literatura; 2) acompanhamento da rotina de um biotério; 3) criação de um portfólio de tecnologias; 4) teste piloto. Resultados: na etapa 1 obteve-se 43 referências que indicaram a tecnologia a ser desenvolvida. Na etapa 2 o acompanhamento possibilitou evidenciar a necessidade de uma rotina laboratorial planejada e organizada. Na etapa 3 a criação pautou-se em 10 tecnologias do tipo organizacionais/gerenciais, em que se utilizou um portfólio para o agrupamento das atividades a serem desenvolvidas no monitoramento sanitário. A etapa 4, realizada em 2022, com um total de 2.010 exames. O produto denominado portfólio contém um cronograma, que contempla os exames que fazem parte do monitoramento sanitário (parasitológico de fezes, pesquisa de hemoparasitas, citologia, histologia, micológico, hemograma, bioquímico e cultura bacteriana).  Em seguida, traz os procedimentos operacionais padrão para uniformizar as atividades desenvolvidas. Conclui-se que um portfólio de tecnologias elaborado com base em evidências para o monitoramento sanitário revelou se, com o a realização do teste piloto, adequado para guiar a rotina laboratorial.

  • ANTONIO PINHEIRO DO NASCIMENTO NETO
  • DESENVOLVIMENTO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE BIOCUSTÓDIA PARA O LABORATÓRIO FEDERAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA NO ESTADO DO PARÁ  

  • Data: 14/06/2023
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  • Documento Restrito.

  • YASMIN SANTOS DO NASCIMENTO
  • Cartilha como ferramenta de apoio ao conhecimento da população sobre ss Doenças Infecciosas e Parasitárias

  • Data: 24/05/2023
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  • As doenças infecciosas e parasitárias (DIP) são transmitidas por vírus, bactérias e parasitas, podendo causar a gastroenterite onde os principais sintomas são: diarreia, dor abdominal, cólicas, náuseas e vômitos. OBJETIVOS: Desenvolver um produto educacional para a população com ênfase nas doenças infecciosas e parasitárias (DIP). MATERIAL E MÉTODOS: pesquisa do tipo metodológica, realizada em três etapas: pesquisa documental, produção da cartilha, validação de conteúdo. Para a pesquisa documental foram utilizados dados da secretaria de saúde do município de Mãe do Rio, Pará, Brasil, e dados do plano municipal de saneamento básico do ano de 2021. Para a elaboração do produto educacional foi utilizado o aplicativo de design Canva com contribuições de imagens de autoria própria e conteúdo emergente dos achados documentais. Para a validação de conteúdo a coleta de dados foi via Google Forms, e aplicou-se um instrumento com escala Likert à juízes-especialistas selecionados por critérios de expertise no âmbito das doenças infecciosas e parasitárias. A análise foi por meio da estatística descritiva para o cálculo do Índice de Validação de Conteúdo (IVC). RESULTADOS: Da etapa de pesquisa documental emergiram os temas-conteúdos com ênfase nas doenças dengue, leptospirose, hepatite A e doença diarreica aguda. Da produção emergiu uma tecnologia educacional, formato cartilha, com vinte e três páginas, contendo sete tópicos. Na validação de conteúdo, participaram 10 juízes especialistas da área da saúde e obteve-se o índice de validade de conteúdo global de 0,98. A partir das sugestões recebidas estruturou-se a versão final da cartilha. CONCLUSÃO: A tecnologia educacional foi considerada válida como ferramenta para disseminar informações sobre as doenças infecciosas e parasitárias

  • YAGO MOISES LARRAT DOS SANTOS
  • ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS TLINFOTRÓPICO HUMANO EM GRAVÍDAS ATENDIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE BELÉM/PA

  • Data: 28/02/2023
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  • O vírus linfotrópico-T humano (Human T-lymphotropic virus – HTLV) é um retrovírus complexo, pertencente à família Retroviridae, gênero Deltaretrovírus. Existem quatro tipos de HTLV (HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4) descritos na literatura. Este vírus infecta cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, sendo os tipos HTLV-1 e HTLV-2 prevalentes no Brasil, com cerca de 750 mil pessoas infectadas. O HTLV possui três vias de transmissão definidas: a vertical, sexual e parenteral, destacando-se a transmissão vertical, pelo contato com leucócitos contaminados durante a amamentação. O desenvolvimento de pesquisas e tecnologias em saúde sobre o HTLV em gestantes brasileiras ainda são escassos. As tecnologias de educação em saúde se destacam por serem ferramentas de fácil acesso e baixo custo, além de possuírem amplo impacto social. Neste contexto, o presente estudo buscou criar uma tecnologia de educação em saúde, produzindo uma cartilha sobre o HTLV, para mulheres grávidas atendidas em unidades básicas de Belém, a fim de conscientizar sobre os riscos que a infecção pode trazer, além de nortear as grávidas acometidas pelo vírus, sobre a conduta que pode ser tomada, reafirmar a importância do pré-natal para a detecção do HTLV e estabelecer informações que possam servir de base para a criação de políticas públicas de prevenção contra o HTLV. Desta forma, o trabalho foi dividido em três etapas, onde a primeira foi composta por uma revisão integrativa da literatura, para embasar teoricamente o conteúdo da cartilha. Na segunda etapa se deu a construção da tecnologia, a qual originou a produção do artigo de construção da tecnologia. E por fim, a terceira etapa consistiu na produção de um parecer técnico-científico, onde foram seguidas as diretrizes metodológicas para elaboração de pareceres técnico-científicos do ministério da saúde. Como resultado das produções, foi possível levar o conhecimento obtido para gravidas, com a produção da cartilha, para profissionais acadêmicos e da saúde com a produção do artigo e para os gestores públicos através do parecer técnico-cientifico.

  • ELMA VILMA NAVEGANTES SILVA DE SOUSA
  • MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA O LABORATÓRIO CLÍNICO DA FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFPA: tecnologia para melhoria da atividade profissional

  • Data: 09/02/2023
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  • INTRODUÇÃO: Este estudo aborda a temática das boas práticas para laboratórios clínicos, principalmente aqueles inseridos em Instituições de Ensino Superior, destacando o uso de tecnologias educacionais (TE) como estratégia para melhoramento da  prática profissional. Os laboratórios clínicos e de ensino possuem grande movimentação de alunos e profissionais, junto à equipamentos, insumos, amostras biológicas, resíduos e instrumentos, e por este motivo é essencial ter protocolos para garantir a biossegurança, qualidade e confiabilidade dos processos. OBJETIVO: Desenvolver estratégias tecnológicas para melhoramento da prática profissional em boas práticas laboratoriais, nas atividades realizadas por profissionais e alunos, no Laboratório Clínico da Faculdade de Farmácia da UFPA –LACFARMA. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa metodológica em duas etapas: etapa 1 - Revisão Integrativa da literatura, em seis fases: identificação da questão da revisão; busca dos estudos em bases de dados “on line” (Scielo, Medline, Lilacs, Capes e google acadêmico), utilizando como descritores: “biossegurança”, “qualidade”, “laboratório clínico” e “laboratório de análises clínicas”; avaliação, discussão e síntese das informações extraídas dos estudos; etapa 2 - construção de uma tecnologia educacional na forma de manual, utilizando o aplicativo “on line” Canva. RESULTADOS: 1 - Revisão Integrativa: seleção de 20 estudos, com identificação de 08 temas geradores, destacando-se os temas biossegurança, exposição à riscos ocupacionais, gerenciamento de resíduos e erros na fase pré-analítica. Os estudos mostraram que há uma deficiência quanto às informações sobre boas práticas no laboratório clínico, além de treinamentos, aperfeiçoamento e capacitações para profissionais, insuficientes. Para tanto, estudos evidenciaram pouco conhecimento e/ou aplicação prática da forma correta de gerencias resíduos e número elevado de acidentes com perfurocortantes. O uso de TE na rotina laboratorial também foi observado; 2 – Construção da TE a partir dos temas geradores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso de tecnologias educacionais podem contribuir positivamente para a melhoria da prática laboratorial, disponibilizando informações técnicas atuais e corretas, além disso, um programa de educação continuada, organizado e estruturado é essencial par garantir a biossegurança e qualidade nos processos laboratoriais.

2022
Descrição
  • GISSELE DA SILVA BAIA
  • Elaboração de Infográfico sobre Síndrome Metabólica para militares da Força Aérea
    Brasileira

  • Data: 20/12/2022
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  • Nos últimos anos, uma condição clínica tem chamado a atenção do mundo no que se
    refere à associação com o aumento da morbimortalidade de doenças como diabetes mellitus,hipertensão arterial e dislipidemias, chamada de síndrome metabólica (SM). De forma simples, pode-se definir a SM como um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de riscorelacionados principalmente à resistência à insulina e à deposição de gordura abdominal. Diantedesse contexto, é plausível especular se a atividade militar pode influenciar no desenvolvimento decondições clínicas relacionadas ao maior risco de desenvolver a SM. Hoje, no Hospital deAeronáutica de Belém (HABE), ainda não é disponibilizado material educacional sobre SM aosmilitares atendidos. Por essa razão, o objetivo deste trabalho foi de elaborar uma tecnologiaeducacional (TE), do tipo Infográfico, depois de apreciar os resultados encontrados duranteinspeções de saúde de militares, sobre características gerais das manifestações clínicas maiscomumente observadas na Síndrome Metabólica e as comorbidades associadas, tais como: diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemias, para o esclarecimento do efetivo da Guarnição de Aeronáutica de Belém. Realizou-se uma pesquisa metodológica em três etapas: revisão de literatura, coleta e análise de dados das inspeções de saúde dos militares e elaboração do produto tecnológico.Os dados coletados apontam que dos 652 militares avaliados, 82 foram enquadrados no diagnósticode SM, dos quais 69 apresentaram 3 critérios alterados e 13 apresentaram 4 critérios alterados, prevalecendo em militares do sexo masculino com intervalo de idade entre 51 a 60 anos. Com base nesses dados foi produzido um infográfico prático e simples, que facilitará o acesso ao conhecimento para a prevenção da síndrome metabólica (SM) entre os militares da FAB.

  • DWANE LOUISE DE CASTRO MIRANDA
  • Organização do serviço de diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2: a experiência do programa de vigilância da Covid-19 na UFPA.

  • Data: 19/12/2022
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  • INTRODUÇÂO: A Covid 19 é causada pelo retrovírus SARS-Cov-19 cujos principais sintomas bem
    como achados laboratoriais são comuns a outras viroses respiratória. O diagnóstico definitivo baseia-
    se na identificação do RNA viral ou antígenos em amostras de secreção respiratória e saliva. A
    identificação de anticorpos no sangue apresenta padrão peculiar que não garante o diagnóstico da
    doença ativa. Em março de 2020, a UFPA criou o Programa de Vigilância da Covid-19 na UFPA
    para atender aos trabalhadores da instituição no momento crítico da pandemia em que não havia
    padrões bem definidos para a organização do fluxo de atendimento para o diagnóstico molecular da
    Covid-19. OBJETIVO: Propor um esquema de organização do serviço de diagnóstico laboratorial de
    SARS-CoV-2 por RT-qPCR em amostra de saliva no laboratório de análises clínicas e no laboratório
    de genética humana e médica do ICB/ UFPA. MATERIAL E MÉTODOS: Foram atendidos 1.313
    trabalhadores assintomáticos da UFPA, dos quais 1.153 realizaram a pesquisa de RNA viral pelo
    método de RT-qPCR, 710 realizaram a pesquisa de IgG no soro e 586 realizaram ambos os testes. O
    fluxo de atendimento foi sendo organizado de acordo com a demanda do serviço no esforço conjunto
    dos profissionais envolvidos no projeto. A Ouvidoria da UFPA realizou enquete com 50 usuários do
    serviço estimando o grau de satisfação dos indivíduos atendidos. RESULTADOS: 6,14% dos
    sujeitos foram positivos nos testes de RT-qPCR e 22% foram positivas para IgG. Foram
    identificados 3,41% de casos inconclusivos de RT-qPCR e 8,4% indeterminados para IgG. As
    análises de correlação, Odds Ratio e Risco Relativo, revelaram que há a chance 3,5 vezes
    aumentadas de indivíduos RT-qPCR positivos apresentarem também IgG positivo (p < 0,0001), o
    que indica que o IgG não deva ser específico do quadro crônico da doença ou que esses pacientes já
    tenham tido entrado em contato com o vírus e permanecido com o título detectável no momento da
    coleta. O serviço foi avaliado com nota 9,02; o seu grau de importância foi classificado com nota 

    9,55; a satisfação com o atendimento ficou com nota 7,84 e nenhum usuário encontrou dificuldades
    em acessar o serviço. CONCLUSÃO: A realização do RT-qPCR nas amostras de saliva mostrou-se
    prática e ágil, diminuindo o incômodo da coleta da secreção do oro-faríngeo. Os resultados
    mostraram que a dosagem do IgG não é exclusiva dos casos crônicos. O serviço foi muito bem
    avaliado pelos usuários o que demonstra que a experiência do programa de vigilância da Covid-19 na
    UFPA foi bem sucedida em sua proposição e execução.

  • MARCELINO ANTÔNIO COSTA MAUÉS
  • DESENVOLVIMENTO DE PORTIFOLIO DE TECNOLOGIAS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SERVICO DE DIAGNÓSTICO DA ESPOROTICOSE FELINA NO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES EM BELÉM/PA

  • Data: 19/12/2022
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  • Os laboratórios de diagnóstico de zoonoses devem realizar testes em amostras biológicas de animais para elucidação diagnostica das zoonoses de relevância para a saúde pública, tanto para a confirmação de suspeitas clínicas como para as ações de vigilância epidemiológica. A esporotricose é uma infecção crônica da pele e tecido subcutâneo de animais e humanos, sendo uma das principais micoses de implantação diagnosticadas no Brasil. É uma zoonose causada por fungos dimórficos do complexo Sporothrix schenckii, encontrados comumente na vegetação, solo e matéria orgânica em decomposição. A esporotricose persiste como uma doença negligenciada e constitui um espantoso problema de saúde pública. A maior incidência da zoonose tem como o Sporothrix brasiliensis o agente etiológico mais comumente observado. As regiões mais afetadas pela doença demonstram ter alta densidade populacional e condições precárias de higiene e saneamento básico, além da presença de animais errantes em contato direto com a comunidade. A esporotricose embora não seja uma doença de notificação obrigatória é um agravo de importância a saúde pública o que justifica a necessidade de implantação ou estruturação de um laboratório, em análises micológicas, próprio do município, para atender essa crescente demanda. O objetivo desse trabalho é o desenvolvimento de um portifólio de tecnologias para a implantação do laboratório de diagnostico de esporotricose animal no Centro de Controle de Zoonoses do município de Belém/Pa. O estudo tem caráter prospectivo, descritivo qualitativo, fundamentado em pesquisas em portais, leis e regulamentos que regem implantação e normatização de laboratórios clínicos e de ensino. Para o funcionamento de um laboratório, a legislação prevê estar em conformidade com o regulamento técnico anexo a RDC no 302e as recomendações ABNT NBR ISO/IEC No. 17025:2005 que se aplicam ao laboratório de Micologia.

  • TAIZE CARLA COSTA PELISSON E SILVA
  • PROTOCOLOS PARA PESQUISA DE ANTICORPOS (IGG E IGM) DE COVID-19 NO LABORATÓRIO DO HOSPITAL DE GUARNIÇÃO DE MARABÁ

  • Data: 25/11/2022
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  • INTRODUÇÃO: O cenário pandêmico iniciado em 2019 pelo SARS-Cov-2
    apresentou desafios críticos para a saúde pública e a comunidade médica em uma corrida contra o
    tempo, o que levou o desenvolvimento acelerado de técnicas para diagnóstico e identificação
    sorológica para Covid-19. Neste cenário diversos TR foram registrados, os quais possibilitam a
    identificação sorológica em um curto espaço de tempo, otimizando dessa forma o manejo clínico.
    O cenário pandêmico acalmou-se, apresentando momentos em que as taxas de infecção aumentam,
    ou pelo surgimento de novas variantes ou por alguma situação específica em alguma região do
    mundo, sugerindo que a doença se manterá em níveis endêmicos, resultando em níveis estáveis de
    infecção, ano a ano. Dessa forma, organizar um manual que possa direcionar o profissional de
    saúde para o manejo laboratorial de diagnóstico dos militares de Marabá faz-se importante, para
    que precocemente possa haver intervenção adequada contra o risco de infecção de terceiros e
    aumento da propagação do vírus nos diversos ambientes que esse profissional participa.
    OBJETIVO: Organização de um manual que contém fluxograma e Protocolos Operacionais
    Padrão (POP) para pesquisa de Anticorpos (IgG e/ou IgM) de Covid-19 para serem usados pelos

    profissionais de saúde que atuam no laboratório do Hospital de Guarnição de Marabá
    (HGuMarabá). METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa observacional com abordagem
    analítica, em que foram observados e comparados (teste de qui-quadrado, Bioestat 5.0) os
    resultados de dois TR em 100 militares da ativa, divididos em dois grupos de pacientes: (i)
    sintomáticos (N=50) e (ii) assintomáticos (N=50). As três tecnologias gerenciais (um fluxograma e
    dois POP’s) foram produzidas em formato de manual, utilizando o pacote Office, com a
    elaboração dos documentos com figuras de reagentes e material próprios do laboratório, além de
    formas específicas exigidas pelo Hospital. Esse documento ficará impresso, encadernado,
    contendo 15 páginas e disponível no LAC do Hospital de Guarnição de Marabá. RESULTADOS:
    A análise dos resultados mostrou a possibilidade de construção de um fluxograma para escolha de
    qual TR utilizar, de acordo com as queixas dos militares que são atendidos no HGu. A criação de
    dois POP´s para anticorpos IgG e IgM para Covid-19 seguiu-se para organização do diagnóstico
    de COVID-19 na população atendida no HGu. Essas tecnologias gerenciais foram produzidas em
    formato manual, claro e objetivo contendo informações com técnica imunocromatográfica, que
    permitirão a execução correta dos processos de identificação sorológica para Covid-19 por meio
    de TR, auxiliando a triagem clínica para SARS-CoV-2. CONCLUSÃO: A utilização dessa TG
    fornecerá um passo-a-passo escrito e ilustrado para todos os profissionais de saúde que necessitam
    realizar a identificação sorológica para Covid-19, contribuindo com uma conduta mais otimizada e
    com menos resultados falso-positivos.

  • INGRID DOS SANTOS LAMARÃO
  • DESENVOLVIMENTO DE UMA PCR TEMPO REAL PARA A DETECÇÃO DE ESPÉCIES DE Mycoplasma spp. DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA

  • Data: 28/10/2022
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  • Introdução: Os hemoplasmas são bactérias sem parede celular, não cultiváveis em laboratório, que parasitam a superfície de eritrócitos e causam anemia hemolítica em várias espécies de mamíferos, além de letargia, anorexia e perda de peso que podem levar a morte.  Esses patógenos possuem distribuição cosmopolita e fazem parte do gênero Mycoplasma com base na análise da sequência do gene 16SrRNA. Tradicionalmente, o diagnóstico é realizado através da confecção dos esfregaços sanguíneos, onde podem ser visualizados como, anéis ou hastes, ou também na forma de cadeia dependendo do nível de infecção, porém esta técnica apresenta pouca sensibilidade e especificidade. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo desenvolver um protocolo de PCR em tempo real para a detecção mais rápida e precisa de espécies do gênero Mycoplasma, a fim de ser utilizado na rotina do diagnóstico da infecção na área de Medicina Veterinária. Métodos: Foi realizada uma revisão da Literatura para definir de que forma pode ser realizado o diagnóstico diferencial de Mycoplasma spp. Para realizar a padronização, foram utilizadas 20 amostra-controle do sangue de cães e gatos, com o DNA previamente extraído. Para garantir a confiabilidade dos padrões de práticas de laboratório, foi realizada a validação da qPCR empregando-se os seguintes testes: sensibilidade analítica, sensibilidade diagnóstica, especificidade analítica, robustez, reprodutibilidade e CT. Resultados: Dentre as 20 amostra-controle, 10 foram positivas para Mycoplasma spp. As metodologias de validação foram testadas e apresentaram resultado positivo. Dessa forma, foi possível realizar a produção do Protocolo Operacional Padrão. Conclusão: O protocolo operacional padrão, apresentado nesse trabalho indica que pode ser usado de forma a auxiliar e informar aos profissionais as operações e esclarecer a real necessidade do diagnóstico diferencial de Mycoplasma spp. de forma mais rápida e específica.

  • ERLAYNE SILVANA SANTIAGO CAVALCANTE
  • TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE A APLICAÇÃO DO SISTEMA GLOBAL DE HARMONIZAÇÃO (GHS) EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS.

  • Data: 29/06/2022
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  • O Sistema Global de Harmonização de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) é uma ferramenta de gestão que está implantado em vários países. Sua utilização garante práticas seguras em laboratórios de análises clínicas e afins, no que se refere ao gerenciamento de risco químico. No Brasil, esse sistema foi implementado por meio da Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego No 229, de 24 de maio de 2011. Apesar da obrigatoriedade, a utilização do GHS pode não estar sendo atendida em laboratórios de análises clínicas. Este é um estudo de pesquisa aplicada, a ser desenvolvido no Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Pará, caracterizado como um laboratório clínico, de ensino, de apoio e especializado. Sendo assim, este projeto objetiva implementar o sistema GHS no referido local, produzir um banco de dados baseado nesse sistema, bem como oferecer ao serviço público uma ferramenta de informação tecnológica e de rápido acesso, garantindo a execução de práticas seguras no ambiente ocupacional.

  • RAYELI THAISSE PINHEIRO DA SILVA
  • NOTA TÉCNICA COM DADOS RELEVANTES SOBRE A IMPORTÂNCIA DO HEMOGRAMA DE ACESSO EM PACIENTE NA FASE AGUDA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS SARS-CoV-2.

  • Data: 04/04/2022
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe muitas
    incertezas sobre quais parâmetros laboratoriais seriam mais adequados para o
    diagnóstico e avaliação da evolução da COVID-19. OBJETIVOS: Produzir uma nota
    técnica capazes de orientar a comunidade médica quanto a importância da realização de
    hemograma de acesso em pacientes com sintomas gripais leves, associados ou não a
    COVID-19, para avaliação da relação neutrófilos / linfócitos. MATERIAIS E
    MÉTODOS: Estudo do tipo pesquisa metodológica de desenvolvimento de tecnologia
    em saúde a ser realizada em três etapas: revisão sistemática da literatura; pesquisa
    documental retrospectiva, obtenção e análise de dados de pacientes em fase aguda da
    infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e atendidos no Laboratório de Patologia Clínica Dr.
    Paulo C. Azevedo, Belém - Pará, no período de agosto a dezembro de 2020; e por fim a
    construção da tecnologia em saúde (Nota Técnica). RESULTADOS. Foram analisados
    258 artigos científicos na forma de resumos estendidos, cartas ao editor, artigos
    completos e revisões da literatura sobre a COVID-19, e foram selecionados apenas 99
    artigos para embasar esse tecnologia. Em relação ao a obtenção e análise dos dados
    observou-se que os pacientes que realizaram hemograma até 12 dias antes do teste de
    RT-PCR para detecção do vírus SARS-CoV-2, mas que já apresentavam sintomas
    gripais leves, foram os que apresentaram RNL mais elevada e, consequentemente,
    necessidade de hospitalização por complicações da doença. Não foi possível a análise
    de outros marcadores laboratoriais, para avaliação da evolução da doença, visto que não
    existia um protocolo que regularize quais exames que deveriam realizar no curso da

    COVID-19. CONCLUSÃO. Os dados obtidos nesse estudo permitiram a construção de
    uma nota técnica, que será depositada no repositório da Biblioteca Dr Clodoaldo
    Beckmann da UFPA, que ira auxiliar medico no sentido da importância da realização
    precoce do hemograma para a determinação da RNL em indivíduos que apresentem
    sintomas gripais inespecíficos ou leves, independente da realização do teste de RT-PCR
    para detecção do vírus SARS-CoV-2, de modo a evitar o posterior agravamento do
    quadro clínico do paciente portdor da COVID-19.

  • ROSIAN MARINHO DA SILVA
  • VALIDAÇÃO DE UMA PCR DUPLEX E ELABORAÇÃO DE UM PRODEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA O DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO GENITAL PELO ALPHAHERPESVÍRUS HUMANO (HHV) 1 E 2

  • Data: 24/02/2022
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  • Introdução: Estima-se que 67% e 11% da população mundial esteja com infecção por Alphaherpesvírus humano 1 (HHV-1) e 2 (HHV-2), respectivamente. O diagnóstico é frequentemente clínico com base nas lesões características, geralmente associado com exames laboratoriais. No qual, o padrão ouro permanece sendo o isolamento viral em cultura celular, porém este método apresenta limitações de sensibilidade, além do tempo relativamente prolongado para liberação dos resultados. Por isso, o uso de uma técnica de PCR duplex pode ser aplicado, para permitir um diagnóstico mais rápido e simultâneo. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo validar uma técnica de PCR duplex para o diagnóstico da infecção genital pelo HHV-1 e HHV-2.  Métodos: Estudo do tipo pesquisa metodológica e desenvolvimento de tecnologia em saúde a ser realizada em 2 etapas: validação da PCR e construção do procedimento operacional padrão (POP). Resultados: A PCR duplex dentre as 46 amostras testadas foi positiva para HHV-1 em 12 (26,08%) amostras e em 01 (2,17%) para HHV-2. Com isso foi possível à produção de um POP com objetivo de padronizar as atividades inerentes às sequências operacionais da técnica para minimizar a ocorrência de desvio na execução e assegurar um serviço de qualidade. Conclusão: A validação proposta neste trabalho mostrou que a PCR desenvolvida pode ser usada como uma ferramenta para o diagnóstico em infecções genitais causadas por HHV-1 e HHV-2. Este estudo gerou um POP sobre as etapas a serem seguidas pelo executor para minimizar erros, garantindo dessa forma obtenção de resultados de qualidade.

  • MÁRJORIE MOTA FIGUEIRA
  • PADRONIZAÇÃO DE REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE EM TEMPO REAL (qPCR) PARA DETECÇÃO DE Chlamydia trachomatis EM AMOSTRAS ENDOCERVICAIS

  • Data: 16/02/2022
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  • A Chlamydia trachomatis é bactéria sexualmente transmissível mais comum entre adolescentes sexualmente ativos e, quando não tratadas e mulheres, podem levar a sequelas tais como gravidez ectópica, infertilidade, dor pélvica crônica e doença inflamatória pélvica. O diagnóstico laboratorial ainda é um obstáculo para a rápida identificação e tratamento dos indivíduos infectados. O presente estudo teve como principal objetivo a padronização de um ensaio de PCR em tempo real (RT-qPCR) para a detecção da C. trachomatis em amostras de endocérvice uterina. Para a padronização do teste foram utilizadas duas amostras endocervicais (uma positiva e uma negativa para C. trachomatis) previamente testadas por PCR convencional e um controle endógeno da reação (Beta actina). Todos os procedimentos foram realizados visando a melhor relação custo-benefício e menor tempo de resultado. A extração de DNA foi realizada por kits previamente selecionados que oferecem DNA em quantidade e qualidade necessária para reação de RT-qPCR. Os primers e sondas para as reações foram desenhados e avaliados por softwares específicos e levaram em conta as sequências genômicas da C. trachomatis depositadas on-line. Os experimentos foram padronizados para a utilização das menores concentrações possíveis dos reagentes (primers, dNTPs, Taq polimerase, master mix, etc) e do menor tempo possível de ciclagem em cada reação. foi padronizado um novo protocolo utilizando PCR em tempo real para a detecção de Chlamydia trachomatis em amostras de swab cervical. A inserção de um controle interno de amplificação baseado em um housekeeping gene humano na reação, garante todo o processo de análise desde o procedimento de coleta das amostras, qualidade dos reagentes utilizados e o correto funcionamento dos equipamentos e acessórios. Assim o protocolo padronizado neste estudo pode ser utilizado na rotina de diagnóstico laboratorial para a detecção de Chlamydia trachomatis de forma confiável sendo sensível, específico e rápido podendo-se obter os resultados das análises no mesmo dia.

  • GLAUCY DOS SANTOS CARREIRA
  • Manual técnico sobre ferramenta para identificação de risco biológico em laboratórios de análises clínicas veterinárias: Estudo Metodológico.

  • Data: 07/02/2022
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  • Introdução: Laboratórios de análises clínicas exibem diversas atividades, situações e fatores potenciais de risco aos seus funcionários. A identificação dos riscos biológicos constitui aspecto importante para o estabelecimento de um programa adequado de biossegurança. Objetivo: Desenvolver um manual técnico sobre ferramenta para identificação de risco biológico em laboratórios de análises clínicas veterinárias. Métodos: estudo metodológico realizado em três etapas: revisão narrativa, elaboração da versão impressa, elaboração da versão online. Resultados: Na etapa 1 emergiram os temas geradores para a elaboração da ferramenta que compõe o manual técnico. Na etapa 2 foi elaborada a versão impressa da ferramenta na modalidade questionário. Na etapa 3 foi elaborada a versão on line. O objetivo da ferramenta é verificar condições de funcionamento e identificar os riscos biológicos que funcionários que atuam em laboratórios de análises clínicas estão expostos. O produto técnico-tecnológico constitui-se de manual técnico com recomendações para aplicação da ferramenta. Conclusão: Conclui-se que as recomendações descritas no manual técnico devem ser seguidas para aplicação da ferramenta, que poderá contribuir com a gestão de riscos em laboratórios de análises clínicas veterinárias.

2021
Descrição
  • VANESSA INGRID CARDOSO PEREIRA
  • PRODUÇÃO DE CARTA AO EDITOR DE UMA REVISTA CIENTÍFICA SOBRE A  CARACTERIZAÇÃO HEMATOLOGICA E IMUNOFENOTÍPICA DE MONÓCITOS NO CURSO DAS INFECÇÕES PELOs VÍRUS ZIKA E CHICKUNGUNYA e SARS-CoV-2.

  • Data: 16/12/2021
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  • Objetivos. Produzir carta ao editor de revista científica sobre a caracterizar do padrão imunofenotípico de subpopulações de monócitos de pacientes durante o curso da infecção aguda pelos vírus SARS-CoV-2 e na pós-COVID-19 tardia com seqüelas. Material e Métodos. Estudo retrospectivo com 89 amostras de sangue periférico de pacientes, ambos os sexos, qualquer idade, separados em grupos que tiveram: solicitação de hemograma e sorologia (IgG e IgM) positiva para os vírus Zika (Grupo 1, n=18) ou Chikungunya (Grupo 2, n=9); hemograma e RT-PCR detectável para o vírus SARS-CoV-2 em fase aguda da doença (Grupo 3, n=19), provenientes de demanda espontânea do Laboratório de Patologia Clínica Dr Paulo C Azevedo no período de março de 2019 à junho de 2021; ou ainda que apresentavam algum tipo de seqüela da COVID-19 provenientes da Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Pará (Grupo 4, n= 43). Foi realizada a contagem de môocitos deforma automatizada e a imunofenotípica, por citometria de fluxo, para a definição das subpopulações de monócitos. Resultados. Não houve diferença significativa quanto ao total de monócitos entre os grupos analisados. Os monócitos clássicos (CD14++CD16-) e intermediarios (CD14+;CD16+) estiveram aumentadas em pacientes com infecção aguda ou crônica por COVID-19, respectivamente. Houve aumento de monócitos não clássicos (CD14fracoCD16++) em pacientes com infecção ativa por COVID-19 quando comparados com a mesma subpopulação em pacientes dos outros grupos estudados. Conclusão. Ao final da obtenção dos resultados foi produzida uma carta ao editor da Revista Brasileira de Medicina Tropical com informações parciais sobre diferenças inicialmente observadas entre o quantitativo de monócitos e suas subpopulações quando analisadas quanto ao curso da COVID-19 ou ainda mesmo apos o curso tardio da COVID-19 com sequelas ao paciente.

  • DANIA CARDOSO PAYSAN
  • PRODUÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE COMO RECURSO DIDÁTICO NO AUXÍLIO AO DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR NA ATENÇÃO PRIMARIA

  • Data: 10/12/2021
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  • Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Os órgãos mais acometidos pela doença são os pulmões. O diagnóstico precoce e o inicio do tratamento rápido e adequado são fundamentais para reduzir a disseminação da tuberculose. Os avanços tecnológicos dos diagnósticos laboratoriais da TB exigem constante atualização por parte dos profissionais, os quais podem ter dificuldades em adquirir esses novos saberes, devido à lida diária. As tecnologias de educação (TE) em saúde podem auxiliar esses profissionais quanto aos principais exames laboratoriais que podem ser solicitado, para um melhor diagnostico e controle da TB na atenção primaria. Objetivo: Produzir uma tecnologia educacional (TE), do tipo cartilha, para profissionais de saúde, sobre o diagnostico e controle da TB na atenção primaria. Material e métodos: A construção da TE seguiu as etapas de fundamentação teórica, estruturação e produção da cartilha. A cartilha foi confeccionada a partir dos resultados de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL). Resultado: Após busca sistematizada e registro quantitativo dos estudos selecionados, obteve-se 14 pesquisas que atendiam os critérios pré-determinados. Em um primeiro momento, apresenta-se a correspondência quantitativa referente aos estudos encontrados, analisados e selecionados em parâmetro geral, considerando os critérios de inclusão e exclusão. Em uma segunda análise, apresentam-se as vertentes de busca, com base na proposta do tema, que tiveram como função delimitar as formas de apresentação dos estudos. A partir daí foi construída a cartilha, com fluxogramas didáticos para auxiliar no diagnostico, seguindo-se recomendações para concepção e eficácia de materiais educativos, de acordo com as seguintes características: conteúdo, linguagem, organização, layout, ilustração e aprendizagem Conclusão: A produção da cartilha visa promover a autonomia e aumentar as chances de sucesso na investigação da TB, contribuindo para a qualidade de vida do paciente, segurança ao profissional em relação ao tratamento aplicado e redução dos custos e tempo de tratamento ao identificar a resistência à medicação no inicio do tratamento.  

  • CÉLIO AMOÊDO DE MELO
  • WEBTECNOLOGIA PARA MEDIAR O ENSINO MORFOLÓGICO DA CITOLOGIA CLÍNICA PARA ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE

  • Data: 24/09/2021
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  • Introdução: O estudo criterioso das células do trato genital feminino pode contribuir com o rastreamento do Câncer de Colo Uterino (CCU). Logo, a capacitação de profissionais envolvidos com a identificação das lesões uterinas e maior disponibilidade de protocolos podem viabilizar o diagnóstico precoce. Para isso, o desenvolvimento de recursos digitais pode contribuir com a padronização da morfologia celular. Assim, o processo de ensino-aprendizagem pode se beneficiar desta ferramenta, utilizando os “blogues” de ensino como estratégia pedagógica para construção do conhecimento. Objetivo Produzir uma Webtecnologia, do tipo blog, com imagens fotográficas microscópicas digitais de células endocervicais do trato genital feminino inferior para mediar o processo de ensino-aprendizagem da citologia clínica para estudantes e profissionais da área da saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa metodológica de construção de tecnologia educacional em saúde desenvolvida por pesquisa da literatura, foto documentação e construção do produto. Principais resultados: Blog digital estruturado em três categorias citológicas: células endocervicais bem preservadas; células endocervicais em processo de degeneração e células endocervicais degeneradas. Conclusão: Em tempos de pandemia por COVID-19, onde existe a iminente preocupação por manter o distanciamento social, e profícua necessidade de reestruturação para a Educação a Distância, as webtecnologias digitais têm demonstrado grande utilidade para o ensino. No entanto, o presente estudo ainda necessita passar pela validação de juízes competentes e avaliação real do espaço interativo, bem como sua aplicabilidade no meio acadêmico. Por ser um estudo preliminar sobre a abordagem do aprendizado nas redes, surge a necessidade da continuidade de pesquisas, visando elucidar e melhor compreender a dinâmica desta tecnologia digital.

  • VALERIA SMITH NEVES E SANTOS
  • Produção de cartilha sobre a influência dos erros pré-analíticos nos resultados do hemograma de cães e gatos

  • Data: 31/08/2021
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  • O processamento dos exames laboratoriais é divido em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica é a etapa em que mais ocorrem erros, o que pode influenciar significativamente os resultados e a interpretação dos exames, inclusive do hemograma que é o mais solicitado na prática clínica e cirúrgica de pequenos animais. Na medicina veterinária os fatores pré-analíticos que causam erros são classificados em duas categorias, uma refere-se a efeitos técnicos e outra aos fatores biológicos inerentes ao animal. Os erros pré-analíticos podem causar transtornos ao clínico, ao paciente e ao laboratório, o que gera a necessidade de minimizá-los através de medidas de padronização de técnicas e capacitação dos profissionais envolvidos nessa etapa. Nesse contexto, é importante a utilização de tecnologias educativas para auxiliar a capacitação dos veterinários utilizando para isso os conhecimentos técnicos e científicos de forma inovadora e criativa no cotidiano da prática profissional. Assim o objetivo deste trabalho foi produzir um produto tecnológico, no formato de cartilha educativa, sobre a influência dos erros pré-analíticos nos resultados do hemograma de cães e gatos. Para a produção da cartilha foi realizada uma pesquisa metodológica em duas etapas: ampla revisão de literatura usando artigos, livros e diretrizes; e elaboração do produto tecnológico destinado a médicos veterinários que atuam no atendimento de cães e gatos na clínica médica, cirúrgica e laboratorial. Este trabalho teve como foco apenas a etapa de produção, assim a cartilha produzida ainda deverá passar pelos procedimentos de validação por especialistas e aplicação para o público-alvo. Somente após a conclusão dessas etapas o produto tecnológico produzido poderá ser utilizado.

  • ADNA DOS SANTOS CALDAS
  • Validação e emissão de parecer técnico sobre a contagem automatizada de eritroblastos em contador hematológico BC6000.

  • Data: 30/08/2021
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  • INTRODUÇÃO. A contagem diferencial de eritroblastos em amostras de sangue periférico por auto-analisadores hematológicos ainda apresenta limitações. Avanços tecnológicos nos equipamentos de hemograma tem proposto a contagem totalmente automatizada dessas células. Necessitando contudo de validação para seu uso clínico. OBJETIVO. Validar a contagem automatizada de eritroblastos em amostras de sangue periférico no aparelho de hematologia BC6000 (Mindray®) e verificar se existe correlação entre os estágios maturativos de eritroblastos com os gráficos do equipamento. MATERIAL E MÉTODOS. Estudo do tipo pesquisa metodológica de desenvolvimento de tecnologia em saúde a ser realizada em quadro fases: obtenção e análise de dados sobre as contagens de eritroblastos através das metodologias automatizada e manual (Padrão Ouro) no Laboratório de Patologia Clínica Dr. Paulo C. Azevedo, Belém - Pará, no período de junho de 2019 a dezembro de 2020; levantamento bibliográfico; e identificação dos critérios técnicos para a construção da tecnologia em saúde (Parecer Técnico). RESULTADOS. Foram analisadas 17 amostras de sangue periférico de recém-nascidos (09/17 - 52.3%) e de pacientes com idade superior a 2 anos (08/17 - 47,7%) que apresentavam mais de 18% de eritroblastos após análise morfológica da amostra. A análise estatística das contagens de eritroblastos pelas duas metodologias mostrou que o contador hematológico BC6000 (Mindray®) tem uma boa reprodutibilidade, precisão e linearidade para a contagem de eritroblastos em sangue periférico. Não foi observada correlação entre os estágios maturativos de eritroblastos, imunofenotipados por citometria de fluxo,  com os gráficos do equipamento. CONCLUSÃO. A validação proposta mostrou que o contador hematológico BC6000 da Mindray® apresenta bom desempenho analítico para a contagem de eritroblastos em sangue periférico. Porém, não guarda correlação entre os estágios maturativos de eritroblastos com os gráficos gerados pelo equipamento. Este estudo gerou um parecer técnico sobre o uso desse equipamento para a contagem de eritroblastos.

  • THAINARA ROBERTA BARROS MELO
  • Desenvolvimento de uma tecnologia educativa em saúde sobre possíveis interferências no perfil bioquímico de indivíduos diabéticos em uso do chá da Bidens Pilosa associada a terapia antidiabética convencional.

  • Data: 27/08/2021
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  • Na atualidade a diabetes é uma das mais prevalentes doenças crônicas que afetam a população mundial. Por ser uma patologia de grande expressão são expressivos os gastos relacionados ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente no que diz respeito à distribuição de medicamentos. Atualmente é crescente o número de políticas públicas que estimulam o desenvolvimento de programas como RENISUS (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS) que tem como objetivo primordial estimular o uso de plantas medicinais como agente coadjuvante no tratamento da diabetes e outras doenças. Dentre algumas plantas citadas etnofarmacologicamente, a Bidens pilosa, popularmente conhecida como Picão preto, é uma das plantas que já estão no RENISUS e seu efeito hipoglicemiante vem sendo descrito em pesquisas pré-clínicas. O estudo teve como objetivo produzir uma tecnologia educativa em saúde, do tipo folder, sobre os pontos importantes em relação ao uso do chá de Bidens pilosa associado a antidiabéticos orais convencionais, direcionada para os diabéticos assistidos pela casa do Diabético, Belém PA. Trata-se de uma pesquisa de natureza mista, realizada entre os meses de março 2019 a maio 2020. O estudo teve o parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (sob número de CAAE: 58668616.1.0000.0018) e incluiu as seguintes etapas: Promoção de uma revisão bibliográfica sobre o efeito da Bidens pilosa nos exames laboratoriais, posteriormente uma pesquisa exploratória (de campo) realizada a partir da utilização do chá de Bidens pilosa por 90 dias ininterruptos por diabéticos (em uso de antidiabéticos convencionais) e normoglicêmicos sem uso de medicamentos, ambos grupos voluntários. Durante este período, foram realizadas coletas de sangue para dosagens de parâmetros bioquímicos de rotina, incluindo glicose, hemoglobina glicosilada, insulina, uréia, creatinina, AST, ALT, colesterol total, triglicerídeos e proteína total nos dias 0°, 15°, 30°, 45°, 60°, 75° e 90° dias) bem como, a aferição da pressão arterial. A partir desta análise foi observado que o uso do chá não contribuiu para redução dos níveis glicêmicos, de insulina e hemoglobina glicada. Adicionalmente também não foi observado nenhuma alteração nas dosagens lipídicas, nas transaminases, uréia, proteína total e albumina de forma tempo dependente nos pacientes diabéticos em tratamento convencional e nem no normoglicêmicos. O parâmetro creatinina apresentou uma elevação que teve um ápice aos 45 dias e retornou a patamar inicial ao final da exposição. Já a pressão arterial apresentou uma redução significativa durante o período experimental. Na sequência ocorreu o desenvolvimento da tecnologia educativa em saúde, na forma um folder informativo. A construção do folder ocorreu em três fases: sistematização do conteúdo, escolha das ilustrações e elaboração do conteúdo. A elaboração de uma ferramenta educacional em saúde com estas características é de grande importância para que se possa produzir saberes que estejam diretamente relacionados ao uso de medicina tradicional, e seus desdobramentos tanto aos benefícios em seu uso adjuvante, bem como as influencias nos parâmetros laboratoriais. Nesta ótica torna essencial a disseminação do saber a partir da construção de instrumentos educativos aplicados a saúde.

  • CHRISTIANNE CORRÊA DE AZEVEDO
  • ELABORAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EM SAÚDE SOBRE POSSIVEIS INTERFERENCIAS DE HIPOGLICEMIANTES NOS EXAMES LABORATORIAIS DE ROTINA E DA ASSOCIAÇÃO DE POLIFARMACIA NO PERFIL GLICIDIO DE PACIENTES DIABÉTICOS EM HOSPITAL MILITAR DE BELÉM.

  • Data: 04/06/2021
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  • Introdução: Os exames laboratoriais são ferramentas utilizadas na prática clínica para obtenção de informações sobre a condição clínica do paciente. É importante que o laboratório clínico na fase pré-analítica, tenha conhecimento dos medicamentos utilizados pelos pacientes, que possivelmente podem causar interferências, gerando erros nos resultados laboratoriais. No tratamento de doenças crônicas, como a diabetes mellitus (DM) o uso de hipoglicemiantes e a associação a polifarmácia pode gerar interferências significativas nos exames de rotina, bem como, no perfil glicídico do paciente. Neste contexto se torna necessário a inserção de uma tecnologia educacional em saúde, que subsidiará a equipe envolvida no laboratório de análises clínica sobre as possíveis interferências dos medicamentos em exames laboratoriais. Objetivo: Elaborar uma Nota Técnica sobre as possíveis interferências dos hipoglicemiantes e os medicamentos mais utilizados pelos pacientes diabéticos atendidos no Hospital de Aeronáutica de Belém. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa do tipo pesquisa metodológica, onde na primeira etapa aplicou-se os questionários para determinação do nível de conhecimento do tema aos profissionais da saúde, na qual participaram 10 farmacêuticos e 10 técnicos de laboratório que atuam na Seção de Análises Clínicas do referido hospital. Posteriormente foi efetuada uma pesquisa de dados nos prontuários eletrônicos sobre os medicamentos relatados pelos pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório e dos medicamentos relatados pelos pacientes antes da coleta, no cadastro do Sistema Interno Informatizado (240 cadastros). Complementou-se esta etapa com uma pesquisa bibliográfica sobre as possíveis interferências dos hipoglicemiantes obtidos pela busca nos exames de rotina, bem como, dos fármacos adicionalmente utilizados nos exames laboratoriais do perfil glicídico. Resultados: Foi verificado pelo o nível de conhecimento dos profissionais sobre o perfil de interferências medicamentosas em exames laboratoriais, a necessidade de padronizar os aspectos na fase pré-analítica. Os hipoglicemiantes mais descritos glibenclamida, glicazida, pioglitazona e empaglifozina, e os mesmos possuem citações que descrevem possíveis interferências nos exames de rotina. Adicionalmente dentro da polifarmácia associada a estes pacientes os fármacos mais citados foram hidroclorotiazida, furosemida, propranolol carverdilol, metoprolol, bisoprolol, anlodipino, levotiroxina sódica, sinvastatina, rouvastatina, prednisolona e ácido acetilsalicílico, e todos citados apresentam citações de possíveis interferências no perfil glicídico. A partir destes dados foi elaborada a Nota técnica. Conclusão: A construção da Nota técnica possibilitou a descrição destas possíveis interferências e a orientação da equipe para o reconhecimento deste perfil nos exames laboratoriais, destacando os de perfil glicídico quando a polifarmácia está associada. Uma ferramenta com esta característica otimiza a execução da atividade laboratorial, favorece uma melhor orientação e conduta e amplia os conhecimentos dos profissionais da área técnica que contribuirá para a efetividade do diagnóstico clínico.

  • NEIDIANE FARIAS RAMOS
  • Manual de Dispensação de Concentrado de Hemácias da Gerência de Distribuição da Fundação HEMOPA, Belém – Pará.

  • Data: 27/05/2021
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  • INTRODUÇÃO: A dispensação de hemocomponentes depende da correta apresentação de dados clínico-laboratoriais e antropométricos do paciente, e da solicitação apropriada do quantitativo do produto a ser transfundido. OBJETIVO: Produzir um Manual e uma Tabela de Consulta Rápida para dispensação de concentrados de hemácias (CH) na Gerência de Distribuição (GEDIH) de Hemocomponentes da Fundação HEMOPA. METODOLOGIA: Pesquisa metodológica desenvolvida em três etapas: diagnóstico situacional e documental sobre a prática de dispensação de CH na GEDIH; revisão da literatura; e identificação dos critérios técnicos gerados no período de janeiro a dezembro de 2019 e construção da tecnologia. RESULTADOS: Verificou-se que não existiam na GEDIH documentos que possibilitassem a consulta e a correta dispensação do quantitativo dos diversos tipos de CH atendidos na rotina. O levantamento de dados foi realizado a partir do software do sistema de banco de sangue onde observou-se que foram dispensados 16.500 hemocomponentes em 2019 a partir de 10.475 requisições de transfusão e que desses 12.746/16.500 (77,2%) eram de CH. Desses 7.326/12.746 (57,48%) eram CH sem procedimento especial e 3.910/12.746 (30,68%) de CH com leucoredução. O levantamento do total de CH solicitados para procedimentos cirúrgicos foi de 901 unidades, dessas só 544/901 (60,37 %) unidades de CH foram transfundida. Com esses dados realizou-se o calculo do índice de usuários transfundido para a construção da tecnologia. CONCLUSÃO. A construção do Manual e da Tabela de Consulta Rápida vai nortear a dispensação de CH pela GEDIH da Fundação Hemopa através do uso racional do sangue e segurança do paciente.

  • KARITA LORENA FRANCA ALMEIDA
  • Imunodeficiências primárias no contexto COVID-19 : Painel de mutações mais prevalentes em IDP como triagem populacional para predisposição à severidade da doença.

  • Data: 19/02/2021
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  • No final de 2019 um grande número de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei na China, foi registrado, os quais foram atribuídos a um novo betacoronavírus, então denominado SARS-CoV-2. A doença causada por esse vírus, COVID-19, foi inicialmente descrita como uma síndrome respiratória grave aguda. Porém, hoje sabe-se que as características clínicas da mesma podem variar de estado assintomático até síndrome do desconforto respiratório agudo e disfunção de múltiplos órgãos. Estudos anteriores relacionaram o enriquecimento de mutações patogênicas em genes relacionados com resposta imune ao desenvolvimento de quadros mais severos desta doença. Neste contexto, resposta imunes alteradas, como as causadas por Immunodeficiências Primárias (IDP), podem ser importantes na progressão da doença. Pode-se então dizer que a IDP emerge como um potencial e importante fator no prognóstico do COVID-19. Assim sendo, a partir da revisão da literatura e da pesquisa em bancos de dados específicos, esse trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um painel das mutações mais prevalentes dos genes relacionados à IDP que possa ser utilizado na triagem da população a fim de identificar indivíduos com predisposição a desenvolver formas mais graves de COVID-19. 

  • ALANA LUANNI MESSIAS DA SILVA
  • Produção de um manual de Boas práticas para o laboratório de micologia do ambulatório de dermatologia do centro de saúde escola do Marco, Belém/Pará.

  • Data: 12/02/2021
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  • INTRODUÇÃO: Os laboratórios de ensino nas universidades brasileiras são ambientes hostis e complexos, em que as atividades integradas, envolvendo ensino, pesquisa e extensão, demandam a convivência de pessoas, agentes e amostras biológicas, equipamentos, reagentes e resíduos num mesmo espaço, sendo inevitável a exposição das pessoas aos diferentes riscos; Sob essa perspectiva torna-se relevante direcionar pesquisas para o desenvolvimento de intervenções capazes de prevenir, controlar e eliminar riscos inerentes as atividades realizadas no ambiente laboratorial. Dentre os diversos tipos de intervenções, destacam-se as tecnologias educacionais (TE) em saúde, como recurso facilitador para o processo de ensino e aprendizagem. OBJETIVO: Produzir um manual de boas práticas para o laboratório de micologia do ambulatório de dermatologia do centro de saúde escola do Marco, Belém/ Pará. METODOLOGIA: Trata-se de estudo metodológico desenvolvido em uma única fase, produção, no qual gerou como produto o “Manual de Boas práticas – Laboratório de Micologia do Centro de saúde escola do Marco UEPA-CCBS”. Este estudo foi descrito em duas etapas: contextualização, desenvolvimento/produção da TE. Foi realizada uma busca na literatura de produções científicas nacionais e internacionais para identificar informações relevantes sobre o assunto, nas seguintes bases de dados: Pubmed e Lilacs, e em fontes de pesquisa como Scielo; além de pesquisas de livros, manuais técnicos sobre os assuntos inerentes à rotina de laboratório de análises clínicas, com foco no diagnóstico micológico para identificar as informações relevantes sobre o assunto. RESULTADOS: Produção de uma TE no formato manual, claro e objetivo, para prevenir, controlar e eliminar riscos inerentes às atividades realizadas; com informações cientificamente que permitirá a execução correta dos processos e assegurar a confiabilidade dos serviços laboratoriais prestados; CONCLUSÃO: A utilização deste material fornecerá instruções escritas sobre boas práticas laboratoriais para todos aqueles que por ele passarem, padronizando e minimizando erros e repetições nas atividades realizadas e garantindo qualidade nos processos.

  • REGIANE DE FREITAS COSTA
  • ELABORAÇÃO DE FLUXOGRAMA PARA A INVESTIGAÇÃO DAS CAUSAS DE REAÇÃO TRANSFUSIONAL TARDIA POR ALOIMUNIZAÇÃO EM PACIENTES ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HEMOPA

  • Data: 28/01/2021
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  • A transfusão de sangue para fins terapêutico teve origem científica no século XVII, após
    a descrição da circulação sanguínea por Harvey (1628). Foi, entretanto, a descoberta dos
    tipos sanguíneos A, B e O e do tipo AB que deu novo impulso a prática transfusional. É
    um evento irreversível que acarreta benefícios e riscos potenciais ao receptor, apesar da
    indicação precisa e administração correta, reações às transfusões podem ocorrer. No
    Brasil, as notificações de reação transfusional foram realizadas de forma espontânea até
    2010, quando se tornaram compulsórias, pela publicação da Resolução- RDC 57/2010.
    Entretanto, apesar dos esforços da ANVISA e das unidades da Rede Sentinela, ainda há
    subnotificação desses eventos, o que dificulta conhecer a real frequência de ocorrências,
    bem como as condições a eles associadas. Os antígenos de grupos sanguíneos são
    extremamente importantes na medicina transfusional, uma vez que a ausência de um
    antígeno pode levar a aloimunização e aumentar o risco nas transfusões subseqüentes. O
    conjunto de procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue, com o
    objetivo de obter e disponibilizar informações sobre os eventos adversos ocorridos nas
    suas diferentes etapas é chamado de Hemovigilância, e tem o intuito de prevenir seu
    aparecimento ou recorrência e aumentar a segurança do doador e do receptor. A
    prevalência/incidência real das reações transfusionais no país não é totalmente
    conhecida, sejam essas reações de má indicação e uso dos componentes sanguíneos ou
    de uma falha no processo do ciclo do sangue. A adequada prevenção desses incidentes
    só se fará possível quando os mesmos forem identificados, diagnosticados, investigados
    e analisados de forma eficaz. Dessa forma, a proposta do presente estudo é descrever a
    prevalência de reações transfusionais do tipo tardia por aloimunização e caracterizar
    melhor o perfil desses pacientes politransfundidos do estado do Pará que podem
    apresentar uma maior probabilidade de reações transfusionais tardias, permitindo a

    elaboração de critérios que auxiliem maiores cuidados aos pacientes que necessitam
    regularmente desse tratamento, e futuramente, acelerar o processo de segurança na
    escolha de bolsas de sangue e minimizar os riscos dos mesmos.

  • NAZENILSON NUNES FARIAS
  • ELABORAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA SOBRE REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMEDIATAS PARA PACIENTES TRANSFUNDIDOS ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HEMOPA

  • Data: 28/01/2021
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  • A transfusão de sangue e seus componentes pode ser o único tratamento capaz de salvar vidas ou tratar uma condição clinica específica. Entretanto, mesmo quando prescrita e administrada corretamente, a transfusão envolve risco de ocorrências imediatas ou tardias, chamadas reações transfusionais. Como a maioria dos tratamentos, a transfusão pode provocar complicações que abrangem um espectro de reações adversas, e que varia desde reações leves até fatais. O objetivo deste estudo foi a elaboração de uma cartilha educativa sobre sinais e sintomas das reações transfusionais imediatas, para serem utilizadas pelos pacientes atendidos na Fundação HEMOPA e seus familiares, visando um maior esclarecimento dessas informações. Foi realizado uma pesquisa metodológica referente a elaboração da cartilha impressa, gerando assim a aproximação dos pacientes e seus familiares ao maior conhecimento e melhor notificação acerca de manifestações clínicas que caracterizem efeitos adversos imediatos gerados por transfusões sanguíneas, normalmente utilizadas entre os chamados pacientes politransfundidos. Os sinais e sintomas mais utilizados foram os reportados na maioria dos estudos descritos em outras regiões do país, sendo eles: febre, calafrios, taquicardia, dispnéia, exantemas, tendo substituído os termos técnicos por palavras popularmente conhecidas e comuns a todas as classes sociais. Futuramente, após a validação dessa tecnologia educacional espera-se que o público alvo da terapia transfusional, que são os pacientes e seus familiares, possam atuar ativamente e de forma responsável nas condutas pertinentes, e com isso diminuir os números de subnotificações das reações transfusionais, auxiliando de formas positivas outras ações que sejam necessárias para Promoção e Prevenção a Saúde nas práticas hemoterapicas.

2020
Descrição
  • ANDRESA CORREA PINTO
  • PRODUÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE BIOMEDICINA: GUIA PRÁTICO DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE MICROBIOLOGIA

  • Data: 17/12/2020
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  • Introdução: Nos Laboratórios de Análises Clínicas, cada procedimento deve ser realizado corretamente, garantindo a confiabilidade dos resultados. Nesse contexto, se encontra inserido o aluno em estágio supervisionado. Muitos trabalhos têm sido desenvolvidos a fim de garantir suporte ao profissional de saúde. Desse modo, o uso de tecnologias educacionais pelos alunos de estágio supervisionado pode auxiliar na integração às atividades. Objetivo: Desenvolver um produto para o Setor de Microbiologia dos laboratórios conveniados à Faculdade de Biomedicina da UFPA, com a finalidade de instruir os estagiários sobre a realização dos procedimentos laboratoriais. Metodologia: Este estudo trata-se de uma pesquisa metodológica, gerando como produto o Guia Prático de Orientações Básicas de Microbiologia. Para tal, foi aplicado um questionário aos estagiários, visando perceber suas dificuldades no local de estágio. Resultados: No total, dezesseis alunos aceitaram participar do estudo. Assim, a partir do acompanhamento da rotina dos alunos no estágio supervisionado, das respostas obtidas nos questionários e das impressões relatadas pelos colaboradores da pesquisa, foi desenvolvido o guia prático. Conclusão: O produto didático foi criado levando-se em consideração as normas de biossegurança e os procedimentos realizados no setor de microbiologia, os quais foram abordados por meio de fluxogramas e vídeos. De acordo com os participantes, a inserção de materiais de apoio no estágio implementará o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, a utilização deste material pelos alunos contribuirá com o aprendizado no estágio supervisionado, visto que o estagiário contará com amparo teórico e visual dos procedimentos que estará realizando, além de contribuir com sua formação profissional.

  • LUCIANA CORREA CARNEIRO
  • Avaliação do Impacto da Automação no Método de Fenotipagem Eritrocitária em Amostras de Doadores de Sangue da Fundação HEMOPA.

  • Data: 02/12/2020
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  • INTRODUÇÃO. A imunohematologia eritrocitária é considerada uma das áreas com maior potencial para o desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas. Entretanto, ainda hoje, a principal preocupação com o uso dessas tecnológicas são os riscos de aloimunização decorrentes de possíveis falhas diagnósticas. OBJETIVOS. Avaliar o impacto da automação na fenotipagem eritrocitária e o nível de concordância dessa com a metodologia manual em amostras de doadores de sangue atendidos no hemocentro coordenador da Fundação HEMOPA no período de janeiro a dezembro de 2019. MATERIAL E MÉTODOS. Foram analisadas 2.700 amostras tanto por metodologia manual quanto por metodologia automatizada, através do equipamento IH500 da BioRad, para fenotipagem eritrocitária. Os resultados foram testados quanto ao nível de concordância através do teste de Coeficiente Kappa. RESULTADOS. Das amostras fenotipadas 98,6% (2.662/2.700) foram concordantes em ambas as metodologias e apenas 1,4% (38/2700) foram discordantes. Das 38 amostras discordantes 31,6% referiram-se ao fenótipo Lu(b); 15,8% ao fenótipo Lu(a); 13,1% ao fenótipo Fy(b); 7,9% aos fenótipos Le(b), E, c; 5,3% aos fenótipos N, S, s, Kp(a), P1; e 2,6% aos fenótipos M, Jk(a), Jk(b), Fy(a). CONCLUSÕES. O nível de concordância entre os conjuntos de dados obtidos através das técnicas de fenotipagem eritrocitária manual e automatizada foi de 98,6%, o que gerou o aumento na capacidade de amostras analisadas em 1.649 amostras em relação ao mesmo período do ano anterior.

  • FRANCISCO AMILTON DOS SANTOS PAIVA
  • Padronização e avaliação de desempenho da técnica de isolamento do vírus da raiva
    (RABV) em cultivo de células de neuroblastoma murino (N2A)

  • Data: 20/11/2020
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  • A raiva é uma doença infecciosa que atinge todos os animais de sangue quente e é causada pelo
    Rabies lyssavirus (RABV), um rabdovírus neurotrópico, que desencadeia processos patológicos
    como encefalomielite aguda, sendo este fator diretamente relacionado a alta letalidade da doença.
    Diante da gravidade da infecção causada pelo RABV, apenas o diagnóstico laboratorial pode
    fornecer um resultado definitivo, além de ser necessário para o conhecimento da circulação do
    vírus na região e consequentemente para a adoção de medidas específicas de vigilância
    epidemiológica e de controle. O teste considerado padrão ouro, para o diagnóstico da raiva é a
    Imunofluorescência Direta (IFD), entretanto este pode gerar resultados falsos negativos se fazendo
    necessário a confirmação do resultado utilizando o Isolamento Viral em Camundongo (IVC).
    Porém, em virtude do uso de animais está sendo bastante questionado a IVC, a qual vem sendo
    substituída pelo Isolamento Viral em Cultivo Celular (IVCC), que se mostra também uma técnica
    altamente sensível e especifica para o RABV, agregado à celeridade e a não utilização de animais,
    Neste sentido, o objetivo deste estudo foi comparar as técnicas de IVC e IVCC, e IFD quanto ao
    tempo de execução, espaço físico, custo dentre ouros fatores, no laboratório de diagnóstico de
    raiva do Instituto Evandro Chagas (IEC), macrorregional para a região Norte. Para a realização
    deste trabalho, foram utilizadas 215 amostras de diferentes espécies animais, que foram
    encaminhadas por demanda passiva pelas Unidades das Secretarias de Saúde e Agências de Defesa
    Agropecuária dos estados brasileiros da região amazônica. Os resultados obtidos neste estudo
    indicam que a técnica de IVCC, obteve os mesmos resultados de Sensibilidade e Especificidade
    em relação à técnica de IVC, porém demonstrou ser superior, pois apresentou um período de
    tempo mais curto para o diagnóstico da raiva, além de não utilizar animais, contribuindo em
    respeitar os princípios da bioética e do bem-estar animal, desta forma a técnica de IVCC encontra-
    se devidamente padronizada para ser implantada no laboratório de diagnóstico da raiva do IEC
    visto que este estudo também resultou na elaboração dos Procedimentos Operacionais Padrão
    (POPs) da técnica de IVCC segundo as normas estabelecidas pela Coordenação da Gestão da
    Qualidade do IEC.

  • KELLY CRISTINY GOMES DA PAIXAO ALBUQUERQUE
  • DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE Chlamydia sp. EM POMBOS DOMÉSTICOS DE VIDA LIVRE (Columba livia), CAPTURADOS NO PARQUE ECOLÓGICO MANGAL DAS GARÇAS, EM BELÉM-PA.

  • Data: 20/10/2020
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  • A inserção dos pombos no Brasil data de meados do século XVI, desde então, a aproximação destas aves com pessoas, seja por criação seja por acidente vem possibilitando a transmissão de diversos patógenos zoonóticos entre eles estão as bactérias do gênero Chlamydia. Existem várias espécies desse gênero podem parasitar aves, entre elas a Chamydia psittaci,   a qual tem ocorrência frequentemente relatada em pombos e pode causar pneumonia grave em humanos. No entanto, a subnotificação tanto em pombos como em humanos ocorre devido a falta de um diagnóstico preciso e eficaz, uma vez que, não se trata de uma doença de notificação obrigatória em ambas as espécies. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi identificar a presença de C. psittaci. em fezes e amostras de pulmão de pombos domésticos oriundos de Belém do Pará, através do diagnóstico molecular. Foram analisados 45 espécimes de pombos, dos quais 10 (22,2%) tiveram diagnóstico positivo para C. psittaci. Assim, estes resultados apontam que os pombos podem ser reservatórios e, em comparação com outros trabalhos, evidencia a importância de maiores investigações epidemiológicas a fim de esclarecer a dinâmica de disseminação da doença e conduzir a adoção de medidas de controle.

  • JAMILE CASSEB RODRIGUES
  • Análise e sugestões para a leitura do exame da gota espessa no diagnóstico da malária causada por Plasmodium vivax.

  • Data: 28/09/2020
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  • Em humanos, a malária é causada por cinco espécies de protozoários do
    gênero Plasmodium: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P.
    knowlesi. Entre essas cinco espécies que infectam o homem, o P. vivax é a mais
    prevalentes no Brasil. Nas últimas duas décadas, houve expressivo avanço no
    controle da malária, mas ainda há necessidade de realizar estudos que visam
    contribuir com a principal estratégia aplicada para o controle da malária, o
    diagnóstico dos indivíduos infectados. Neste estudo, comparamos os resultados dos
    exames realizados por microscopia, utilizando a técnica da gota espessa (GE),
    conforme as instruções técnicas apresentadas, na forma de texto e tabelas, no
    manual de diagnóstico laboratorial da malária, publicado pelo Ministério da Saúde,
    em 2009. Esse manual apresenta uma tabela de conversão, para quantificar a
    densidade parasitária a partir da leitura semi-quantitativa da GE. No caso de
    infecções por P. vivax, realizamos leituras de 20 GE pelos métodos semi-quantitativo
    (cruzes) e quantitativo (parasitos/mm3). Também analisamos os resultados com a
    quantificação a partir da leitura em cruzes, utilizando a tabela de conversão de
    leitura. Observamos que as faixas de valores utilizadas no manual apresentam
    limites muito amplos, permitindo discordância entre a leitura quantitativa, realizada
    diretamente na lâmina da GE e os valores obtidos com a conversão da leitura semi-
    quantitativa. As nossas análises, indicam a necessidade de revisão na apresentação
    dos resultados expressos em cruzes, bem como a elaboração de uma nova tabela
    de conversão, com a redistribuição das faixas densidade parasitária abaixo de 5.000
    3
    parasitos/mm . As modificações que estamos propondo visam aumentar a acurácia
    no diagnóstico da malária, no âmbito da normatização apresentada no manual disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

  • RAIMUNDO GLÁDSON CORRÊA CARVALHO
  • DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTENCIAL (Aplicativo móvel) PARA INFORME RÁPIDO DE RESULTADOS DE MICROBIOLOGIA A PROFISSIONAIS DA SAÚDE (MICAPP)

  • Data: 21/09/2020
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  • Introdução: A tecnologia móvel é um importante aliado na comunicação em todas as áreas do conhecimento, revolucionando a área da saúde e a forma de lidar com situações envolvendo doentes e profissionais de saúde. Objetivo: Realizar levantamento bibliográfico sobre tecnologias assistenciais para saúde; Desenvolver um modelo para aplicativo móvel que integre o público-alvo na gerência das informações de culturas bacterianas e antibiogramas; Desenvolver modelo para um banco de dados web do MICAPP; Implementar interface web para acesso as funcionalidades do aplicativo móvel; Diminuir o tempo de entrega dos resultados de culturas bacterianas. Metodologia: A tecnologia foi desenvolvida em quatro etapas: 1ª diagnóstico situacional; 2ª revisões de literatura; 3ª Identificação dos critérios técnicos e público alvo; 4ª Construção da tecnologia. O aplicativo móvel (MICAPP) foi construído na plataforma Firebase, usando Firebase Real Time. Resultados: foi desenvolvido um aplicativo móvel com três camadas, a camada 1 representa o banco de dados; camada 2 representa a firebase; camada 3 representa o usuário. Uma interface de navegação com 5 opções: Antibióticos, onde localizam-se os nomes dos antibióticos; Bactérias, onde encontram-se nomes de gêneros e espécies bacterianas; Informações do paciente, onde situam-se  as informações de cadastros do paciente; Pedidos, onde encontram-se os resultados dos exames; e Alertas onde localizam-se as mensagens e de onde se dispara  os  alertas. Discussão: atualmente as tecnologias de informação e comunicação utilizadas em saúde possibilitam estruturar e processar dados em tempo real, além de permitir o compartilhar entre colaboradores envolvidos em assistência saúde (GUIMARAES et al., 2012). Este estudo corrobora com a ideia de Guimarães, pois o MICAPP compartilha informações em menor tempo em relação as práticas atuais em laboratórios, a ferramenta recebe e organiza dados em tabelas estruturadas com concentração inibitória mínima, interpretação de resistentes e sensíveis. Conclusão: A construção do aplicativo trará benefícios aos profissionais de saúde e pacientes no que se refere a infecção bacteriana, uma vez que o mesmo possui recursos para processar, armazenar e compartilhar informações. 

  • NATALIA RODRIGUES MARQUES
  • Validação dos intervalos de referência hematológicos e bioquímicos estabelecidos para
    espécie canina.

  • Data: 28/02/2020
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  • Os exames hematológicos e bioquímicos, auxiliam no diagnóstico e prognóstico de várias doenças veterinárias. Para correta interpretação desses exames é indispensável que os intervalos de referência (IRs) estabelecidos para a espécie sejam comparados com os resultados dos pacientes. Dessa forma, é importante que esses intervalos sejam confiáveis e, de preferência, estabelecidos por cada laboratório. A determinação de IRs próprios é um processo demorado, trabalhoso e oneroso. Assim, uma alternativa é validar os já estabelecidos e disponíveis na literatura. A metodologia proposta pelo CLSI já foi utilizada para cães, e a American Society for Clinical Veterinary Pathology (ASCVP) disponibiliza recomendações para orientar a determinação e validação de IRs para espécies animais. No Brasil os IRs hematológicos e bioquímicos utilizados rotineiramente para cães foram estabelecidos há bastante tempo em outras regiões geográficas e, provavelmente, não retratam a realidade atual. Assim, os objetivos do trabalho foram: validar IRs para hematologia e bioquímica sanguinea de cães criados na Amazônia Oriental e estabelecer, para os parâmetros não validados, novos IRs. Foram utilizadas amostras de 44 cães adultos clinicamente saudáveis, de diferentes raças e sexos. Para validação foi usada a metodologia proposta pelo CLSI e na determinação dos IRs dos parâmetros não validados utilizou-se metodologia estatística proposta pela ASCPV. Foram submetidos ao processo de validação um total de 25 parâmetros (13 hematológicos e 12 bioquímicos). Desse total, seis (24%) parâmetros não foram validados (Hemoglobina, CHGM, eosinófilos, linfócitos, albumina e Gama-gt) e para estes foram estabelecidos novos intervalos. Para a maioria dos parâmetros hematológicos e bioquímicos os IRs estabelecidos previamente na literatura ainda são válidos para utilização em cães criados na Amazônia Oriental. Para os parâmetros não validados, apenas para eosinófilos e linfócitos recomendamos que outros trabalhos, com um número maior de animais, sejam realizados para estabelecer novos IRs. Os IRs estabelecidos para hemoglobina, CHGM, albumina e GGT podem ser utilizados em substituição aos intervalos antigos.

2019
Descrição
  • JANAINA FIGUEIRA DA SILVA
  •  Implantação de protocolo para dosagem de enzimas em amostras de sangue impregnado em papel filtro para diagnóstico de doenças lisossômicas de depósito.


  • Data: 10/12/2019
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  • Introdução: As Doenças Lisossomais de Depósito (DLD) representam um grupo de pelo menos 50 entidades genéticas distintas, cada uma delas resultante de deficiência de uma atividade proteica particular, sendo que, este número aumenta à medida que novas doenças são caracterizadas do ponto de vista genético e bioquímico. Neste sentido, as amostras de sangue impregnado em papel filtro (SIPF) vem sendo utilizadas como forma de triagem de novos pacientes com DLD. Todavia, este ainda não é utilizado como forma de diagnóstico final. Objetivo: Implantação de protocolo para investigação de DLD baseado na técnica de dosagem enzimática em amostras de sangue impregnado em papel filtro (SIPF). Materiais e métodos: Foram coletadas amostras de sangue total para a obtenção de SIPF. O grupo controle foi constituído de amostras de 30 indivíduos saudáveis (18 a 50 anos), de ambos os sexos e 30 amostras de recém-nascidos. Além de amostras previamente selecionadas de indivíduos com diagnóstico realizado no LEIM/UFPA para patologias referentes a algumas enzimas presentes no estudo. Para a análise das enzimas foram utilizados o método descrito por Civallero, et al., (2006). Os resultados forem expressos em média ± desvio padrão. Resultados: A partir das análises das atividades enzimáticas, foi possível estabelecer os valores de referência para indivíduos adultos normais e também para recém-nascidos. Não foi possível estabelecer valores de referência para alguns dos indivíduos diagnosticados com DLD devido ao tamanho amostral ser muito pequeno nesse estudo. A partir dos resultados obtidos das dosagens enzimáticas, foi possível perceber que em 8 das enzimas analisadas (66%), houve diferença estatísticamente significantes entre amostras de indivíduos adultos e recém-nascidos (p< 0,005). Conclusão: No presente estudo foi possível padronizar o protocolo de investigação para DLDs a partir da utilização de amostras de SIPF, além de estabelecer valores de referência para controles normais adultos e recém-nascidos. O estabelecimento desses valores demonstra a importância de estudos como estes, visto que a necessidade de técnicas que auxiliem a triagem e diagnóstico de DLD de forma precoce é crucial para o estabelecimento de um tratamento preciso, bem como a promoção da qualidade de vida do paciente.

  • RITIANE SENA CAETANO
  • Avaliação do diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus linfotrópico-T humano 1
    (HTLV-1) e 2 (HTLV-2) em um serviço de extensão universitária.

  • Data: 11/06/2019
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  • Introdução: O vírus linfotrópico T humano do tipo 1 (HTLV-1) está associado
    principalmente a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (LLcTA) e a Paraparesia
    Espástica Tropical ou Mielopatia Associada ao HTLV-1 (PET/MAH). O HTLV-2
    raramente está associado a quadros de doenças neurológicas e leucêmicas. A Região
    Amazônica é considerada endêmica para o HTLV, principalmente o Estado do Pará
    que se destaca como o terceiro do país com a maior prevalência da infecção pelo
    HTLV-1. Objetivo: Comparar o desempenho dos métodos moleculares no
    aprimoramento do diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-1/2 em um serviço
    de extensão universitária. Materiais e Métodos: Para a detecção de anticorpos anti-
    HTLV-1/2 utilizamos o Kit ELISA como teste de triagem. Realizamos a separação de
    leucócitos do sangue periférico, extração de DNA, amplificação e detecção do DNA
    proviral pelos métodos de PCR convencional (nested-PCR) e PCR em tempo real (RT-
    PCR e RT-PCR multiplex). Resultados: O método ELISA apresentou a maior
    sensibilidade (92,5%), seguido da nested-PCR (89,6%), RT-PCR (89,6%) e RT-PCR
    multiplex (88,05). Quanto à especificidade, a nested-PCR apresentou (100%), RT-PCR
    multiplex (98,6%), RT-PCR (97,9%) e ELISA (87,2%). Conclusão: A nested-PCR se
    mostram como melhor opção de método molecular na confirmação da infecção pelo
    HTLV-1 e HTLV-2, com o auxílio da RT-PCR nos casos discordantes frente ao
    ELISA, na rotina diagnóstica de um serviço de extensão universitária.

  • JESSICA SABRINA CORDEIRO PARENTE
  • DESENVOLVIMENTO DE UMA PCR MULTIPLEX PARA A DETECÇÃO DA INFECÇÃO GENITAL PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV),  HERPESVÍRUS HUMANO (HHV) TIPO 1 E TIPO  2.

  • Data: 10/04/2019
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  • Introdução: O Papillomavírus humano (HPV), e os Herpesvírus humano 1 e 2 (HHV-1 / HHV-2) apresentam semelhanças entre si, como a capacidade de permanecer latente e causar infecções recorrentes. Os testes comumente realizados para o diagnóstico destes patógenos e considerados como padrão ouro, não apresentam uma alta sensibilidade para todos os tipos de infecções. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi padronizar a metodologia de PCR multiplex para a detecção da infecção genital pelo HPV, HHV- 1 e 2. Material e Métodos: Para a realização dos testes de PCR utilizamos os iniciadores MY09/MY011 para amplificação da região ORF-L1 do HPV, H1P32/H1M32 para a região RL-2 do HHV-1, e H2M40/H2P4 para a região UL-28 do HHV-2. Empregamos DNA extraído de cultivo celular como controle positivo para HHV-1 e 2, e para o HPV utilizamos DNA extraído de amostras cérvico-uterinas provenientes de um biobanco. Primeiramente, realizamos uma PCR singleplex para cada vírus, para posterior padronização da PCR multiplex, onde utilizamos três protocolos com volumes finais de 25 μL, 50 μL e 100 μL diferentes a fim de observar o melhor padrão de amplificação simultânea. Resultados: Após analisar o resultado da amplificação dos três protocolos, escolhemos o protocolo com volume final de 25 μL, e realizamos diversos testes para otimização das condições de reação e de ciclagem. Dentre estes testes, observamos a amplificação simultânea dos três vírus ao ajustar a concentração de dNTPs, cloreto de magnésio, Taq DNA polimerase, e dos iniciadores. Além disso, a concentração de DNA dos controles foi ajustada ao longo dos testes realizados, onde observamos um limiar de detecção mínimo para HHV-1 de 8.4 ng, para HHV-2 de 28.4 ng, e para o HPV de 136.8 ng. Conclusão: Nossa técnica é capaz de detectar e distinguir cada vírus em baixas quantidades de DNA. Nossos resultados corroboram acordo com diversos estudos na literatura que estabelecem um protocolo com soluções práticas para a otimização da PCR multiplex, e resolução dos problemas comumente encontrados. A aplicação desta protocolo em uma amostragem cérvico-uterinas recém coletadas, é essencial para a validação do método.

  • ROSEANE DE NAZARE MOURA VIEIRA
  • FREQUÊNCIA DE Escherichia coli COM PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS ISOLADAS DO AMBIENTE HÍDRICO URBANO DO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ.

  • Data: 27/03/2019
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  • INTRODUÇÃO: A água que é um recurso natural indispensável para a manutenção da vida do homem e dos seres vivos em geral. É importante para as atividades econômicas, comodidade e segurança das sociedades, tornando-se necessário que o seu acesso seja em quantidade e qualidade adequada. No entanto, sua qualidade está sendo cada vez mais comprometida pelo processo de urbanização geralmente desordenada e diferentes atividades antrópicas, destacando a agropecuária. Com a falta de tratamento do esgoto sanitário ocorre o aumento na concentração de microrganismos patogênicos na água, inclusive os resistentes a medicamentos, especificamente aos antibióticos, que são amplamente prescritos para combater infecções bacterianas de origens diversas. A pressão seletiva exercida pelo uso do antibiótico ocasionou o surgimento de bactérias resistentes e o ambiente aquático favorece a disseminação de genes de resistência aos antibióticos, constituindo-se em problema atual de saúde pública e ambiental. OBJETIVO: Desse modo, o objetivo desse trabalho foi verificar o perfil de resistência de E. coli frente aos antibióticos β-lactâmicos, além de identificar os isolados que produziram beta-lactamases de espectro estendido (ESBL). METODOLOGIA: Foram analisadas amostras de águas superficiais oriundas de diferentes cursos d’água (rio, lago e praia), coletadas no período de abril/2017 a outubro/2018. A análise microbiológica das amostras de água foi realizada através da técnica do Substrato Cromogênico Definido ONPG-MUG. E após a obtenção dos isolados de E. coli, foram realizados os testes fenotípicos de identificação bioquímica e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. RESULTADOS: Dos 70 isolados de E. coli examinados 25 (36%) demonstraram resistência a pelo menos um dos β- lactâmicos testado. Destaca-se que do total de cepas com perfil de resistência, 32% eram procedentes do lago Água Preta (Utinga), 28% da praia do Farol, 28% da praia do Murubira e 12% do rio Guamá. O antibiótico em que os isolados demonstraram maior resistência foi a Ampicilina 15 (21%) e um percentual de 36% demonstraram multirresistência. Ressalta-se que a presença de bactérias multirresistentes no ambiente aquático principalmente aquelas que carregam genes de resistência a antibióticos utilizados, particularmente no ambiente hospitalar, é uma preocupação constante já que estes ambientes favorecem a troca de material genético entre diferentes espécies de bactérias. CONCLUSÃO: Por fim, os resultados deste estudo corroboraram com vários autores que enfatizam a necessidade de monitoramento sistemático do ambiente aquático, uma vez que são os principais receptores de esgotos não tratados de grande parte das cidades, constituindo-se em risco para a saúde humana e ambiental.

  • THAIS COSTA BRITO
  • Pesquisa de anticorpos para o Vírus linfotrópico T de primata em primatas não humanos criados em cativeiro

  • Data: 21/02/2019
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  • O Primate T-lymphotropic virus é um Retrovírus que tem como característica a afinidade por linfócitos T. Uma pequena porcentagem da população de primatas não humanos infectada por este vírus desenvolve a doença, podendo levar os animais à óbito durante meses na sua forma linfomatosa. Apesar de estudos demonstrarem a resistência de células leucocitárias frente à infecção causada pelo vírus, as mesmas sofrem constantes mutações e, assim, modificações durante a transcriptase reversa, fazendo com que estes sejam cada vez mais difíceis de serem combatidos. O objetivo do trabalho foi verificar a presença de anticorpos para o Primate T-lymphotropic virus na atual colônia de primatas não humanos mantidas no Centro Nacional de Primatas. Peptídeos específicos do Vírus Linfotrópico de Células T Humano (HTLV-I e HTLV-II) em Ensaio Imunoenzimático – ELISA foram empregados para a detecção de anticorpos para o referido vírus, as amostras positivas foram confirmadas por western blot.  Do total de amostras de soro sanguíneo das espécies coletadas, 22,45% (11/49) apresentaram positividade nos testes sorológicos. A análise de anticorpos contra o Primate T-lymphotropic virus nos presentes primatas não humanos indicam a provável presença do vírus nesses animais.

  • GEORGE FRANCISCO SOUZA SANTOS
  • ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E ELETROENCEFALOGRÁFICAS PROVOCADAS PELA INTOXICAÇÃO POR LIDOCAÍNA EM RATOS WISTAR.

  • Data: 06/02/2019
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  • Os anestésicos locais foram descobertos em 1860, quando Nieman extraiu cocaína das folhas de Erythroxylon coca, sendo utilizada pela primeira vez em 1884 para realizar anestesia tópica do olho. Em 1943, a lidocaína, derivada do ácido dietil-aminoacético, foi sintetizada por Löfgren, dando início ao uso dos anestésicos locais do tipo amida, os quais são tidos como relativamente isentos de reações alérgicas. São substâncias que atuam sobre a membrana celular e bloqueiam reversivelmente a condução nervosa, sendo possível a completa recuperação. O mecanismo de ação dos anestésicos locais consiste em interromper a condução do estímulo nervoso bloqueando a condutância dos canais de sódio e, desta forma, impedindo o surgimento do potencial de ação. Tal ligação dos fármacos aos canais de sódio depende da conformação do canal. Em relação à toxicidade, afirma-se que as principais membranas a considerar são as do sistema nervoso central e coração levando em consideração o fato de quanto maior a potência, maior a toxicidade do anestésico local sendo que a sensibilidade do sistema nervoso central é maior que a do cardiovascular. Existem evidencias claras de correlação entre intoxicação por anestésicos locais e padrões convulsivos específicos sendo rara a padronização eletroencelográfica dessas, bem como escassez de informações a respeito destes padrões convulsivos, tanto em cenário nacional quanto internacional. Este estudo visa estabelecer os parâmetros comportamentais e encefalográficos da convulsão induzida pela dose tóxica de lidocaína e a resposta aos anticonvulsivantes em ratos. O estudo será realizado no laboratório de toxicologia e farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, sendo utilizados 63 ratos albinos wistar adultos, provenientes do Biotério do Laboratório de Toxicologia e Farmacologia, sob condições de livre acesso à água e alimentação, assim como temperatura ambiente constante e ciclo claro-escuro preestabelecido. Os Ratos serão divididos em sete grupos de 9 espécimes, pretendendo observar e avaliar 4 variáveis: o estado comportamental, padrão eletroencefalográfico, padrão eletromiográfico e padrão eletrocardiográfico.

     

2018
Descrição
  • MARIA SILVANA PINTO LOPES
  • AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS TOXICOLÓGICOS, BIOQUÍMICOS, HISTOPATOLÓGICOS E ELETROENCEFALOGRÁFICOS RELACIONADOS À UTILIZAÇÃO DO DECOCTO DAS CASCAS DE Himatanthus sucuuba.

  • Data: 19/12/2018
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  • A utilização das plantas medicinais com finalidades terapêuticas e profiláticas para várias doenças é uma das práticas médicas mais antigas existentes, sendo desta forma propagada de geração em geração. Elas produzem uma grande variedade de substâncias químicas que constitui recurso terapêutico relevante para uma parcela significativa da população mundial que, não tem acesso aos medicamentos industrializados. Apesar de sua vasta utilização, seu perfil tóxico e possíveis alterações nos exames laboratoriais como hemograma e testes de bioquímica de rotina, muitas vezes não são bem conhecidos, gerando desta forma a necessidade de estudos visando à minimização de efeitos colaterais e toxicológicos. Faz parte deste grupo a Himatanthus sucuuba (Sucuuba, Ucuuba e Sucuba) que na Amazônia Brasileira, que tem as cascas empregadas no tratamento de úlceras gástricas No entanto, a literatura revela grande escassez de estudos de caráter toxicológico relacionado à Sucuuba, tornando promissora a descrição da toxicidade subcrônica e sua relação direta à alguns parâmetros laboratoriais, possíveis alterações anatopatológicas (de órgãos como fígado, rins e parte duodenal intestino), bem como, de possíveis alterações do perfil eletrofisiológico relacionada ao uso desta planta medicinal. Objetivos: Avaliar parâmetros toxicológicos: frente o Bioensaio de toxicidade para larvas de Artemia salina, avaliação subcrônica com análise de parâmetros hematológicos, bioquímicos e histopatológicos e eletroencefográficos relacionados ao uso do decocto da casca de Himatanthus sucuuba em ratos wistar via registro de frequências até 50 Htz. Materiais e métodos: Após a obtenção do material biológico, foi obtido o decocto das cascas, que posteriormente foi liofilizado - LHS. Bioensaio de toxicidade para as larvas de Artemia salina nas concentrações de 1, 10, 100 e 1000 ppm foram avaliadas. Avaliação do perfil toxicológico subcrônica: O grupo I (n=15) foi utilizado como controle dos testes bioquímicos e hematológicos e foi comparado ao grupo II (n=15) que recebeu o LHS na dose de 3mg/Kg -30 dias. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e a coleta de sangue e órgãos foi imediatamente efetuada para a avaliação de parâmetros hematológicos bioquímicos e histopatológicos (por coloração HE), respectivamente. Na avaliação dos parâmetros eletroencefalográfico, foi realizada a cirurgia de implante de eletrodo em dois grupos: Grupo I controle(n=10) e II Grupo tratado (n=10) com LHS (3mg/Kg) de forma repetida: 30 minutos, 24, 48, 72 horas. Posteriormente um segundo designer experimental avaliou o efeito das doses 30, 300 e 600mg/kg frente ao quadro excitatório convulsivo induzido por pentilenotetrazol 60 mg/Kg, sendo incluído no protocolo experimental o controle positivo com benzodiazepínico Diazepam na dose 5 mg/kg para efeitos comparativos.  As leituras eletroencefalográficas foram efetuadas no mesmo período supracitado. Os dados foram posteriormente analisados uma ferramenta foi construída usando a linguagem de programação Python versão 2.7. As analises estatísticas foram efetuadas com utilização do software Graph Pad Prism 5.0 ®. Resultados e Discussão: Não foram observadas alterações toxicológicas nos ensaios de viabilidade de artemias salinas e nem nos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados no estudo subcrônico de exposição a doses repetidas de LHS 3mg/kg. A ausência de alterações morfológicas observada pela análise histológica de cortes de fígado, rim e porção do duodeno corrobora com os resultados obtidos nas análises clinicas e com poucos estudos descritos com extratos desta planta. Quanto aos estudos eletroticografico, esta dose não apresentou resultados diferentes do controle, no entanto numa analise ampliada de doses as 300 e 600mg/kg foram capazes de promover uma ação anticonvulsivante frente a indução de convulsões por PTZ 60mg/kg e comparada ao expressa por Diazepam 5mg/kg nas mesmas condições. Esta ação deve estar relacionadas a presença do conjunto de metabolitos secundários presentes que possuam potencial anticonvulvivante bem como a grande capacidade antioxidante da mesma, uma vez que é presente a formação de EROS neste modelo com PTZ. Conclusão: Estes resultados sugerem uma segurança associada a dose etnofarmacologica utilizada para desordens digestivas para os parâmetros avaliados e apresenta a Himanthatus sucuuba como uma planta promissora para o desenvolvimento de fitofármacos que possam ser desenvolvidos visando ação anticonvulsivante principal ou complementar em protocolos de tratamento.

  • MARIA DE FATIMA FERNANDES RENDEIRO
  • PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS INTERNADAS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM BELÉM, PARÁ, BRASIL.

  • Data: 28/09/2018
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  • A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um importante problema de saúde pública mundial e pouco se conhece acerca do número e dos motivos de internação hospitalar na Região Norte do Brasil. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil clínico-epidemiológico de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) admitidas no Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém, Pará, assim como os principais motivos de internação hospitalar. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo no qual foram incluídos PVHA maiores de 18 anos, de ambos os sexos, admitidos no HUJBB no período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017, sendo que os dados foram coletados dos prontuários médicos. Ocorreram 353 internações nesse ano, das quais foram excluídas do estudo 113 por não contemplarem os critérios de inclusão. Entraram no estudo 240 internações, das quais oito foram readmissões no ano de 2017. A média de idade das PVHA foi de 41,1 anos, sendo que a maioria (65,4%) era homens. Em 53,7% dos prontuários médicos não há relato de comorbidades associadas e 16,6% mencionam doenças relacionadas ao sistema digestivo, seguido pelo sistema respiratório. Foi observado que 37,7% das PVHA relatou abandono ou uso irregular de terapia antirretroviral. As doenças oportunistas mais relatadas nos últimos três meses anteriores a internação neste estudo foram as infecções bacterianas, seguidas por fúngicas, virais, parasitárias, inespecíficas e neoplásicas. Foi observada associação entre o tempo de internação e o seu desfecho, assim como entre este e o abandono da terapia. Desta forma, foi observada que as não adesão à terapia antirretroviral, associada ao provável diagnóstico tardio da infecção pelo HIV são fatores importantes para aumentar as chances de comorbidades e a necessidade de internação hospitalar em Belém.

  • MÁRCIA CAROLINE BAHIA RODRIGUES
  • Estruturação e Organização do Laboratório de Micologia do Ambulatório de Dermatologia do Centro de Saúde Escola do Marco/Belém-Pará.

  • Data: 09/08/2018
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  • Laboratórios de análises e pesquisas clínicas são estabelecimentos destinados à coleta e ao processamento de material humano visando a realização de exames e testes laboratoriais. O diagnóstico de uma infecção fúngica tem por base a combinação de dados clínicos e laboratoriais. Tendo em vista a importância do diagnóstico micológico, este estudo teve a finalidade de apontar os requisitos básicos necessários para a implantação de um laboratório de micologia. A estruturação, organização e implantação do laboratório de micologia foi baseado nos requisitos exigidos pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Saúde e demais normas reguladoras específicas. Todo processo do laboratório de micologia foi realizado em cinco etapas: levantamento de informações bibliográficas, limpeza e organização física do laboratório, elaboração de documentos, organização de equipamentos e material de consumo e implantação dos testes laboratoriais para o diagnóstico micológico. Entretanto, a carência de literatura sobre implantação de laboratório dentro de instituições de ensino público fez com que essa proposta fosse desenvolvida a partir da elaboração do projeto de pesquisa intitulado Estruturação e Organização do Laboratório de Micologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade do Estado do Pará. De maneira geral, a estruturação, organização e implantação do laboratório de micologia dentro de uma universidade pública resultou em impactos positivos, os quais foram relacionados com diversas melhorias na questão de infraestrutura, no âmbito de prestação de serviços, qualidade dos exames, rastreamento de pacientes e desenvolvimento de pesquisa.

  • CAMILA DOS SANTOS BRITO
  • ANÁLISE HEMATOLÓGICA DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSES (MPS) NO ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 12/06/2018
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  • Introdução: As mucopolissacaridoses (MPS) dentre os erros inatos do metabolismo (EIM) são doenças de depósito lisossômico (DLD) causadas devido a deficiência de enzimas lisossomais necessárias para degradação dos glicosaminoglicanos (GAG). A célula, e consequentemente o tecido “incham”, causando organomegalia típica e outras características morfocelulares. Devido a deficiência enzimática os GAG não degradados se acumulam no citoplasma e são evidenciados como granulações ou inclusões metacromáticas circundadas por um espaço claro nos linfócitos e neutrófilos, essa granulação é conhecida como anomalia de Alder-Reilly. Objetivos: Foram verificadas alterações hematológicas quantitativas e qualitativas além da morfologia celular de pacientes com MPS diagnosticados no estado do Pará. Materiais e Métodos: O hemograma automatizado dos pacientes e do grupo controle foi realizado no equipamento BC 6800 MINRAY. Foram analisados eritrograma, leucograma, plaquetograma e a morfologia celular destes pacientes em comparação com um grupo controle e alterações. Todas as amostras de pacientes passaram por análise em hematoscopia. Resultados:  Os resultados encontrados neste estudo sugerem que pacientes com MPS apresentam resultados quantitativos de hemograma normais em comparação com o grupo controle e de acordo com os intervalos de referência adotados e qualitativamente podem ser evidenciadas alterações morfológicas que foram sinalizados pelo analisador hematológico automatizado BC 6800 em forma de flag para a série branca e não geram dispersão anormal de scattergrama. Conclusão: Não é possível correlacionar o perfil clínico do paciente pelo tipo de MPS e o estado de saúde clínico deste com a presença da alteração morfológica, as granulações de Alder-Reilly, pois a mesma foi evidenciada em tipos diferente de MPS (II em linfócitos e VI em neutrófilos) com pacientes de fenótipos clínicos semelhantes.

  • RAIMUNDA HELENA FEIO PITANGA
  • CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-MOLECULAR DE PACIENTES COM DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE EM SERVIÇO ESPECIALIZADO NO ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 05/06/2018
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  • As doenças neuromusculares (DNM) representam um grupo de doenças raras, que comprometem a unidade motora. Existem vários tipos de distrofia muscular, dentre elas a distrofia muscular de Duchenne (DMD) sendo a mais frequente. Esta é geneticamente determinada, com padrão de herança recessiva ligada ao X, a qual se caracteriza por enfraquecimento muscular, progressivo e simétrico, observado clinicamente a partir do terceiro ou quarto ano de vida, constituindo-se como consequência da mutação no gene DMD, levando a ausência ou deficiência da proteína distrofina. O diagnóstico é determinado a partir de anamnese, exame neurológico e dosagem das enzimas musculares, principalmente da CK (creatinoquinase), que apresenta aumento de até 300 vezes. Além disso, a pesquisa molecular deve ser realizada da forma mais precoce possível, para que a partir da identificação das mutações, o aconselhamento genético possa ser fornecido à família, aplicado também a correlações genótipo-fenótipo, prognóstico e estratégias de novos tratamentos especifico para  determinadas mutações no gene DMD.  No presente trabalho, foi realizada a coleta de dados clínicos, laboratoriais e genéticos, com base nos prontuários de 25 pacientes com diagnóstico de DMD, totalizando 21 famílias, atendidas no ambulatório de Neurogenética, vinculado à unidade de saúde da criança e adolescente do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS / UFPA), no período de 2012 a 2018, com o objetivo de caracterizar o perfil clinico-molecular destes indivíduos. Em 68%, as primeiras manifestações da doença ocorreram até os quatro anos de vida e a média de idade de acesso ao serviço especializado foi de 9,9 anos, idade tardia para se iniciar tratamento e manejo adequado. 52% dos casos apresentam recorrência familiar e apenas 24% dos pacientes são da capital. É imprescindível salientar que, todos os sujeitos em questão realizaram pesquisa molecular, entendendo-se que 48% possuem grandes mutações e 52% pequenas mutações, sendo estes resultados discordantes da literatura. Os pacientes foram divididos em dois grupos: com mutação proximal e distal, comparado a sua evolução clínica e mostrando que as mutações proximais estão relacionadas com fenótipos mais brandos do que as distais. Três dos 25 pacientes, recebem o tratamento especifico, que só foi viável devido a identificação da mutação nonsense. Desta forma, este trabalho vem reiterar que o conhecimento do perfil clinico-molecular nos pacientes com DMD, é fundamental para a tomada de decisões e indicação de terapias especificas para determinadas mutações, adjunto ao objetivo de agregar dados na literatura, mapeando as características moleculares de pacientes com DMD que habitam na Região Norte do Brasil.

  • RICARDO AUGUSTO DE BARROS DOMINGUES
  • ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS TREPONÊMICOS E NÃO TREPONÊMICOS PARA A TRIAGEM SOROLÓGICA DE SÍFILIS EM DOADORES DE SANGUE ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HEMOPA.

     

  • Data: 05/06/2018
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  • A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum, mundialmente endêmica com maior incidência em países subdesenvolvidos. Apresenta-se por característica de sinais e sintomas o cancro duro e é classificada em várias fases de evolução: sífilis primária, latência, secundária e terciária. Há preocupação na transmissão da sífilis por transfusões sanguíneas, acarretando em esforços para minimizar cada vez mais esse risco. Portaria de consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde, anexo IV, diz que a triagem de sífilis deve ser realizada através da detecção de anticorpo treponêmico ou não treponêmico, não determinando um teste padrão para a triagem, deixando á critério de cada hemocentro a escolha da metodologia. Não há unanimidade sobre qual dos testes é o mais adequado/seguro para a triagem de sífilis em doadores de sangue. O objetivo deste trabalho foi comparar diferentes métodos de triagem de sífilis em banco de sangue, avaliando vantagens e desvantagens. Foram testadas 64 amostras de proficiência positivas, 114 amostras de proficiência negativas e 381 amostras aleatórias da rotina do banco de sangue do HEMOPA por Rapid Test Reagin e Quimioluminescência, e ELISA nas amostras positivas para quimioluminescência do grupo das aleatórias. Do total de 381 amostras aleatórias, cinco tiveram resultado discordante entre os testes treponêmicos e não treponêmicos, podendo representar cicatriz sorológica ou início de infecção. Faz-se necessário a realização de mais estudos que avaliem as diferentes metodologias, visando à segurança transfusional aliada com a realidade orçamentária dos bancos de sangue brasileiros.

  • FABIANA REGINA RIBEIRO CARVALHO
  • Frequência de hemolisinas anti-A e anti-B entre doadores de sangue do grupo sanguíneo “O” do Hemocentro Coordenador da Fundação Hemopa.

  • Data: 30/05/2018
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  • O Sistema ABO é o sistema sanguíneo mais importante na prática transfusional, sendo constituído pelos antígenos A e B  presentes na membrana eritrocitária e pelos anticorpos anti-A e anti-B presentes no soro dos indivíduos. Quando estes anticorpos se apresentam em altos títulos e ocasionando hemólise intravascular, são denominados hemolisinas. O trabalho teve como objetivo determinar a frequência de doadores perigosos (com hemolisinas) e os não perigosos em doadores da Fundação Hemopa (sede), descrever a frequência anti-A e anti-B e correlacionar os títulos desses anticorpos com o grau de hemólise detectado. Foram analisadas 1002 amostras de soro de doadores de sangue do grupo “O” no período de junho de 2017 a março de 2018, utilizando o teste de hemólise a 37°C e a titulação dos anticorpos. O teste de hemólise revelou 84% de doadores perigosos (com hemólise em qualquer grau) e 16% não perigosos (sem hemólise). No grupo de doadores perigosos, verificou-se que 54,3% estavam associados à hemólise total em ambos os anticorpos e 49,3 % estavam associados à hemólise parcial também em ambos os anticorpos. Foi observado ainda, que 68% apresentaram hemólise em anti-A e anti-B, 24% apresentaram hemólise no anti-A e 8% no anti-B. Na titulação dos anticorpos, para o anti-A, a maior frequência observada foi nos títulos 1/8 (20%) e 1/16 (21%). Na titulação do anti-B a maior frequência também foi em 1/8 (27%) e 1/16 (17,5%). Das 1002 amostras do estudo, em 123 foram realizados os mesmos testes nos seus respectivos hemocomponentes para uma comparação de resultados. Sendo 20 aféreses de plaquetas, 24 plaquetas randômicas (CP5) e 16 pools de buffy coat (15 unidades contendo amostras de cinco doadores e uma unidade contendo quatro). Os resultados revelaram que houve significância estatística nos testes de aféreses de plaquetas e de CP5 quando comparadas aos testes das respectivas amostras. Nos buffy coats, foi observado uma diluição dos anticorpos no resultado final do hemocomponente. Concluiu-se que ao se correlacionar os resultados do teste de hemólise com a titulação dos anticorpos, observou-se que eles não se correlacionam. O anticorpo anti-A demonstrou ser mais hemolítico que o anti-B e que os testes realizados nos hemocomponentes sugerem um resultado mais seguro do que os realizados nas amostras dos doadores correspondentes.

  • MONIQUE SUELLEN LIMA DA SILVEIRA
  • MICRORNAS COMO BIOMARCADORES EM INFECÇÕES

  • Data: 29/05/2018
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  • Os miRNAs são moléculas de ~22 nucleotídeos de RNA não-codificantes que regulam a expressão de genes alvos no nível pós-transcricional por repressão translacional ou degradação de RNAs mensageiros. Desempenham um papel significativo nos mecanismos reguladores, na diferenciação celular, tumorigênese, apoptose e proliferação celular. Alterações nos níveis de expressão de miRNAs podem levar a um desequilíbrio no mecanismo de regulação pós-transcricional da expressão gênica que pode estar relacionado com a origem e progressão de diferentes patologias. Estudos têm constatado que miRNAs podem ser muito úteis para auxiliar no diagnóstico, prognóstico e monitorização da resposta terapêutica nessas doenças. A presença e a estabilidade de miRNAs em fluidos biológicos demonstram sua capacidade de contribuir como potenciais biomarcadores em diversos quadros clínicos, várias abordagens podem ser usadas para detecção como: PCR quantitativa de transcrição reversa (qRT-PCR), métodos baseados em hibridização e sequenciamento de nova geração. A expressão de miRNAs encontra-se alterada em várias doenças e com o avanço da tecnologia é possível manipular a expressão injetando miRNAs similares ao uso de mRNAs antissense e RNAi. Nesse estudo, buscou-se identificar por meio de revisão sistemática da literatura e de bancos de dados, miRNAs associados a doenças infecciosas que possam ser usados como biomarcadores diagnósticos e prognóstico/preditivos. Os artigos foram selecionados visando analisar o papel de miRNAs nos contextos de: progressão e manutenção da infecção, diagnóstico, prognóstico e possíveis terapias; a discussão se baseou em demonstrar por quais mecanismos os miRNAS estão envolvidos nesses quadros. Os artigos escolhidos versaram sobre a relação de miRNAs com as infecções virais (HBV, HCV, HIV, HTLV, Influenzae, Dengue, HPV, Ebola, Herpes, Adenovírus, Enterovírus e Epstein bar), infecções bacterianas (Micobacterium tuberculosis, Helicobacter pylori e Pseudomonas aeruginosa), infecções parasitárias (Schistosoma japonicum) e por Cryptosporidium parvum. A partir da análise e discussão do papel dos miRNAs citados no trabalho, atestou-se que os mesmos podem integrar painéis de expressão para quadros infecciosos confeccionados a partir de uma análise exploratória teórica, que podem ser elaborados levando em conta as especificidades e particularidades de cada infecção. A possibilidade da detecção desses miRNAs em fluídos corporais facilita que esses painéis sejam incorporados futuramente na prática e rotina dos laboratórios, podendo auxiliar no diagnóstico e prognóstico de pacientes acometidos por infecções.

  • SAIDE MARIA SARMENTO TRINDADE
  • Variabilidade da resposta clinica e metabolismo da hidroxiuréia: correlação com os haplótipos do gene HBB*S, hemoglobina fetal e gene CYP2J2 em pessoas com doenças falciformes no Estado do Pará.

  • Data: 29/05/2018
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  • A anemia falciforme exibe uma grande heterogeneidade clínica que é fortemente influenciada pelos níveis de hemoglobina fetal (HbF) exibido pelos pacientes. A hidroxiureia (HU) é um medicamento que passou a ser utilizado no tratamento da doença devido sua capacidade de indução do aumento dos níveis de produção de HbF em células falciformes, diminuindo assim as tendências de afoiçamento dos glóbulos vermelhos. Normalmente, o início do tratamento ocorre com a administração de HU em doses mínimas, até que os dados hematológicos permaneçam estáveis. Devido esse tratamento causar supressão da medula, a administração da droga é algumas vezes interrompida para permitir a recuperação medular. Por ser um agente mielosupressor, as doses máximas deverão ser clinicadas de maneira cautelosa, pois embora essa dose limite seja importante para acelerar a produção de HbF, ela só deve ocorrer sob rígido controle, uma vez que aumenta a possibilidade de efeitos tóxicos ao organismo do paciente  A HU é o maior avanço terapêutico para o tratamento da anemia falciforme, embora tratamentos adicionais sejam necessários. Isso ocorre porque cerca de 40% dos pacientes não se beneficiará a longo prazo, seja por causa de sua má administração, pela não adesão ao tratamento (pelo paciente) ou ainda ausência de resposta devido a toxicidades causadas pelas reações adversas ao medicamento. A razão para essa variação de respostas ao tratamento ainda é indefinida, mas há evidências de que fatores genéticos interfiram em diferentes vias regulatórias envolvidas no controle da produção de globinas-gama e no metabolismo desse medicamento. Variantes genéticas têm sido investigados em relação a resposta ao tratamento com HU. No presente trabalho, essa investigação poderá mostrar possíveis associações desses polimorfismos em respostas variadas ao tratamento com HU entre os pacientes com anemia falciforme. Serão investigados 100 pacientes que faz uso da HU. A genotipagem desses polimorfismos ocorrerá no Laboratório de Genética Humana e Médica da UFPA, e a obtenção dos dados clínicos ocorrerá em nível de prontuário na Fundação HEMOPA. A longo prazo, esses resultados junto a outros trabalhos que serão realizados, poderão possibilitar uma terapia mais adequada com a utilização mais individualizada do uso da HU, diminuindo os efeitos tóxicos acumulados pelo organismo o que permitirá uma melhor qualidade de vida desses pacientes.

     

  • KEITH TARSILA RODRIGUES FURTADO
  • "PARÂMETROS PARA CRIAÇÃO DE UM PAINEL DE MARCADORES GENÉTICOS PARA PROGNÓSTICO DA ANEMIA FALCIFORME NO ESTADO DO PARÁ: HEMOGLOBINA, HEMOGLOBINA FETAL, VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E ANCESTRALIDADE GENÉTICA".

  • Data: 23/05/2018
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  • A anemia falciforme é a hemoglobinopatia predominante em todo o mundo, e no Brasil é a doença hereditária mais comum. Originou-se na África, e se distribuiu ao redor do mundo, chegando às Américas pela imigração forçada de africanos trazidos ao continente como escravos. A heterogeneidade clínica da doença está relacionada a dois principais processos patogênicos: hemólise crônica, elevada viscosidade/oclusão vascular. Estudos têm mostrado que o a cinética do afoiçamento celular é bastante heterogênea, e diferentes variáveis têm sido descritas afetando a taxa e o grau desses processos de falcização das hemácias. A proporção de hemoglobina fetal (HbF) persistente no organismo tem sido, sem dúvida, o principal achado favorecendo a melhora clínica desses pacientes, e essa vantagem tem sido utilizada de maneira positiva como manejo de tratamento da doença, por meio de sua indução nos pacientes. A hidroxiuréia (HU) é uma droga que tem a capacidade de indução do aumento dos níveis de HbF, porém apesar de benefícios comprovados, ainda há muitas barreiras em relação ao uso desse medicamento, devido os efeitos adversos trazidos pela sua administração. Para a garantia da qualidade de vida dos pacientes com anemia falciforme e auxilio das tomadas de decisões acerca de sua terapêutica são necessários protocolos que possam estabelecer um possível prognóstico para aqueles pacientes que não estão certos sobre a adesão ao tratamento com HU, permitindo assim uma maior segurança por parte do indivíduo. Para criação desse “protocolo” são necessárias exaustivas investigações isoladas acerca de associações gene e parâmetros hematológicos/clínicos para escolha de variantes genéticas que de forma significativa possam mostrar possíveis condutas a partir de prováveis prognósticos individuais. No entanto, essas associações, em populações particularmente miscigenadas, como do estado do Pará, podem ser ainda mais lentas de elucidação, pois o padrão pode diferir de acordo com a subestruturação populacional, mostrando resultados discordantes da maioria de outros estudos realizados. Por isso, o presente trabalho investiga associações de parâmetros hematológicos - como hemoglobina (Hb), volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina fetal (HbF) - relacionados a gravidade da doença, manifestações clínicas e perfil étnico prevalente entre os pacientes com anemia falciforme do estado do Pará, para servir de auxílio em futuros trabalhos que investiguem variantes genéticas prevalentes em grupos étnicos específicos, para busca de associações com a gravidade clínica da anemia falciforme, e, posteriormente, criação de um painel de marcadores que possa refletir o mais provável prognóstico desses pacientes com elevado grau de miscigenação, e que não seguem, de forma clara, o perfil esperado de adoecimento, de acordo com a origem da doença.

  • ANDERSON SALES DE BRITO
  • “GENOTIPAGEM DO SISTEMA DUFFY EM PACIENTES COM PATOLOGIAS RELACIONADAS A MÚLTIPLAS TRANSFUSÕES DE SANGUE ATENDIDOS PELA FUNDAÇÃO HEMOPA - ESTADO DO PARÁ”.

  • Data: 23/05/2018
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  • Com o advento da Biologia Molecular, muitos conceitos imuno-hematológicos estabelecidos anteriormente puderam ser revistos e o sequenciamento dos genes que codificam os sistemas de grupos sanguíneos levou a um progresso no entendimento dos mecanismos moleculares associados à diversidade dos antígenos eritrocitários, como o observado, por exemplo, no sistema Duffy. O sistema é representado pelo símbolo FY, codificado pelo gene FY, localizado no cromossomo 1q22-q23, classificado pela ISBT (International Society of Blood Transfusion) como sistema sanguíneo de número 008, composto por seis antígenos: Fya, Fyb, Fy3, Fy4, Fy5 e Fy6. Na rotina, a determinação do perfil de antígenos eritrocitários em pacientes que recebem múltiplas transfusões é importante na prevenção de aloimunização, todavia através das técnicas convencionais pode existir uma série de limitações que impossibilitam a determinação precisa destes antígenos, como por exemplo, transfusão recente; para estes casos a genotipagem vem se apresentado como uma ferramenta auxiliar na tipagem sanguínea. Neste estudo os principais alelos do sistema sanguíneo Duffy FY*A, FY*B e FY*BES e seus polimorfismos (rs12075 e rs2814778) foram genotipados pela técnica PCR em tempo real (Real Time PCR – metodologia TaqMan) e PCR convencional para indivíduos duplamente heterozigotos. Foram estudados cento e dois pacientes, em sua maioria portadores de hemoglobinopatias, que são atendidos pela Fundação Hemopa. Destes, 18,62% (19) são aloimunizados por diferentes antígenos, sendo o anticorpo anti-E o mais frequente (26,31%). Quinze (14,70%) pacientes apresentavam transfusão recente em intervalo inferior a 120 dias, tendo seus genótipos determinados para os alelos do sistema Duffy e seis (5,88%) pacientes não possuíam fenotipagem eritrocitária definida, mas puderam ter seus antígenos presumidos a partir da análise do seu DNA. Dentre as freqüências fenotípicas e genotípicas na análise global foi encontrado predominantemente Fy(a-b+) e Fy(a+b-) em 31,4% e FY*A/FY*B em 25,5% da população, sendo o alelo mais freqüente FY*A (39%). Houve resultados discrepantes em 11 pacientes, quando correlacionado fenótipo versus genótipo, todavia não atribuída à técnica de análise de DNA. Há inúmeros aspectos importantes relacionados à rotina imuno-hematológica destes pacientes que devem ser considerados e aprendidos pelos profissionais que lidam com este público quando associadas rotinas convencionais e biologia molecular e que são discutidos ao longo do trabalho. Através da pesquisa observa-se que a genotipagem de grupos sanguíneos pode superar as limitações dos ensaios de hemaglutinação e beneficiar pacientes em ambientes hospitalares. Superar mas não substituir, pelo menos por enquanto. A genotipagem é frequentemente usada para pacientes que necessitam de transfusão crônica, como aqueles com doença falciforme ou talassemia, uma vez que a terapia transfusional pode se tornar complexa devido às altas taxas de aloimunização. Além disso, ela permite o melhor uso de unidades de sangue com fenótipos menos freqüentes na população. Nesta pesquisa aborda-se o sistema de grupo sanguíneo Duffy pelo particular interesse transfusional, focando principalmente o uso da biologia molecular como ferramenta complementar na rotina hemoterápica.

  • ALINE FARIAS RIBEIRO
  • Detecção de Picobirnavirus Genogrupo II em Aves de Corte da Mesorregião Metropolitana de Belém.

  • Data: 27/04/2018
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  • As aves podem ser reconhecidas como reservatórios de vírus, sendo motivo de preocupação para os seres humanos. O Picobirnavírus (PBV) foi detectado em humanos e vários animais em todo o mundo, como: bovinos, cães, macacos, cobras, suínos, ratos e aves, com ou sem diarréia. Vários estudos descreveram o PBV em amostras de diferentes espécies de mamíferos e répteis; no entanto, em relação à detecção molecular do genogrupo 2 (PBV2) a partir de aves de corte, há poucos relatos na literatura. Este estudo teve como objetivo a detecção de PBV2, em amostras de fezes de aves de corte do gênero Gallus, de 37 granjas da mesorregião metropolitana de Belém/Pa, utilizando as técnicas de RT-PCR (tendo como alvo o gene RdRp) e sequenciamento, além de EGPA, para determinar o perfil eletroforético das amostras positivas na RT-PCR. Foram analisadas 85 amostras, sendo detectado PBV2 em 10 amostras (11,76%). Destas, sete foram sequenciadas e realizadas suas análises filogenéticas. Este vírus esteve presente na metade dos municípios estudados, com maior prevalência no que continha a maior quantidade de granjas da região (Santa Isabel). Sete amostras da presente pesquisa, quando comparadas com uma anterior, foram positivas também para o genogrupo 1. A faixa etária com maior frequência para este genogrupo de PBV foi de 5 a 6 semanas. O perfil eletroforético de PBV encontrado em três amostras positivas pela EGPA, foi o longo. Na análise filogenética foi verificada alta similaridade das amostras deste estudo com uma amostra obtida em aves da Coréia (similaridade nucleotídica e aminoacídica com variação de 89% a 93% e 90% a 98%, respectivamente), além de alta diversidade (variaram de 39% a 66% para nucleotídeos e 24% a 73% para aminoácidos) com outras espécies de animais  (suínos, humanos, bovinos e primatas não humanos). Estudos genéticos e epidemiológicos mais aprofundados precisam ser realizados, a fim de aprimorar o conhecimento da diversidade genética, transmissão interespécie e potencial zoonótico deste agente, ajudando na avaliação dos possíveis impactos deste vírus, na avicultura e na saúde pública. O PBV 2 foi detectado em granjas de frangos de corte da mesorregião estudada, relacionando-se especificamente com outra amostra obtida em aves. Há escassos estudos com detecção de PBV2 em aves, no entanto, esta pesquisa servirá como parâmetro de positividade nesta espécie, contribuindo com informações moleculares e epidemiológicas que podem contribuir para um melhor conhecimento da fisiopatologia desses agentes.

  • TALITA GOMES DE MELO
  • PERFIL DA INFECÇÃO PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO-T HUMANO EM HOSPITAL MILITAR DE BELÉM

  • Data: 05/04/2018
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  • O vírus linfotrópico-T humano (HTLV) infecta os linfócitos T (células de defesa do organismo). Sua transmissão pode ocorrer por meio de contato sexual, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas e por transmissão vertical. Esse vírus apresenta os tipos HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4, mas apenas os dois primeiros estão difundidos pelo mundo. Cerca de 90% dos indivíduos infectados pelo HTLV permanecem assintomáticos durante toda a vida, o que torna seu diagnóstico clínico complexo. Podem ocorrer complicações, como problemas musculares, neurológicos, nas articulações e câncer. Não existe um tratamento específico para o HTLV, entretanto, o prognóstico para as complicações relacionadas vai depender da evolução do caso, de acordo com o período do diagnóstico e da presença de outras infecções. O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência do vírus em população atendida em um hospital militar de Belém, Pará. Foi utilizado para esse estudo um modelo descritivo-analítico observacional do tipo transversal o qual utilizou uma triagem sorológica de pesquisa de anticorpos anti-HTLV, com testes confirmatórios e testes para a classificação do vírus por biologia molecular. Foram abordados 491 indivíduos, dos quais 331 (67%) aceitaram participar do estudo. Destes, 180 (54,38%) eram do sexo feminino e 151 (45,62%) eram do sexo masculino. A idade variou de 18 a 87 anos, com média de 42 anos. A prevalência encontrada da infecção foi de 0,6%, sendo 0,3% por HTLV-1. Portanto, o público alvo, apesar de possuir acesso às inspeções periódicas de saúde apresentou uma incidência desconhecida do vírus, necessitando de medidas de controle para que se evite a propagação da infecção, visto suas complicações e comorbidades.

  • ANDRE MANFRINI BARBOSA DE LIMA
  • INAPTIDÃO FEMININA POR BAIXA DE HEMOGLOBINA ENTRE DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO HEMOPA, ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA - BRASIL.

  • Data: 28/02/2018
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  • INTRODUÇÃO. A maior recusa clínica temporária entre doadores do gênero feminino, por baixa de hemoglobina, tem sido relacionada a altas temperaturas ambientais que promoveriam hemodiluição e baixa relativa de hemoglobina. OBJETIVO. Determinar a concentração de hemoglobina em doadoras de sangue nas cidade de Belém, Castanhal e Marabá a partir de dados da Fundação HEMOPA, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2015, em relação a temperatura local. MATERIAL E MÉTODOS. Estudo retrospectivo, para determinação do total de candidatos à doação de sangue aptos e inaptos, segundo o gênero, idade, concentração de hemoglobina, período do ano e região de estudo. Todos os dados epidemiológicos foram obtidos a partir do sistema SBS (Sistema de Banco de Sangue). Os dados meteorológicos de temperatura foram obtidos dos boletins do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia - Brasil). RESULTADOS. Foram registrados 101.167 candidatos à doação de sangue, sendo 85.194 em Belém, 7.617 em Castanhal, e 8.356 em Marabá. Destes foram considerados inaptos, temporários ou definitivos, 18.830/85.194 (22,1%) em Belém, 1.496/7.617 (19,6%) em Castanhal, e 1.081/8.356 (12,9%) em Marabá. Do total de inaptidões 28% (2.728/9.772) foram de mulheres por baixa hemoglobina, independente da unidade hemoterápica e faixa etária, com 70,8% (1.933 / 2.728) destas apresentando hemoglobina entre 11,5 a 12,4 g/dL. CONCLUSÕES. A proporção de doadores dos gêneros feminino e masculino foi de 1:2. A principal causa de recusa clínica temporária em mulheres foi a baixa concentração de hemoglobina, porém, a falta de correlação entre a concentração de hemoglobina e as variações de temperatura para doadoras inaptas nas cidades de Belém, Castanhal e Marabá, possivelmente, relaciona-se ao fato destas cidades encontrarem-se próximo a linha do equador, onde as temperaturas médias são mais elevadas que as de outras regiões brasileiras e, por conseguinte, sem a ocorrência de estações climáticas de inverno e verão bem definidas.

     

     

     

2017
Descrição
  • BRENDA PINTO DE MORAES
  • ANÁLISE DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE Curcuma longa EM RATOS DIABÉTICOS.

  • Data: 05/12/2017
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  • O uso de fitoterápicos está baseada na tradição popular e é considerada uma alternativa terapêutica à utilização da medicina convencional principalmente no Brasil, devido a sua biodiversidade, tornando comum o uso de plantas para fins medicinais vindo da sabedoria popular. A Organização Mundial da Saúde reconhece a fitoterapia como uma alternativa viável para as populações de países em desenvolvimento, tendo 80% da população desses países utilizando práticas tradicionais nos seus cuidados básicos de saúde, o que pode vir tornar comum o uso de produtos naturais por pacientes diabéticos no tratamento da doença e seus sintomas como meio alternativo de baixo custo, que auxilia no controle da glicemia ou na sua prevenção. O Diabetes mellitus (DM) é causado pela hiperglicemia resultante da ausência de secreção da insulina ou da resistência a sua ação nos tecidos, que compromete o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, além do paciente apresentar um quadro inflamatório constante fazendo com que esse paciente possa vir a utilizar, dentre outros medicamentos o Motore®, fitoterápico de uso adulto e oral que contém extrato seco de Curcuma longa, utilizado para o tratamento de osteoartrite e artrite reumatoide com ação anti-inflamatória e antioxidante, que tem como princípio ativo a curcumina, um composto derivado da Curcuma longa. Este trabalho tem como objetivo geral avaliar as alterações tanto nos parâmetros hematológicos e bioquímicos após utilização do fitoterápico, levando mais informação para o paciente diabético.

  • LIDIA CRISTINA DE ASSUNCAO COSTA DE SOUZA
  • “PERCEPÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS FARMACOLÓGICAS EM EXAMES LABORATORIAIS: ANÁLISE DA ROTINA E PROPOSTA DE FERRAMENTA QUE APERFEIÇOE A SONDAGEM E COMPREENSÃO DAS MEDICAÇÕES EM USO PELO PACIENTE”.

  • Data: 30/11/2017
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  • A necessidade de confiança nos resultados liberados por laboratórios de análises clínicas tem sido considerada uma prioridade, pois os dados produzidos em medicina laboratorial têm uma grande influência na tomada de decisão dos clínicos e no diagnóstico dos pacientes. Ao ocorrer resultados inesperados nos testes laboratoriais, podemos considerar a existência de uma interferência medicamentosa que podem ocorrer por dois mecanismos: analítico (in vitro) ou fisiológico (in vivo). Este trabalho tem como objetivo verificar a percepção dos colaboradores do Laboratório Paulo Azevedo-LPA e LAC –ICB-UFPA quanto a este tópico a fim de se propor um instrumento digital – software que possibilite melhor triagem de possíveis interferências. Inicialmente foram aplicados questionários a área técnica atendimento. Foi percebido que a maioria dos profissionais entrevistados nos dois laboratórios entende a importância de conhecer os medicamentos que podem causar interação, apenas 4% no LPA não consideram esta importância. No LAC-ICB/UFPA, 100% dos colaboradores declaram ter dificuldade “as vezes” no registro de tais informações em comparação com 71% no LPA. Foi percebido por todos colaboradores alta taxa de constrangimento no relato dos pacientes. Para fins de comparação foi perguntado o mesmo para droga de abuso (DA) 100% afirmaram ausência de relato para DA e já para uso de produtos naturais esta taxa foi de 50%.  Para o tabaco os colaboradores do LAC-ICB/UFPA revelam 100% de não relato enquanto no LPA o percentual foi de 61%.  Quando questionados sobre tornar a forma de registo dependente do paciente a grande maioria dos colaboradores do LPA não acham que esse processo seria viável contrastando com 100% de aceitação da ideia por parte do LAC-ICB/UFPA. 60% do LPA percebem que alguns exames são mais sensíveis enquanto de forma contrastante no LAC-ICB 100 % dos colaboradores. Dentro das atitudes promovidas quando se percebe alteração de resultado laboratorial, a primeira atitude a ser tomada pela maioria dos colaboradores de ambos os Laboratórios é a repetição das amostras. Como segunda escolha no LPA em maioria é a verificação das condições do equipamento, já no LAC-ICB/UFPA é observada uma divisão entre verificação do equipamento e verificação da medicação. O momento de checagem da medicação também se faz de forma diferenciada nos dois laboratórios partindo de resultados alterados ou não, grande parte dos entrevistados no LPA responderam que não checam os medicamentos em uso antes da liberação do resultado. No LAC-ICB/UFPA a maioria checa a medicação imediatamente antes da liberação do resultado.  Finalizando a exposição dos questionamentos a grande maioria considera fundamental o estabelecimento de uma comunicação eficaz entre colaboradores da área de atendimento e área técnica, relatando que a forma convencional apresenta-se muitas vezes insuficiente e não plenamente segura. Diante dos relatos supracitados foi elaborado um software-protótipo para facilitar o registro do fármaco verbalizado pelo paciente e o reporte da informação à área técnica, inicialmente com um  banco de dados composto por  os fármacos da classe de anti-hipertensivos os Antagonistas Receptores de Angiotensina II (ARA II) e Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e utilizando com referência os  bulários eletrônicos  técnicos da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) e para garantir que essas informações fossem cruzadas de forma correta, foi utilizado um banco de dados relacional chamado MySQL, junto ao sistema Web desenvolvido. Concluímos a importância de estratégias que promovam a capacitação contínua, a elaboração de procedimentos documentados específicos bem como a proposição de ferramentais digitais que favoreçam a mitigação de intercorrências relacionados interferências medicamentosas.

  • EDUARDO DOS SANTOS MARTINS FILHO
  • PRESENÇA DE CLONES DE HEMOGLOBINURIA PAROXÍSTICA

    NOTURNA EM PORTADORES DE LEUCEMIAS AGUDAS.

  • Data: 20/10/2017
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  • INTRODUÇÃO. A Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) surge após mutações somáticas espontâneas no gene PIG-A. Tais mutações geram um estado de hipermutabilidade genética que, por sua vez, é frequentemente observada em várias doenças malignas como as leucemias agudas. OBJETIVO. Determinar a frequência de clones de HPN em pacientes portadores de leucemia aguda ao diagnóstico ou durante a pesquisa de doença residual mínima (DRM). MATERIAL E MÉTODOS. Foram estudados 47 pacientes, ambos os gêneros, com idade entre zero e 62 anos, atendidos em dois hospitais oncológicos de Belém – Pará, no período de dezembro de 2015 a dezembro de 2016, para diagnóstico inicial de leucemias agudas e/ou submetido a até quatro pesquisas de DRM, com pesquisa de clones de HPN, por citometria de fluxo. RESULTADOS. O gênero masculino 63,83% (30/47) e a população pediátrica 61,7% (29/47) foram os mais freqüentes neste estudo.  A leucemia linfoblástica aguda de células Pré-Pré-B (18/47) e a leucemia mielóide aguda (14/47) foram as mais freqüentes. Em 40,4% (19/47) dos pacientes foi observada a presença de clones de HPN ao diagnóstico e/ou em pelo menos uma das pesquisas de DRM principalmente em pacientes portadores de LLA de células Pré-Pré-B e de LMA. CONCLUSÃO. A presença de clones de HPN foi evidenciada em paciente portadores de leucemias agudas, independente do tipo, tanto ao diagnóstico como em diversas pesquisas de DRM, com ou sem recaída.  Contudo, sem estabelecer relação de causa e efeito, isto é, todos os pacientes que apresentaram clone de HPN ao diagnóstico mantiveram o clone em alguma das pesquisas de DRM, porém, vários pacientes que foram positivos na pesquisa de alguma DRM não apresentavam o clone de HPN ao diagnóstico.

  • VANIZA SHEILA DE SOUZA FERREIRA SÁ
  • INVESTIGAÇÃO DE AGENTES GASTROENTÉRICOS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS DE CATIVEIRO ORIUNDOS DO CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS.

  • Data: 05/10/2017
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  • Neste estudo objetivou-se investigar a ocorrência de enteropatógenos em primatas não humanos (PNH) de cativeiro com ou sem diarreia, oriundos do Centro Nacional de Primatas (CENP). Foram utilizados fezes representativa de 133 PNH, sendo 47 animais da espécie Callitrhix spp, 25 Leontocebus weddelli weddelli, 15 Callitrhix jacchus, 11 Chiropotes utachickae, 11 Callitrhix penicillata, 09 Callimico goeldii, 09 Saguinus ursulus, 03 Ateles marginatus e 02 Ateles paniscus. Todos os PNH desta investigação apresentaram resultado para rotavírus negativo. Em relação aos resultados parasitológicos foi observado que a maior frequência (107; 80,45%) dos primatas apresentou resultado negativo, porém dentre os PNH que apresentaram resultado positivo, observou-se que 09 (6,77%) apresentaram o parasita Strongyloides stercoralis associado com Platynossomus iliciens. Um total de 373 bactérias foi isolado das amostras fecais, com distribuição entre 13 espécies, a mais frequente (132; 99,25%) foi E. coli . Conclui-se que este estudo contribuirá na implantação de um sistema de vigilância e monitoramento das gastroenterites no CENP, visando minimizar a ocorrência de surtos por gastroenterites, melhorias no manejo dos animais, bem como promover a máxima eficácia das pesquisas biomédicas que utilizam PNH no experimento. Servindo também como referência com parâmetro indicativo dos principais agentes infecciosos encontrados nos animais em cativeiro.

  • SHIRLEY BARBOSA DA FONSECA
  • “Proposta de protocolo de aplicação do serviço de avaliação do risco cardiovascular em indivíduos com transtorno depressivo”

  • Data: 29/09/2017
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  • A depressão, transtorno grave e persistente de humor, constitui uma grande ameaça à vida, descrita como um problema de saúde pública por atingir centenas de milhões de pessoas em todo, por poder ser identificada e tratada na atenção básica, principalmente em idosos, a partir de estudos epidemiológicos que fazem uso da escala de depressão geriátrica (EDG). O transtorno depressivo (TD) vem sendo relacionada a doenças cardiovasculares (DCV) e risco para DCV é mais prevalente em pacientes com síndrome metabólica (SM), tabagismo e dislipidemia. A SM pode ser diagnosticada a partir de três dentre cinco fatores risco (glicemia, HDL-c, triglicerídeos, pressão arterial e circunferência abdominal) e vem sendo descrita como um preditor para a ocorrência de DCV em um prazo de até cinco anos, por isso a SM tem sido utilizada em estudos epidemiológicos para a avaliação individualizada e ainda no tratamento primário. O objetivo deste estudo é elaborar protocolo de aplicação do serviço de avaliação do risco para DCV em indivíduos com TD que possa ser aplicado a pacientes atendidos pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto encaminhados após diagnóstico clínico realizado pelo serviço de psiquiatria do Hospital de Clínicas Gaspar Viana, bem como em indivíduos idosos provenientes da zona de ocupação urbana da Vila da Barca, Belém-PA.

  • JAIRO FALCÃO RIBEIRO
  • ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS LINFOTRÓPICO- T HUMANO TIPO 1

  • Data: 29/09/2017
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  • O vírus linfotrópico-T humano tipo 1 (HTLV-1), isolado em 1980,  está relacionado com a  leucemia/linfoma de células T do adulto, um tipo de doença linfoproliferativa, e a mielopatia crônica associada ao HTLV-1, doença que causa a paralisia dos membros inferiores, que ocorre em cerca de 5% dos casos de infecção pelo vírus.  Em sua maioria dos casos o HTLV-1 é um vírus de progressão lenta, considerado um vírus de baixa morbidade. No Brasil estima-se que mais de 3 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HTLV-1, evidenciando uma preocupação quanto a este dados, mostrando que existem regiões endêmicas quanto a infecção por este vírus. A existência de uma associação entre a infecção pelo HTLV-1 e desordens hematológicas trás a importância do acompanhamento hematológico através da realização do hemograma de pacientes infectados, tornando-se uma ferramenta para a avaliação de diversas situações como, por exemplo, no auxílio de um diagnóstico e na evolução de doenças hematológicas nos quadros infecciosos. O objetivo do estudo foi estabelecer o perfil hematológico de portadores da infecção pelo HTLV-1 de Belém do Pará, descrevendo os parâmetros hematológicos em estudo, estimando a frequência de atipia linfocítica e associando o perfil hematológico com doenças e sintomas. Após o consentimento dos pacientes em participar do estudo, foram analisados dados hematológicos de 202 indivíduos, sendo 87 indivíduos infectados pelo HTLV-1 e 115 indivíduos não infectados, usados como controle, sendo a maioria de familiares dos infectados. A Soroprevalência da infecção pelo HTLV-1 foi observada em 71,3% nos indivíduos de sexo feminino com predominância na faixa etária de mais de 50 anos (44,8%). A análise dos parâmetros hematológicos apresentou uma diferença signifcativa na contagem dos segmentados (p=0,0303) e eosinófilos (p=0,0092) nos portadores do HTLV-1. A atipia linfocítica foi um achado presente apenas nos portadores de HTLV-1 (p=0,0001). Não houve frequência alta na contagem dos leucócitos dos infectados pelo HTLV-1 não entre eles em relação a um aumento ou diminuição considerável. Conclui-se a infecção por HTLV-1 se destaca nas mulheres acima de 50 anos. O perfil hematológico dos infectados demonstra uma redução de segmentados, um aumento de eosinófilos e presença de linfócitos atípicos. O perfil hematológico do portador de HTLV-1 deve ser sempre avaliado para identificar precocemente algumas doenças associadas à infecção.

  • MONYQUE BARBOSA RIBEIRO
  • ANÁLISE DE DESEMPENHO (LEUCOGRAMA E SCATTER) DOS ANALISADORES HEMATOLÓGICOS BC-6800 (MINDRAY) E O URIT 5500 PARA AMOSTRAS DE LEUCEMIAS AGUDAS

  • Data: 28/09/2017
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  • Apesar dos avanços na automação hematológica, utilizam combinação de tecnologias, estes não evitam a necessidade de revisão morfológicas para amostras patológicas, sinalizadas por alarmes (flags). Objetivo. Comparar a performance dois analisadores hematológicos quanto ao leucograma e scatter leucocitário, para amostras de portadores de leucemias agudas. MATERIAL E MÉTODOS. Analisadas 13 amostras, imunofenotipadas para leucemias agudas mieloides ou linfóides, de pacientes de ambos os gêneros e idade de zero e 17 anos, de um laboratório vinculado ao hospital oncológico infantil de Belém - Pará, no período de agosto a dezembro de 2016, para determinação da performance dos equipamentos BC-6800 (Mindray) e URIT 5500 quanto ao leucograma, scatter leucocitário e sinalização de blastos (flags). RESULTADOS. A análise de Correlação Intraclasse de Fleiss para hemácias, hemoglobina, leucocitos e plaquetas demonstrou boa replicabilidade (p<0.05) entre os equipamentos. Não foi realizada análise estatística de desempenho entre os dois equipamentos para a contagem diferencial leucocitaria em função de alguns analitos não terem sido registrados pelo equipamento BC 6800. Os dois equipamentos geraram flags quantitativos e qualitativos. Análise do scarter leucocitário mostrou que o equipamento BC 6800 foi o único a sinalizar a presença de populações celulares indefinidas por cores  (cinza), independente do tipo de leucemia. CONCLUSÃO. Nossos resultados sugerem que os dois equipamentos apresentam boa equivalência para parâmetros quantitativos e flags. Porém, que o BC 6800, na presença de blastos, por não identificar monócitos e linfócitos no scatter leucocitário obriga o observador a analise microscópica da amostra, sendo este mais um importante recurso de análise.

  • SANDRO WILSON GOMES PEREIRA
  • Padronização de um Protocolo de PCR-RFLP para a Detecção do Alelo HLA*B-58:01 PARA UTILIZAÇÃO EM Pacientes Submetidos ao Tratamento Com AlOpurinol

  • Data: 26/09/2017
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  • A imunogenética baseia-se no estudo de genes denominados imunorrelevantes, devido sua influência na homeostasia do organismo, onde genes de antígenos leucocitários humanos (HLA; do inglês Human Leucocytary Antigens) ocupam uma posição de destaque. Durante anos foram descritas inúmeras associações entre antígenos HLA e reações adversas a alguns medicamentos, como é o caso do HLA-B*58:01 diretamente ligado a reações graves em pacientes que utilizam Alopurinol. O Alopurinol inibe a hipoxantina oxidase e reduz de forma eficaz os níveis séricos de urato, o que o coloca na base do tratamento da gota e outras patologias, porém, esporadicamente induz reações graves como a Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e Necrose Epidérmica Tóxica (NET), onde a taxa de mortalidade para NET é bem elevada chegando a 50% dos casos e 5% para a SSJ. Indivíduos portadores do HLA-B*58:01 possuem um risco 97 vezes maior de desenvolver um dos quadros clínicos induzidos pelo Alopurinol, do que em indivíduos que não possuem esse alelo. Estudos sugerem uma grande demanda para pesquisa de HLA-B*58:01 como biomarcador de hipersensibilidade ao Alopurinol. A farmacovigilância é definida como uma ciência que tem por objetivo promover a redução das taxas de morbidade e mortalidade, através da detecção precoce de problemas associados ao uso de medicamentos. Diante disso a técnica de PCR-RFLP torna-se uma alternativa atraente, na busca de um teste rápido, sensível e de baixo custo, tendo como objetivo principal, padronizar um protocolo de PCR-RFLP para identificar o HLA*B-58:01. O único método na literatura para tipagem de HLA-B*58:01 que preenche os pré-requisitos descritos é baseado em análise de tag-SNP, que consiste em usar polimorfismos em absoluta ligação com o alelo HLA-B*58:01que é o SNP rs9263726 (MAKAWA et. al., 2012; VIDAL et. al,2015). Após a padronização do método, 37 amostras da população de Belém foram tipadas através da detecção indireta por SNP rs9263726, observando 7 indivíduos positivos heterozigotos para o SNP, obtendo frequência de 9,45% do total de amostras testadas, o resultado está em equilíbrio de Hardy-Weinberg e dentro do intervalo de variância estabelecido. Com isso a frequência encontrada foi superior à média das frequências continentais e mundial, como relatado em outras populações,  no entanto, apresentou-se dentro do intervalo de variância alélica, confirmando o resultado dos testes.

  • MARIO MARTINS FARIAS
  • Efeitos da eletroacupuntura no aumento de linfócitos T CD4+ e T CD8+ em

               discente submetidos ao estresse do período de provas.

  • Data: 18/09/2017
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  • Durante muito tempo a Medicina Tradicional Chinesa tratou de uma maneira empírica as patologias que envolviam o individuo visando, em última análise, a sua harmonia (homeostase). No início, o conhecimento dessas práticas eram restrita aos imperadores e aos monges que podiam escrever os livros. A acupuntura demorou a aparecer como parte da cura e tratamento de doenças no mundo ocidental visto que a barreira da língua e a queima de muitos livros no período dos impérios Chineses esconderam essa parte da medicina que hoje aceitamos e utilizamos cada vez mais pela sua resposta simples, eficaz e com quase nenhum efeito colateral. No Século XXI no mundo ocidental as doenças provocadas por fatores como má alimentação, infecções por microrganismos, má postura e outras, nos levaram a olhar ao oriente para entender como os orientais conseguiam ter uma grande expectativa de vida com qualidade. O estudo da acupuntura, associada à eletroterapia, passou assim a ter uma grande aceitação no mundo ocidental para o entendimento da cura ou tratamento de várias doenças. O presente estudo, com a associação de exames laboratoriais, através do hemograma e determinação quantitativa de linfócitos T CD4+ e T CD8+ para o aumento da imunidade, busca comprovar cientificamente o que acontece com a colocação de agulhas, em acupontos específicos, em indivíduos submetidos a estresse agudo (discentes em período de prova) e desvendar, ainda que parcialmente, os mistérios desta resposta pelo uso da eletroacupuntura visando melhora dos sintomas de ansiedade e estresse nestes indivíduos.

  • LUCIANA LETICIA DA COSTA PIRES
  • DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO SIMPLES DE DETECÇÃO DO ALELO HLA-A* 31:01 COMO ESTRATÉGIA DIAGNÓSTICA E PREDITIVA EM EPILÉTICOS TRATADOS COM A CARBAMAZEPINA

  • Data: 12/09/2017
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  • Reações adversa a drogas (ADRs; do inglês Adverse Drug Reactions) são qualquer efeito maléfico inesperado ao paciente originados da administração de drogas ou medicamentos. Um dos fatores mais fortemente associados a essas reações é a variabilidade de genes HLA. Os genes HLA são responsáveis pela apresentação de antígenos, sendo considerados importantes biomarcadores para o diagnóstico, prognóstico e preditivo de determinadas doenças, são os mais polimórficos do genoma humano, possuindo centenas de alelos já descritos. Estudos farmacogenéticos recentes, têm implicado a associação entre alelos específicos de HLA e o aumento do risco a ADR. O HLA-A*31:01 e HLA-B*15:02 são exemplos associados a ADRs relacionados a Carbamazepina (CBZ), que é um fármaco amplamente prescrito para o tratamento da epilepsia, conhecido por causar esses tipos de reações, gerando risco de vida e reações inflamatórias agudas da pele e membranas mucosas. No presente projeto, foi implementado e validado um método de caracterização molecular de biomarcador imunogenético com elevado valor diagnóstico e preditivo para ADRs, baseado em análise de tag-SNP, que consiste em usar o polimorfismo em absoluto desequilíbrio de ligação (DL=1) com o alelo HLA-A*31:01. O SNP rs3869066, mostrou-se em absoluto desequilíbrio de ligação com o alelo HLA-A*31:01 podendo ser usado para sua genotipagem indireta, via PCR-RFLP. O alelo HLA-A*31:01, é de ampla distribuição com uma frequência mundial de aproximadamente 4,4%. Esta variante também é comum em várias populações indígenas americanas e no Brasil a frequência desse alelo chega em média de 5,6%, mesmo não se conhecendo esses números em diversos estados brasileiros, atuando assim como um bom marcador para ADR. Neste estudo, para determinar a frequência em Belém, após a padronização e validação do método, foi genotipado um total de 104 indivíduos da população de Belém, sendo a amplificação visualizada em gel de acrilamida e corada com nitrato de prata. A análise demonstrou que dos 104 indivíduos apenas 7 (3,3%) foram positivos para HLA-A*31:01 (todos heterozigotos). Assim, na população de Belém, o SNP rs3869066 tem a frequência de 3,3%. Como o SNP rs3869066 está em total desequilíbrio de ligação com o alelo HLA-A*31:01, pode inferir-se que o alelo tem uma frequência próxima a do SNP. Isto pode ser observado em outras populações em que foram tipados o alelo de forma direta quanto indireta, usando o SNP. Dessa forma, é possível observar que o SNP e o alelo estão presentes na população de forma semelhante, possibilitando uma tipagem indireta em outras populações. Porém, maiores investigações são necessários para determinar se a suscetibilidade a ADRs em pacientes epiléticos que fazem tratamento com a CBZ está associada a presença do alelo HLA-A*31:01. Assim o rastreio do paciente através de sua tipagem HLA, antes do início do tratamento ou logo no início, é interessante para novos resultados, além de poder prevenir o risco de ADRs. Como estes marcadores ainda são pouco usados no Brasil e o sistema de saúde pública (SUS) não financia a realização destes testes espera-se que o metodologia aqui aplicada, por ser um sistema simples de genotipagem do SNP rs3869066 via PCR-RFLP que geralmente consome menos tempo, é mais barato, e não requer laboratórios especializados, possa ser uma alternativa para a tipagem do alelo HLA-A*31:01 para prevenir as ADRs causadas pela CBZ. No entanto, devemos ter em mente que nem a presença desses SNPs nem a presença do alelo HLA-A*31:01 pode prever todos os pacientes com ADRs relacionados a CBZ.

  • FABIO JOSÉ DOS SANTOS ROCHA
  •  ANÁLISE HISTOLÓGICA DE POLIPARASITISMO NATURAL POR HELMINTOS EM INTESTINO DE Rhinella marina DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 28/08/2017
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  • Rhinella marina é uma espécie que encontra-se distribuída amplamente na região Neotropical e apresenta parasitismo por uma grande diversidade de helmintos, refletindo assim a diversidade local. No entanto, poucos são os trabalhos que abordam aspectos histopatológicos e sobre a interação helminto-hospedeiro para esta espécie de anfíbio. Baseado nessas presmissas, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar os diferentes aspectos histopatológicos da interação de nematódeos e Plathyhelminthes intestinais de R. marina naturalmente poliparasitada. Foram coletados três exemplares de Rhinella marina na área urbana do município de Belém e em seguida necropsiados, sexados para serem posteriormente fixados, desidratados, incluídos  em historesina, posteriormente seccionados e corados para analise microscópica. Os três exemplares de R. marina analisados estavam parasitados por mais de uma espécie de helminto (Capillaria sp. 33 %, Oswaldocruzia belenensis 33 %, Lanfrediella amphicirrus 100 %, Mesocoelium lanfrediae 100%), tendo sido identificados ao longo dos segmentos intestinais (inicial, médio e final). Os trematódeos da espécie M. lanfrediae foram encontrados aderidos em diferentes níveis de profundidade na mucosa intestinal, desde a região mais externa dos vilos até a região mais basal da mucosa a fixação mecânica do helminto não causou lesão epitelial ou celular aparente, nem tão pouco solução de descontinuidade com a lâmina própria ou mesmo com a submucosa. Os cestódeos da espécie L. amphicirrus se fixa às glândulas intestinais através de suas ventosas, as quais realizam leve apreensão e sucção do epitélio de revestimento do epitélio glandular,. Esta fixação mecânica não causou lesão epitelial ou celular aparente, nem solução de descontinuidade com a lâmina própria ou mesmo com a submucosa. Nematódeos da espécie Capillaria sp.  estão inseridos diretamente nas células da mucosa intestinal causando discreta hemorragia em direção ao lúmen do órgão, discreta infiltração leucocitária adjacente à superfície cuticular do nematódeo. A interação de exemplares de Oswaldocruzia belenensis aparentemente não causa fixação mecânica estando livres no lúmen eà superfície do epitélio de revestimento  e não foi observado infiltrados inflamatórios ou aglomerações e formações de centros de melanomacrófagos. Os achados do presente trabalho não evidenciam alterações teciduais que estejam relacionadas com possíveis alterações patológicas. No entanto, baseado no tamanho e quantidade de moléculas imunogênicas liberados pelas mais variadas espécies de helmintos em um mesmo ambiente, esperava-seuma reação imunológica exacerbada do hospedeiro. Produtos estes derivados de atividades metabólicas de seus processos digestivos/reprodutivos próprios, no entanto, parecem haver um convívio harmonioso entre quatro espécies distintas de helmintos no mesmo microambiente de seu hospedeiro: o intestino.

  • FÁBIO ANDRÉ CAMPOS BAÍA
  • Avaliação hormonal e ultrassonográfica da tireoide em Aotus azarai infulatus e Chlorocebus aethiops mantidos em cativeiro.

  • Data: 28/07/2017
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  • O uso de primatas não humanos como modelos experimentais nas pesquisas biomédicas possibilitou avanços tecnológicos nas áreas da saúde e conservação Os hormônios tireoidianos controlam o metabolismo e são essenciais ao funcionamento normal do organismo. Portanto, a avaliação hormonal e ultrassonográfica da tireoide é útil para o monitoramento da saúde de animais em cativeiro. Os objetivos deste estudo foram estabelecer valores de referência da função tireoidiana e caracterizar morfologicamente a tireoide, através da ultrassonografia, em Aotus azarai infulatus e Chlorocebus aethiops de diferentes sexos e faixas etárias.  Foram selecionados 37 A. a. infulatus e 39 C. aethiops para dosagem de triiodotironina (T3), triiodotironina livre (FT3), tiroxina – (T4), tiroxina livre (FT4), tiroglobulina (Tg), tirotrofina (TSH) e determinação quantitativa da capacidade de fixação da tiroxina (T-uptake). A avaliação ultrassonográfica da tireoide foi realizada em 22 A. a. infulatus  e 20 C. aethiops. Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão e as diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. Para as duas espécies o sexo dos animais não influenciou as dosagens hormonais. Em todas as amostras a dosagem de TSH ficou abaixo do limite de detecção (<0,005 uUI/mL) do teste. A faixa etária dos animais influenciou os resultados das análises hormonais. Em A. a. infulatus, as concentrações de T3 e FT3 foram significativamente maiores na nos animais da menor faixa etária. Em C. aothiops, a concentração de T3 foi significativamente maior nos animais da menor faixa etária. Em A. a. infulatus a faixa etária e o sexo não influenciaram a avaliação ultrassonográfica da glândula. Entretanto, para C. aethiops o volume da glândula foi significativamente maior nos machos. Nas duas espécies, a tireoide apresentou simetria entre os lobos.  No presente trabalho foram estabelecidos intervalos de referencia para parâmetros ultrassonograficos e os hormonais da tireoide de A. a. infulatus e C. aethiops  criados em cativeiro. A metodologia utilizada não foi 

  • GEORGETE MARIA SILVA MOURA
  • RELAÇÃO DO FENÓTIPO CINTURA /HIPERTRIGLICERIDEMIA E DO ÍNDICE ATEROGÊNICO DO PLASMA COM A SÍNDROME METABÓLICA COMO INDICADORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DA MESORREGIÃO DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, NA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

  • Data: 26/07/2017
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  • Doenças cardiovasculares (CDV) são responsáveis por altos níveis de morbidade e mortalidade em todo mundo. No Brasil, observa-se falta de políticas públicas de saúde para a prevenção e controle de fatores de risco, principalmente em regiões de baixo índice de desenvolvimento humano, como é o caso da mesorregião do arquipélago do Marajó, na Amazônia brasileira. O diagnóstico da síndrome metabólica (SM) tem sido utilizado como importante preditor de risco para DCV e avalia como critérios de risco a presença de dislipidemias, hipertensão, hiperglicemia e obesidade abdominal. Outros indicadores de saúde de mais fácil determinação e que possuam valor preditor equivalente à síndrome metabólica têm sido investigados como alternativa rápida e de baixo custo, seja para investigações epidemiológicas, seja para diagnóstico individual de risco aplicável ao uso de laboratórios de análises clínicas. Com o objetivo de avaliar o índice aterogênico do plasma (IAP = log triglicerídeos/HDL-c) e a presença do fenótipo cintura/hipertrigliceridemia (FCH) como indicadores para o risco de DCV, foram investigados 787 indivíduos com e sem o diagnóstico de SM oriundos do arquipélago do Marajó. Os resultados mostram prevalência divergente entre SM (34,1%), IAP elevado (69,3%) e presença de FCH (15,0%). A alta prevalência de indivíduos com IAP elevado foi impulsionada pela percentual de indivíduos com HDL-c baixo (55,0%); hipertrigliceridemia foi observada em 20% dos indivíduos. A presença de FCH foi observada em 15% da população, o que contrasta com a alta prevalência de obesidade abdominal (55,1%). Não foi observada relação significativa entre circunferência abdominal e hipertensão arterial. A dosagem de triglicerídeos e de HDL-c juntamente mostraram ser discriminantes para a presença de SM, ao contrário das dosagens LDL-c e colesterol total. A presença de FCH foi mais fortemente relacionada à SM (OR = 14,4) do que com IAP elevado (OR = 6,0), porém ambos, assim como os demais fatores de risco investigados (hiperglicemia perfil lipídico, tabagismo, hipertensão, pré-hipertensão e obesidade) estavam significativamente relacionados à SM (p <0,0001). Os resultados apontam que a população do Marajó encontra-se com alta prevalência para fatores de risco associados à DCV, fato que deveria receber mais atenção de governantes locais. Todavia, o uso de IAP e FCH como indicadores epidemiológicos precisa ser melhor investigado uma vez que a prevalência entre esses indicadores em relação à prevalência de SM foi divergente, o que não os exclui como fatores de risco para DCV para uso na prevenção individual. 

  • EDGARD FERNANDO DE MIRANDA PEREIRA NETO
  • Identificação das Mutações K76T e C350R Associadas à Evolução da Resistência do Plasmodium falciparum à Cloroquina em Isolados do Estado do Pará, Região Amazônica Brasileira.

  • Data: 20/07/2017
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  • Resistência do Plasmodium falciparum à Cloroquina (CQ) tem sido associada a mutações no gene P. falciparum resistente à CQ relacionado ao transportador (pfcrt), com a mutação K76T considerada como o evento crítico. Em regiões com elevada endemicidade, a interrupção do uso de CQ como medicamento de primeira escolha para tratamento de infecções por P. falciparum tem conduzido para a restauração do perfil de suscetibilidade à CQ, decorrente da reexpansão do alelo selvagem (WT) K76, relacionado ao gene pfcrt. Nesse cenário, populações de parasitos resistentes estavam em desvantagem seletiva na ausência de pressão da droga. Já em áreas de baixa transmissão, como é o caso dos países da América do Sul, as mutações de resistência aos medicamentos podem atingir prevalência de 100%, isto é, há fixação de alelos resistentes aos medicamentos antimaláricos, o que impede o retorno de parasitos WT. No entanto, observou-se na Guiana Francesa que, apesar da fixação do alelo mutante K76T, a prevalência de isolados resistentes à Cloroquina (CQR) caiu progressivamente de mais de 90% para menos de 30% após 17 anos de interrupção do uso de CQ no país. Inquérito molecular retrospectivo em isolados da Guiana Francesa identificou uma única mutação em pfcrt que codificava uma substituição C350R associada com a recuperação da suscetibilidade à CQ. Como foi verificado esse fenômeno nas populações da Guiana Francesa, torna-se necessário conduzir vigilância molecular para observação da evolução desse fenômeno ao longo do tempo em outros países da América do Sul. Este estudo foi realizado para identificar as mutações K76T e C350R associadas à evolução da resistência de P. falciparum a CQ em isolados de duas localidades (Goianésia do Pará e Itaituba) no estado do Pará, região Amazônica brasileira. Para a realização do estudo do tipo transversal retrospectivo, foram incluídas alíquotas de DNA de amostras de P. falciparum obtidas durante o período de 2010 a 2012 de Goianésia do Pará e Itaituba (estado do Pará). A qualidade do DNA foi avaliada usando o gene da β-globina como um controle interno e foi confirmada pela amplificação por PCR dos alelos da proteína 2 principal da superfície de Plasmodium (MSP2). As mutações K76T e C350R do gene pfcrt foram amplificadas utilizando iniciadores específicos e protocolo de PCR, de acordo com Pelleau et al. (2015). Foram analisadas 75 amostras, 33 de Goianésia do Pará e 42 de Itaituba. Todas essas amostras foram consideradas de boa qualidade e avaliadas. Assim, Goianésia do Pará e Itaituba apresentaram 90,9% (30/33) e 81,0% (34/42) para a presença da mutação K76T, respectivamente. A mutação C350R foi observada em 97,0% (32/33) das amostras de Goianésia do Pará e 97,6% (41/42) de Itaituba. Houve uma predominância da presença simultânea das mutações K76T e C350R na amostra analisada dos dois municípios do estado do Pará, enquanto Goianésia do Pará alcançou frequência expressiva de 90,9%. Além disso, não houve correlação entre o perfil de combinação da presença das mutações K76T e C350R associadas a parasitemia assexuada igual ou superior a 1.000 parasitos/μL (p= 0.4397), bem como para a associação entre a ausência da mutação K76T e presença de C350R e parasitemia de até 499 parasitos/μL (p= 0,9106), tanto para Goianésia do Pará como Itaituba. Esses achados indicam a presença de populações de P. falciparum com as mutações K76T e C350R do gene pfcrt na Amazônia brasileira, particularmente no estado do Pará. Portanto, é fundamental continuar monitorando a distribuição e prevalência dessas mutações nesta e em outras áreas da bacia Amazônica.

  • MARCELO PEREIRA MOTA
  • Análise dos marcadores sorológicos e moleculares da hepatite B em doadores de sangue atendidos na Fundação HEMOPA, Pará, Brasil.

  • Data: 14/07/2017
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  • Introdução: A hepatite B é um problema de saúde global e estima-se que 257 milhões de pessoas encontram-se infectadas pelo vírus no mundo. Na triagem laboratorial de doadores de sangue, são testados os marcadores HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs e NAT (Acid Nucleic Test). Após a portaria 158/2016 o teste NAT tornou-se obrigatório no Brasil e seu uso tem permitido esclarecer o real motivo de tantos descartes de bolsas de sangue para transfusão, além de detectar precocemente casos de hepatite B na fase de janela imunológica, aumentando a segurança transfusional. Objetivos: Analisar a prevalência da hepatite B em doadores de sangue inaptos na triagem sorológica, através dos marcadores para hepatite B e propor o fluxo para a realização de exames para o retorno do doador inapto. Material e Métodos: Foram recrutados 272 doadores de sangue inaptos que aceitaram participar do estudo entre fevereiro de 2015 a junho de 2016, sendo as amostras submetidas à testagem para os marcadores HBsAg, anti-HBc, anti-HBs e DNA do VHB através do teste NAT. Resultados: Foram analisadas 93.891 doações durante o período do estudo. Deste total, 1.086 (1,15%) amostras tiveram algum marcador reagente para o HBV, dos quais foram incluídos neste estudo 272 doadores que retornaram para coleta de nova amostra para conformação da inaptidão observada. A análise dos diferentes marcadores revelou 9 (3,30%) doadores com infecção em curso, 1 caso (0,36%) de Hepatite B oculta e 1 caso de infecção em Janela imunológica, resultando em um rendimento do teste NAT HBV de 1: 93.891 na população analisada.  Um total de 35 doadores (12,87%) apresentaram resultados soronegativos na segunda amostra e 54 (19,85%) foram classificados como reação cruzada devido resultados que permaneceram inconclusivos ou URL/CO baixo na segunda amostra. Não ficou definida a conclusão do perfil de 7 doadores que apresentaram o marcador anti-HBc isolado com valor de URL/CO > 4,0. Foi observado ainda que 75,28% dos doadores concluídos como não infectados pelo HBV estavam suscetíveis à infecção devido ausência do marcador anti-HBs. Conclusão: Um grande percentual de doadores de sangue inaptos para hepatite B se deve a resultados falso-positivos, especialmente para o marcador anti-HBc. A implementação do teste de ácido nucléico NAT na triagem dos bancos de sangue tem contribuído significativamente para o aumento da segurança transfusional, através da detecção infecções em fases iniciais na fase de janela imunológica, bem como possíveis casos de hepatite B oculta. A realização do exame anti-HBs no momento do retorno do doador inapto, conjuntamente aos outros marcadores sorológicos e moleculares de triagem, contribui para o entendimento do significado da inaptidão observada nos doadores de sangue.

  • JESSICA MAXIMO DOS SANTOS
  • Prevalência de diabetes mellitus e hipertensão arterial em soldados do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Belém – BINFAE-BE

  • Data: 13/07/2017
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  • A hipertensão e a diabetes multiplicam os fatores de risco para doença micro e macrovascular, resultando em aumento do risco para mortalidade cardiovascular, doença coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, doença cerebrovascular e doença vascular periférica. Em uma unidade militar, este tipo de estudo torna-se relevante, tendo em vista as características ocupacionais envolvidas. Objetivo: Analisar a prevalência de diabetes mellitus e hipertensão arterial em soldados do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Belém - BINFAE-BE e avaliar a relação de seus riscos com a prontidão para a prática de atividades físicas. Métodos: Elaborou-se o banco de dados no software SPSS Statistics, onde foram analisados os dados quantitativos. As variáveis de desempenho físico foram categorizadas conforme Instrução do Comando da Aeronáutica 54-1, de Teste de avaliação do Condicionamento Físico, em suficiência e insuficiência. Verificaram-se suas independências com as variáveis: índice de massa corporal, hipertensão arterial, exames laboratoriais, circunferência abdominal e treinamento físico diário, de acordo com as classificações do Ministério da Saúde, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados: As prevalências de hipertensão arterial sistêmica sistólica e diastólica foram de, respectivamente, 3,4% e 2,7%. A prevalência de diabetes foi 0%. Entretanto, 6,8% dos soldados foram classificados como pré-diabéticos. Ao analisar as variáveis categóricas, verificou-se que 37,2% dos soldados estão com sobrepeso e 6,8% estão com obesidade grau I. Conclusão:A prontidão para a prática de atividades físicas pode ter sido causa para a ausência das patologias nesta pesquisa, porém o sobrepeso, se não reduzido, pode levar o paciente a desenvolver doenças cardiovasculares.

  • ADRIANA GUIMARAES ESTACIO
  • Concentrado de Hemácia de Baixo Volume – Em busca de parâmetros técnicos e sua função terapêutica.

  • Data: 19/06/2017
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  • Introdução. O descarte de bolsas de concentrado de hemácia de baixo volume (CHBV) gera como conseqüência direta o não atendimento a demanda de pacientes, adultos ou pediátricos, que necessitam de transfusão sanguínea. OBJETIVOS. Avaliar a qualidade das bolsas de CHBV produzidas na Fundação HEMOPA para possível utilização em transfusões especiais e determinar parâmetros auxiliares que poderão auxiliar a legislação vigente. MATERIAL E MÉTODOS. Foram analisadas 525 bolsas CHBV. Os modelos de bolsas analisadas foram: duplas sem adição de conservante; triplas convencional com adição de conservante (Sag-manitol); triplas top and bottom - TAB com adição de conservante e quádruplas TAB com filtro “in line” e adição de conservante. RESULTADOS. Foi observado que 375/525 das bolsas de CHBV, obtidas de bolsas de sangue total de volumes iguais e/ou superiores a 350 ml na coleta, apresentavam-se em conformidade com os parâmetros de volume, hematócrito e teor de hemoglobina previstos na legislação brasileira, para cada tipo de bolsa. Com os tipos de bolsas duplas e triplas convencionais apresentando os menores índices de não-conformidade e melhor aproveitamento. Conclusão. O presente estudo mostrou que as bolsas de sangue total coletadas em volumes iguais e/ou superiores a 350 ml, melhoram o aproveitamento das bolsas de CHBV e diminui o descarte das mesmas.

  • ALENE DE OLIVEIRA QUADROS
  • PADRONIZAÇÃO DE UMA ESCALA COLORIMÉTRICA PARA ANÁLISE DE CURVAS DE FRAGILIDADE OSMÓTICA.

     

  • Data: 12/06/2017
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  • Introdução. O Teste de Fragilidade Osmótica (F.O.), embora de pouca precisão, ainda é o método mais utilizados na triagem das anemias hemolíticas por alteração de proteínas do complexo membrana-citoesqueleto eritrocitário. Objetivo. Criar uma escala colorimétrica mensurável para o teste de fragilidade osmótica, sem a necessidade de uso de espectrofotômetro de luz. Material e Métodos. Pacientes com solicitação de F.O. como exame de rotina. Foram coletados dois tubos de 5,0 ml de sangue periférico contendo heparina para realização de F.O. com amostras processadas à fresco ou após incubação por 24h em banho-maria a 37ºC, de forma padrão em 13 tubos com concentrações variáveis de 01% à 0,9% de NaCl. Resultados. Foram estudados 20 pacientes, entre 3 meses a 75 anos, sendo 17/20 (85%) do gênero femenino. Apenas em 9/20 (45%) dos casos o teste de F.O. foi concordante para amostras de a fresco e incubadas a 37oC quanto a normalidade, ou resistência ou fragilidade dos eritrócitos sob concentrações variadas de NaCl. Para a confecção da escala colorimétrica foram utilizados apenas os resultados dos pacientes que tiveram resultados negativos nas duas amostras. A concentração do grau de hemólise da escala colorimétrica foi obtido após cálculo de média e desvio padrão para cada tubo de concentrações de NaCl, do a fresco ou incubadas a 37oC, deste grupo de pacientes. Conclusões. Após a confecção da escala colorimetria a mesma foi testada com todos os demais pacientes apresentando resultados iguais para o grau de hemólise observada por espectrofotometria.

  • ELLEN PRISCILA DOS REIS FERREIRA
  • Determinação dos valores de referência normais para a atividade da enzima biotinidase em amostras de plasma e sangue impregnado em papel-filtro e avaliação do tempo de conservação de amostras de plasma em diferentes temperaturas.

  • Data: 09/05/2017
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  • Introdução: A biotinidase é uma glicoproteína monomérica, seu gene está no cromossomo 3, na região 3p25. A deficiência de biotinidase (DB) pode ser classificada em total (atividade menor que 10%) e parcial (10-30%). Falso-positivos podem ocorrer devido a fatores como icterícia neonatal, a prematuridade e questões técnicas. Objetivos: estabelecer valores de referência para a atividade da biotinidase para adultos, RN a termo e prematuros em amostras de sangue impregnado em papel-filtro (SIPF) e plasma e investigar propriedades físicas enzima. Material e métodos: dois grupos de amostras foram analisados, grupo A com 278 amostras de plasma (RN a termo, prematuros e adultos) e grupo B com 121 SIPF (RN a termo e adultos). Investigou-se o tempo de conservação do plasma na geladeira (8°C) e no freezer (20°C). Resultados: a média e o desvio achados para o grupo A para adultos, RN a termo e prematuros foi de 7,0± 1,9, 4,4±0,7, 3,2±0,4 nmol de pABA/min/mL. Os valores para SIPF de adultos e RN a termo foram de 2,2±0,7 e 1,3 ±0,2. As alíquotas da geladeira se desestabilizaram na primeira semana, enquanto, as do freezer a partir do quarto mês. Discussão: os valores de referência encontrados nesse estudo corroboram com os da literatura, apesar de alguns valores terem ficado um pouco abaixo, provavelmente, devido a fatores com a icterícia, prematuridade e temperatura, etc. Conclusão: conclui-se que para a análise da atividade da biotinidase considerar se o paciente é RN a termo ou prematuro, se tem icterícia ou não, pois ocasionam falso-positivos.

  • CARLA LEONOR MELO VINAGRE MACHADO
  • “INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS DE BILIRRUBINA SOBRE A ATIVIDADE DA ENZIMA BIOTINIDASE EM RECÉM-NASCIDOS A TERMO E PRÉ-TERMO”

  • Data: 08/05/2017
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  • A biotinidase é uma amido-hidrolase, responsável pela reciclagem da biotina endógena e liberação daquela ligada a proteínas da dieta. A deficiência de biotinidase resulta na deficiência secundária de biotina que leva à deficiência múltipla das carboxilases. Fatores genéticos a causam; alguns estudos revelaram a influência de outros fatores em sua atividade. Estudos in vitro também confirmaram esses resultados. O presente estudo teve como principal objetivo investigar se os níveis sanguíneos de bilirrubina interferem na atividade da enzima biotinidase em recém-nascidos (RN) a termo e Pré-termo tardios ictéricos. Os objetivos específicos foram: verificar a atividade da enzima biotinidase em RN ictéricos; avaliar associação entre enzimas marcadoras da função hepática e esta enzima e estabelecer protocolos para o seguimento de pacientes. Sua dosagem foi determinada pelo método colorimétrico de Knape (1963). Os níveis no soro de bilirrubina, aspartato aminotransferase (AST) e Alanino aminotransferase (ALT) em RN com icterícia, foram avaliados por métodos colorimétricos. Os resultados mostraram uma discordância entre a avaliação clínica e os critérios laboratoriais. Nos ictéricos, a avaliação clínica concordou com os achados laboratoriais. Não houve correlação da enzima biotinidase com as variáveis diagnóstico clínico e sexo. Quanto à dosagem da Bilirrubina total (BT) houve diferença significativa da média dos valores entre os grupos nos anictéricos. Nos RN com níveis elevados da enzima (AST) e níveis próximo do valor mínimo normal, para a (ALT), a atividade da biotinidase manteve-se em níveis normais. Os valores aumentados de AST e praticamente normais de ALT, não influenciaram na atividade da enzima. Como a maioria da população brasileira que apresenta a deficiência da biotinidase, esta é parcial e estudos retrospectivos norte-americanos de longa duração, comprovaram a eficácia do tratamento com biotina na prevenção dos sintomas e manutenção do desenvolvimento físico e cognitivo normais, o início do tratamento ao nascimento e a permanência deste até a possível elucidação diagnóstica dos casos, surge como melhor opção até o presente momento. Novos estudos com casuísticas maiores podem resultar em mais amplos esclarecimentos quanto a esta rara doença, de manifestações diversas e seu modo específico e multifacetado de tratamento.

  • ISABELLA PINHEIRO COSTA DO AMARAL
  • ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS DE HPLC E IMUNOENSAIO POR TURBIDIMETRIA NA DOSAGEM DE HEMOGLOBINA GLICADA

  • Data: 11/04/2017
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  • Objetivo: Comparar a reprodutibilidade de três métodos certificados de alta complexidade, sendo 1 HPLC por troca iônica, 1 HPLC por afinidade ao boronato e 1 Imunoensaio por Turbimetria (IT) para a dosagem de HbA1C.

    Método: Estudo transversal descritivo, de abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários de exames previamente realizados em um laboratório de análises clínicas, em Belém-PA. As dosagens foram realizadas em amostras de sangue de 200 pacientes que buscavam dosar HbA1c e realizar controle ou diagnóstico de Diabetes Mellitus, utilizando os métodos acima mencionados. As amostras utilizadas foram escolhidas por conveniência, a partir da observação das etiquetas dos tubos com sangue total identificados para dosagens de HbA1c, por HPLC e IT. Resultados: Os resultados obtidos foram semelhantes nos três métodos (p = 0.8643) e quando avaliados o nível de HbA1C, considerando-se os três métodos comparativamente, os valores mínimos, máximos, de tendência central e variância encontrados foram próximos entre si (p = 0.1989).  Conclusão: Os dados obtidos mostraram similaridade de segurança de resultados quando utilizados os testes laboratoriais por HPLC e IT para a determinação da HbA1c no diagnóstico e monitoramento terapêutico de pacientes diabéticos. 

  • LARISSA PAZ DA SILVA RIBEIRO
  • Projeto de estruturação e padronização de um banco de sangue de caninos no município de Belém, Pará.

  • Data: 03/04/2017
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  • O desenvolvimento do conhecimento na área da Medicina Transfusional em animais de companhia, aliado a uma maior facilidade de acesso aos diferentes produtos sanguíneos, permitiu que a terapia transfusional se tornasse uma prática cada vez mais comum em Medicina Veterinária. Dessa forma, a hemoterapia é o emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundido na forma de hemocomponentes, tais como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma. A indicação mais frequente para a realização da transfusão sanguínea é para correção da anemia grave causada por hemorragia, hemólise, eritropoiese ineficaz, anemia hemolítica auto-imune e neoplasia. Nas últimas décadas a transfusão sanguínea ganhou notoriedade como medida de terapia emergencial na clínica de pequenos animais. O avanço da técnica de hemoterapia e a maior segurança ao empregá-la estão relacionados com o reconhecimento dos tipos sanguíneos caninos, seleção de doadores e teste de compatibilidade, para assim fornecer um produto de qualidade. Os estudos sobre tipagem sanguínea no Brasil ainda são escassos, sendo o teste de compatibilidade sanguínea a técnica mais comumente utilizada com o intuito de minimizar os riscos de reações transfusionais.  Assim sendo, o projeto tem como objetivos: a elaboração de um manual para viabilização do banco de sangue de cães no município de Belém no estado do Pará, englobando o ciclo desde a triagem dos doadores, coleta do sangue, tipagem sanguínea, processamento de hemocomponentes, armazenamento, teste de compatibilidade, transporte das bolsas de sangue e ato transfusional.

  • MARCONE HELMER DA SILVA
  • MICROBIOTA BACTERIANA ORAL E INTESTINAL DE PRIMATAS NÃO HUMANOS (PNH) CATIVOS E SUA SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS

  • Data: 29/03/2017
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  • Bactérias são normalmente encontradas em primatas saudáveis, principalmente na mucosa oral, fossas nasais e pele, podendo a partir desses locais, alcançar outras regiões da pele e mucosas, ou produzir infecção local quando as barreiras naturais estão comprometidas por trauma ou cirurgia. O presente trabalho tem como objetivo identificar as bactérias na cavidade oral e ampola retal de primatas não humanos (PNH) mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas (CENP/PA), Pará. De 85 cepas isoladas, foram identificadas 16 espécies bacterianas, sendo que 11 espécies eram provenientes da cavidade oral e 8 oriundas da ampola retal. Na cavidade oral foram isolados as bactérias Klebsiella pneumoniae (56%), Staphylococcus xylosus (39%), Enterobacter cloacae (14%) e Escherichia coli (14%) e na ampola retal as espécies mais encontradas foram Escherichia coli (56%), Klebsiella pneumoniae (33%), Enterobacter cloacae (22%), Staphylococcus hominis  (22%) e Proteus mirabilis (19%). Foi observado, de forma geral, que não houve grande heterogeneidade das cepas bacterianas quanto a sensibilidade aos diferentes antimicrobianos testados. Os dados encontrados no presente estudo são importantes para sugerir alterações no manejo, proporcionando melhor qualidade de vida e, consequentemente obtendo-se um melhor produto para fins de estudos científicos.

  • ANA CAROLINA SILVA DE SOUZA
  • INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSINTOMÁTICA DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE BELÉM PARÁ”

  • Data: 07/03/2017
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  • A infecção do trato urinário (ITU) é a infecção bacteriana mais comum, tanto em ambiente hospitalar como em comunidade, ocorrendo em todas as idades e gêneros. A ITU é determinada pela presença de bactéria na urina tendo como limite mínimo definido a existência de 100.000 unidades formadoras de colônias bacterianas por mililitro de urina (UFC/ml). A infecção urinária pode ser denominada como sintomática ou assintomática, recebendo na ausência de sintomas a denominação de bacteriúria assintomática. O presente trabalho tem o objetivo de realizar um estudo da prevalência de infecções no trato urinário em pacientes com infecção assintomática, com a finalidade de se estabelecer a conduta terapêutica mais adequada e a medidas de controle das infecções. Os dados para a pesquisa foram referentes aos resultados de uroculturas de pacientes atendidos em um laboratório de análises clínicas do município de Belém, Pará, Brasil. Das 782 culturas positivas analisadas pelo Laboratório de Análises Clínicas, 204 eram de culturas positivas com piócito baixos, apresentando 186 (91%) culturas com bactéria gram-negativa e 14 (9%) com bactérias gram-positivas. Com base no exposto é necessário a realização de estudos com o objetivo de conhecer os principais agentes de infecção urinária e, mais ainda, conhecer o perfil de resistência e sua evolução ao longo dos anos.

  • RONALDO BRUNO SANTOS MONTEIRO
  • Impacto do uso do GeneXpert MTB/Rif no diagnóstico de pacientes com suspeita de tuberculose pulmonar atendidos em unidade de saúde de Belém - Pará - Brasil

  • Data: 06/03/2017
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  • Avaliar a eficácia do novo teste GeneXpert MTB/RIF® em condições reais de uma população endêmica para tuberculose da região norte do Brasil. Métodos: No período de fevereiro a maio de 2016, em uma unidade de saúde de Belém do Pará, Brasil, foram analisadas amostras de pacientes sintomáticos respiratórios (SR), sem histórico de TB. As amostras foram processadas para pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), cultura e o teste rápido molecular (TRM), usando a tecnologia conhecida como GeneXpert MTB/RIF® (Cepheid, Sunnyvale, CA, USA). Resultados: Foram investigados 120 pacientes, dos quais 52,50% (63/120) eram do sexo masculino (p = 0,6481), com 33,30% (21/63) de culturas positivas para o M. tuberculosis, não tendo sido observado crescimento de micobactérias não tuberculose (MNT). Do total de 40 culturas positivas, 32 (80,0%) também foram positivas pelo TRM (S = 77,50%, E = 98,75%, VPP = 96,88%, VPN = 89,77% e Acurácia = 91,67%) e 28 (70,00%) foram positivas pela baciloscopia (S = 70,00%, E = 100%, VPP = 100%, VPN = 86,96% e Acurácia = 90,00%). A concordância do TRM em relação à cultura foi de 91,70%). No período do estudo, foram identificados três casos de resistência às drogas do esquema básico no tratamento de TB, correspondendo a 7,5% dos 40 casos com cultura positiva. A co-infecção TB-HIV foi de 12%. Conclusão: O GeneXpert, não apresentou grande vantagem comparada com a baciloscopia, na detecção de paucibacilares, no entanto, se mostrou muito eficaz na detecção de resistência à rifampicina.

  • JOSELISA MARIA DAS CHAGAS MAIA
  • AVALIAÇÃO DO TESTE DE IMUNODIFUSÃO EM GEL DE ÁGAR (IDAG) E DO ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) NO DIAGNÓSTICO DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA (LEB) EM BOVÍDEOS CRIADOS NO ESTADO DO PARÁ

  • Orientador : HILMA LUCIA TAVARES DIAS
  • Data: 25/02/2017
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  • O vírus da Leucose Enzoótica Bovina (VLEB) causa uma doença infectocontagiosa e de evolução crônica, que se desenvolve de forma enzoótica - maligna, tumoral e fatal, ou de forma esporádica - benigna. O VLEB é um retrovírus que está disseminado nos rebanhos do mundo inteiro. Presente no interior de células linfoides, preferencialmente linfócitos B, sua transmissão está ligada à transferência de linfócitos infectados entre os animais, basicamente através de fluidos biológicos. Alguns fatores como faixa etária; aptidão do rebanho (de corte ou de leite), grau de tecnificação da pecuária e tipo de manejo zootécnico-sanitário - responsável pela diferença de frequência viral entre machos e fêmeas, são determinantes para a disseminação do vírus. No Pará, poucas pesquisas foram realizadas, sobre Leucose Enzoótica Bovina. Considerando-se os altos índices de casos assintomáticos, que ocorrem em idades entre 16 a 24 meses, através de transmissão horizontal, o lapso temporal desde a última pesquisa e a escassez de informações sobre o rebanho do Pará, bem como, a ausência de Programa de Controle da LEB, este trabalho volta-se para pesquisa de anticorpos contra o VLEB em bovinos e bubalinos criados no estado do Pará.

  • RENAN CHAVES DE LIMA
  • Rastreamento primário do câncer cervical: associação da citologia em meio líquido com a detecção e genotipagem do Papillomavirus humano (HPV) de alto risco por técnica de biologia molecular.

    .

  • Data: 24/02/2017
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  • Objetivo: Infecções pelo Papilomavírus humano (HPV) são uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo inteiro e é a principal causa do câncer cervical. Este estudo teve por objetivo determinar a frequência de infecções por HPV e realizar a associação da citologia em meio líquido (CML) com a análise molecular de DNA do HPV de alto risco (HR-HPV), bem como fornecer informações relevantes à classe médica no que diz respeito ao rastreio primário do câncer cervical.

    Métodos: O estudo foi do tipo observacional, descritivo, transversal e de caráter retrospectivo.  Na anatomia patológica realizou-se a CML e no setor de biologia molecular, o teste utilizado para detecção e genotipagem do HR-HPV foi o cobas® HPV Test.

    Resultados: No período de 2013 a 2015, um total de 1.042 amostras foram analisadas. Considerando-se um total de 987 amostras, observou-se uma frequência de 38,50% de mulheres na faixa etária entre 31 a 40 anos, 25,03% com positividade para HR-HPV, 5,47% com presença de alterações morfológicas celulares e 4,25% apresentaram uma combinação de HR-HPV positivo com CML alterada. A positividade para HR-HPV mostrou-se significativamente associada com a presença de alterações morfológicas celulares (χ2= 81,78; p<0,0001) e o risco relativo demonstrou que de cada 7 mulheres com positividade para HR-HPV, uma poderá apresentar alterações morfológicas celulares. A prevalência de HR-HPV diminuiu com o aumento da idade.

    Conclusão: O teste de biologia molecular utilizado mostra-se como uma ferramenta útil no diagnóstico e monitoramento das infecções por HPV. Este se torna parte de uma estratégia diagnóstica de prevenção para o desenvolvimento de lesões precursoras e câncer cervical.  A recomendação de um novo algoritmo como opção de rastreio primário utiliza a alta sensibilidade e estratificação de risco da biologia molecular, juntamente com a alta especificidade da citologia para um equilíbrio ideal no rastreio do câncer cervical.

  • ANDREA SILVESTRE LOBÃO COSTA
  • Associação entre os genótipos da proteína circumesporozoítica do Plasmodium vivax e achados hematológicos, bioquímicos e imunológicos em área endêmica do Brasil

  • Data: 20/02/2017
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  • A diversidade genética da proteína circunsporozoíta (CSP) tem sido por vários anos abordada em estudos de epidemiologia molecular, favorecendo o entendimento acerca da transmissão, dinâmica e relação evolucionária das variantes CS, entretanto, poucos trabalhos correlacionam esse polimorfismo da CSP com a fisiopatologia da malária vivax. No presente estudo, avaliou-se o perfil hematológico, bioquímico e imunológico de indivíduos com infecções simples de VK210 e VK247 e a diferença entre carga parasitária entre os dois genótipos. Os resultados revelaram que o genótipo VK247 induz a mais alterações em parâmetros laboratoriais tais como leucopenia e neutropenia, níveis elevados de bilirrubina e pode induzir a cargas parasitárias mais elevadas, o que pode influenciar diretamente nas manifestações clínicas da malária. Por outro lado, foi verificado níveis mais baixos de HDL-C em infecções pelo genótipo VK210, o que sugere que a variante VK247 utilize outras vias metabólicas e consequentemente não afete os níveis de HDL proporcionalmente à parasitemia observada.  O genótipo VK247 induz às maiores alterações em parâmetros hematológicos e bioquímicos e às cargas parasitárias mais elevadas, pode ter influência direta nas manifestações clínicas da malária vivax, considerando-se que a sintomatologia é resultado da interação de fatores inerentes ao parasito e ao hospedeiro, portanto, a variabilidade genética de ambos deve ser considerada sobre o processo doença. 

  • ELLEN ELIZABETH LIMA SANTOS
  • Soroprevalência da Leptospira spp. em rebanhos bubalinos no Arquipélago do Marajó-Pará.

  • Orientador : HILMA LUCIA TAVARES DIAS
  • Data: 26/01/2017
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  • A bubalinocultura tem grande importância para a economia do estado do Pará e sua criação tem se concentrado na extensa área do arquipélago do Marajó, contudo, sua produção tem sido prejudicada em decorrência de zoonoses como a brucelose e a leptospirose, patologias de difícil controle, em virtude da escassez de estudos diagnósticos no rebanho para a aplicação de medidas eficazes de controle sanitário na criação de búfalos. Este trabalho visa determinar a soroprevalência da brucelose e leptospirose em búfalos de 10 municípios da ilha do Marajó, por meio de provas do Antígeno Acidificado Tamponado (ATT) e 2-Mercaptoetanol para o diganóstico da Brucelose, e da técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM) para o diagnóstico da lepstospirose.

2016
Descrição
  • BRUNA ALVES RAMOS
  • Estudo sorológico para arbovírus em pombos domésticos (Columba livia) de vida livre capturados no Parque Naturalístico Mangal das Garças, Belém-PA.

  • Data: 05/09/2016
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  • Arbovírus são vírus mantidos na natureza em ciclos que envolvem artrópodes hematófagos e hospedeiros vertebrados, podendo acometer o homem e animais domésticos. Cerca de 210 espécies de arbovírus foram isoladas na Amazônia brasileira, sendo 34 causadoras de doença em humanos. Pombos domésticos (Columba livia) são aves sinantrópicas que podem participar do ciclo epizoótico de algumas arboviroses, desenvolvendo títulos de anticorpos detectáveis. No Brasil, não há relatos da participação dessas aves no ciclo de arbovírus. O presente estudo objetivou avaliar alguns parâmetros externos de pombos capturados no Parque Naturalístico Mangal das Garças, Belém-PA, e a presença de anticorpos contra espécies de arbovírus ocorrentes na Amazônia. Os animais foram capturados, inspecionados e sangrados por punção cardíaca para obtenção de amostras de soro, que foram submetidas ao teste de inibição da hemaglutinação (IH), e testadas contra 19 arbovírus circulantes na Amazônia. Para confirmação de resultados positivos no IH, utilizou-se o teste de neutralização em camundongos recém-nascidos (TN). Noventa e dois pombos domésticos foram capturados, sendo 51,1% machos, 48,9% fêmeas; 55,4% jovens e 44,5% adultos. Na inspeção externa foi observada a presença de ectoparasitas em todas as aves. 19,6% apresentaram apenas piolhos mastigadores, 6,5% apenas moscas hematófagas do gênero Pseudolynchia sp, e 73,9% apresentaram uma associação entre piolhos e moscas. Oitenta e cinco soros foram testados por IH, não havendo detecção de anticopos para os 19 arbovírus em nenhuma das amostras. Pelos resultados encontrados abrangerem apenas uma pequena amostragem da população de pombos da cidade de Belém, novos estudos se fazem necessários para estabelecer o verdadeiro papel dessas aves na circulação de arbovírus na Amazônia.

  • MALENA NORO SILVA
  • Material didático de Hematologia Veterinária

  • Data: 25/08/2016
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  • A Patologia Clínica utiliza métodos laboratoriais para auxiliar no diagnóstico, prognóstico e tratamento das doenças. A primeira disciplina de patologia clínica veterinária foi ministrada na Universidade da Pensilvânia por volta de 1936. Neste mesmo período também começaram a surgir os primeiros livros de análises clínicas a partir de experiências e anotações realizadas nos laboratórios que eram usadas para ensinar em cursos de diagnóstico laboratorial. O tópico hematologia está presente nas ementas das disciplinas de patologia clinica veterinária de universidades nacionais e de outros países, porém poucos materiais didáticos são específicos para área de veterinária. Logo, se faz necessário a produção de materiais didáticos em análises clínicas veterinárias. O objetivo do trabalho foi produzir material didático com o tema de Hematologia Veterinária. Foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, utilizando livros textos clássicos, artigos científicos nacionais e internacionais e pesquisa documental do material da docente responsável pela disciplina. O material didático elaborado aborda tópicos sobre a constituição do sangue, hematopoiese, hemácias leucócitos e plaquetas. Também forma inseridas ilustrações sobre o tema proposto e imagens de lâminas oriundas da rotina do Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da UFPA. Espera-se que o material produzido possa auxiliar os alunos no aprendizado da disciplina de Patologia Clínica do curso de medicina Veterinária da Universidade Federal do Pará.

  • INGRID PERPETUO SOCORRO PINHEIRO TODA
  • CICLOBENZAPRINA: EFEITO EM RATOS DIABÉTICOS - INTERFERÊNCIA GLICÊMICA, HEMATOLÓGICA E ESTRESSE OXIDATIVO NO CÉREBRO

  • Data: 19/08/2016
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  • A diabetes é o resultado de uma deficiência de secreção de insulina pelas células β pancreáticas que resulta em hiperglicemia e distúrbios metabólicos. São propostos vários modelos experimentais de diabetes. A utilização de aloxano é um modelo muito utilizado.

    A proposta do trabalho é verificar se no modelo experimental de diabetes por aloxano ocorre piora no quadro glicêmico de animais tratados com a ciclobenzaprina. Metodologia: ratos Wistar saudáveis e diabéticos induzidos por aloxano foram tratados com ciclobenzaprina para avaliação da ação da droga após única dose e após tratamento prolongado de 14 dias. Resultados: a utilização da droga induziu a hiperglicemia nos animais diabéticos sem afetar significativamente os animais saudáveis e os valores hematológicos apresentaram alterações expressivas. A droga agiu como protetora dos danos oxidativos no cérebro dos animais do experimento. A utilização da ciclobenzaprina precisa ser monitorada em pacientes diabéticos. Os efeitos nos perfis glicêmicos e hematológicos destes pacientes devem ser considerados para uso do medicamento. Este estudo fornece evidências para maiores explanações sobre o uso da droga em pacientes diabéticos, assim como a necessidade de disponibilizar a informação para o público alvo.

  • PEDRO ELIAS DA SILVA PEREIRA
  •  

    Aplicação do diagnóstico molecular para pesquisa de Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum como estratégia para detecção de baixas parasitemias por reação em cadeia da polimerase em tempo real

  • Orientador : MARISTELA GOMES DA CUNHA
  • Data: 11/08/2016
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  • No Brasil, a malária ocorre na Amazônia, e ainda representa um importante problema de saúde pública e, no âmbito das medidas de controle da malária, o diagnóstico constitui um dos pilares de sustentação das ações básicas que precisam ser mantidas nos serviços de vigilância epidemiológica, visando o controle da transmissão da malária. A pesquisa do parasito por microscopia (gota espessa) é o método padrão para o diagnóstico da malária. Porém, nos casos de baixas parasitemias pode apresentar baixa sensibilidade. Neste estudo, realizamos a pesquisa de P. vivax e P. falciparum por método molecular, utilizando a PCR em tempo real para amplificar o DNA mitocondrial, com a finalidade de ampliar a validação dessa metodologia. O objetivo do estudo foi realizar análises relacionadas à validação do diagnóstico molecular como estratégia para a detecção de baixas densidades parasitárias na malária causada por P. vivax, a espécie mais prevalente no Brasil. 

  • CASSIANA FREITAS DE OLIVEIRA
  • Genotipagem do sistema sanguíneo Duffy e aquisição de anticorpos IgG que reconhecem antígeno recombinante de Plasmodium vivax (PvMSP119)

  • Data: 10/08/2016
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  • A malária é uma doença de patogênese complexa, que envolve aspectos do parasito e da resposta imune do hospedeiro. Estudos soroepidemiológicos mostraram que indivíduos infectados com P. vivax produzem anticorpos contra a região C-terminal da proteína 1 da superfície de merozoíta (PvMSP119). Na região Amazônica a resposta imune naturalmente adquirida contra esta espécie foi bem caracterizada, observou-se que 

    A malária é uma doença de epidemiologia complexa, cuja transmissão envolve aspectos do parasito e do hospedeiro, incluindo a participação de ligantes específicos no processo de invasão das hemácias pelo parasito. Neste estudo, realizamos a detecção de anticorpos IgG que reconhecem a porção C-terminal da MSP1 (PvMSP119), como um marcador sorológico de exposição à malária, no âmbito de uma estratégia complementar para analisar aspectos da infecção por Plasmodium vivax, em indivíduos do grupo sanguíneo Duffy negativo que residem em áreas endêmicas de malária. Para tanto, realizamos a genotipagem e a detecção de anticorpos IgG que reconhecem a PvMSP119, com a finalidade de identificar os genótipos do grupo sanguíneo Duffy e analisar a resposta de anticorpos adquiridos naturalmente por indivíduos expostos à malária. Foram analisadas 257 amostras de indivíduos que residiam em áreas de risco, no estado do Pará.

  • JANAINA DE LIMA LEÃO
  • Diagnóstico de malária humana usando PCR em tempo real duplex para detecção precisa de Plasmodium sp. diante de cenários de eliminação

  • Data: 09/08/2016
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  • Introdução: Novas abordagens moleculares, como a PCR em tempo real tem sido desenvolvidas com a finalidade de garantir a detecção acurada de espécies de Plasmodium sp. Essa técnica possui baixo risco de contaminação cruzada e ambiental, rápida execução e limite de detecção de 1-5 parasitos/μL de sangue, sendo factível para rastreamento de assintomáticos, detecção de infecções mistas e baixas parasitemias. O diagnóstico preciso de malária é fundamental para assegurar o tratamento eficaz desse agravo, além de melhorar a prestação de serviços em saúde e gerar dados para direcionar as ações de controle regionais e nacionais, sobretudo diante dos progressos dessas estratégias em direção a eliminação. Objetivo: Validar protocolo de PCR em Tempo Real duplex para detecção espécie-específica das quatro espécies do gênero Plasmodium em amostras clínicas. Metodologia: Foram incluídos pacientes com febre (temperatura axilar> = 37,5ºC) ou história de febre nas últimas 24h, que se apresentaram nos municípios de Belém, Goianésia do Pará e Itaituba, estado do Pará, para realizar o diagnóstico da malária nos anos de 2014 a 2015. O DNA foi extraído de amostras impregnadas em papel de filtro, usando kits comerciais e processamento do material em um laboratório de referência. Além da microscopia pelas técnicas de Gota Espessa/Distensão Sanguínea para identificação da espécie de plasmódio e determinação da parasitemia, preparadas e examinadas por dois microscopistas independentes, foram realizados ensaios de Nested-PCR e PCR em tempo real duplex. Todos os procedimentos laboratoriais foram executados em duplicatas e para a Nested-PCR e PCR em tempo real, foram utilizados controles positivos para cada uma das quatro espécies de Plasmodium e controle negativo. A Nested-PCR foi usada como teste de referência. Resultados: Do total de 312 amostras avaliadas, a Gota Espessa detectou 136 amostras positivas, sendo seis infecções mistas (P.falciparum/P.vivax) e 176 negativas. Já a PCR em tempo real identificou 138 e 174 isolados positivos e negativos, respectivamente, detectando 14 infecções mistas. A sensibilidade e a especificidade da PCR em tempo real foram 98.57% e 100,00%, respectivamente. A microscopia mostrou sensibilidade de 97.14% e especificidade de 100,00%. A correlação entre PCR em tempo real e Nested-PCR apresentou excelente concordância na detecção de amostras positivas e negativas (0,96 e 0,98, kappa IC:95%). No caso de infecções mistas, a PCR em tempo real identificou maior número que a Nested-PCR, obtendo concordância boa para identificação deste perfil de resposta entre as duas técnicas (0,87 kappa IC:95%). Conclusão: O protocolo de PCR em tempo real duplex avaliado apresentou sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade excelentes para detecção de infecções por Plasmodium sp.

  • ANA CAROLINE DA SILVA DE MIRANDA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL E DE POSSÍVEIS INTERFERÊNCIAS MEDICAMENTOSAS NA GLICOSE, URÉIA E CREATININA SÉRICAS DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO NORTE DO BRASIL

  • Data: 17/06/2016
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  • Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) tem se destacado nos últimos anos como um importante problema de saúde pública devido à elevação de sua prevalência no panorama nacional/mundial e ao seu impacto na morbimortalidade dos indivíduos acometidos. Este perfil correlaciona-se diretamente com a crescente epidemia de fatores de risco associados como: Doença Cardiovascular (DCV), Hipertensão Arterial (HA) e Diabetes Mellitus (DM) que requerem monitoramento e controle farmacológico. Objetivo: Avaliar possíveis interferências medicamentosas nos resultados laboratoriais de pacientes renais crônicos portadores de hipertensão, cardiopatias e/ou diabetes do Hospital Porto Dias em Belém Pará. Método: A Análise foi feita de forma retrospectiva, analisando os prontuários dos pacientes hospitalizados durante o período de Janeiro 2014 a Maio 2015. Resultados: No estudo realizado nos 56 casos registrados de pacientes com DRC, 17,86% apresentaram somente DRC, 41,07% apresentaram DRC associada a uma patologia secundária e 41,07% apresentaram DRC associada a duas ou mais patologia, quanto a faixa etária mais acometida 58,93% dos casos foram do sexo masculino. A classe terapêutica mais utilizada foram os antibióticos com 12% seguido dos anti-hipertensivos 10,4%. Quanto aos fármacos mais passiveis de promover aumento de glicose sérica apresentam-se Noradrenalina Furosemida, Hidrocortisona e Glicose Hipertônica já as variações encontradas nos parâmetros uréia parecem relacionar-se mais como Furosemida e o Captopril e da creatinina sérica a Losartana e o Captopril. Conclusão: O estudo mostrou a correlação entre o perfil, às doenças associadas e os principais fármacos utilizados pelos pacientes DRC neste ambiente hospitalar e suas possíveis interferências nas análises clínicas, e sua influência direta sobre a avaliação do quadro clínico e suas associações com os resultados laboratoriais de glicose, úréia e creatinina séricas. Estes resultados indicam a necessidade de maior difusão de esclarecimentos técnicos-científicos sobre os fármacos e suas interferências nos parâmetros laboratoriais de, bem como, o incentivo a elaboração de Manuais Técnicos de Bancada (MTB) que poderá desta forma proporcionar ao Analista Clínico melhor análise dos parâmetros laboratoriais e auxiliar na conduta médica sobre a ação da terapia farmacológica aplicada através do laudo.

  • IAGO BARROSO RAMOS
  • REGISTRO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DO PROTOCOLO DE EXPRESSÃO DO GENE BCR-ABL PARA DIAGNÓSTICO E MANEJO DA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

  • Data: 03/06/2016
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  • A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa que tem origem na célula tronco hematopoiética (stem cell), caracterizada pela translocação cromossômica recíproca t(9;22)(q34;q11), que resulta na junção dos genes BCR e ABL no cromossomo 22q-, o cromossomo Philadelphia (Ph). Esse gene quimérico codifica uma proteína citoplasmática com atividade constitutiva de tirosina cinase, responsável pelos efeitos proliferativos. Diversos exames podem ser executados como auxiliares no diagnóstico da LMC, mas apenas as abordagens citogenéticas, com observação das metáfases e detecção do cromossomo Ph, e por biologia molecular, com a detecção do transcrito específico por RQ-PCR, oferecem a confirmação da LMC, sendo que este último pode ser utilizado como única metodologia para acompanhamento da evolução dos pacientes portadores de LMC pré e pós-terapia com inibidor de tirosina cinase (TKI). Com a introdução dessa nova linha de eficientes fármacos, aumento da sobrevida dos pacientes e consequente aumento da prevalência, a otimização dos ensaios, que historicamente variam de um centro de diagnóstico para outro, e sua padronização são essenciais para obtenção de resultados representativos do real estado da LMC no portador. Dessa forma, objetiva-se neste trabalho estabelecer o protocolo local de diagnóstico e monitoramento da LMC por RQ-PCR, destacando suas diferenças e vantagens em relação aos protocolos disponíveis e sua possível aplicação na rotina de laboratórios de análise clínica, com a entrada de requerimento de patente para proteção da inovação. O protocolo consiste em um conjunto de técnicas e abordagens que o diferenciam dos atualmente estabelecidos, principalmente no que se refere a análise dos dados obtidos, pois aplica um modelo matemático baseado nos princípios de amplificação da própria RQ-PCR, no qual os valores de Ct são comparados para se obter a variação de expressão; outra vantagem é a diferenciação dos dois principais transcritos, graças ao desenho dos primers para regiões conservadas. Com o encaminhamento do registro de patente, espera-se produzir um kit próprio para distribuição comercial.

  • MIHOKO YAMAMOTO TSUTSUMI
  • PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE COLO UTERINO EM MULHERES DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL

  • Data: 30/05/2016
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  • JUSTIFICATIVA: O Câncer de Colo de Útero (CCU) se destaca como o mais incidente na região Norte do Brasil, sem considerar o câncer de pele não melanoma. Este câncer também apresenta alta mortalidade, apesar de possuir um grande potencial de prevenção. Devido às dificuldades sócio-geográficas, os indicadores de saúde de comunidades do interior da Amazônia podem estar subnotificados. METODOLOGIA: Entre março de 2013 e fevereiro de 2015 foram realizados exames de Papoanicolau, além da coleta de informações sócio-epidemiológicas de mulheres residentes em quatro municípios do arquipélago do Marajó, estado do Pará, Brasil. RESULTADOS: A média de idade das 405 mulheres investigadas foi de 40,5 anos, das quais 77% estavam entre 25 e 64 anos. A ocorrência de CCU foi sugerida em 1,7% (7/405) das mulheres, as quais tinham entre 31 e 71 anos, com média, 47,5 anos, além de média de 1,7 parceiros sexuais na vida. A razão entre os resultados de HSIL e carcinoma invasor foi de 2,6 casos. A ocorrência de CCU se destacou em mulheres que não fazem uso de anticoncepcional (3,2%; 7/217; p=0,0165), naquelas sem o ensino fundamental completo (2,8%; 7/252; p=0,0481) e nas que se declararam trabalhadoras do lar (3,3%; 7/215; p=0,0219). A razão entre HSIL e carcinoma invasor foi de 2,6 casos. CONCLUSÃO: A ocorrência de CCU em comunidades do interior da Amazônia é subestimada e as ações do programa de prevenção são bem mais deficientes que as da própria região Norte, a qual possui o quadro mais preocupante do Brasil.

  • RAIMUNDO NONATO OLIVEIRA DE VASCONCELOS
  • "Marcadores epidemiológicos para o risco de doenças cardiovasculares no Arquipélago do Marajó, estado do Pará"

  • Data: 25/05/2016
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  • Fundamento: a prevalência de doenças cardiovasculares tem aumentado significativamente nos últimos anos, principalmente relacionado a obesidade, dislipidemias, diabetes mellitus e hipertensão arterial. A população da mesorregião do Arquipélago do Marajó possui um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Brasil e não há dados sobre o risco para doenças cardiovasculares e os investimentos em políticas públicas na região são escassos nessa área. Objetivos: estimar o risco par doenças cardiovasculares em indivíduos de quatro municípios do Marajó, estado do Pará. Métodos:  foi realizado um estudo transversal em 1.679 indivíduos que avaliou a presença de fatores tanto comportamentais (tabagismo, etilismo) como biológicos (glicemia em jejum, colesterol total, HDL-c, LDL-c, hemoglobina glicada, triglicerídeos, pressão arterial, índice de massa corpórea e circunferência abdominal). O risco para doença cardiovascular foi calculado a partir dos índices de Castelli 1 e 2 e o escore de Framingham. Resultados: cerca de 11% da população com idade ≥ 20 anos apresentaram alto risco para doenças cardiovasculares pelo escore de Framingham e em torno de 20% quando calculado pelos índices de Castelli 1 e 2. Somente a obesidade calculada pelo índice de massa corpórea não se mostrou significativamente relacionada ao aumento do risco e as mulheres mostraram maior risco de para doenças cardiovasculares relacionadas a todos os fatores de risco com a hipertensão arterial mostrando aumento do risco em 37 vezes. Conclusões: o escore de Framingham é um instrumento de fácil realização e interpretação e mostrou-se mais adequado do que o índice de Castelli por levar em consideração outros fatores além dos laboratoriais. A dosagem de A1c mostrou-se um importante fator de diagnóstico para a DM por não sofrer interferências de um jejum inadequado. As causas de maior risco para doença cardiovascular na população do Marajó precisam ser melhores esclarecidas, especialmente entre as mulheres, por meio de maiores investimentos em educação em saúde e realização de investigação clínica mais aprofundada.

2015
Descrição
  • LARISSA TATIANA VALENTE MARTINS FRANCÊS
  • AVALIACAO CLINICA E LABORATORIAL DE CASO RARO DE LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA NA INFÂNCIA

  • Data: 17/12/2015
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  • A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa crônica tendo como característica principal a presença do cromossomo Filadélfia, resultante da translocação entre os braços longos dos cromossomos 9 (genes ABL) e 22 (gene BCR).  A média de idade ao diagnóstico é de 55 anos. Geralmente diagnosticado na fase crônica, podendo progredir para fase acelerada e crise blástica. Atualmente a adesão ao tratamento é o fator de prognóstico mais importante na LMC e o uso do mesilato de imatinibe tem induzido resposta hematológica rápida e completa. Durante o monitoramento a resposta ao tratamento pode ser definida como ótima , alerta ou falha. Em crianças a LMC é rara e constitui 3% das leucemias da infância e adolescentes com incidência anual de 1:1.000.000 de crianças. A idade média de diagnóstico infantil é de 11 a 12 anos, sendo mais raro ainda em crianças com menos de 04 anos de idade. Este artigo relata um caso de LMC em uma criança com três anos e 10 meses de idade, tendo acompanhamento clínico e laboratorial por 2 anos.Observou-se que mesmo tendo o transcrito de pior prognóstico, apresentou reposta molecular completa ao uso de ITC e mantém reposta até o presente momento.Porém ainda é necessário mais relatos na literatura sobre LMC nas crianças para compreendermos melhor o comportamento da doença e o uso dos ITCs nessa faixa etária.

  • RUTH MERIEN DE FREITAS VIEIRA
  • VALIDAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES ABCA1 E ABCG1 EM AMOSTRAS DE SANGUE PERIFÉRICO EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA

  • Data: 26/11/2015
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  • A Leucemia Mieloide Crônica tem o mesilato de imatinibe como terapia de primeira linha. Os genes ABCA1 e ABCG1 apresentaram expressão diferenciada em estudo de sequenciamento massivo de transcriptoma, o que os tornou objeto de estudo a fim de validá-los como genes envolvidos na resposta ao imatinibe. MÉTODOS: A análise da expressão gênica teve como base os valores do cycle threshold (CT) através de PCR em Tempo Real, onde foi realizado a comparação da expressão entre pacientes e controles, levando em consideração a definição de resposta dos pacientes de acordo com a redução de log. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa BIOESTAT 5.0, e índice de EUTOS foi calculado conforme descrito na literatura. RESULTADOS: A expressão de ambos os genes apresentou maior média em pacientes de baixo risco segundo o índice de Eutos. ABCA1 apresentou menor expressão em pacientes não responsivos e maior em reponsivos. ABCG1 estava mais expresso em pacientes responsivos. CONCLUSÃO: A ação de ABCA1 e ABCG1 como bombas de efluxo de drogas pode ser elucidado na divisão dos pacientes segundo Eutos. Levando em consideração a descoberta recente do HDL como supressor de células tronco hematopoiéticas, pode ser aplicada na estratificação de acordo com a redução de log. Em ambos os casos são necessários mais estudos para que futuramente eles possam se tornar bons marcadores no monitoramento de pacientes com leucemia mieloide crônica.

  • MARIA RENATA MENDONÇA DOS SANTOS
  • Prevalência e genótipos da infecção endocervical por Chlamydia trachomatis em municípios prioritários do Arquipélago do Marajó, Amazônia, Brasil

  • Data: 30/09/2015
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  • Introdução: Chlamydia trachomatis (C. trachomatis) é a infecção sexualmente transmissível (IST) bacteriana mais prevalente no mundo. A característica assintomática da infecção, em cerca de 80% dos casos, e a falta de diagnóstico precoce podem determinar sequelas severas no aparelho reprodutivo feminino.  No Norte do Brasil não há estudos sobre o rastreio e a diversidade dos genótipos de C. trachomatis em infecções endocervicais. Este estudo objetivou  verificar a prevalência e os genótipos de C. trachomatis circulantes em infecções endocervicais de mulheres que residem em municípios prioritários do Arquipélago de Marajó, Estado do Pará, região norte do Brasil. Material e métodos: O estudo incluiu 393 mulheres, investigadas entre Março de 2013 a Maio de 2015, em quatro municípios do Arquipélago do Marajó, Estado do Pará, Brasil. Através da aplicação do questionário padronizado, foram investigadas variáveis sócio econômicas e comportamentais associadas à infecção. Foi coletada secreção endocervical para a pesquisa morfológica e molecular da bactéria. Resultados: a prevalência geral da infecção no estudo foi de 4% (n=16). Ter idade igual e/ou inferior a 25 anos e mais de um parceiro sexual no último ano, foram  variáveis associadas à infecção endocervical por C. trachomatis (p<0,001). A infecção apresentou 3,88 vezes mais chances (RP; IC 95%; 1,33-11,37; p=0,013) de ocorrer em mulheres com renda familiar inferior de um salário mínimo e, naquelas que tiveram iniciado a vida sexual antes dos 15 anos de idade foi observada uma potencial  maior para a infecção. Os genótipos F, D e E foram os mais prevalentes dentre os seis identificados. Conclusão: Foi encontrada baixa prevalência da infecção por C. trachomatis, associada principalmente aos genótipos urogenitais, às mulheres adultas jovens, de baixa renda, que iniciam a vida sexual cedo e que tem mais de um parceiro sexual no último ano.

  • JOÃO DE DEUS TEIXEIRA JUNIOR
  • ANÁLISE DA EVOLUÇÃO LABORATORIAL DA ANEMIA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

  • Data: 28/08/2015
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  • Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano. Quando a queda da TFG atinge valores muito baixos, geralmente inferiores a 15 mL/min/1,73m2, estabelece-se o que tradicionalmente se chamava de “Insuficiência Renal Crônica” (IRC) o estágio mais avançado da perda funcional progressiva dos rins observado na Doença Renal Crônica (DRC), denominação que tem sido adotada à especificação de que se trata do estágio 5 da DRC. Durante sua progressão, a DRC culmina por prejudicar várias funções renais, entre elas a de excreção. A associação entre anemia e DRC é um fato conhecido há mais de 150 anos e por se tratar de um achado comum em pacientes portadores de DRC, a anemia neste grupo de pacientes apresenta um determinado quadro hematológico e a redução de concentração da eritropoetina (EPO) desempenha papel primordial para seu desenvolvimento. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência dos tipos de anemia em pacientes com Doença Renal Crônica que realizam hemodiálise no Departamento de Hemodiálise PRORIM do Hospital Beneficente Portuguesa do Pará, buscando avaliar a relação entre o tipo de tratamento utilizado para reversão da anemia e a elevação dos parâmetros eritrocitários no hemograma e investigar possíveis causas em que a anemia pode não estar em fase de regressão, caso algum paciente não apresente melhora no quadro de anemia diante do tratamento administrado. Foram analisados dados de 50 prontuários de pacientes com Doença Renal Crônica atendidos no Departamento de Hemodiálise PRORIM do Hospital Beneficente Portuguesa do Pará no período compreendido entre outubro de 2013 e outubro de 2014. A prevalência de anemia encontrada neste grupo de estudo foi de 100%, porém, de todos os pacientes avaliados, apenas uma paciente do sexo feminino apresentou um padrão de hemograma diferenciado, onde o Volume Corpuscular Médio apresentou-se acima do valor de referência durante todo o monitoramento. Nenhum dos pacientes apresentou perfil hematológico de anemia por carência de ferro. Conclui-se que esse grupo de pacientes apresenta uma boa reversão da anemia, com boa aceitação pela administração da eritropoetina, além do monitoramento dos estoques de ferro ao longo do tratamento. Entretanto, o monitoramento do ferro é digno de importância. De fato, é necessário que haja políticas de informação para toda a população sobre a doença renal crônica, relacionando suas causas, complicações, consequências, e principalmente das medidas preventivas para esta morbidade, por se tratar de um grande problema de saúde pública.

     
  • SERGIO LOBATO FRANCA
  • SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS EM POPULAÇÕES DA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA: UM ESTUDO TRANSVERSAL

  • Data: 28/08/2015
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  • a síndrome metabólica (SM) desempenha papel fundamental na origem das doenças cardiovasculares. Estudos sobre a SM no Brasil ainda são recentes, e em regiões mais isolada como na Amazônia, o seu comportamento epidemiológico ainda é desconhecido. O estudo objetivou estimar a prevalência da SM e fatores associados em adultos da Amazônia Brasileira. Métodos: realizou-se no período de 2012 a 2013 um estudo transversal de base populacional, com a participação de 787 adultos selecionados aleatoriamente da área urbana de quatro cidades da Amazônia Oriental Brasileira. Os participantes foram submetidos a avaliação antropométrica, laboratorial e interrogados sobre o estilo de vida. A síndrome metabólica foi definida pelo critério clínico harmonizado - Joint Interim Statement, sendo utilizada a regressão logística múltipla para verificar o potencial de associação dos fatores de risco com com a presença da SM. Resultados: A prevalência geral da SM foi de 34,1% (IC 95%= 30,8-37,4), aumentando linearmente com aumento do índice de massa corporal e idade. A partir da faixa etária de 40-49 anos a SM atingiu aproximadamente metade das mulheres (46,0%), enquanto que os homens só experimentaram prevalência similar na quinta década de vida (43,3%). O HDL-c baixo (64,4%) e a obesidade abdominal (58,9%) são mais elevadas nas mulheres (p < 0,0001), já para os homens, a pressão arterial elevada é significativamente maior (p < 0,0009). Foram mais propensos a ter SM quem estava na faixa etaria de 40–59 anos (odds ratio [OR]= 3,35 [IC 95%= 2,30-4,90]); ou acima dos 60 anos (OR= 5,80 [3,63-9,27]); ou com sobrepeso (OR= 4,17 [2,77-6,29]); ou obeso (OR= 8,82 [5,56-13,98]). Conclusão: A população da Amazônia Oriental Brasileira experimenta elevado risco cardiometabólico, nescessitando de esforços governamentais para controle e prevenção da SM e de seus fatores de risco.

     
  • IBERÊ PINHEIRO DO MONTE
  • Comparação entre quatro diferentes critérios de diagnóstico de Síndrome Metabólica  em indivíduos do Arquipélago do Marajó (Pará, Brasil).

  • Data: 10/08/2015
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  • A síndrome metabólica possui vários critérios de diagnóstico que variam de acordo com os grupos estudados. O presente trabalho investigou a concordância entre o diagnóstico de síndrome metabólica por quatro diferentes critérios em 787 indivíduos do Arquipélago do Marajó (PA) selecionados randomicamente e agrupados por gênero e em três faixas etárias distintas. Os resultados mostraram quem valores diferentes de indivíduos portadores de síndrome metabólica com os critérios WHO (4,1%) e EGIR (9,7%) foram menos inclusivos revelando percentuais cerca de dez vezes menores que os identificados pelos critérios IDF (37,1%) e NCEP-ATPIII (29,9%), sendo esses dois últimos critérios os que tiveram os maior índice de concordância e se mostraram os mais rigorosos nesta análise populacional.  Os critérios para o diagnóstico de síndrome metabólica devem ser aplicados de acordo com a população investigada, pois de forma contrária os estudos de prevalência na população tendem a mostrar resultados divergentes.

  • NELMA CRISTINA SOUSA DE ASSIS SIQUEIRA
  • Análise do perfil glicêmico de pacientes atendidos em um laboratório de análises clínicas da rede privada em Belém (PA) durante o ano de 2013.

  • Data: 30/07/2015
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  • A dosagem de glicemia é o principal parâmetro de diagnóstico do diabetes mellitus (DM) e pode estar condicionada a variações alimentares, endócrinas, ao estresse e interferência de medicamentos. Os laboratórios de análises clínicas atendem a demandas médica para a dosagem de glicemia cujos resultados, entretanto, precisam de uma análise mais profunda com um acompanhamento clínico que permita correlacionar a hiperglicemia com o diagnóstico de DM, inclusive com a dosagem de outros parâmetros diagnósticos como a hemoglobina glicada (A1C). Este trabalho objetiva avaliar o perfil glicêmico dos pacientes atendidos no Laboratório Paulo Azevedo (Belém-PA) no período de janeiro a dezembro de 2013, determinando os valores médios de glicemia de pacientes discriminados por gênero e idade e estabelecer as frequências de pacientes na faixa de hipoglicemia, normoglicemia e hiperglicemia de acordo com os valores de referência. Será determinado a magnitude da associação entre gênero e idade ao perfil glicêmico. Os possíveis casos de DM serão identificados em relação às dosagens de glicemia e A1C.

  • ORLANDO PEREIRA AMADOR NETO
  • Análise da estabilidade da amostra de sangue para a dosagem de hemoglobina glicada (A1C) pelo método de cromatografia de afinidade ao boronato.

  • Data: 30/07/2015
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  • Diabetes mellitus representa um distúrbio metabólico com múltiplas etiologias, caracterizada por hiperglicemia crônica, associada a defeitos na produção de insulina ou sua atividade, onde elevados níveis glicêmicos aumentam a probabilidade de complicações microvasculares em diversos órgãos. A hemoglobina glicada é um marcador que revela a glicemia estimada nos últimos dois ou três meses e o uso para fins diagnósticos foi estabelecido por uma comissão internacional de especialistas em 2009. O valor acima de 6,5% confirmado em uma segunda dosagem foi aceito pela Organização Mundial de Saúde em 2011 como fator diagnóstico de diabetes mellitus. Métodos de dosagem, todavia, ainda são de alto custo e complexa tecnologia para estudos epidemiológicos. Nesse sentido, o método de dosagem de A1c por afinidade ao boronato com equipamento portátil, surge como opção de fácil execução e baixo custo. Sendo importante para pesquisas in loco em comunidades distantes dos centros urbanos, como populações ribeirinhas amazônicas, quilombolas e indígenas. Entretanto, há poucos estudos sobre estabilidade da amostra em diversas condições de transporte e conservação. Este trabalho realizou um ensaio de controle de qualidade da dosagem de A1c por afinidade ao boronato. Avaliou a reprodutibilidade do método em diferentes temperaturas e tempo de armazenamento da amostra.

  • EDNEI CHARLES DA CRUZ AMADOR
  • Comparação das análises utilizadas para avaliar por ensaio imunoenzimático (ELISA) a aquisição de anticorpos na malária causada por Plasmodium vivax

  • Data: 30/06/2015
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  • Neste estudo analisamos os dados obtidos no ensaio imunoenzimático (ELISA), nas análises qualitativa e quantitativa, para avaliar o reconhecimento da proteína recombinante His6MSP119, contendo a porção C-terminal da MSP1 de Plasmodium vivax, por soros de indivíduos que residem em área endêmica de malária. A área de estudo foi o município de Goianésia do Pará, Pará. Foram analisadas 544 amostras de soro, sendo 80 soros de indivíduos infectados por P. vivax, com diagnóstico clínico de malária e exame parasitoscópico positivo, realizada pelo exame da gota espessa, e 464 foram coletados de indivíduos expostos ao risco de adquirir malária, os quais residiam em localidades do município de Goianésia do Pará, área com registro de transmissão de malária. Inicialmente, as amostras de soro foram testadas em duas diluições, 1/100 e 1/1000. Os dados obtidos foram analisados por comparações dos valores de densidade óptica (DO). Posteriormente, com base nos valores de ponto de corte, analisamos a frequência de soros positivos. Considerando qualquer um dos valores do ponto de corte determinado nesse estudo e as duas diluições testadas, observamos que no grupo infectado a frequência de indivíduos positivos variou de 70,0% a 95,0%, enquanto que no grupo exposto essa variação foi de 14,48% a 62,81%. Também comparamos as análises sorológicas empregadas para determinar a concentração sérica dos anticorpos IgG. Os resultados obtidos indicam que as análises dos dados da sorologia forneceram informações consistentes no sentido de evidenciar a necessidade de padronizar tanto o procedimento técnico (diluição da amostra) quanto a análise qualitativa e quantitativa (valor do ponto de corte e determinação dos níveis séricos de anticorpos), visando a aplicação da sorologia nos estudos relacionados à epidemiologia da transmissão da malária.

  • ADRIANE MARIA BEZERRA DA SILVA
  • EXPRESSÃO DOS GENES ABCA7 E ABCC12 EM CÉLULAS DO SANGUE PERIFÉRICO DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA.

  • Data: 15/05/2015
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  • A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) tem o Mesilato de Imatinib (MI) como seu tratamento em primeira linha. Os genes ABCA7 e ABCC12, pertencentes à família de transportadores ABC- ATP-biding cassete family (ABC Family), apresentaram expressão diferenciada em estudo de sequenciamento de transcriptoma em pacientes com LMC. Dessa forma, objetivou-se quantificar a expressão dos genes ABCA7 e ABCC12 em células do sangue periférico de pacientes portadores de LMC e validá-los como genes envolvidos na resposta ao Mesilato de Imatinib. A Análise da expressão gênica teve como base os valores do cycle threshold(CT) através de PCR em Tempo Real,  onde foi realizado a comparação da expressão entre pacientes e controles, levando em consideração a definição de resposta dos pacientes. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa BIOESTAT 5.0, e índice de EUTOS foi calculado conforme o cálculo online deste escore. As médias da expressão gênica no grupo controle e nos pacientes de acordo com a eficácia da terapia apresentou a expressão do ABCA7 diminuída no grupo de pacientes em diagnóstico (1,1344), e a expressão do ABCC12 aumentada (5,1655).  Na comparação em relação a resposta, observou-se valores significativos nos seguintes casos: controle ABCA7 e pacientes em diagnóstico (p<0,001) e  pacientes com resposta alerta (p=0,0165). O teste de Regressão Logística simples indicou que não há dependência entre o escore diagnóstico e a expressão gênica de ABCA7. Possivelmente o gene ABCA7 está associado à adesão terapêutica com MI; e o gene ABCC12 não possui resposta clara de sua relação com a LMC.

  • JESSICA MARISA MENDES PEREIRA SCHIERHOLT
  • ANÁLISE ELETROCORTICOGRÁFICA E HEMATOLÓGICA DE RATOS WISTAR EXPOSTO AO METILMERCÚRIO PELA VIA TRANSPLACENTÁRIA E MAMÁRIA, DURANTE O TERÇO FINAL  DA GESTAÇÃO E PERÍODO DE LACTAÇÃO

  • Data: 27/04/2015
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  • O mercúrio está presente em todo o ambiente, encontrado em diversas formas, sendo o metilmercúrio a forma na qual o mercúrio apresenta maior toxicidade. Mediante ao exposto, este trabalho teve como objetivo elucidar alguns efeitos causados pela exposição ao metilmercúrio durante o terço final do período gestacional e durante a lactação, avaliando a toxidade provocada pelo metilmercúrio a partir do 14° dia de gestação até o 14° dia pós natal por meio de eletroencefalograma e avaliação das alterações hematológicas. Foram utilizadas ratas da linhagem wistar, sendo quatro ratas fêmeas e suas proles, que correspoderam a 32 ratos wistar jovens. As ratas foram agrupadas em dois grupos com dois animais em cada. O grupo controlhe, que recebeu água filtrada, e o grupo que recebeu água com metilmercúrio, em concentração de 0,04 mg/ml. Cada grupo foi mantido em gaiola individualizada e o volume d água ingerido foi medido a cada 24 horas. Para a avaliação do eletroencefalograma foram implantados eletrodos na duramater em 18 animais, que constituíram dois grupos com nove animais em cada, um grupo cuja mãe recebeu metilmercúrio (0,04 mg/ml) na água fornecida (grupo tratado) e outro cuja mãe não teve contato com metilmercúrio (grupo controle). Acoleta de sangue foi feita umediatamente após a aquisição do registro eletroencefalográfico. Os resultados dos registros eletrocorticográficos apresentam diferença estatística significativa nos animais tratados. Na análise hematológica os animais tratados apresentaram uma diminuição significativa da taxa leucocitária, devido a uma acentuada linfopenia. Os animais tratados também apresentaram uma diminuição significativa no número de hemácias e hemoglobinas. O volume de plaquetas também foi alterado na presença do metilmercúrio. Neste trabalho foi possível observar que as alterações nos parâmetros hematológicos sugerem que a exposição crônica ao metilmercúrio pode acarretar um défict no sistema imune, bem como quadros de anemia e distúrbios de coagulação. Os animais neonatos são mais suscetiveis aos efeitos neurológicos causados pela exposição ao mercúrio devido a maior afinidade deste ao tecido nervoso em desenvolvimento. As alterações neurológicas encontradas nos ratos expostas ao metilmercúrio sugerem a necessidade de aplicação de técnicas quantitativas para a avaliação das funçoes somatosensoriais, bem como o monitoramento periódico do quadro clínico e toxicológico, tendo em vista a elevada neurotoxicidade desse composto. 

  • ANDREZA LOPES MAIA
  • EXPRESSÃO DO GENE ATP CITRATO LIASE (ACLY) COMO INDICADOR DE ERITROTOPOESE E RESPOSTA AO TRATAMENTO COM MESILATO DE IMATINIBE EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA

     

  • Data: 07/04/2015
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  • INTRODUÇÃO: A Leucemia Mielóide Crônica é uma neoplasia caracterizada pela presença do cromossomo Philadelphia (Ph). Este possui uma translocação que dá origem ao gene híbrido, cuja proteína é a BCR-ABL. Esta encontra-se envolvida com numerosas vias de transdução de sinais, como a via PI3K/AKT, que por sua vez está ligada a fosforilação da enzima ATP citrato liase (ACLY) envolvida em importantes vias biossintéticas. Diante disso, objetivou-se neste estudo quantificar a expressão do ACLY em pacientes com LMC tratados com mesilato de imatinibe.

    METODOS: Análise da expressão diferencial dos genes AKT e ACLY em amostras de medula óssea e sangue periférico em grupos de pacientes e controles, através das técnicas de sequenciamento e PCR em Tempo Real, analisando os dados estatísticos no programa BIOSTAT 5.0.

    RESULTADOS: A análise do transcriptoma mostrou a diferença de expressão entre os genes nos pacientes e controles, tanto na medula óssea como no sangue periférico. A expressão do ACLY em pacientes, na medula óssea, é quatro vezes maior que em controles; no sangue periférico, a proporção é exatamente o inverso. Avaliando o ACLY no sangue periférico observou-se que os pacientes em tratamento apresentam um aumento da expressão do ACLY em relação aos pacientes que não iniciaram o tratamento com o MI (p<0,0001). Para avaliar a relação entre a resposta ao tratamento dos pacientes e a expressão do ACLY realizou-se o teste de regressão (R² = 0.98) e o teste de correlação revelou uma forte associação entre a expressão deste gene e no número de eritrócitos (R=0,83).

    CONCLUSÃO: O ACLY encontra-se envolvido na hematopoese e pode ser um candidato a marcador de resposta ao tratamento com MI em pacientes com LMC.

  • ALEXANDRA ARIADINE BITTENCOURT GONÇALVES PEREIRA
  • DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS EM RATOS SILVESTRES DO GÊNERO PROECHIMYS

  • Data: 31/03/2015
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  • Foram realizadas contagens das variáveis hematológicas em onze ratos do gênero Proechimys, capturados in situ em Abaetetuba (Pará / Brazil), com o objetivo de estabelecimento de uma colônia de roedores silvestres em biotério de criação mantido no Instituto Evandro Chagas/SVS/MS. Para a determinação dos parâmetros hematológicos foi utilizado o analisador hematológico automático BC 2.800Vet, (Mindray©). A comparação estatística entre os valores dos parâmetros obtidos logo após a captura dos animais e após seis meses de adaptação em ambiente de biotério demonstrou que a maioria dos parâmetros avaliados não apresentou diferenças significativas, apenas os valores obtidos para as plaquetas. O estabelecimento de parâmetros hematológicos destes roedores auxiliará pesquisadores que estudam e investigam espécies de roedores endêmicas da Amazônia e àqueles que os utilizarão como modelos biológicos para estudos de doenças infectocontagiosas no qual estes roedores participam como reservatórios.

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