Projeto de estruturação e padronização de um banco de sangue de caninos no município de Belém, Pará.
Banco de sangue animal, transfusão sanguínea, hemocomponentes.
O desenvolvimento do conhecimento na área da Medicina Transfusional em animais de companhia, aliado a uma maior facilidade de acesso aos diferentes produtos sanguíneos, permitiu que a terapia transfusional se tornasse uma prática cada vez mais comum em Medicina Veterinária. Dessa forma, a hemoterapia é o emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundido na forma de hemocomponentes, tais como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma. A indicação mais frequente para a realização da transfusão sanguínea é para correção da anemia grave causada por hemorragia, hemólise, eritropoiese ineficaz, anemia hemolítica auto-imune e neoplasia. Nas últimas décadas a transfusão sanguínea ganhou notoriedade como medida de terapia emergencial na clínica de pequenos animais. O avanço da técnica de hemoterapia e a maior segurança ao empregá-la estão relacionados com o reconhecimento dos tipos sanguíneos caninos, seleção de doadores e teste de compatibilidade, para assim fornecer um produto de qualidade. Os estudos sobre tipagem sanguínea no Brasil ainda são escassos, sendo o teste de compatibilidade sanguínea a técnica mais comumente utilizada com o intuito de minimizar os riscos de reações transfusionais. Assim sendo, o projeto tem como objetivos: a elaboração de um manual para viabilização do banco de sangue de cães no município de Belém no estado do Pará, englobando o ciclo desde a triagem dos doadores, coleta do sangue, tipagem sanguínea, processamento de hemocomponentes, armazenamento, teste de compatibilidade, transporte das bolsas de sangue e ato transfusional.