Análise da estabilidade da amostra de sangue para a dosagem de hemoglobina glicada (A1C) pelo método de cromatografia de afinidade ao boronato.
Diabetes mellitus representa um distúrbio metabólico com múltiplas etiologias, caracterizada por hiperglicemia crônica, associada a defeitos na produção de insulina ou sua atividade, onde elevados níveis glicêmicos aumentam a probabilidade de complicações microvasculares em diversos órgãos. A hemoglobina glicada é um marcador que revela a glicemia estimada nos últimos dois ou três meses e o uso para fins diagnósticos foi estabelecido por uma comissão internacional de especialistas em 2009. O valor acima de 6,5% confirmado em uma segunda dosagem foi aceito pela Organização Mundial de Saúde em 2011 como fator diagnóstico de diabetes mellitus. Métodos de dosagem, todavia, ainda são de alto custo e complexa tecnologia para estudos epidemiológicos. Nesse sentido, o método de dosagem de A1c por afinidade ao boronato com equipamento portátil, surge como opção de fácil execução e baixo custo. Sendo importante para pesquisas in loco em comunidades distantes dos centros urbanos, como populações ribeirinhas amazônicas, quilombolas e indígenas. Entretanto, há poucos estudos sobre estabilidade da amostra em diversas condições de transporte e conservação. Este trabalho realizou um ensaio de controle de qualidade da dosagem de A1c por afinidade ao boronato. Avaliou a reprodutibilidade do método em diferentes temperaturas e tempo de armazenamento da amostra.