AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DE CASO RARO DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA NA INFÂNCIA
LMC, gene BCR-ABL, diagnóstico infantil
A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa tendo como característica principal a presença do cromossomo Filadélfia (PH), resultante de uma translocação recíproca e balanceada entre o braço longo dos cromossomos 9 (gene ABL) e 22 (gene BCR), originando o gene BCR-ABL. A média de idade ao diagnóstico é de 55 anos, com menos de 10% dos pacientes com idade abaixo de 20 anos ao diagnóstico. É uma doença de inicio insidioso, geralmente diagnosticado na fase crônica. A LMC é subdividida em 3 fases: fase crônica, acelerada e blástica. Antes da terapia com os inibidores da tirosino cinases (ITCs), o prognóstico da doença era ruim, e as terapias eram somente paliativas. O Mesilato de imatinibe é um ITCs que induz resposta hematológica rápida e completa. Esta resposta ao seu uso é o fator prognóstico mais importante nas LMC. Essas respostas são definidas como ótima, alerta ou falha, independente do ITC utilizado na terapia. Em crianças a LMC é rara e constitui 3% das leucemias da infância e adolescentes com incidência anual de 1:1.000.000. A idade média de diagnóstico infantil é de 11 a 12 anos, sendo mais raro em crianças com menos de 04 anos de idade. Este artigo trata-se de um relato de caso de LMC numa criança com 4 de idade, apresentando seu acompanhamento clínico e laboratorial. Visto que, trata-se de um caso raro de LMC na infância, onde se tem poucos registros sobre o assunto na literatura.