Banca de DEFESA: JOSÉ JORGE DA SILVA GALVÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ JORGE DA SILVA GALVÃO
DATA: 20/12/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Faculdade de Enfermagem
TÍTULO:

PREVALÊNCIA DE CHLAMYDIA TRACHOMATIS E FATORES DE VULNERABILIDADE ASSOCIADOS EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA AMAZÔNICA

PALAVRAS-CHAVES:

Chlamydia trachomatis; Populações Vulneráveis; Epidemiologia.

PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Introdução: A Chlamydia trachomatis está amplamente distribuída em populações urbanas e não urbanas. No entanto, algumas populações estão mais vulneráveis a infecções sexualmente transmissíveis devido a aspectos de nível individual, social e de acesso a serviços de saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência da Chlamydia trachomatis e analisar os aspectos da vulnerabilidade associados, em uma população adulta ribeirinha, residente na Ilha do Combú, em Belém do Pará. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, de abordagem quantitativa, realizado em uma população ribeirinha, constituindo parte de um projeto ampliado intitulado “Diagnóstico Situacional das Infecções Sexualmente Transmissíveis no contexto Aamazônico: Análise Geoespecial, Rastreio e Desenvolvimento de Tecnologias Cuidativas Educacionais”. O delineamento transversal descrito foi usado para estimar a prevalência da Chlamydia trachomatis, enquanto o analítico para os aspectos da vulnerabilidade associados, em uma população adulta ribeirinha de um munícipio urbano da região Amazônica. A coleta ocorreu entre 31/07 a 23/12/2020, através de aplicação dos questionários Socioepidemiológico da pesquisa de conhecimentos, atitude e práticas da população brasileira e do Sexually Transmitted Disease Knowledge Questionnaire. A amostragem estratificada não aleatória foi de 326 participantes com idade igual ou superior a 18 anos. Para realização de ensaio imunoenzimático para detecção de anticorpos da bactéria Chlamydia trachomatis IGG e IGM, foram utilizados testes sorológicos Serion Elisa classic Chlamydia trachomatis IgM e IgG. Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais. Os dados foram armazenados em Epi Info e Excel e posteriormente realizada análise de regressão logística bivariada e multivariada no programa Minitab®.  Resultados: Considerando as características demográficas dos participantes, a idade média foi de 40.1 anos (IC 95%: 38.3; 41.8; desvio padrão: 15.7; idade mínima e máxima de 91 anos), 27,9% (91) estavam na faixa etária de 28 a 37 anos. Um pouco mais da metade da amostra foi composta pelo sexo feminino 59% (196) e 68% (223) se declararam pardos. Quanto as características sociais e econômicas, observou-se o baixo nível de escolaridade e de renda, 53% (176) possuem nível fundamental e 69.8% (224) vivem com renda mensal de até um salário mínimo do Brasil. A habitação compartilhada com três ou mais pessoas foi descrita por 74.4% (247) dos participantes e a maioria vive maritalmente (casado ou não) ou está namorando 70.2% (233). A prevalência de marcadores da infecção de C. trachomatis (IgG/IgM) foi de 22% (IC 95%: 17.5%; 26.4%). Para o marcador IgM isolado, a prevalência foi de 5.5% (6/109; IC 95%: 1.2%; 9.8%), sendo 100% no sexo feminino, 50% (3/6) na faixa etária de 28 a 37 anos, 33.3% (2/6) de 38 a 47 anos e menor prevalência entre participantes de 18 a 27 anos (16.7%; 1/6). Conclusão: Os dados levantados e analisados por esta pesquisa evidenciam que a prevalência de Chlamydia trachomatis em comunidades ribeirinhas é maior quando comparadas à outras populações. O baixo nível de escolaridade, renda e o manejo incorreto do preservativo, apontam que estes indivíduos possuem maior vulnerabilidade para contraírem Chlamydia trachomatis.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2414488 - ALINE MARIA PEREIRA CRUZ
Presidente - 1814809 - CARLOS LEONARDO FIGUEIREDO CUNHA
Interno - 2127187 - ELIA PINHEIRO BOTELHO
Interno - 3003131 - GLENDA ROBERTA OLIVEIRA NAIFF FERREIRA
Externo à Instituição - RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA