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Banca de DEFESA: KHELMESON STELLY FARIAS PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KHELMESON STELLY FARIAS PEREIRA
DATA: 28/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: UFPA Bragança
TÍTULO:

"O TERRENO, COBERTO DE MAGNIFICAS MATTAS, PARECEO-ME ADEPTO AS LAVOURAS: SABERES, SABORES E O DISCURSO DE ESCASSEZ NA PROVÍNCIA DO PARÁ EM MEADOS DO SÉCULO XIX


PALAVRAS-CHAVES:

História da Alimentação, abastecimento, hábitos, alimentos.


PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

A pesquisa tem como objetivo investigar o universo das dinâmicas socioculturais que ocorreram na região nordeste da Província do Pará durante meados do século XIX, região conhecida pela historiografia regional como Zona Bragantina, em função de um projeto político de incentivo à ocupação das terras paraense,
promovido pelas autoridades provinciais da época. O principal propósito daocupação das terras do nordeste paraense estava em promover o fortalecimento da economia agrícola, com base em um intenso processo de modernização da Província Paraense, na tentativa de substituir as formas tradicionais de uso da
terra, por tecnologias voltadas para produção agrícola em grande escala. Desse modo, analisaremos os discursos oficiais, proferidos pelas autoridades políticas da época, relacionados ao contexto histórico de escassez de gêneros alimentícios e das iniciativas pública para o enfretamento destas condições. Isso
será realizado a partir das leituras dos Relatórios dos Presidentes da Província do Pará, com intuito de explorar a perspectiva de um arranjo documental possuidor de dimensões oficiais. Também contextualizaremos o cotidiano da população paraense no período da segunda metade do século XIX. Para isso utilizaremos dos depoimentos e impressões dos naturalistas ingleses Alfred Russel Wallace e Henry Walter Bates, sobretudo suas vivências com a população paraense, os viajantes expedicionários que tiveram sua passagem
pela Província do Pará em meados do século XIX. Assim, pretende-se apresentar como os costumes e os modos de vida das populações paraenses, especialmente os hábitos alimentares e a circularidade dos saberes e dos sabores locais se contrapõem ao um discurso de escassez de alimentos proferido pelas autoridades políticas da época. Para isso, realizaremos uma abordagem crítica das fontes, sob a ótica da historiografia da alimentação e do abastecimento, que desempenha um papel indispensável para compreender as
dinâmicas interações interculturais que moldaram um circuito de sociabilidades entre as populações locais e suas adjacências, interpretando o contexto histórico das conexões e assimilações dos hábitos alimentares e das formas de comer, diretamente interligados à natureza circundante.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1199217 - ÉRICO SILVA ALVES MUNIZ
Interno - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Externo à Instituição - RÔMULO DE PAULA ANDRADE
Notícia cadastrada em: 28/09/2023 17:10
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