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Banca de DEFESA: MARCIA DO CARMO SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCIA DO CARMO SOUSA
DATA: 31/08/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual via google meet
TÍTULO:

RESISTÊNCIAS NEGRO-NDIO:  RELAÇÕES DE SABERES NA PRODUÇÃO DAS ROÇAS DOS QUILOMBOLAS DE ITAMOARI


PALAVRAS-CHAVES:

Quilombo Itamoari; Negros-Índios; Saberes-fazeres; Roças.


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
SUBÁREA: Antropologia das Populações Afro-Brasileiras
RESUMO:

Este trabalho objetiva compreender como se produz os saberes das roças na relação entre indígenas e negros no quilombo de Itamoari. Também entender como os saberes e fazeres são repassados pelos mais velhos aos mais novos quilombolas   pela oralidade, e por meio do que eles denominam de dons, reza e saberes espirituais. Com este estudo pretendo colaborar com a comunidade de Itamoari que fica localizada no nordeste paraense no município de Cachoeira do Piriá no sentido de tornar visível nosso modo de existir (e produzir), preservando a floresta em pé. O quilombo de Itamoari é formado pelo casamento entre Tembé e descendentes de negros escravizados. É a união desses dois universos culturais que possibilitam entender como se produz a roça nessa comunidade. Os relatos orais, buscam dá sentido ao recorte metodológico escolhido para fundamentar a pesquisa, ou seja, a história oral e a escrevivência de minha trajetória como quilombola que vive em uma comunidade de fronteira entre o Pará e o Maranhão, na Amazônia brasileira. Percebi no decorrer da pesquisa que os moradores de Itamoari utilizam a prática de agricultura familiar, quer na caça, na pesca e na coleta, obedecendo sempre o regime da natureza, relacionado com o ciclo da lua, as vazantes e enchentes do rio.  Os aportes teóricos que norteiam este trabalho são fundamentados nas ideias de Antônio Bispo (2015, 2021), Conceição Evaristo (2006), Thompson (2012), dentre outros, os quais contribuíram nas reflexões e entendimentos do que é viver em uma comunidade de negros-índios e produzir uma economia de suficiência (Clastres, 1977).  Considero esse trabalho de suma importância para entendermos como se produzem as relações entre negros e índios na formação de quilombos na Amazônia, tendo o quilombo de Itamoari como exemplo desses processos históricos, mas também para elucidarmos a centralidade da terra no debate acerca dos saberes quilombolas, o que pode aportar enorme contribuição para entendermos a economia amazônica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1694336 - ROBERTA SA LEITAO BARBOZA
Interno - 1199217 - ÉRICO SILVA ALVES MUNIZ
Externo ao Programa - 3318711 - MARIA ROSEANE CORREA PINTO LIMA
Notícia cadastrada em: 25/08/2023 10:42
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