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Banca de QUALIFICAÇÃO: UARLEY IRAN PEIXOTO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: UARLEY IRAN PEIXOTO DA SILVA
DATA: 26/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: UFPA Bragança
TÍTULO:

“MANDE ALGUNS QUILOS DE CAROÇOS DE ALGODÃO PARA ELES PLANTAREM NA ROÇA DELES” INDÍGENAS, NATUREZA E O SERVIÇO DE PROTEÇÃO AOS ÍNDIOS NA AMAZÔNIA (1940-1950).


PALAVRAS-CHAVES:

História Ambiental. Serviço de Proteção aos Índios. Povos Indígenas. Amazônia.


PÁGINAS: 66
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

Essa pesquisa objetiva analisar as relações socioambientais e a forma de lidar com a natureza, o protagonismo Indígena e os conflitos que emergiram da atuação do Estado Brasileiro no território do Alto Rio Guamá, bioma amazônico entre os rios Guamá e Gurupi, durante o fim da primeira metade do século XX (1940-1950), especificamente a partir da atuação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) junto aos Tenetehar-Tembé e
outros grupos indígenas, como os Urubu-Ka’apor, na fronteira dos estados do Pará e do Maranhão a partir das atividades dos postos indígenas Felipe Camarão, Pedro Dantas e Tembé. Sob o comando de Getúlio Vargas, o período conhecido como Estado Novo (1937-1945) inaugura uma nova forma de pensar a Amazônia, que se apropria de ideais de intelectuais da época para rechaçar o determinismo e impor uma narrativa de região
abandonada e esquecida pelos antigos governos, e que por isso em grande parte ainda não teria “prosperado”. As fontes utilizadas são documentos da 2a Inspetoria Regional do SPI, entre os anos de 1940 e 1950, além de decretos, matérias jornalísticas e entrevistas feitas em campo. A metodologia utilizada para a leitura das fontes foi baseada em Bacellar (2008), e para buscar a “natureza” nessas fontes foram utilizados os preceitos de
Drummond (1991). Quando lidas em uma perspectiva da história ambiental, essas fontes tornam possível perceber as disputas que se criavam em torno do uso e da exploração dos recursos naturais disponíveis. Os postos do SPI nesse período podem ser entendidos como empreendimentos que auxiliaram na implementação da política varguista na Amazonia e seriam os responsáveis por levar a “técnica” de trabalho que faria a região “prosperar”. Ao tentar impor novas ordens no espaço territorial, controlar os corpos dos povos indígenas e modificar práticas agrícolas tradicionais, os trabalhadores não-indígenas do serviço entravam em conflitos com os indígenas, com missionários e com os elementos da natureza. Ao relatarem empecilhos relacionados com as peculiaridades ambientais da região, esses trabalhadores acabavam reforçando o discurso determinista que o Governo Vargas buscava superar. Argumentamos que os conhecimentos indígenas e as complexas
relações (amistosas ou conflituosas) que esses mantinham com os trabalhadores dos postos iria influenciar no “sucesso” ou “fracasso” desses empreendimentos na região. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1199217 - ÉRICO SILVA ALVES MUNIZ
Interno - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Interno - 2305487 - VANDERLUCIA DA SILVA PONTE
Externo à Instituição - DOMINICHI MIRANDA DE SÁ
Notícia cadastrada em: 26/09/2022 09:29
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