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Banca de DEFESA: ARLEIDE SEABRA DOS SANTOS NOGUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARLEIDE SEABRA DOS SANTOS NOGUEIRA
DATA: 31/05/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Bragança - via google meet
TÍTULO:

O CONTEXTO CULTURAL QUILOMBOLA NAS DISCURSIVIDADES DE PROFESSORAS  DE INGLÊS NAS ESCOLAS EM SALVATERRA


PALAVRAS-CHAVES:

 Educação Escolar Quilombola. Ensino de Língua Inglesa. Práticas socioculturais. Educação Escolar Quilombola. Escolas dos Quilombos. Professoras de LI.


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
SUBÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Esta pesquisa foi desenvolvida em Escolas das Comunidades Quilombolas de Vila União, Mangueiras e Pau Furado e também na Secretaria de Educação do município de Salvaterra, na Amazônia Marajoara, no Estado do Pará. A princípio foi realizado uma leitura dos documentos oficiais da Secretaria Municipal de Educação de Salvaterra, dos Projetos Político-Pedagógicos a fim de perceber os discursos manifestados neles sobre a prposta para uma Educação Escolar Quilobola. Objetivo principal desta pesquisa é analisar as discursividades de Professoras do componente curricular Língua Inglesa que atuam nas Escolas destas Comunidades Quilombolas sobre o ensino das práticas sociosculturais afro-brasileiro com base no que é estabelecido nos documentos legais, como Carta Magna de 1988, Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira de 1996; as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (DCNEB) de 2013; as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola (DCNEEQ) de 2013. Neste estudo é assumido a teoria da Línguística Aplicada defendida principalmente por Moita Lopes. A geração dos dados ocorreram por meio da técnica da entrevista de abordagem qualitativa. Metodologicamente, organizei os dados gerados por perguntas, descrevendo cada entrevista e agrupando os enunciados em eixos temáticos com base no princípio da análise dialógica do discurso da corrente russa do círculo de Bakhtin, que privilegia a linguagem como interação viva e historicamente datada e situada no contexto verbal e extraverbal. Os resultados apontam avanços nas discussões do ensino de Língua Inglesa de modo interdisciplinar, mas indicam que não há um planejamento articulado aos documentos oficiais e nem ao PPP das Escolas pesquisadas. De outro modo, há um interesse das professoras em articular o ensino da língua estrangeira a história da população negra, todavia, não é traduzida por elas no documento de identidade de cada escola quilombola. Concluo, que é preciso avançar nessas discussões no município de Salvaterra, na implementação de uma proposta de educação para uma Educação Escolar Quilombola, sobretudo, em uma diretriz educacional de Escolas do/no Quilombo com a participação das moradoras e moradores dessas territorialidades marajoara.

 

A pesquisa tem como temática de estudo o ensino de Língua Inglesa das práticas socioculturais afro-brasileiras nos discursos de Professoras atuantes em Escolas das Comunidades Quilombolas de Vila União, Mangueiras e Pau Furado de Salvaterra na Amazônia Marajoara, Estado do Pará. A partir da leitura dos Projetos Político-Pedagógicos e documentos oficiais da Secretaria de Educação do município obserevei os discursos manifestados para a proposta de uma Educação Escolar Quilombola. A problemática é se as professoras da Disciplina Língua Inglesa ensinam o conhecimento das práticas socioculturais afro-brasileiras para uma Educação Escolar Quilombola nas Comunidades Tradicionais da Amazonia Marajoara. E, o objetivo principal é analisar os discursos de Professoras de Língua Inglesa que atuam em Escolas de Comunidades Tradicionais ensinam as práticas socioculturais afro-brasileiras, que é permeado por conhecimentos de tradição afrodescendentes como linguagem oral, memória, modos de vida, trabalho, direito a terra e ao território, e, que nem sempre são articulados aos conhecimentos escolares na valoração de práticas identitárias da população negra, principalmente da ausência de documentos normatizadores da Educação Escolar Quilombola da/na Amazônia no Estado do Pará, em que muitas Escolas, ainda não tem o PPP construído de forma coletiva pelos segmentos escolares, ao contexto da comunidade e referendado pelos ordenamentos jurídicos como a Lei Nº 10.639/2003 e a 11.645/2008. O referencial compreende que o componente curricular Língua Inglesa deve articular de forma interdisciplinar os conhecimentos no ensino das práticas socioculturais afro-brasileiras com base nos documentos legais da educação brasileira, como a Constituição Federal de 1988, que prima por uma educação no princípio democrático, no respeito as populações tradicioais. A Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira de 1996, que inclui conteúdos obrigatórios no estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena; as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, que regulamentam a política curricular, o cumprimento, reconhecimento e valorização da história do povo africano e afrodescendentes, cultura, identidade e as políticas de ações afirmativas. A teoria da Linguística Aplicada é utilizada para as discussões do ensino da LI na perspectiva interdisciplinar na relação com o contexto social. O método de abordagem é da pesquisa qualitativa privilegiando os fenêmenos sociais orginados das discursividades das professoras colaboradas. A geração dos dados é fruto da técnica da entrevista e da leitura de documentos da EEQ e SEMEd dando origem aos enunciados. A organização dos dados partiu das enunciações e agrupadas por temáticas, criando as categorias analíticas. Os resultados revelam avanços nas discussões do ensino de Língua Inglesa de modo interdisciplinar, mas indicam que não há um planejamento articulado aos documentos oficiais e nem ao PPP das Escolas pesquisadas. O conteúdo da LI nos PPP’s,, raramente indicam o ensino das práticas socioculturais. De outro modo, há um interesse das professoras colaboradas em articular o ensino da língua estrangeira a história da população negra, todavia, não é traduzida por elas no documento de identidade de cada escola quilombola. Concluo, que é preciso avançar nessas discussões no município de Salvaterra, na implementação de uma proposta de educação para uma Educação Escolar Quilombola, sobretudo, em uma diretriz educacional de Escolas do/no Quilombo com a participação das moradoras e moradores dessas territorialidades marajoaras.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2360232 - ANA PAULA VIEIRA E SOUZA
Interno - 1231638 - RAQUEL AMORIM DOS SANTOS
Externo ao Programa - 3568199 - ANDERSON FRANCISCO GUIMARAES MAIA
Externo ao Programa - 2367847 - FRANCISCO PEREIRA SMITH JUNIOR
Externo ao Programa - 2751242 - JOAQUIM MARTINS CANCELA JUNIOR
Notícia cadastrada em: 23/05/2022 18:23
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