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Banca de DEFESA: NAILDE DE PAULA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAILDE DE PAULA SILVA
DATA: 10/12/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Instituto de Medicina Veterinária
TÍTULO:

Estudo epidemiológico, socioambiental e sorológico de fatores determinantes para ocorrência de mordeduras de morcegos hematófagos em duas populações humanas vulneráveis em área de Reserva Extrativista (RESEX) no Estado do Pará


PALAVRAS-CHAVES:

SINAN; morcego hematófago; mordedura; profilaxia pré exposição


PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

Dois surtos de raiva humana ocorreram na região Norte do Brasil no biênio 2017-2018. No Pará, a doença voltou a emergir no estado depois de 14 anos sem registro. São comuns na Amazônia comunidades, que vivem isoladas e às margens de fragmentos florestais, entrarem em contato com morcegos hematófagos, importantes reservatórios do vírus da raiva. A transmissão do vírus para as vítimas ocorre diretamente por meio da mordida do morcego em sua procura por sangue. Há necessidade de se conhecer os aspectos epidemiológicos relacionados às agressões para proteção dos indivíduos envolvidos e prevenção das mortes. Este estudo tem como objetivos i) caracterizar a espoliação por morcegos hematófagos em humanos em municípios da microrregião do Salgado; ii) verificar se indivíduos agredidos desenvolvem imunidade natural ao vírus rábico e iii) avaliar o custo x benefício para pré-exposição das pessoas sob risco da agressão por morcegos na região. As análises serão conduzidas a partir das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a respeito do atendimento antirrábico dos municípios de São João da Ponta e Curuçá, e do Sistema Nacional de Imunização (SI-PNI) e Sistema de Insumos Estratégicos (SIES), com os dados do estado do Pará. Para caracterização dos agredidos serão aplicados questionários semiestruturados, enquanto que a verificação da imunidade será conduzida por meio de análise sorológica. Os dados parciais revelaram que, em São João da Ponta, para cada indivíduo registrado no SINAN existem 12,2 indivíduos que não procuram atendimento médico após agressão por morcegos. Esses indivíduos foram mordidos mais de quatro vezes no período de estudo (variação de 1-23 mordidas) e desconheciam o risco de contrair a raiva a partir das mordeduras (95,4%). Um novo perfil de agredidos foi descrito, destacando homens, catadores de caranguejo ou pescadores, em idade adulta como os mais vulneráveis. Ainda, um novo comportamento do morcego hematófago foi indicado, quando esses animais invadem os barcos em busca de alimento. A Reserva Extrativista (Resex) Mãe Grande de Curuçá foi a localidade mais apontada como área propícia para agressão. Portanto, as análises sorológicas serão conduzidas com indivíduos dessa região. A falta de conhecimento sobre a raiva pode ser a principal razão pela não procura ao atendimento médico das vítimas, sendo necessário o implemento de campanhas educativas e de vacinação em massa nessas comunidades. É destacada a necessidade de uma adaptação da ficha do SINAN quando a espécie agressora é o morcego incluindo a “localidade provável da agressão” para identificar as áreas de risco e implementar ações de vigilância da raiva, tendo em vista que a maioria das vítimas não foram mordidas em suas residências. Espera-se que as análises do custo-benefício, ainda não conduzidas, revelem as vantagens em direcionar as medidas preventivas para essa população sob risco e desprovida de atenção médica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2476944 - CARLA CRISTINA GUIMARAES DE MORAES
Externo ao Programa - 1041052 - EUZEBIO DE OLIVEIRA
Presidente - 1913765 - ISIS ABEL BEZERRA
Interno - 1295787 - PEDRO SOARES BEZERRA JUNIOR
Externo à Instituição - VANESSA DE ALMEIDA RAIA
Notícia cadastrada em: 09/12/2020 16:09
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