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AGATHA ROSSANNI ALVES DAMASCENO
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Estudo retrospectivo de condenação de vísceras e seu impacto econômico em um frigorífico com inspeção federal no período de 2015 a 2019
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Data: 23/12/2020
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A qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal são rigorosamente dependentes dos processos tecnológicos e higiênico-sanitários executados durante toda a sua cadeia produtiva, desde a obtenção e recepção da matéria prima, até a expedição do produto acabado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as causas de condenações, verificando possíveis falhas no fluxograma de abate e sugerir as possíveis melhorias, além de analisar e avaliar os prejuízos econômicos causados pelas condenações totais e parciais dos alimentos oriundos de indústria com serviço de inspeção oficial federal. O estudo foi realizado em um frigorífico localizado em um município do sudeste paraense, sendo avaliados os números de condenações das vísceras de 378.157 bovinos abatidos, apresentando como causa de condenação mais obtida a contaminação por conteúdo gastrointestinal, onde a prevalência de condenação foi de 98,05% na cabeça, 99,79% na língua, 82,89% no coração, 45,03% no fígado, 100% nos estômagos e 58,25% nos intestinos. Conclui-se que no presente estudo que a contaminação por conteúdo gastrintestinal é a principal causa de condenação de vísceras de bovinos, sugerindo a necessidade premente de aperfeiçoamento da classe colaboradora envolvida no processo de abate, das correlações entre o fluxograma de produção das indústrias, os principais pontos críticos de risco operacional e dos perigos microbiológicos que envolvem o processamento, e que a inspeção post mortem é imprescindível na manutenção da saúde pública, na garantia da segurança alimentar e na inocuidade dos produtos que chegam à mesa do consumidor.
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ROSIVALDO LOUREIRO PANTOJA
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Avaliação eletrocardiográfica de Sagui-una (Saguinus ursulus) sob contenção química com cetamina e dexmedetomidina
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Data: 22/12/2020
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Saguinus ursulus é uma espécie de primata endêmica do Brasil, classificada como vulnerável de extinção. Constantemente S. ursulus necessitam de anestesia para realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, sendo fundamental o monitoramento da função cardiorrespiratória durante a anestesia. O objetivo do presente estudo foi estabelecer parâmetros eletrocardiográficos e valores de referência para S. ursulus, nas posições decúbito lateral direita (DLD) e decúbito dorsal (DD), anestesiados com cetamina e dexmedetomidina. Foram utilizados 10 espécimes de S. ursulus, quatro machos e seis fêmeas, jovens e adultos, pesando entre 375 e 574 g. Os eletrocardiogramas revelaram que S. ursulus machos e fêmeas apresentaram ritmo sinusal normal em 100% dos animais estudados. Não houve diferença estatística entre os parâmetros extraídos do eletrocardiograma nas posições DLD e DD. No entanto, observou-se que o sexo influenciou nos resultados do parâmetro de amplitude de onda P nas duas posições (p = 0,047). Em conclusão, os valores de ECG obtidos no presente estudo em S. ursulus, podem ser utilizados como fonte de referência por médicos veterinários e pesquisadores, demonstrando que a imobilização química com a combinação de cetamina e dexmedetomidina é segura e eficaz para a espécie na dose utilizada
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INGRID RAISA ARAUJO ATAIDE
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Avaliação radiográfica da cavidade torácica e utilização do método de mensuração VHS (Vertebral heart size) em Saguinus ursulus
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Data: 22/12/2020
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Saguinus ursulus é uma espécie de primata neotropical recém-descoberta e, até o momento, nenhum parâmetro anatômico radiográfico da cavidade torácica foi publicado. O objetivo deste estudo foi determinar um parâmetro objetivo para o tamanho cardíaco em espécimes de Saguinus ursulus saudáveis utilizando o método de mensuração radiográfica Vertebral heart size (VHS) e fornecer valores de referência para estruturas presentes na cavidade torácica. Foram utilizados 11 espécimes de S. ursulus, seis fêmeas e cinco machos, jovens e adultos, saudáveis, pesando entre 375 e 574g, nascidos em vida livre e mantidos cativos no Centro Nacional de Primatas (CENP), no município de Ananindeua, Estado do Pará, Brasil. Radiografias torácicas nas projeções laterolateral direita (LLD), laterolateral esquerda (LLE) e ventrodorsal (VD) foram utilizadas para determinar um padrão pulmonar e avaliar a silhueta cardíaca utilizando-se o método de mensuração VHS, assim como descrever valores biométricos associados à silhueta cardíaca e estruturas torácicas. Foram apresentados múltiplos parâmetros radiográficos da cavidade torácica de S. ursulus. Os campos pulmonares apresentaram no geral padrão intersticial difuso com variações para o padrão bronquial. Não houve diferenças estatísticas dos valores do VHS obtidos entre machos e fêmeas e entre as projeções LLD e LLE, porém diferenças significativas no comprimento do coração em VD e LL foram observadas. O valor médio do VHS estimado para a espécie foi de 9,14 ± 0,11 (variação de 7,2-10,3v). Conclui-se que a radiografia torácica como uma modalidade de imagem não invasiva permitiu uma avaliação precisa e segura da silhueta cardíaca e de estruturas da cavidade torácica de Saguinus ursulus. O método de mensuração da escala vertebral do coração (VHS) mostrou-se eficaz e aplicável para a espécie. Este estudo fornece uma visão geral da anatomia radiográfica torácica normal e parâmetros de referência primários para a avaliação clínica do tórax de Saguinus ursulus, gerando dados que facilitarão o diagnóstico e acompanhamento de doenças que acometem o sistema cardiorrespiratório da espécie.
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SANDRA DE MAMEDES COSTA
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Pesquisa das infecções naturais por Trypanosoma cruzi, Rickettsia spp. e Borrelia spp. em carnívoros silvestres (Carnivora: Canidae, Felidae e Procyonidae) na Amazônia brasileira
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Data: 18/12/2020
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Trypanosoma cruzi, Rickettsia spp. e Borrelia spp. são agentes etiológicos de enfermidades importantes tanto para a saúde pública quanto para a saúde animal, no entanto são poucos os estudos sobre esses agentes em carnívoros silvestres no bioma Amazônia. Portanto, o presente estudo teve como objetivos detectar a infecção natural Trypanosoma cruzi, Rickettsia spp. e Borrelia spp. em procionídeos, canídeos e felídeos silvestres no bioma Amazônia. Amostras biológicas foram coletadas de carnívoros silvestres de vida livre e cativos na Amazônia brasileira. Para a detecção de DNA T.cruzi, foi realizada Nested PCR com os iniciadores D71/72 e D75/76 e confeccionados esfregaços sanguíneos. Para a detecção de DNA de Rickettsia spp. foi realizada Nested PCR com os iniciadores 17k-5/17k-3 e 17k-1/17k-2, sendo alguns produtos sequenciados e submetidos à análise filogenética. Para a detecção de DNA de Borrelia spp. foi realizada Nested PCR com os iniciadores FlaLL/FlaRL e FlaLS/FlaRS. DNA de T. cruzi foi detectado em 38,2% (42/110) e formas tripomastigotas foram detectadas em 6,4% (7/110) dos carnívoros silvestres. DNA de Rickettsia spp. foi detectado em 3,7% (4/109) dos animais e não houve detecção de DNA de Borrelia spp. nas amostras analisadas. Conclui-se que T. cruzi e R. felis infectam carnívoros silvestres de vida livre e cativos no bioma Amazônia. Faz-se necessário a vigilância contínua da saúde desses carnívoros nos parques zoobotânicos e fragmentos florestais adjacentes para pevenir a ocorrência de novas infecções nessas populações e a transmissão desses agentes para população humana nas regiões visitadas.
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DIANA MARIA DE FARIAS
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Epidemiologia da infecção por Trypanosoma cruzi em ratos silvestres e das infecções por Histoplasma capsulatum e Mycoplasma spp. em pequenos mamíferos silvestres e animais de companhia em áreas de florestas remanescentes na Amazônia Oriental
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Data: 17/12/2020
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Trypanosoma cruzi, Histoplasma capsulatum e Mycoplasma spp. são agentes etiológicos de enfermidades importantes tanto para a saúde pública quanto para a saúde animal, no entanto são poucos os estudos sobre esses agentes em mamíferos domésticos e silvestres no bioma Amazônia. Portanto, o presente estudo teve como objetivos detectar a infecção e avaliar as alterações cardíacas causadas por T. cruzi em ratos silvestres no bioma Amazônia e detectar as infecções por H. capsulatum e Mycoplasma spp. em pequenos mamíferos silvestres oriundos de remanescentes florestais periurbanos e em cães e gatos peridomiciliados na Amazônia Oriental. Amostras biológicas foram coletadas de ratos e marsupiais de vida livre capturados em três fragmentos florestais periurbanos. Cães e gatos residentes em comunidades rurais adjacentes a estes fragmentos também foram examinados. Para a detecção de DNA T.cruzi, foi realizada Nested PCR com os iniciadores D71/72 e D75/76, exames histopatológicos e análise por imuno-histoquímica em musculatura cardíaca dos ratos silvestres. Para a detecção de DNA de H. capsulatum, foi realizada Nested PCR com os iniciadores HCI/HCII e HCIII/HCIV e para a detecção de DNA de Mycoplasma spp. foi realizada PCR com os iniciadores HBT-F e HBT-R, sendo alguns produtos sequenciados e submetidos à análise filogenética. DNA de T. cruzi foi detectado em 84,61% (33/39) dos ratos silvestres. Alterações histopatológicas na musculatura cardíaca foram observadas em 34,61% (9/26) dos animais positivos e ninhos de amastigotas foram marcados na imunohistoquímica em tecido de um exemplar de H. megacephalus. DNA de H. capsulatum foi detectado em 9,5% (12/126) dos pequenos mamíferos silvestres e os ratos apresentaram uma maior frequência de animais positivos 25,6% (10/39) quando comparado com os marsupiais 2,3% (2/87). A frequência de animais de companhia positivos foi de 2,2% (3/139), sendo 1,6% (2/121) para os cães e 5,5% (1/18) para os gatos. DNA de Mycoplasma spp. foi detectado em 18,7% (6/28) dos ratos, em 13% (9/69) dos marsupiais, 28,4% (37/130) dos cães e em 28,6% (6/21) dos gatos examinados. Infecções por M. haemomuris em ratos das espécies H. megacephalus, Neacomys sp. nov. e P. cuvieri e Mycoplasma sp. em M. murina e Marmosops cf. pinheiroi são relatadas pela primeira vez no Brasil. Conclui-se que a infecção por T. cruzi pode causar lesões cardíacas em ratos silvestres das espécies P. cuvieri, H. megacephalus, Neacomys sp. nov. e O. paricola.; ratos, marsupiais, cães e gatos podem ser infectados por H. capsulatum e por diferentes espécies de micoplasmas hemotrópicos no bioma Amazônia.
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MARILIA ANTONIA OLIVEIRA DA TRINDADE
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Análise da distribuição espacial da esquistossomose e geohelmintos no município de Primavera/Pará
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Data: 11/12/2020
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Dentre as infecções parasitarias de grande importância na saúde púbica global destacam-se a esquistossomose mansônica e as geohelmintíases, prevalente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, afetam principalmente as comunidades mais pobres sem acesso à água potável e saneamento básico adequado. O uso do geoprocessamento oferece a análise espacial dos casos possibilitando que epidemiologistas identifiquem áreas de abrangência facilitando a tomada de medidas interventivas adequadas através de um diagnóstico situacional mais preciso. O presente estudo teve por objetivo analisar a distribuição espacial e o perfil da esquistossomose e geohelmintos no município de Primavera/Pará. Os dados foram obtidos do projeto DECIT 40/2012. Foram obtidos os limites de país, estado e município do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise de dados foram utilizados o mapa da distribuição espacial da esquistossomose e geohelmintoses e a estimativa de densidade Kernel (EDK). O perfil predominante da população estudada foi do gênero feminino (50,98%) e adulta (33,82%). Porém, nos infectados a maioria foram do sexo masculino (57,84%). Foram identificados a presença de infecção por S. mansoni (10,78%), A. lumbricoides (4,90%), T. trichiura (2,21%) e ancilostomídeos (41,91%). Foi observada a presença de coinfecção em 12,5%, sendo a maior coinfecção entre S. mansoni e ancilostomídeos (8,33%). A EDK identificou aglomerados de altas intensidades nas localidades de Pedrinhas e Canaã. O uso do geoprocessamento possibilitou o mapeamento e identificação de áreas de risco de contaminação da esquistossomose, geohelmintoses e a coinfecção, dessa maneira poderá auxiliar na tomada de decisões assertivas no controle dessas infecções.
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NAILDE DE PAULA SILVA
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Estudo epidemiológico, socioambiental e sorológico de fatores determinantes para ocorrência de mordeduras de morcegos hematófagos em duas populações humanas vulneráveis em área de Reserva Extrativista (RESEX) no Estado do Pará
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Data: 10/12/2020
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A raiva humana transmitida por morcegos re-emergiu na região Norte do Brasil nos anos de 2017/2018, depois de 14 anos sem registros da doença. Essa re-emergência é preocupante para as populações da região amazônica, uma vez que são comuns na região, em comunidades que vivem isoladas e às margens de fragmentos florestais, os relatos de espoliação por morcegos hematófagos. A transmissão do vírus dos morcegos para as pessoas ocorre principalmente pela mordedura. Neste contexto o conhecimento dos aspectos epidemiológicos relacionados às agressões por morcegos é fundamental para a adoção de medidas protetivas das populações humanas vulneráveis e a prevenção de mortes. Assim, o presente estudo tem como objetivos: i) caracterizar a espoliação por morcegos hematófagos em humanos em dois municípios da microrregião do Salgado; ii) verificar a soroprevalência para o vírus rábico em indivíduos agredidos. As análises descritivas foram conduzidas a partir das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a respeito do atendimento antirrábico dos municípios de São João da Ponta e Curuçá, com os dados do estado do Pará. Para caracterização dos agredidos foi aplicado questionário semi-estruturado para todos os 124 indivíduos do estudo, enquanto que a titulação de anticorpos para o vírus foi realizada pelos métodos de Rapid Fluorescent Focus Inhibition Test (RFFIT) e Enzyme Linked Immunono Sorbent Assay (ELISA), em 58 indivíduos, moradores do município de Curuçá-PA. Em São João da Ponta, para cada indivíduo registrado no SINAN existem 12,2 indivíduos que não procuram atendimento médico após agressão por morcegos. Esses indivíduos foram mordidos mais de quatro vezes no período de 2013 a 2015 (variação de 1-23 mordidas) e desconheciam o risco de contrair a raiva a partir das mordeduras (95,4%). Um novo perfil de agredidos foi descrito, destacando homens, catadores de caranguejo ou pescadores, em idade adulta, como os mais vulneráveis. Ainda, um comportamento do morcego hematófago ainda não descrito foi relatado por entrevistados, que seria o ataque de morcegos à humanos em embarcações próximas a costa. A Reserva Extrativista (RESEX) Mãe Grande de Curuçá foi a localidade mais apontada como área propícia para agressão por isso as análises sorológicas foram conduzidas com indivíduos residentes do município de Curuçá. Estes indivíduos responderam um questionário epidemiológico no qual as respostas foram a base da análise descritiva do estudo. Essas pessoas tinham entre 03 e 69 anos, sendo a maioria de pescadores (60,4%) de áreas de mangue, do sexo masculino (75,4%). Dentre os indivíduos vacinados 100%, apresentaram IgG contra o vírus da raiva e 55,5% deles apresentaram também IgM. O título de anticorpos neutralizantes (AcN) foi ≥0,5UI/mL em 50% dos indivíduos desse grupo, 81,8% foram agredidos uma vez na vida e 56,4% receberam esquema de vacinação incompleto (1-4 doses), sem aplicação do soro (37,5%). Já entre os não vacinados 35% apresentaram IgM e 90% IgG. Os AcN ≥0,5 UI/mL foram detectados em 7,5% deles, 17,5% tinham títulos entre 0,11 – 0,49 UI/mL e 75% apresentaram AcN ≤ 0,10 UI/ mL. Nesse grupo, 21,5% já tinham sido atacados mais de cinco vezes em sua vida, sendo que a última agressão tinha ocorrido entre 2 meses e 1 ano (55,9%, enquanto dormiam em choupanas (51,9%), durante a atividade de pesca. O fato de existirem indivíduos com títulos AcN para o vírus rábico (25%) não vacinados indica uma possível exposição ao vírus relacionada às sucessivas agressões pelos morcegos. No entanto, na maior parte destes casos (17,5%) essas exposições não tenham induzido uma resposta imune protetiva. Indivíduos não vacinados que apresentaram títulos protetores necessitam de maior investigação para afastar de forma inequívoca a possibilidade de uma vacinação que tenha sido omitida na entrevista. Este estudo propõe mudanças necessárias na ficha do SINAN para avaliar as áreas potenciais de ataques de morcegos na população humana no Pará, e assim, promover estratégias de intervenção profilática ou precoce para ajudar a minimizar os custos do tratamento e para evitar o ressurgimento da raiva humana na microrregião do Salgado no estado do Pará, Brasil
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GISELE CRISTINE CASTRO SEADE
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Estudo anatomopatológico e parasitário em cachalote – Anâ (Kogia Sima) oriundo de evento de encalhes no litoral do Pará, Brasil
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Data: 27/11/2020
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Diversos agentes patogênicos podem ser mantidos na natureza por uma ou mais espécies reservatórias, na maioria animais silvestres. Recentemente, em virtude da ocorrência de surtos de enfermidades altamente virulentas, resultando na busca de hospedeiros desconhecidos, os morcegos passaram a receber atenção especial, pela constatação de que estejam envolvidos na transmissão de agentes de doenças emergentes. A grande diversidade e dispersão dos morcegos, associadas aos métodos de exploração da natureza pelo homem acabam por facilitarem o contato, desses animais, com seres humanos e seus animais domésticos, possibilitando cada vez mais a transmissão de agentes infecciosos. O presente estudo tem como objetivo, Realizar um estudo anatomopatológico e imuno-histoquímico que será realizado em morcegos provenientes de fragmentos florestais o que resultará na identificação de antígenos do Coronavirus (CoV). O presente estudo está sendo realizado em três fragmentos florestais do estado Pará pertencentes a três mesorregiões: Nordeste paraense, metropolitana e sudeste paraense. Os morcegos capturados foram submetidos a eutanásia, por conseguinte as amostras biológicas foram acondicionadas para congelamento e fixadas em formalina à 10% para o processamento histológico e para posterior analise imuno-histoquimica.
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ELANE DE ARAUJO DE ANDRADDE
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Fatores associados às práticas de adesão à vacinação antirrábica anual para cães e gatos no município de Curuçá, amazônia oriental
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Data: 30/09/2020
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O ciclo urbano da raiva apresenta os animais de companhia como principais transmissores e, embora os casos de raiva canina e humana transmitidas por cão tenham diminuído nos últimos anos, no Brasil, a proximidade da população humana com esses animais faz com que os mesmos se tornem importantes fontes de infecção para o ser humano. A vacinação é considerada como o método mais eficaz no controle da enfermidade e preconiza-se que onde a raiva é endêmica a mesma alcance uma cobertura de 70% e que sua eficácia seja monitorada através da quantificação de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo. O município de Curuçá pertence à microrregião do Salgado e é vizinha da região Bragantina, onde ocorreram casos de raiva humana transmitida por morcegos hematófagos em 2004 e 2005. A localidade apresenta relatos informais de agressão de morcegos em animais domésticos e tem o cão como principal agressor para o ser humano. Neste sentido o monitoramento da raiva canina neste município é imprescindível para um efetivo controle da doença nesse local. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo descrever os fatores epidemiológicos associados com a produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus da raiva na população de cães e gatos de propriedade deste município. O cálculo de tamanho da amostra direcionou a busca de 352 cães, de forma aleatória. Os gatos (n=46) foram analisados nas residências que também tinham cães. Um questionário foi direcionado ao tutor do animal e uma amostra de sangue foi coletada para pesquisa de anticorpos neutralizantes A estimativa populacional de animais do município também foi calculada. Os animais eram em sua maioria machos, com idade entre 1-3 anos, que possuíam acesso irrestrito à rua. 48,8% dos cães e 32% dos gatos não foram vacinados na última campanha antirrábica e 4,7% dos cães já foram agredidos por morcegos. Dentre as amostras analisadas, apenas 21,1% apresentaram titulação ≥0,5 UI/mL. As variáveis espécie, cuidados veterinários e participação em campanhas anuais foram consideradas como risco para a não participação na última campanha (OR = 0,46, 2,55, 15,67 respectivamente). A população de animais foi estimada em 18.620 cães e 4.556 gatos. A relação homem: cão foi de 2,1:1 e homem: gato de 8,7:1. Esse estudo revelou que a estimativa de cães baseada no quantitativo da população humana está subestimado para comunidades na região amazônica. Foi possível quantificar pela primeira vez os cães que são agredidos por morcegos. A educação em saúde com ênfase em posse responsável e vacinação antirrábica periódica e semestral são recomendados para a região.
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CLAUDINA RITA DE SOUZA PIRES
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Sobrevivência e desenvolvimento de larvas infectantes de Haemonchus contortus em diferentes espécies de forrageiras na Amazônia Oriental
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Data: 25/09/2020
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência de larvas de terceiro estágio de Haemonchus contortus em diferentes forrageiras na Amazônia Oriental. Foram utilizados quatro canteiros compostos por Brachiaria humidicola, B. brizantha cv. Marandu, Panicum maximum cv. Massai e P. maximum cv. Mombaça, formados por 13 parcelas cada. Fezes de ovino contendo aproximadamente 10.000 ovos de H. contortus foram depositadas em cada parcela. Cada parcela foi utilizada para uma amostra de capim, fezes e solo. As coletas foram realizadas no 7º, 15º, 30º dias pós contaminação (DPC) e cada 30 dias até o 330º DPC. Houve recuperação de larvas infectantes nas amostras de capim e de solo em todas as parcelas, desde o 7º até 330º DPC. A recuperação de larvas infectantes do capim foi superior entre o 7o ao 30o, 180o e 240o DPD e no solo entre o 7º ao 60º, 300º e 330o DPC. As forrageiras que apresentaram menor biodisponibilidade de larvas infectantes, neste estudo, são B. brizantha cv. Marandu e P. maximum cv. Mombaça.
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JOELSON SOUSA LIMA
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Métodos moleculares, físico-químico e microbiológico para a avaliação da qualidade e autenticidade de leite bovino, bubalino e caprino
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Data: 22/09/2020
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O controle da qualidade e autenticidade do leite é de suma importância, devido principalmente ao amplo consumo desse alimento. Por isso, é fundamental o desenvolvimento e o aprimoramento de técnicas que identifiquem falhas e adulterações durante o processamento do produto. Os padrões para esse controle geralmente baseiam-se no leite bovino. No entanto, a procura por leite de outras origens, como bubalina e caprina, faz com que seja necessária também a análise de metodologias que possam ser aplicáveis a estas outras espécies. A incorporação do leite cru ao pasteurizado, de maneira intencional ou por falhas durante a pasteurização, pode propiciar a proliferação de micro-organismos patogênicos, dentre eles Salmonella spp. e Listeria monocytogenes que devem estar ausentes em alguns alimentos, dada a sua alta patogenicidade e os inúmeros surtos já relatados. Outra preocupação é a fraude por mistura de leite de diferentes espécies não relatada no rótulo do produto, que além de lesar o consumidor pode representar um risco a saúde dos indivíduos que possuem condições alérgicas. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar métodos para a análise da qualidade e autenticidade de leite diferentes espécies. Para isso, verificou-se a sensibilidade de metodologias para a detecção da fosfatase alcalina e, assim, o controle da pasteurização em leite bovino, bubalino e caprino. Avaliou-se a capacidade de detecção da fraude por adição de pequenas porcentagens de leite bovino incorporado ao bubalino por meio de uma Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Verificou-se a cinética de crescimento de microbiano em leite submetido a diferentes condições de processamento e armazenamento. E, além disso, padronizou-se uma PCR para detecção simultânea de DNA bovino, bubalino, Salmonella spp. e L. monocytogenes e a aplicação em amostras experimentalmente contaminadas e fraudadas. Dentre os testes usados para acusar a atividade residual da fosfatase alcalina, a metodologia proposta pela legislação brasileira foi a mais eficaz identificar a presença de pequenas porções de leite cru nas amostras, ao passo que os demais métodos foram menos sensíveis e ainda é necessário o aprimoramento para o uso em leites de outras espécies. A Reação em cadeia da Polimerase pode ser utilizada para a investigação da fraude por mistura de leites de diferentes espécies, bem como para a identificação de L. monocytogenes e Salmonella spp., diminuindo o tempo e o custo das análises. O leite é um alimento rico em nutrientes que favorece o crescimento de micro-organismos patogênicos em diferentes condições de armazenamento e, portanto, a garantia da inocuidade desse alimento é de fundamental importância.
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NAYRA FERNANDA DE QUEIROZ RAMOS FREITAS
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Avaliação da eficiência dos toxóides recombinante α e β de Clostridium perfringens na imunização de equinos
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Data: 31/08/2020
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Clostridium perfringens tem sido classificado como principal agente patogênico gastrointestinal em potros com até 10 dias de idade, apesar dos quadros de enterocolites serem mais comuns em neonatos, animais jovens e adultos também podem ser acometidos. O quadro clínico que se manifesta na forma de cólica, diarreia sanguinolenta e evolui rapidamente para choque circulatório, é causado por ação da toxina β (CPB) de C. perfringens tipo C. Esse agente bacteriano também está associado a graves quadros de mionecrose, geralmente fatais, por envolvimento da toxina α (CPA) de C. perfringens tipo A. Para equinocultura, a importância dessas enfermidades deve-se a elevada mortalidade e a inexistência de vacinas comerciais, que garantam a imunização, principal forma de prevenção. Assim o objetivo deste trabalho foi ser o pioneiro em utilizar e avaliar a longevidade da resposta imune humoral no período de um ano, em equinos imunizados com diferentes concentrações (100, 200 e 400µg) de toxóides recombinantes CPA e CPB de C. perfringens tipos A e C, respectivamente, bem como comparar aos resultados obtidos em animais inoculados com toxóide comercial. Foram utilizados 50 animais da espécie equina, raça Mangalarga Marchador, de ambos os sexos, a partir de um ano de idade, sem histórico vacinal contra clostridioses. Os animais foram divididos aleatoriamente em cinco grupos de dez equinos: Grupo Vacina Recombinante 100µg (G1), Grupo Vacina Recombinante 200µg (G2), Grupo Vacina Recombinante 400µg (G3), Grupo Vacina Comercial (G4) e Grupo Controle Negativo (G5). Os equinos do G1, G2 e G3 foram vacinados com a vacina recombinante contendo diferentes concentrações dos toxóides recombinantes CPA e CPB 100, 200 e 400µg, respectivamente, G4 com vacina comercial e o G5 recebeu solução salina estéril (NaCl 0,9%). Todos os animais receberam duas doses de 2ml, por via intramuscular, na tábua do pescoço, nos dias zero e 28 após a primeira dose. As amostras de soro sanguíneo foram coletadas nos dias zero, 28, 56, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270, 300, 330 e 360 após a primeira vacinação. Os soros obtidos, após centrifugação foram submetidos a técnica de soroneutralização em camundongos. O teste de potência realizado no dia 56, demonstrou que as formulações de 200 e 400µg foram capazes de induzir resposta imune em todos os equinos inoculados, de acordo com os níveis exigidos na legislação, assim como, ao avaliar a longevidade (teste de eficiência) da resposta imune vacinal, as mesmas concentrações apresentaram níveis de anticorpos detectáveis até o dia 180, não havendo diferenças significativas entre os resultados obtidos. A vacina recombinante nas concentrações acima de 200µg foi capaz de estimular resposta imune humoral satisfatória em equinos.
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ANDREIA FERREIRA DA SILVA
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Aspectos epidemiológicos da leptospirose humana na América do Sul e no Pará
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Data: 31/08/2020
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A leptospirose é uma enfermidade que acomete pessoas em vulnerabilidade socioeconômica e animais em todo o mundo, causando um problema de saúde pública. Desta forma, esse estudo objetivou realizar revisão sistemática de 10 anos sobre as situações que contribuem para o descaso na ocorrência da leptospirose nos países da América do Sul, caracterizar epidemiologicamente a ocorrência da leptospirose em pessoas residentes no estado do Pará (período de 2007 a 2017), assim como identificar a incidência da doença nos Centros Regionais de Saúde (CRS), e analisar o atendimento médico e perfil de evolução clínica de pacientes que evoluíram para a cura ou óbito por leptospirose no estado do Pará no mesmo período. Na revisão sistemática foram localizados 682 estudos, dos quais foram incluídos 88 artigos. Os países que mais apresentaram estudos foram o Brasil 45,45%, seguido da Colômbia 21,59% e o Peru 11,36%, em detrimento da Bolívia e Suriname que não apresentaram resultados. Também foram investigadas as frequências de variáveis epidemiológicas referentes à leptospirose nos 13 Centros Regionais de Saúde, onde a média de incidência variou de 0 a 30,69 casos/100.000 hab, cuja maior frequência ocorreu nos meses de janeiro a julho (71,95%), em homens (76,65%), na faixa etária de 20 a 39 anos (40.03%), escolaridade até o ensino fundamental (39,58%). A atividade ocupacional de estudantes (18,8%), contato/limpeza de local com sinais de roedores (63,61%) e ambiente de infecção domiciliar (46,70%) em áreas urbanas (88,17%) foram os mais frequentes. Adicionalmente, utilizamos a técnica Bayesiana para avaliar os casos de leptospirose humana em pacientes que tiveram cura ou evoluíram para a morte no estado do Pará (período 2007 a 2017). Identificamos que nos casos em que houve cura, foi mais provável a utilização de critério clínico laboratorial (80.91%), em detrimento dos que evoluíram para o óbito e tiveram diagnóstico clínico (51.72%). Apesar da maior probabilidade de ter sido menos de 14 dias nas etapas de assistência médica, os casos em que houve evolução para óbito apresentaram maior probabilidade de sintomatologias mais complexas como insuficiência respiratória (57.12%) e renal (49.85%). Em ambos os casos, a área mais provável de infecção foi a urbana, no ambiente doméstico, tendo sido mais provável o contato com local com sinais de roedores, e contato com água ou lama. Concluímos que a exposição à água ambiental, inundações e solos contaminados com a bactéria, assim como exposição por atividades ocupacionais e em ambiente com saneamento deficiente favorecem a infecção humana na América do Sul. No estado do Pará, a leptospirose está relacionada à deficiência do saneamento básico, à necessidade de capacitação dos profissionais de saúde na suspeita dos casos e confirmação laboratorial. Adicionalmente, é necessário reduzir o intervalo de tempo no atendimento de assistência à saúde e implementar a realização de diagnóstico clínico complementado pelo laboratório, para maior eficácia no tratamento terapêutico e redução dos óbitos. E por fim, sugerimos a adoção de políticas públicas no intuito de evitar o registro incompleto das informações no sistema brasileiro de notificação da leptospirose e de políticas públicas eficazes contra a doença.
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MARCIO ALAN OLIVEIRA MOURA
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Alterações vertebrais em botos-cinza, Sotalia guianensis, do litoral amazônico, Brasil
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Data: 15/07/2020
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O presente estudo tem como objetivo descrever as alterações ósseas da coluna vertebral de 169 Sotalia guianensis da coleção osteológica de mamíferos aquáticos depositada de janeiro de 2005 a dezembro de 2017 na Coleção de Mamíferos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Os animais foram coletados no litoral do Estado do Pará, nos municípios de Soure, Salvaterra, Maracanã, Marapanim, Curuçá e Bragança. Os animais foram classificados em imaturos e maduros. A faixa etária foi estimada pela análise das vértebras, considerando que os imaturos apresentavam pelo menos uma sínfise não consolidada. As alterações macroscópicas foram classificadas em malformação (congênita), degenerativa (senil), inflamatória/infecciosa e hiperostose (remodelação óssea): Alterações congênitas foram observadas em 47 (27,8%), incluindo 24 animais maduros e 23 imaturos. Alterações degenerativas foram observadas em 7,7% (13/169) dos animais, todos na categoria madura. Lesões inflamatórias ou líticas estiveram presentes em 6,5% (11/169) dos S. guianensis, afetando 7 animais maduros e 6 imaturos. Alterações na remodelação óssea foram observadas em 4,1% (7/169), envolvendo 5 animais maduros e 2 imaturos. Dois desses casos eram compatíveis com lesão de origem traumática. As demais alterações desse grupo foram classificadas como hiperostose esquelética idiopática. Os achados deste estudo contribuem para um melhor entendimento das ameaças à saúde do boto-da-guiana da região Norte do Brasil, principalmente no que diz respeito às lesões vertebrais
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MARIA DE NAZARE DA SILVA NASCIMENTO
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Comparação das associações cetamina-meperidina-dexmedetomidina e cetamina-meperidina-xilazina nas respostas de parâmetros fisiológicos, períodos anestésicos e recuperação anestésica de macacos prego do gênero Sapajus Kerr, 1792 (Primates: Cebidae)
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Data: 15/06/2020
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Este estudo avalia, comparativamente, os efeitos de dois protocolos anestésicos em macacos prego (Sapajus sp.), sobre as variáveis fisiológicas, qualidade da anestesia e recuperação anestésica. Participaram do estudo dezesseis espécimes de macacos prego, os quais foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos experimentais: SX (10 mg/Kg de cloridrato de cetamina + 3 mg/Kg meperidina + 0,5 mg/Kg de cloridrato de xilazina) e SD (10 mg/Kg de cloridrato de cetamina + 3 mg/Kg de meperidina + 0,005 mg/Kg de cloridrato de dexmedetomidina). Mensurou-se os parâmetros fisiológicos durante 45 minutos no trans-anestésico: frequências cardíaca (FC) e respiratória (f), temperatura corpórea interna (TR), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), saturação periférica de oxihemoglobina (SpO2) e glicemia. Para os parâmetros referidos não foi possível observar alteração significativa entre os grupos SX e SD, p> 0,05. No entanto, houve diferença considerável entre os momentos anestésicos do grupo SX para a variável (FC) e do grupo SD para as variáveis (FC, f, TR, PAS e PAD), com regressão nos valores médios ao transcorrer das mensurações. Os parâmetros glicemia e Sp02 não apresentaram alterações fisiológicas expressivas intra e intergrupos. Para os primatas monitorados, o grupo SX apresentou maior período de latência (PL) e SD maior período de recuperação anestésica (PR). Foram acompanhados no retorno anestésico até o início da ambulação normal, não apresentando diferença (p> 0,05) intergrupos para os escores de recuperação propostos. Para dois espécimes, anestesiados com o protocolo SD, não foi possível realizar monitoração pela ausência de relaxamento muscular adequado, sialorreia e opistótono. A profundidade do plano anestésico foi satisfatória para execução de procedimentos seguros, de curta duração e não-invasivos, em quatorze indivíduos do gênero Sapajus sp., para os grupos SX e SD.
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THAINAR LOPES LOBO
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Avaliação da susceptibilidade à inseticidas em populações de Aedes aegypti (Diptera: culicidae) de Belém, estado do Pará, Brasil
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Data: 31/03/2020
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No Brasil, o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor do vírus Dengue, Chikungunya e Zika. Para impedir a transmissão desses vírus, a principal estratégia adotada é o controle vetorial por meio do uso de inseticidas, e o piriproxyfeno e os piretróides são os inseticidas mais frequentemente usados. Entretanto, o uso contínuo e disseminado desses compostos químicos pode induzir a ocorrência de populações de mosquitos resistentes. Diante disso, este estudo teve por objetivo verificar se as populações de Aedes aegypti da área do Parque Zoobotânico Mangal das Garças e Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna, duas áreas do município de Belém, Pará, são susceptíveis ao larvicida piriproxyfeno e ao adulticida permetrina. As coletas foram realizadas utilizando ovitrampas, e os bioensaios foram realizados de acordo com o preconizado pela OMS com piriproxyfeno em larvas no estádio L3 da geração F1 submetidas às concentrações de 0,05 ppm e 0,5ppm. No bioensaio para permetrina a dose-resposta foi determinada de acordo com as diretrizes do CDC e OMS, utilizando mosquitos adultos da geração F1 expostos à permetrina na concentração 15µl/ml. Os mosquitos capturados no Parque do Utinga apresentaram o maior índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) 91,67% (11/12) em comparação aos mosquitos do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, que apresentaram IPO de 19,05%/ (4/21) e os mosquitos capturados no Parque Zoobotânico Mangal das Garças obteve o maior Índice de Densidade de Ovos 75,25 (301/4) em comparação ao Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna 20,82 (229/11). Ambas as populações de mosquitos testadas foram susceptíveis à permetrina. No entanto, em relação ao piriproxyfeno, ambas as populações se mostraram resistentes à dose indicada. Concluímos que os mosquitos Ae. aegypti das áreas estudadas são susceptíveis ao piretróide permetrina e resistentes ao piriproxyfeno.
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ALLANA LAIS ALVES LIMA
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Atividade antimicrobiana in vitro de Libidibia ferrea frente a bactérias formadoras de biofilmes
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Data: 25/03/2020
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O uso indiscriminado de antimicrobianos e falhas na higienização e degermação de superfícies e equipamentos nos hospitais, favorecem a aderência de resíduos e proliferação de microrganismos, além do aparecimento de cepas multirresistentes. O biofilme é uma das formas estruturais, organizadas e funcionais que os microrganismos utilizam para garantir sua proliferação e proteção do meio externo. Essa forma de comunidade microbiana vem sendo estudada por ser possivel fonte de infecção de pacientes imunossuprimidos que realizam procedimentos em hospitais. Diante disso, o uso de fitoterápicos como alternativa para eliminação destes microrganismos tem se tornado mais comum. A planta Libidibia ferrea tem seu potencial já relatado com ação antifungica, anti-inflamatória e antibacteriana. Assim o presente estudo teve como objetivo avaliar se extratos e frações de Libidibia ferrea apresentam atividade antimicrobiana contra microrganismos presentes em biofilmes formados em equipamentos hospitalares. Para obtenção do extrato as folhas e cascas de Libidibia ferrea foram coletadas e levadas ao Laboratório de Microbiologia da UFPA- Campus Castanhal, onde foram lavadas, sanitizadas e após secagem foram colocadas em solução alcóolica por sete dias, em seguida filtradas e o solvente retirado via rotaevaporador, em seguida foi realizada a prospecção fitoquímica e fracionamento de polaridade crescente. As amostras foram coletadas por meio da raspagem em equipamentos utilizados no centro cirúrgico do HOVET-UFPA e em seguida os microrganismos foram isolados. Para o perfil antimicrobiano as suspensões bacterianas foram padronizadas para 0,5 na escala Mcfarland, os extratos e frações foram diluídos de 100 a 0,39 µg/mL e então foram realizados os testes por meio da difusão em microplacas. O estudo foi realizado em duplicata e foi utilizado clorexidina 2% como controle positivo. A leitura em espectrofotômetro foi realizada em 0hr e 24hr. Os resultados do perfil fitoquímico mostraram presentes as classes metabólicas de saponinas, esteroides, terpenos, purinas, açúcares redutores, antraquinonas e taninos catéquitos. Das amostras coletadas no HOVET foram isolados: Enterobacter sp. Enterbacter agglomerans Staphyococcus aureus Cronobacter sp. Salmonella sp. Serratia marcens bio. Shigella sp. Enterobacter aerogenes Klebsiella pneumoniae Yersinia enterocolítica. No perfil de sensibilidade antimicrobiana observou-se respostas significativas na inibição do crescimento destes microrganismos principalmente pelo extrato bruto da casca em todas concentrações, seguido de diclorometano da folha, fração álcool metílico da casca e folha, fração acetato de etila casca e fração hexano folha respectivamente, com CIM efetivas variando de 0,39µg/mL a 100µg/ml. De acordo com os resultados obtidos Libidibia ferrea pode ser uma alternativa de base para desenvolvimento de um produto eficiente na assepsia de equipamentos hospitalares, uma vez que apresentou atividade antimicrobiana similar e em algumas vezes superior, quando comparada ao degermante utilizado como controle.
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ALAN REIS DOS PRAZERES
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Avaliação de diferentes protocolos de extração de DNA, de forma não letal visando a identificação das espécies de abelha Apis Melífera ligustica, Melipona Rufiventris e Melipona Fasciculata (Smith, 1858)
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Data: 16/03/2020
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As abelhas são conhecidas por sua importância no processo de polinização e pela síntese dos diversos produtos apícolas. Todavia, são escassos os estudos com abelhas amazônicas, principalmente no que se refere as suas características genéticas. Nesse contexto, o estudo de métodos de extração de DNA não letais e principalmente a utilização de técnicas de biologia molecular para a identificação de espécies produtoras de derivados da apicultura e meliponicultura são de suma importância. Dessa forma, o presente trabalho objetiva propor um método de extração de DNA não letal de abelhas e uma PCR para a identificação das espécies Apis Melífera ligustica, Melipona Rufiventris e Melipona Fasciculata (Smith 1858). Para tal, o presente estudo utilizou abelhas já mortas e testou três métodos de extração. Para a padronização da PCR, foram desenhados dois iniciadores para identificação de espécie de Apis melífera e do gênero abelhas Meliponas. Os resultados obtidos demonstraram que os três protocolos de extração utilizados resultaram em DNA’s de baixa pureza e concentrações elevadas e que a PCR proposta foi eficiente para a detecção dos diferentes tipos de abelhas. Além disso, a partir das amplificações, foi possível observar que os melhores métodos para obtenção de material genético das abelhas foram os kits comerciais. Desta forma os kits comerciais forneceram DNA de melhor qualidade para obtenção de material genético das abelhas, sendo viável a utilização das abelhas já mortas. Já os iniciadores desenvolvidos nesse estudo, apresentaram-se eficientes para identificação das espécies estudadas, podendo também ser utilizados para autenticação de produtos produzidos pelas espécies amplificadas
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ANDREA VIANA DA CRUZ
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Análise do perfil sociodemográfico e percepção dos consumidores sobre a segurança alimentar em dois municípios no Arquipélago do Marajó, estado do Pará
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Data: 28/02/2020
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O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil do consumidor de produtos lácteos de origem bubalina e bovina nos municípios de Soure e Salvaterra (Ilha do Marajó-PA), quanto ao perfil sociodemográfico, ao nível de conhecimento sobre qualidade higiênico- sanitária e sobre as fraudes nesses produtos. Para coleta dos dados foram aplicados questionários em voluntários, todos escolhidos ao acaso. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva e posteriormente submetidos à análise de correspondência múltipla (ACM). A coleta de dados resultou em um total de 403 entrevistas. Nossos resultados demonstraram que para consumo de produtos de origem bubalina os entrevistados eram em sua maioria do sexo masculino, maiores de 40 anos, que consomem principalmente dos produtores rurais e os que consomem produtos bovinos eram mulheres com idades entre 21 a 30 anos, que consomem em estabelecimentos comerciais como supermercados e padarias. As principais fontes de proteína animal na região do arquipélago do Marajó são principalmente a partir da bubalinocultura, o que revela fator cultural da região
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IROLEIDE SANTANA DE JESUS
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Prospecção fitoquímica e avaliação in vitro da atividade antibacteriana de extratos e frações da planta medicinal Libidibia ferrea sobre micro-organismos
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Data: 28/02/2020
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O objetivo da pesquisa foi realizar a prospecção fitoquímica e avaliar in vitro a atividade antibacteriana de extratos brutos e frações da folha e casca do caule de Libidibia ferrea sobre micro-organismos isolados de otite e piodermite canina. Para tanto, folhas e cascas do caule de L. ferrea foram maceradas em solução hidroetílica a 70% em uma proporção de 10g da planta para cada 100mL da solução durante 7 dias e, concentradas em Rotaevaporador para retirada do solvente a uma pressão de 54mbar e temperatura de 39ºC. Os extratos brutos obtidos foram submetidos à prospecção fitoquímica e fracionamentos sequenciais por partição líquido/líquido com os solventes de polaridade crescente Hexano, Diclorometano, Acetato de etila e Metanol. Os micro-organismos utilizados para a determinação da CIM (Concentração Inibitória Mínima) foram: Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Hafnia alvei, Citrobacter amalonaticus, Enterobacter aerogenes, Enterobacter aglomerans e Shigella sonnei. Os resultados da análise fitoquímica identificaram Saponinas, Esteroides, Terpenos, Purinas, Açucares redutores, Antraquinonas e Fenóis e Taninos. Os resultados da atividade antimicrobiana, demostraram atividade antibacteriana sobre micro-organismos Gram positivos e Gram negativos. Portanto, o uso das folhas e cascas da espécie vegetal pode constituir-se como uma fonte promissora no desenvolvimento de novos fármacos com propriedades antibacterianas.
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JOSYANE BRASIL DA SILVA
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Avaliação da qualidade e autenticidade de amostras comerciais de méis da região nordeste do estado do Pará, Brasil e detecção molecular de Salmonella spp. em mel a partir de contaminação experimental
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Data: 27/02/2020
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O mel é um produto bastante apreciado, devido suas propriedades nutricionais e terapêuticas, por ser um produto de fácil acesso e obtido de forma natural. Por características de produção e de mercado, esse produto pode ser alvo de contaminação física e microbiológica, além de estar exposto a diferentes ações fraudulentas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de meis comercializados na região Nordeste do estado do Pará, bem como realizar a padronização de uma Reação em Cadeia da Polimerase para detecção Salmonella spp. no mel. Para tal, foram analisadas 14 amostras de méis, sendo sete produzidos por abelhas da espécie Apis melífera ligustica e sete da espécie Melipona fasciculata, provenientes dos municípios de Bragança, Capanema, Nova Timboteua, São João de Pirabas, Salinópolis e Tracuateua. As amostras foram avaliadas com relação autenticidade, as amostras foram submetidas as reações de Fiehe, Lund e Lugol, de acordo com a metodologia do Instituto Adolf Lutz, além da análise polínica. As amostras também foram subemetidas a analise microbiológica para à contagem de de bolores e leveduras (UFC/g), coliformes a 35°C (NMP/g) e contaminação física em nível macro e microscópico, para detecção de sujidades. Para detecção de Salmonella spp foi padronizada uma Reação em Cadeia de Polimerase proposta, partindo de uma contaminação experimental de uma mostra de mel com cepa de Salmonella Tiphymurium (ATCC 14028) e amostras do cultivo foram coletadas em horas distintas de zero hora de cultivo até 48 horas, posteriormente foi feita a coleta de amostras deste cultivo para realização de extração de DNA e contagem. Em seguida, as amostras foram submetidas à PCR, utilizando-se um par de iniciadores que amplificam um fragmento de 429 pb. Os resultados obtidos com a aplicação dos testes qualitativos de autenticidade, demonstraram que somente 21,42% (3/14) das amostras foram consideradas méis autênticos. Contudo, mediante a análise polínica, foi possível observar amostras adulteradas entre as consideradas autênticas e esse perceptual foi reduzido para 14,28% (2/14), uma vez que foi possível observar que uma amostra apresentava mistura proteica. Os resultados obtidos evidenciaram a presença de micro-organismos do grupo dos coliformes e de bolores e leveduras em desacordo com a legislação vigente, em 63,63% e 81,81% das amostras, respectivamente. Através da contaminação experimental do mel, foi possível observar a amplificação de Salmonella spp. a partir da sexta hora de experimento. As amostras de meis analisadas, apresentaram-se adulteradas mediante os resultados dos testes qualitativos e analise polínica, bem como apresentaram contaminação por micro-organismo indicadores mesmo que dentro do limite estabelecido pela legislação vigente, evidenciando falhas no processo higiênico de colheita, processamento e comercialização desse mel. Quanto a PCR proposta foi possível concluir que o método padronizado pode ser uma alternativa viável para a detecção de Salmonella spp. em mel.
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KELLY KAROLINE GOMES DO NASCIMENTO
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ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA RAIVA CANINA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL, ENTRE 1994 E 2014
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Data: 20/02/2020
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A raiva é uma doença neurológica viral zoonótica, que acomete todos mamíferos e caracteriza-se por um quadro clínico de encefalite aguda progressiva, que ocasiona a morte em quase a totalidade dos casos. Apesar de o ciclo urbano estar aparentemente controlado, não se descarta a possibilidade de o cão atuar como transmissor secundário da variante do morcego. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo realizar uma distribuição espaço-temporal dos casos de raiva canina ocorrido entre os anos de 1994 a 2014. A partir dos dados a respeito dos casos de raiva canina por ano em cada município do estado do Pará procedeu-se com a análise descritiva dos dados. As análises espacial e temporal levaram em consideração a incidência por ano e a compreensão da distribuição do agravo se deu pelo método de interpolação. No período analisado foram analisadas 10.057 amostras de sistema nervoso central de cães, sendo que 3,3% (333/10.058) foram positivas para raiva. Verificou-se ainda uma redução de casos positivos no final do período estudado (2012, 2013 e 2014). Contudo, essa redução acompanha uma queda nos envios de amostras nestes mesmos anos. Dentre os 46 municípios com casos de raiva canina no período descrito, Marabá foi o mais recorrente com um total de 92 casos, foi também o município com maior número de amostras enviadas para análise (n=3.268). Outros munícipios com número elevado de material enviado para análise foram Belém (n=2.792) e Castanhal (n=694), embora casos de raiva canina tenham sido raros. A diminuição no envio de amostras e o número de municípios que não enviaram material biológico para diagnóstico laboratorial, sugerem subnotificação da doença, ocasionando possíveis falhas nas ações de controle e prevenção. Sendo assim, deve-se assegurar a coleta e o envio de material biológico para diagnóstico laboratorial de todos os animais suspeitos, a fim de se conhecer a real situação da raiva canina no estado possibilitando a implementação de ações fundamentais para o controle efetivo da doença.
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DENIS YUKIO OTAKA
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Avaliação da eficiência de toxóide recombinante contra botulismo em bubalinos
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Data: 22/01/2020
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A criação de búfalos (Bubalus bubalis) no Brasil se consolida cada vez mais como importante fonte econômica alternativa a bovinocultura por suas características de rusticidade e adaptabilidade. O estado do Pará destaca-se por concentrar o maior rebanho bubalino brasileiro com um efetivo aproximado de 519 mil animais. O botulismo em bovídeos é uma doença de grande importância econômica e sanitária, sendo uma das principais causas de mortalidade de animais adultos no Brasil. A vacinação com os toxoides C e D de Clostridium botulinum é a forma mais efetiva de controle desta doença, contudo, apesar da eficiência, os toxoides botulínicos comerciais apresentam limitações no que diz respeito a sua produção industrial: i- C. botulinum produz baixos níveis de neurotoxina botulínica (BoNT) in vitro; ii- a produção em larga escala é laboriosa, onerosa e sua produtividade dificilmente previsível e; iii- a produção industrial exige a adoção de normas muito exigentes de biossegurança. Dentro dessa ótica as vacinas utilizando proteínas recombinantes vêm apresentando resultados promissores como ferramenta alternativa na imunização animal. Diante da importância da doença e das dificuldades na produção da vacina comercial este projeto teve como objetivo avaliar a eficiência de um toxóide recombinante contra botulismo em bubalinos estabelecendo a curva de anticorpos neutralizantes. Trinta e cinco búfalos adultos sem histórico de vacinação contra botulismo e níveis detectáveis de anticorpos contra BoNTs C e D foram agrupados aleatoriamente em cinco grupos de sete animais: Grupo Vacina Recombinante 100µg (G1), Grupo Vacina Recombinante 200µg (G2), Grupo Vacina Recombinante 400µg (G3), Grupo Vacina Comercial (G4) e Grupo Controle Negativo (G5). Os bubalinos do G1, G2 e G3 foram vacinados com a vacina recombinante contendo diferentes concentrações da proteína recombinante 100µg, 200µg e 400µg, respectivamente, G4 com vacina comercial e o G5 receberam solução salina estéril (NaCl 0,9%). Todos os animais receberam duas doses, num volume por dose de 5ml, por via subcutânea, na tábua do pescoço, nos dias zero e 28 após a primeira dose. Foram realizadas coletas de amostras sangue nos dias 56, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 279, 300, 330 e 365. As amostras foram centrifugadas e os soros submetidos a técnica de soroneutralização em camundongos. No teste de potência aos 56 dias após a vacinação a formulação recombinante com concentração 400µg foi aquela que conseguiu induzir resposta imune humoral com os maiores títulos. No teste de eficiência (longevidade vacinal) a formulação de 200µg do ponto de vista custo/benefício, foi a mais eficiente para a produção em grande escala e, portanto, a formulação a ser escolhida.
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