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Banca de DEFESA: MARCIO ALAN OLIVEIRA MOURA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCIO ALAN OLIVEIRA MOURA
DATA: 15/07/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Complexo de Medicina Veterinária
TÍTULO:

 Alterações vertebrais em botos cinza, Sotalia guianensis, do litoral amazônico, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

doenças ósseas, osteomielite, espondilite, espondilose


PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O boto-cinza (Sotalia guianensis, Van Bénéden, 1864), é um pequeno cetáceo
amplamente distribuído na costa Atlântica das Américas Central e do Sul.
Esses animais, por terem hábitos costeiros, são mais vulneráveis aos impactos
ambientais da ação antrópica, sendo um bom indicador da saúde do ambiente
aquático. Trabalhos envolvendo alterações ósseas em cetáceos têm gerado
importantes informações sobre a sanidade destes animais. No entanto, são
escassos em S. guianensis, particularmente sobre as populações do litoral da
região norte do Brasil. No presente trabalho foram avaliados 170 esqueletos de
S. guianensis oriundos do litoral paraense tombados na Coleção de Mamíferos
do Museu Paraense Emílio Goeldi, na cidade de Belém, estado do Pará, Brasil.
No estudo foram incluídos somente botos-cinza que apresentavam mais de 22
vértebras coletadas. Em 73 (42,9%) animais havia algum tipo de alteração na
coluna vertebral. Destes 73 animais com alterações, 48 (65,8%) eram de
animais provenientes da Ilha de Marajó e 25 (34,2%) do litoral nordeste
paraense. Em 28,2% (48/170) dos animais havia alterações consideradas de
origem congênitas, sendo encontrada frequência igual para maduros e
imaturos (50%). As principais alterações deste grupo foram projeções, uni ou
bilateral, de corpo vertebral, conhecido como “costela cervical” e o não
fechamento do arco neural, sendo estes achados restritos a última vértebra
cervical. Adicionalmente foi encontrado em dois animais a fusão de duas
vertebras cervicais. Em 7,6% (13/170) dos animais foram observadas
alterações consideradas degenerativas, encontrados em animais maduros
sendo caracterizadas pela presença de osteófitos marginais em corpo vertebral
associado ou não com erosão de corpo vertebral. Estas alterações foram
encontradas com maior frequência em vertebras do segmento torácico (10/13),
mas também afetaram, em menor número, os segmentos cervical (6/13),
lombar (5/13) e caudal (5/13). Estas alterações foram encontradas com maior
frequência em botos-cinza oriundos da Ilha de Marajó, com uma prevalência de
84,6% (11/13), que nos da costa nordeste do Pará (3/13). Em 7,6 % (13/170)
dos botos-cinza as lesões foram classificadas como inflamatórias, por
apresentar osteófitos irregulares no corpo vertebral, lise ósseas e anquilose de
vertebras em alguns casos. Estas lesões foram encontradas principalmente na
região torácica (10/13), seguido das regiões lombar (5/13), caudal (5/13) e
cervical (2/13). Essas alterações foram encontradas em maior número nos
animais da Ilha de Marajó (69,2%, 9/13). Em 4,7% dos animais (8/170) foi
observado lesão de remodelamento em ósseo. No entanto, em apenas dois
destes a lesão foi considerada de origem traumática. Os demais desse grupo
foram classificados como hiperostose esquelética idiopática. Os achados deste
estudo são importantes para compreender melhor o que afeta a saúde dos
botos-cinza da região Norte do Brasil, particularmente no que diz respeito às
lesões vertebrais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1295787 - PEDRO SOARES BEZERRA JUNIOR
Interno - 1315586 - VALIRIA DUARTE CERQUEIRA
Externo à Instituição - JOSÉ LUIZ CATÃO-DIAS
Notícia cadastrada em: 06/07/2020 10:18
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