Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULA FERNANDA MORAIS DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA FERNANDA MORAIS DE SOUSA
DATA: 04/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: IMV - Campus Castanhal
TÍTULO:

Incidência da esporotricose felina no município de Castanhal, estado do Pará, no interior da Amazônia Oriental


PALAVRAS-CHAVES:

 micoses subcutâneas; zoonoses; fungos dimórficos.


PÁGINAS: 27
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
ESPECIALIDADE: Doenças Infecciosas de Animais
RESUMO:

A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico do gênero Sporothrix, com destaque para as espécies S. schenckii e S. brasilienses, sendo esta última a de maior incidência no Brasil. Os felinos são os animais mais acometidos e podem também transmitir o agente aos seres humanos. A doença, antes restrita a algumas regiões do país, como sul e sudeste, agora sofreu uma expansão para outros estados sendo necessária a investigação epidemiológica para a elaboração de planos de controle por parte dos órgãos de saúde pública. Assim, o objetivo do presente estudo foi levantar a incidência da esporotricose felina no município de Castanhal-PA, no interior da região amazônica. Para isso, foram acompanhados os casos suspeitos no município que chegavam à estabelecimentos de saúde animal e por meio de busca ativa de animais com lesões características. De cada caso foram registrados o histórico do paciente e coletadas amostras das lesões para o exame direto (citologia por meio de imprint) e com auxílio de swab para posterior semeadura em á Ágar Sabouraud Dextrose (ASD), pH 6,9, acrescido de 0,05 g/L de cloranfenicol e 0,4 g/L de cicloheximida, incubadas por até um mês, sendo examinadas duas vezes por semana. O dimorfismo foi observado a partir do cultivo a 25º C (forma filamentosa) e 37 ºC (leveduriformes). No exame citológico leveduras pleomóficas em “formato de charuto”, isoladas ou associadas a macrófagos, apontavam um indicativo de positividade que era confirmado com o resultado da cultura, onde colônias rugosas, enegrecidas (25º C) cresciam por volta de 7 dias e, na micromorfologia eram visualizadas hifas hialinas com conidióforos sustentando esporos assexuados com uma arquitetura característica (formato de margarida). Todos os animais atendidos foram positivos para a presença do agente nas lesões, sendo registrados 8 casos no município, com um total de 11 animais infectados. A maioria dos felinos eram machos não castrados, animais resgatados ou domiciliados com acesso a rua. Além disso, observou-se que as localidades dos registros eram relativamente próximas e zonas de ocupação recente com ambientes cercados de mata residual ou terrenos baldios com muita matéria em decomposição. Foram observadas nos animais diferentes condições clínicas, desde lesões pontuais na face, lesões disseminadas até casos dramáticos que impossibilitavam o tratamento. Em dois domicílios havia também a suspeita da transmissão zoonótica, onde os tutore após sofrerem arranhaduras dos felinos passaram a manifestar lesões inflamatórias nas mãos, braços e face. Salientamos, ainda, que todos os casos foram devidamente notificados aos órgãos de saúde pública. Dessa forma, registramos oficialmente o primeiro surto de esporotricose felina em um município do interior do bioma amazônico com amplo potencial de disseminação dos casos entre os animais e humanos e ratificamos a importância da vigilância epidemiológica e o planejamento de medidas estratégicas de controle e prevenção dos casos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIELA ISABEL BRAYER PEREIRA
Interno - 016.535.052-06 - JOELSON SOUSA LIMA - UFPA
Externo à Instituição - SIMONE SILVEIRA DA COSTA
Notícia cadastrada em: 03/10/2023 15:49
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - jatoba.ufpa.br.jatoba1