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Banca de QUALIFICAÇÃO: VANILDA ARAÚJO FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANILDA ARAÚJO FERREIRA
DATA: 14/01/2022
HORA: 09:00
LOCAL: On line
TÍTULO:

A valoração biosocioeconômica como instrumento de ação política das comunidades ribeirinhas frente aos grandes empreendimentos na Amazônia Oriental


PALAVRAS-CHAVES:

Infraestrutura. Passivo socioambiental. Valoração biosocioeconômica. Desenvolvimento Local. Amazônia.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O estudo analisa como as relações de interesse e poder interferem no reconhecimento dos serviços ecossistêmicos como fatores de produção socioespacial das coletividades ribeirinhas na Amazônia Oriental, a partir da percepção dos atores locais pertencentes aos territórios de usos coletivos dos Projetos de Assentamentos Agroextrativistas (PAEs), em Abaetetuba-PA, diante da implantação dos empreendimentos minerais e de infraestrutura portuária na mesorregião. Pela natureza estratégica da coleta e análise dos dados, o estudo primou pela combinação dos métodos qualitativos e quantitativos de pesquisa. As informações foram coletadas por meio de levantamento documental e dados da pesquisa de campo com 80 agentes sociais e 8 informantes-chave. Para auxiliar na análise dos dados pelo método da análise do discurso, aplicou-se a análise multivariada para associar um conjunto amplo de variáveis na definição de indicadores representativos das dimensões social, econômica e ambiental; política; e, ecológica e cultural dos PAEs. Na identificação dos valores aproximados estimados para os custos sociais, econômicos e ambientais gerados pelas atividades mineradoras e portuárias sobre os PAEs, bem como o valor aproximado dos produtos e serviços dos ativos naturais e dos serviços de conservação prestados pelas comunidades ribeirinhas dos PAEs, utilizou-se o Método Integrado de Avaliação Contingente (MIAC). Os resultados preliminares demonstraram que o agravamento da degradação ecológica, sobretudo pela contaminação da água, do ar e erosão do solo, aliados à inviabilidade da pesca e do tráfego dos ribeirinhos no local, em razão das operações portuárias ali instaladas, têm repercutido negativamente sobre o modo de vida ribeirinho e a qualidade de vida nas comunidades, especialmente no que se refere à saúde, alimentação, renda familiar e mobilidade fluvial. Em conjunto, o baixo grau de instrução da maioria dos ribeirinhos, a degradação ambiental, a fragilidade dos arranjos produtivos locais e a insuficiência da renda das famílias, atuam como forças que enfraquecem o poder político das organizações sociais locais na luta em defesa da vida nos seus territórios. Esse ambiente está diretamente relacionado à geração de conflito interno nas comunidades porque expõe as pessoas ao assédio das ofertas do agronegócio na região. Corroborando para a manutenção da impunidade, violação de direitos e não reparação dos danos socioculturais, econômicos e ambientais, daí advindos. Contribuindo fortemente para manter os camponeses ribeirinhos no círculo vicioso de pobreza e corrobora o não atendimento ao ODS, do qual o Brasil é signatário.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 171.042.113-49 - ANTÔNIO CORDEIRO DE SANTANA - UFRA
Interno - 2178358 - NIRVIA RAVENA
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Externo ao Programa - 2244124 - ELIANA TELES RODRIGUES
Externo à Instituição - SERGIO CASTRO GOMES
Notícia cadastrada em: 16/12/2021 10:19
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