Notícias

Banca de DEFESA: TIESE RODRIGUES TEIXEIRA JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TIESE RODRIGUES TEIXEIRA JÚNIOR
DATA: 29/08/2019
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 17 DO NAEA
TÍTULO:

A PECUARIZAÇÃO E O SENTIDO PRÁTICO DOS AGRICULTORES FAMILIARES NA AMAZÔNIA: O CASO DA REGIÃO DE MARABÁ, PARÁ



PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura Familiar; Pecuarização; Amazônia.


PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Esta tese parte de um suposto teórico que existem estratégias discursivas e de representação, que definem o que é, e o que não é Agricultura Familiar, ou seja, que ela tem estatuto conceitual próprio evidenciando a presença crescente da pecuária no âmbito das estratégias de reprodução social dos agricultores familiares da região de Marabá, no estado do Pará. Para tanto, tomamos como universo da pesquisa a referida região, que correspondente a área de abrangência do município de Marabá nos anos de 1980.A tabulação espacial dos dados oriundos dos Censos Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, anos 1995/1996 e 2006, e do Cadastro Ambiental Rural (CAR), ano 2016, impulsionaram e nortearam as pesquisas realizadas nos anos de 2017 e 2018, e se configurou em aplicação de questionários e, em entrevistas com agentes sociais do universo em tela. A leitura dos dados retabulados dos Censos Agropecuário do IBGE e do CAR evidenciou na região, entre 1985 e 2016, que o quadro de concentração fundiárias e manteve estável; a hegemonia de um modelo da produção patronal no agrário; a permanência do número de membros das famílias camponesas na região e ampliação da pecuária nas unidades camponesas. Na pesquisa de campo, que envolveu agricultores familiares, e na posterior interpretação dos contextos sociais revelados, à luz da sociologia de Pierre Bourdieu, (1997, 2000, 2001, 2002, 2012) e Tepich (1973)constatou-se que estes agentes se encontram num agrário onde a criação do gado bovino firma-se como uma estratégia de reprodução social. Entre os elementos que podem caracterizar essa agricultura familiar destaca-se: a unidade entre o empreendimento agrícola e a família, ser um campesinato jovem, aparentemente inexperiente no trato com o gado, oriundo em grande parte, de outras regiões do País, precisa de suporte técnico, produz num lugar marcado historicamente pela presença do gado e a criação do gado está vinculada à reprodução social da família. Entre as práticas tomadas como inconscientes refletindo produtos do habitus ajustado a um conjunto marcado por um jogo social, que solicita ações dos agentes sociais inseridos no contexto. Dentre os fundamentos que explicam o porquê, da crescente aderência à criação bovina é possível pontuar, que há um sentido prático nesse movimento, a saber: ações práticas voltadas a garantir o sustento cotidiano da família, ações práticas voltadas à redução da penosidade do trabalho, ações práticas voltadas ao acesso ao crédito, ações práticas voltadas à construção do poder de compra, ações práticas voltadas à garantia da venda da produção e ações práticas para enfrentar o baixo nível tecnológico. Os sinais socioeconômicos, aqui presentes, apontam possibilidades de se refletir sobre o estado atual, e os rumos da agricultura familiar no agrário regional.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 325154 - EDNA MARIA RAMOS DE CASTRO
Interno - 327790 - FRANCISCO DE ASSIS COSTA
Externo à Instituição - MARCELO DOMINGOS SAMPAIO CARNEIRO
Presidente - 1055480 - MAURILIO DE ABREU MONTEIRO
Externo à Instituição - RAFAEL GONÇALVES GUMIERO
Notícia cadastrada em: 16/07/2019 10:45
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - morango.ufpa.br.morango2