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Banca de DEFESA: SOL ELIZABETH GONZÁLEZ PÉREZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SOL ELIZABETH GONZÁLEZ PÉREZ
DATA: 03/05/2016
HORA: 09:30
LOCAL: MINIAUDITÓRIO DO NAEA
TÍTULO:

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS PELOS MẼBÊNGÔKRE-KAYAPÓ DA ALDEIA LAS CASAS - TERRA INDÍGENA LAS CASAS, NO SUDESTE DO PARÁ: aspectos biológicos, sociais e econômicos relevantes para a sustentabilidade da comercialização.


PALAVRAS-CHAVES:

 Mebêngôkre. Uso da terra. Economia tradicional. Comercialização.


PÁGINAS: 259
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

sta tese analisa os diferentes tipos de usos de produtos florestais não madeireiros na Terra Indígena Las Casas, assim como também a importância destes na subsistência do povo Mbêngôkre da aldeia Las Casas, a utilização e os caminos que estes e a comunidade de Las Casas seguem através da comercialização. A pesquisa consistiu numa combinação de métodos e técnicas interdisciplinares das ciências biológicas, assim como também das ciências humanas, servindo-se finalmente de técnicas da etnobotânica, e sistemas de informação geográfica. Para entender o contexto atual do uso de produtos florestais não madeireiros e a inserção no mercado, se analisa o histórico de ocupação da Terra Indígena Las Casas, a dinâmica do uso da terra a através do processamento de imagens de satélite Landsat, e os diferentes tipos de ocupação solo descritos pelos Mbêngôkre-Kayapó da aldeia Las Casas, assim com também as plantas e recursos que utiliza, em fim a economia tradicional deste povo. Se analisaram também as diferentes formas de relação dos Mbêngõkre-Kayapó com a sociedade envolvente e como estas influenciaram na inserção ao mercado e em diferentes atividades econômicas, dando destaque em Las Casas à inserção no mercado através dos projetos Mkunhêre e Me à yry Las Casas. A Terra Indígena Las Casas apresenta uma dinâmica de uso da terra guiada por eventos de desmatamento e recuperação das áreas desmatadas. Desta maneira, os Kayapó reconhecem e classificam diferentes tipos de ocupação do solo entre as que se destacam formações savânicas e florestais, e áreas antrôpicas resultantes da ocupação por posseiros da região, para o estabelecimento de fazendas de gado. A classificação dos usos do solo pelos Kayapó de Las Casas é compatível à obtida através da imagem de satélite Landsat-8, mesmo assim, os Kayapó diferenciam ocupações que na imagem não podem ser reconhecidas, como são babaçuais, pequizais, capoeiras, roças e zonas úmidas de Cerrado. Nestes território caçam, pesca, cultivam suas roças de maneira tradicional. Entre as espécies vegetais utilizadas na sua subsistência, identificam e exploram pelo menos 95 espécies úteis distribuídas em 36 famílias e 72 gêneros botânicos. Para estas espécies foram levantados 21 usos diferentes agrupados em oito categorias de uso. As espécies que tiveram usos destacados para a subsistência e a produção de cultura material pertencem à família Arecaceae (babaçu, burití, bacaba) e Caryocaraceae (pequí). Estas espécies são manejadas por eles e fazem parte da rede de troca de recursos entre aldeias, a qual garante a circulação de deferentes variedades de espécies cultivadas, e matérias-prímas utilizadas na produção de objetos destinados à vida ritual e à comercialização. Finalmente se conclui Para a comercialização de maneira sustentável dos frutos de babaçu e pequi, seria necessária a criação de planos de manejo para ambas as espécies. Desta maneira a atividade que mais oferece oportunidades de geração de renda é a comercialização de artesanato. Mesmo assim, ainda há aspectos que devem ser melhorados, principalmente na organização da comunidade e da associação Ngonhrôrô-kre


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIA LEONOR LÓPEZ GARCÉS
Externo ao Programa - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 327790 - FRANCISCO DE ASSIS COSTA
Interno - 1287131 - JUAREZ CARLOS BRITO PEZZUTI
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 25/04/2016 11:09
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