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Banca de DEFESA: ÁGILA FLAVIANA ALVES CHAVES RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÁGILA FLAVIANA ALVES CHAVES RODRIGUES
DATA: 23/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Miniauditório
TÍTULO:

OS ESPAÇOS INSULARES DE BELÉM: USOS E CONSUMOS DA NATUREZA NA AMAZÔNIA METROPOLITANA E SUAS CONTRADIÇÕES SOCIOESPACIAIS


PALAVRAS-CHAVES:

PALAVRAS-CHAVE: 

Produção social do espaço. Ilhas de Belém. Metropolização. Políticas Públicas. Vida Cotidiana.


PÁGINAS: 466
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Tendo por base teórica a produção social do espaço, a tese aborda a relação sociedade-natureza na Amazônia metropolitana e suas contradições socioespaciais. As ilhas de Caratateua, Cotijuba, Paquetá, Combu e Grande foram escolhidas como referências empíricas de análise, por reunirem características rurais, urbanas e híbridas, com suas particularidades econômicas, ambientais, históricas; pelas políticas de Estado e de mercado a elas dirigidas; e pelos (des)encontros, lutas e resistências dos grupos sociais nelas existentes. O objetivo principal é analisar a produção social do espaço insular de Belém a partir dos usos e consumos da e na natureza expressos em políticas e ações que estimulam o lazer, o turismo e os avanços imobiliários. Sustenta-se que as relações atendem demandas metropolitanas específicas, locais e distantes, e com aspectos de reprodução capitalista e de dominação, por vezes, mais sutis. A insularidade, ora se coloca como resistência a interesses e valores não locais, ora vai ao encontro dos mesmos. Das contradições e conflitos, desencadeiam-se movimentos insurgentes de pertencimento e de reconhecimento da diferença dos sujeitos, sugerindo outras possibilidades mais criativas e posturas contestáveis acerca dos avanços dos processos hegemônicos que se anunciam. Adotaram-se como procedimentos metodológicos: a) a pesquisa bibliográfica de teorias e abordagens sobre o espaço socialmente produzido, as relações sociais de produção e a vida cotidiana; b) a pesquisa bibliográfica histórico-geográfica das cinco realidades empíricas analisadas; c) a análise de dados primários e secundários coletados em fontes documentais relacionadas ao tema; d) a observação sistemática da paisagem em campo e em plataformas virtuais de trocas de mensagens que envolvem os ambientes e os sujeitos analisados; e) e a realização de entrevistas semiestruturadas com representantes do poder público, ligados à administração distrital e às políticas públicas de turismo e lazer, com antigos moradores que possuem liderança política e comunitária, e com novos e antigos moradores que exercem atividades comerciais. A sistematização dos dados e os resultados nos mostram que, em virtude da metropolização de Belém, a partir de 1960, os processos urbanos e suas repercussões econômicas, sociais e ambientais avançam de maneira diferenciada sobre os espaços insulares. Nesse sentido, as novas formas de conceber alguns deles vêm gradativamente transformando a vida dos seus moradores, que passam a ser influenciados pela presença de agentes exógenos e do Estado, e de interesses distintos quanto aos usos para fins de lazer e turismo, tornando-os propícios a novas aspirações econômicas e disputais espaciais. Ha também os que se veem diretamente atingidos pela expansão urbana, neles surgindo bairros onde predominam assentamentos residenciais cujos problemas induzem a luta por permanência e acesso digno aos serviços públicos, convivente com a presença de ações de interesse do Estado e do capital imobiliário. Em outros, intercalam-se residências permanentes e de uso ocasional, que, por sua vez, imbricam-se e/ou disputam posição com pousadas e segundas-residências voltadas para fins turísticos. Há, por fim, aqueles em que, mesmo com aniquilamentos e invisibilizações, a vida cotidiana tradicional ribeirinha perdura nas construções, na configuração territorial e nos laços afetivos e de identidade, fortemente vinculados aos rios e à floresta. Tais diferenciações permitiram reconhecer uma tipologia insular para o município de Belém que foi confrontada com as perspectivas de planejamento e de gestão existentes e concebidas para as especificidades desses mesmos espaços. 

PALAVRAS-CHAVE: 

Produção social do espaço. Ilhas de Belém. Metropolização. Políticas Públicas. Vida Cotidiana.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MICHEL DE MELO LIMA
Interno - 2153297 - MIRLEIDE CHAAR BAHIA
Presidente - 327788 - SAINT CLAIR CORDEIRO DA TRINDADE JUNIOR
Interno - 3294539 - THALES MAXIMILIANO RAVENA CANETE
Externo à Instituição - TIAGO VELOSO DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 26/01/2024 13:48
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