PALAVRAS-CHAVE: saúde indígena; pandemia covid-19; planejamento; implementação;
governança.
Diante do cenário mundial, nacional e estadual, acometido pela nova variação do Coronavírus,
as autoridades internacionais e nacionais lançaram medidas que precisaram ser planejadas e
implementadas com rigor, de maneira a conter a propagação do vírus e o acometimento de mais
indivíduos, com mortes e sequelas. Tal necessidade se reforçou na conjuntura de pandemia, a
partir dos casos confirmados e dos óbitos notificados por COVID-19 entre os povos indígenas
do estado do Pará. Deste modo, essa tese buscou analisar os processos de planejamentos e
implementações de ações e serviços voltados à saúde indígena, nesse período de pandemia pelo
COVID -19. Para a condução desse processo, se adotou um estudo misto, com abordagem
qualitativa e quantitativa, com uso de uma bibliografia especializada voltada a regionalização,
saúde indígena, interdisciplinaridade, impactos do COVID 19, redes de atenção, com
documentação histórica, normatizações, teses e artigos científicos. A complexidade posta por
este estudo, também exigiu diferentes metodologias, o que favoreceu a pesquisadora
compreender e analisar os fatos e fenômenos a partir de diferentes perspectivas, possibilitando
assim, o diálogo interdisciplinar. Se adotou assim, uma pesquisa qualitativa descritiva-
exploratória e realizou-se, portanto, uma análise documental, a partir dos planos de
contingência contra o Covid-19 da SESAI, do estado do Pará, dos DSEI do Pará e de municípios
estratégicos, bem como a análise das coberturas vacinais e dados de morbimortalidade de cada
DSEI. Como resultados encontrados é relevante mencionar que não houve um planejamento
interligado aos municípios como rege a legislação, as implementações dos planos de
contingência foram impactantes nas coberturas vacinais e nos indicadores de morbimortalidade,
apesar dos “vieses” de percurso e a governança das ações e serviços durante a pandemia foram
“atravessadas” por uma macro e micropolítica que historicamente persistem. Houve muitos
avanços, porém ainda existem desafios a serem superados nos espaços micropolíticos de
encontro entre os DSEI e municípios, entre distritos e a SESPA, entre DSEI e SESAI, nas
regiões e macrorregiões do Pará. Buscar estratégias e fortalecer outras já existentes como o
grupo condutor da saúde indígena poderá ser um caminho de governança.
PALAVRAS-CHAVE: saúde indígena; pandemia covid-19; planejamento; implementação;
governança.