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Banca de DEFESA: JORGE AUGUSTO SANTOS DAS MERCES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORGE AUGUSTO SANTOS DAS MERCES
DATA: 26/06/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 15-NAEA/UFPA
TÍTULO:

DESLOCAMENTO COMPULSÓRIO EM BREU BRANCO: EXPERIÊNCIA DA PERDA E PERDA DA EXPERIÊNCIA NA DINÂMICA DE HABITAR

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Deslocamento Compulsório; Hidrelétrica de Tucuruí; Memória; Trauma; Experiência Cultural.


PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Esta pesquisa trata da memória de pessoas deslocadas compulsoriamente em
1984 pela implantação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHE-Tucuruí). A partir
de uma abordagem fenomenológica do problema, esta pesquisa se propõe a
compreender e descrever os fluxos da memória de um evento de intensa
violência naquilo que dela se perde, ora na forma de ocultamento do significado
como estratégia política; ora como interdição do significante na cadeia de
significação, visando a contribuição desta dinâmica para conformação de afetos
relativos a habitar. Para este objetivo foi realizada pesquisas de campo com perfil
etnográfico em meses intermitentes entre 2016, 2017 e 2018 e em 2022. Em
campo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com pessoas deslocadas
compulsoriamente no município de Breu Branco durante a primeira fase das
obras da UHE-Tucuruí, ocorrida entre os anos de 1970 e 1980. O enchimento do
reservatório desta hidrelétrica ocasionou a submersão de quatorze povoados,
entre eles, o Breu Velho (objeto desta pesquisa). Como esta pesquisa foi
realizada em partes durante a pandemia do novo coronavírus (2020-2022), as
pesquisas de campo foram condicionadas pela gravidade do problema em cada
momento, tendo em vista que os meus interlocutores são pessoas idosas e, por
isso, integram grupo de risco na pandemia em curso até aquele momento. Os
dados demonstram como o fenômeno opera através da dinâmica da herança –
das latências e silêncios do processo social que mantém a memória no campo
da disputa. Por um lado, os silêncios racionalizados no processo social de
disputa sobre a memória encontram caminho de enunciação em ambientes
alternativos às regras que a racionalidade dominante nas instituições
disciplinares impõe ao que considera razoável. Por outro lado, como experiência
ontológica do trauma pela interdição do significante, os silêncios, os vazios de
significação, podem ser entrevistos seja nos sintomas que o trauma manifesta
ao introduzir a lei da repetição dos atos sintomáticos presentes na estrutura de
ação dos sujeitos, seja pelo contorno que os significados fazem desta
experiência, matizando com afeto melancólico as narrativas acerca da
experiência da perda.

PALAVRAS-CHAVE: Deslocamento Compulsório; Hidrelétrica de Tucuruí;
Memória; Trauma; Experiência Cultural.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2185069 - FABIO FONSECA DE CASTRO
Interno - 2249019 - MARCELA VECCHIONE GONCALVES
Externo ao Programa - 6672418 - SONIA MARIA SIMOES BARBOSA MAGALHAES SANTOS
Interno - 3294539 - THALES MAXIMILIANO RAVENA CANETE
Externo ao Programa - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 13/06/2023 08:04
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