ESTIVAS, PONTES, MAROMBAS E TRAPICHES: VIDA URBANA E ACESSIBILIDADE ESPACIAL NA AMAZÔNIA RIBEIRINHA
Palavras- chave: Amazônia ribeirinha; Cidades; Acessibilidade espacial; urbanodiversidade; Cidadania.
A pesquisa tem como objeto de estudo a acessibilidade espacial na Amazônia ribeirinha e objetiva analisar a forma que os sujeitos ribeirinhos, com suas particularidades socioespaciais e sua diversidade humana, vivenciam a mobilidade e a acessibilidade espacial em seus espaços públicos, em especial nas cidades de Belém (PA), Macapá (AP) e Afuá (PA). Busca-se analisar a [re]produção das formas de intervenção urbana impostas em realidades com fortes vínculos ribeirinhos, assim como a importância assumida pelos valores da floresta, dos rios e de outras formas de viver que se fazem presentes nas práticas e vivências do cotidiano dos sujeitos que habitam essas cidades. A tese pauta-se na crítica às políticas urbanas que, juntamente com leis e normas - incluindo as de acessibilidade -, nem sempre vão ao encontro do direito à cidade e de uma vida digna baseada na diversidade urbana e no modo de viver das populações amazônicas. Para essa discussão, a análise se utiliza do materialismo histórico-dialético e de uma proposta de investigação de natureza qualitativa. Mobiliza, para isso, técnicas de levantamento bibliográfico, análise documental, observação participante, entrevistas semiestruturadas e registro fotográficos a fim de conhecer com maior profundidade espaços ribeirinhos representativos das três cidades que serão analisadas. Espera-se, assim, contribuir e ampliar conhecimentos sobre acessibilidade na Amazônia urbana ribeirinha, de forma a ajudar na compreensão da relação espaço e cidadania em contextos urbanos diferenciados.