ECONOMIA DO ESGOTAMENTO; A sustentabilidade da trajetória tecnológica da Soja no desenvolvimento para o Sul do Pará
Desenvolvimento Sustentável; trajetória tecnológica; Soja Bt; química dos solos; economia do esgotamento.
A transgenia de resistência a pragas (Bt), defendida como sustentável a partir da redução do uso de agrotóxicos que teoricamente proporciona, têm coadunado com a criação de um rótulo “sustentável” para o desenvolvimento da trajetória tecnológica da soja, que vêm sendo preferencialmente escolhida no âmbito dos projetos econômicos implementados ao Sul do Pará. De 2008-2018, enquanto no Brasil a área plantada em hectares de soja aumentou em 63,89%, no estado do Pará este aumento foi de 694,61%. O avanço desta fronteira agrícola pelo Pará vem sendo facilitado a partir de um conjunto de ações dos governos federal e estadual, e instituições privadas. Em regiões de bioma semelhante (Amazônico, de transição), como o Estado do Mato Grosso e a região do Matopiba, o desenvolvimento da atividade sojicultora não se diferenciou tecnologicamente do que já vem sendo feito em outras regiões. A ausência de desenvolvimento tecnológico na trajetória para uma agricultura de baixo carbono, por exemplo, não têm impedido o acesso de produtores a fundos para isso determinados. Onde a fertilidade de um solo é compreendida em sua composição mineral, e é também o solo fonte de riquezas econômicas que podem ser extraídas (e exauridas) através da Agricultura, uma análise dialética interdisciplinar sobre a sustentabilidade desta tecnologia no sul do Pará será desenvolvida, com ênfase na biotecnologia da semente e seus impactos na química da terra vermelha do Sul do Estado. Neste projeto de pesquisa analisaremos esta solução, que está presente em 99,98% da área plantada de soja no Brasil, quanto à sua sustentabilidade, onde pretende-se um esboço crítico-conceitual transitante entre influências macroeconômicas e consequências micromoleculares.