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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS RODRIGUES DE CASTRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS RODRIGUES DE CASTRO
DATA: 29/02/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula do Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca (Neap-UFPA)/Google meet
TÍTULO:

MUDANÇAS NO TAMANHO CORPORAL DE SERRASALMIDEOS APÓS A OPERAÇÃO DA UHE DE BELO MONTE NO MÉDIO RIO XINGU, PARÁ, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Biodiversidade, hidrelétricas, material alóctone, piranhas, pacus, pulso de inundação


PÁGINAS: 15
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Ecossistemas de água doce, vitais para a biodiversidade, enfrentam ameaças de hidrelétricas, como a UHE Belo Monte (BM) na Amazônia. Esses empreendimentos regulam o pulso de inundação, restringindo o acesso a planícies alagáveis e reduzindo a produtividade dos ecossistemas de várzea. As mudanças afetam as espécies locais de peixes, impactando a nutrição e causando alterações no tamanho corporal. Serrasalmideos (piranhas e pacus) realizam migrações laterais para habitats marginais durante a cheia e dependem de recursos alóctones para sustentar as suas demandas energéticas. Apesar de existirem relatos sobre a redução no tamanho e peso de peixes (principalmente pacus) após a instalação da BM, ainda não há respaldo científico para confirmar essa observação. Aqui, avaliamos os efeitos da BM na distribuição do tamanho corporal de duas espécies de piranhas (S. manueli, S. rhombeus) e dois pacus (M. arnoldi e M. setiger) coletadas em quatro setores sob diferentes graus de impactos: Montante de Reservatório Principal (MON), Reservatório Principal (RX), trecho de vazão reduzida (TVR) e Jusante da barragem (JUS). As coletas foram realizadas entre 2012 e 2022 em ambiente de remanso durante quatro períodos hidrológicos (seca, enchente, cheia e vazante) utilizando malhadeiras com diferentes tamanhos de malhas. Modelos Aditivos Generalizados Hierárquicos (HGAM) e quantílicos (qGAM) foram utilizados para analisar a variação no comprimento padrão ao longo do monitoramento e do rio. Foi observado reduções no tamanho médio e máximo dos pacus em três (MON, RX e TVR) dos quatro setores analisados. As mudanças foram mais sutis para piranhas. Não observamos padrões de declínio claro para S. manueli. Para S. rhombeus, foi observado mudanças no tamanho máximo em todos os setores do rio. Juntos, os resultados suportam a hipótese que a regulação do pulso de inundação reduziu a disponibilidade de alimento, afetando o tamanho corporal de pacus e de pelo menos uma piranha.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRIEDRICH WOLFGANG KEPPELER
Externo à Instituição - JOSÉ AMORIM REIS FILHO
Interno - 946.987.083-20 - MARCELO COSTA ANDRADE - UFPA
Externo à Instituição - THIAGO COUTO
Presidente - 526.336.242-00 - TOMMASO GIARRIZZO - UFC
Notícia cadastrada em: 05/02/2024 18:14
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