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Banca de DEFESA: SUELLEN MARIA GALES SERRAO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELLEN MARIA GALES SERRAO
DATA: 20/08/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Defesa por teleconferência/ via parecer
TÍTULO:

Sistemática Molecular e biogeografia histórica do gênero Mastiglanis Bockmann, 1994 (Siluriformes: Heptapteridae)


PALAVRAS-CHAVES:

Especiação, Peixes neotropicais, Delimitação de espécies, Glaciações, América do Sul


PÁGINAS: 32
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:
A família Heptapteridae, endêmica da região Neotropical, é composta por indivíduos de tamanhos reduzidos, até espécies de médio porte, possuindo uma grande diversidade dentro da ordem Siluriformes. Os peixes dessa família são popularmente conhecidos como mandis e, em geral, são organismos bentônicos, onívoros e habitantes de rios rasos de pequeno porte. A maioria dos heptapterídeos apresentam problemas taxonômicos e sistemáticos devido à grande similaridade morfológica entre as espécies, o que em muitos casos está associada a presença de espécies crípticas. O gênero Mastiglanis, até recentemente monotípico, é frequentemente identificado de forma errônea em estudos de levantamento de biota e de ecologia como Imparfinis por apresentarem características morfológicas semelhantes como barbilhões maxilares longos, nadadeira caudal profundamente forcada e corpo com pouca pigmentação. O presente estudo tem como objetivo realizar a primeira inferência molecular direcionada ao gênero Mastiglanis, tendo como objetivos verificar a monofilia do gênero a partir de dados moleculares bem como inferir quais eventos biogeográficos possivelmente influenciaram na distribuição atual do gênero. As sequências produzidas para os indivíduos morfologicamente identificáveis como Mastiglanis asopos provem de diferentes bacias (Amazonas, Orinoco e Essequibo) da região neotropical. Com o auxílio das análises de delimitação de espécies (ABGD, GMYC, PTP) e de filogeografia utilizando o gene mitocondrial 16S, observamos que o gênero foi recuperado como monofilético, porém, M. asopos não foi recuperado como uma linhagem monofilética, sendo, possivelmente, um complexo de espécies contendo sete linhagens distribuídas ao longo da região Amazônica. Nossos dados indicam o provável surgimento do gênero durante o meio Mioceno, durante o período de formação do Sistema Pebas. O primeiro evento de especiação do gênero ocorreu em ~12Ma, provavelmente, devido as introgressões marinhas; as subsequentes diversificações das linhagens ocorreram durante o Mioceno tardio e o Plioceno influenciadas pelos eventos paleogeográficos; e as linhagens mais recentes podem ter diversificado sob a influência das glaciações que ocorreram durante o Quaternário. O presente estudo é primeiro a abordar os aspectos filogenéticos e biogeográficos do gênero Mastiglanis, apontando a presença de linhagens crípticas não descritas ao longo uma grande área de amostragem. Entretanto, sua ampla área de dispersão no Continente Sul Americano reforça a necessidade de amostragem adicional bem como revisões sistemáticas mais apuradas para a correta descrição e delimitação das novas linhagens, o que levará a um aumento significativo na diversidade desta espécie neotropical.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLÁUDIO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - IGOR GUERREIRO HAMOY
Presidente - 2970885 - JOAO BRAULLIO DE LUNA SALES
Externo ao Programa - 327067 - JULIO CESAR PIECZARKA
Externo à Instituição - LUIS FERNANDO DA SILVA RODRIGUES FILHO
Interno - 946.987.083-20 - MARCELO COSTA ANDRADE - UFPA
Notícia cadastrada em: 10/07/2020 09:35
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