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Banca de DEFESA: MARIA LETICIA MARQUES MORAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LETICIA MARQUES MORAES
DATA: 31/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de aulas do Lapmar/google meet
TÍTULO:

Efeitos bioquímicos e moleculares de nanopartículas de dióxido de titânio utilizando o peixe amazônico Hyphessobrycon heterorhabdus como modelo.


PALAVRAS-CHAVES:

TiO2 NP; Estresse Oxidativo; exposição in vitro; expressão gênica, ecotoxicologia


PÁGINAS: 32
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:

As nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2 NP) podem ser liberadas através de processos biogeoquímicos ou mecânicos, sem ligação direta ou indireta com alguma atividade humana. Na região amazônica ocorre a presença natural de Ti, pelo fato deste elemento ser um dos constituintes majoritários na formação geológica local, o que favorece a presença de TiO2 NP de origem natural. Somada a essa carga ambiental potencial de TiO2 NP temos o seu uso crescente na indústria farmacêutica e de dermocosméticos. Sendo assim, esses fatores influenciam claramente no acúmulo e transporte de TiO2 NP presentes nos corpos d’água da região, aumentando sua concentração e exposição de organismos aquáticos residentes. Com isso, o objetivo do presente estudo é avaliar respostas bioquímicas e moleculares de uma espécie de peixe nativa exposta às nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2 NP) em concentrações ambientalmente realistas para o estuário amazônico. Para isso, foram realizadas abordagens experimentais in vivo e in vitro utilizando a espécie amazônica H. heterorhabdus. Para o teste in vitro, foram utilizadas células da linhagem HHE derivada de nadadeira caudal de H. heterorhabdus semeadas em placa de 96 poços, separada em quatro tratamentos experimentais: controle, 0,2 mg/L, 0,6 mg/L e 1 mg/L de TiO2 NP. A viabilidade celular foi avaliada em 24, 48 e 72h. A expressão de genes relacionados com as defesas antioxidantes (nrf2, gst, gsr e gclc) e sequestro de metais (mtf1 e mt) foram avaliados para cada concentração em 6 e 12h de exposição. Para o teste in vivo, 80 peixes foram distribuídos nos tratamentos experimentais já citados. Cada tratamento continha cinco réplicas. O experimento teve duração de 96 horas. Foram analisadas a Capacidade antioxidante total (ACAP), concentração de glutationa reduzida (GSH), atividade das enzimas glutationa S-transferase (GST), glutamato cisteína-ligase (GCL), glutationa redutase (GR), atividade da catalase (CAT) e lipoperoxidação (LPO). Para o teste in vitro, verificamos que nenhuma das concentrações testadas interferiu na viabilidade celular que permaneceu próxima a 100% em todos os tratamentos ao longo das 72h de exposição. A expressão gênica tanto dos genes relacionados com a defesa antioxidante quanto com o sequestro de metais também não apresentou diferenças significativas nem entre os tratamentos nem nos diferentes tempos de exposição (6 e 12h), embora algumas tendências tenham sido verificadas. O mesmo padrão de ausência de diferenças significativas entre tratamentos foi verificado no estudo in vivo. As atividades da GST, GR, CAT, GCL, a concentração de GSH e a capacidade antioxidante total, não apresentaram diferença significativa entre grupos experimentais dentro das 96h de exposição ao TiO2 NP. Da mesma forma, não foram registradas diferenças no conteúdo de lipídeos peroxidados ao longo das concentrações testadas. De forma geral, foi verificado que as concentrações ambientalmente realistas testadas neste estudo não afetaram a expressão e as atividades das enzimas antioxidantes, tão pouco ocasionaram incremento nos danos oxidativos a lipídios ou alteração nas concentrações de GSH em H. heterorhabdus no estudo in vivo Tais resultados podem sugerir uma adaptação à essas concentrações, pois se trata de um peixe nativo da região amazônica, que naturalmente tem o potencial de ser exposto a concentrações de Ti nos níveis testados. No entanto, novos testes empregando outros tipos celulares para o estudo in vitro, a análise órgão específica nos estudos in vivo, bem como maiores tempos de exposição em ambas as abordagens são recomendados para a verificação do nível de tolerância da espécie nativa ao dióxido de titânio


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 990.146.452-87 - ADAUTO LIMA CARDOSO - UNESP
Externo à Instituição - JOSÉ MARÍA MONSERRAT
Presidente - 1649237 - LILIAN LUND AMADO
Interno - 1152695 - ROSSINEIDE MARTINS DA ROCHA
Externo ao Programa - 3305840 - SILDIANE MARTINS CANTANHEDE
Externo à Instituição - THIAGO LOPES ROCHA
Notícia cadastrada em: 18/05/2023 12:31
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