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Banca de DEFESA: NIEDJA LUANA DA COSTA MESCOUTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NIEDJA LUANA DA COSTA MESCOUTO
DATA: 24/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de aulas do PPGEAP
TÍTULO:

INDICADORES DE DESEMPENHO DA PESCA DO PARGO NA PLATAFORMA AMAZÔNICA BRASILEIRA: é o início do fim de um sistema de pesca?


PALAVRAS-CHAVES:

Triple bottom line; indicadores de sustentabilidade; recurso pesqueiro; pesca artesanal
de larga escala.


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

A pesca do pargo (Lutjanus purpureus) se configura como importante atividade pesqueira para a
economia do Brasil devido a sua exportação, que gerou ao país mais de US$ 100 milhões em vendas
de 2012 a 2022. A escassez de informações atualizadas sobre a ecologia, economia e social, torna
difícil de mensurar todas as dimensões do desenvolvimento dessa pescaria. Nos últimos anos, algumas
metodologias vêm sendo desenvolvidas para garantir uma melhor integração de fatores ambientais e
socioeconômicos nas análises de pesca. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho consistiu em analisar
se a pescaria comercial do pargo na plataforma continental brasileira é socio-ecologicamente
sustentável. O presente trabalho utilizou uma ferramenta de avaliação que pode ser aplicada em
sistemas pesqueiros com poucos dados, os Indicadores de Desempenho Pesqueiro (FPIs), avaliando
as condições multidimensionais da pesca. O FPI permite estudar o status do estoque, as condições
ambientais da área de pesca, o desempenho dos setores de captura de pós-captura, bom como os
aspectos do mercado e da gestão de recursos. O banco de informações foi preenchido com dados de
2016 a 2018, concedidos pelo projeto Fisheries Improvement Projects (FIP Pargo), com dados oficiais
públicos, publicações científicas, consultas in loco, agentes de produção e bases de dados de projetos
de pesquisa. Os resultados mostraram que os pontos críticos dessa atividade estão relacionados
principalmente ao indicador Ecológico (2,37), por conta da sobreexplotação de juvenis e embarcações
ilegais, seguido do indicador Econômico (2,88), que pontuou abaixo do esperado para uma pescaria
que obtém altos valores de exportação porquê o setor pesqueiro (indústria) não é transparente com os  dados repassados. Ambos obtiveram nota inferior a outras pescarias avaliadas. O melhor indicador foi o Comunidade (3,88), que dentre os três, foi o que mais se aproximou da média dos países em desenvolvimento. A limitada participação dos atores da cadeia produtiva também restringe a eficácia das medidas de gestão, o que dificulta a gestão bem-sucedida dos recursos. Os resultados sugerem que a pesca do pargo necessita, com a maior brevidade possível, que o tamanho de primeira maturação da espécie seja incluído nos planos de ordenamento, assim como um recadastramento das embarcações e fiscalização mais assídua na pesca IUU do pargo. Além disso, para o manejo pesqueiro obter avanços positivos, todos os setores pesqueiros atuantes precisam estar integralizados e com participação ativa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1548215 - BIANCA BENTES DA SILVA
Externo à Instituição - GUSTAVO HALLWASS
Interno - 3016517 - MIGUEL PETRELLI JUNIOR
Externo à Instituição - VANDICK DA SILVA BATISTA
Interno - 684701 - VICTORIA JUDITH ISAAC NAHUM
Interno - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 01/02/2023 13:03
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