SER MULHER NO JORNALISMO PARAENSE: experiências comunicativas com o ambiente profissional
Jornalistas; Mulheres; Violência simbólica; Relações de poder.
A presente pesquisa trata da relação entre mulheres e ambiente de trabalho. Desde 2017 com a campanha #MeToo, emergem no cenário mundial, movimentos insurgentes contra a violência sexual e a discriminação das mulheres nos espaços de trabalho. Em março de 2020, o coletivo Jornalistas Contra o Assédio mobilizou diversas jornalistas em todo o país através do Twitter para promover a hashtag #MulheresJornalistasEmLuta, com a intenção de alertar sobre os ataques e o assédio cometidos contra as mulheres dentro da profissão. A presente pesquisa se alinha a esses movimentos quando busca investigar as experiências profissionais das jornalistas no estado do Pará, para tanto apresenta a seguinte indagação: Como são as relações das jornalistas, enquanto mulher, em seus ambientes de trabalho? Parte-se da hipótese de que as redações dos veículos de comunicação são espaços de relação de poder, e enquanto tal, a violência de gênero se manifesta de forma mais latente. As relações de poder e violência são entendidas em Foucault (1979) e Bourdieu (2003). Ou seja, as relações de poder são relações entre sujeitos, assim como modos de ação que podem: induzir, separar, facilitar, dificultar, limitar, impedir, entre outros aspectos. E a violência impõe uma arbitrariedade pelo poder imposto e pelo modo de imposição. A pesquisa qualitativa é tomada como procedimento metodológico, com o uso de questionário com perguntas fechadas e abertas, que segundo Gil (1999), objetivam o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas.