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Banca de QUALIFICAÇÃO: HELENA BARRIGA MUTRAN KLÖPPEL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELENA BARRIGA MUTRAN KLÖPPEL
DATA: 21/06/2024
HORA: 15:30
LOCAL: SALA DE AULA ESPERANÇA GARCIA - PPGD/ICJ
TÍTULO:

Políticas corporais emancipatórias do feminismo negro: uma análise sobre o racismo genderizado contra mulheres negras no Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Feminismo negro; racismo genderizado; políticas corporais emancipatórias.


PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Direito
RESUMO:

O presente projeto de pesquisa tem como objetivo analisar a prática de algumas “políticas corporais” empreendidas pelo feminismo negro, acumuladas a partir de “aprendizagens experienciais”, oriundas de um “conhecimento autodefinido” advindo das vivências das mulheres negras, as quais experienciam de modo diferenciado o racismo genderizado. Quando o racismo está entrecruzado com o sexismo, nessa intersecção há a “produção de efeitos específicos” sobre os corpos das mulheres racializadas, especificamente nesta pesquisa, nos corpos das mulheres negras: não ocorre apenas uma sobreposição estanque de opressões pois há uma interação entre as ideologias e as estruturas de dominação (Kilomba, 2019, p. 98-99), as quais compõem o escopo investigativo desta pesquisa. Portanto, o estudo das opressões de raça e de gênero são inseparáveis e serão utilizados para analisar não apenas os efeitos deletérios que o racismo genderizado provoca sobre as mulheres negras, mas sobretudo estudar a capacidade de agência e mobilização delas desde o espaço privado ao público, da capacidade de, através da autodefinição, da autorrecuperação e da produção de um discurso sobre si mesmas, suportarem e transcenderem os limites das opressões interseccionais como as de raça e gênero, encontrando no coletivo forças para a criação de novas vivências opostas à objetificação como “mulas do mundo”, transcendendo o lugar de vítimas e sobreviventes para ocuparem o lugar de ativistas criadoras de novas imagens coletivas sobre a história presente das mulheres negras (Hill Collins, 2019, p. 181-182), como fizeram e fazem Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Neusa Santos Souza em sua militância e produção intelectual no contexto brasileiro. Metodologicamente, a pesquisa é de natureza exploratória e de cunho bibliográfico, baseada nas obras de Lélia Gonzalez, Grada Kilomba, Sueli Carneiro, bell hooks, Patricia Hill Collins, Neusa Santos Souza, Silvia Federici, Adilson Moreira, Márcia Tiburi dentre outros teóricos, dando prioridade para autoras negras justamente porque vivem o que teorizam. Objetiva-se assim costurar teorias que pensem a raça, o gênero e os corpos das mulheres negras dentro de uma sociedade estruturada em sistemas múltiplos de opressão como o do racismo genderizado, os seus efeitos e políticas corporais de resistência específicos produzidos pelas mulheres negras coletivamente articuladas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2495374 - LOIANE DA PONTE SOUZA PRADO VERBICARO
Interno - 2314196 - RICARDO ARAUJO DIB TAXI
Interno - 3286139 - SANDRA SUELY MOREIRA MARTINS LURINE GUIMARAES
Externo à Instituição - YARA ADARIO FRATESCHI
Notícia cadastrada em: 17/06/2024 15:43
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