Casa de boneca e senzala : Arte e Decolonialidade
Casa de boneca – colonialidade - decolonialidade - epistemicídio – racismo
O trabalho parte do brinquedo/objeto casa de boneca, referindo-se tanto a um brinquedo europeu quanto as casas senhorias da cidade de Belém, para discutir os conceitos de epistemicídio e colonialidade do poder como plano de uma colonização violenta pautada sob o mito da modernidade, culminando com uma urbanização que ainda hoje é exaltada, mas que custou a destruição de povos e saberes. No primeiro capítulo falo sobre as primeiras motivações de se trabalhar um tema relacionado a uma casa de boneca. As minhas brincadeiras com Maria, desde a sua tenra idade, e abordo a importância da brincadeira para a criança. No segundo capítulo trato de uma questão metodológica, a necessidade de construir uma pesquisa pautada em um pensamento decolonial. Para isso, tento esclarecer conceitos como colonialidade, colonialismo, descolonização e decolonialidade. No terceiro capítulo trato mais especificamente sobre as casas de bonecas que serão construídas: a primeira é uma replica da igreja de santo Alexandre, representando o papel da igreja e do cristianismo no esquema de colonização; a segunda casa é uma réplica do Palacete Bolonha, símbolo do período gomífero e da Belle Epoque; a terceira casa é uma replicado casarão onde funciona o PPGarte; e trato, posteriormente, mais especificamente, sobre a experiencia de ser negro na universidade que teve como formação a relligião cristã, arte europeia, conhecimento europeu, mas agora corpo negro artista em resistência quando se deu a tomada de consciência de sua cultura e identidade. Nas considerações finais, quem sabe, para a perspectiva de uma pesquisa futura ou agenda de estudo, tratarei sobre a descolonização dos currículos, principalmente em arte. Inserindo as casas de boneca numa proposta didática e funcionalidade prática. Refletindo sobre a possibilidade se trabalhar as casas em escolas tendo com base a lei 10.639/2003 e a lei 11.645/08. como forma de conduzir para arte-educação contra hegemonica.