α-Tocoferol previne o efeito ansiogênico induzido por cafeína em Danio rerio (zebrafish).
comportamento tipo ansiedade, zebrafish, cafeína, α-tocoferol.
As desordens de ansiedade tornaram-se um problema de saúde pública, e o estudo desses transtornos pode ser conduzido em animais utilizando modelos experimentais de ansiedade incluindo induções farmacológicas do comportamento tipo ansiedade através do uso de drogas como a cafeína. Ressalta-se que essas desordens são acompanhas por geração de estresse oxidativo, logo, o objetivo do presente trabalho será avaliar o efeito do α-tocoferol, um antioxidante clássico, no comportamento tipo ansiedade induzido por cafeína em Danio rerio. Foram utilizados peixes da espécie Danio rerio subdivididos nos seguintes grupos experimentais: CTRL – salina 0,9%; CAF – cafeína 100 mg/kg; DMSO – dimetilsulóxido 0,1%; TF – α-tocoferol 1 mg/kg (esses grupos experimentais receberam apenas uma injeção por i.p); TF - 1 mg/kg + CAF - 100 mg/kg, esse grupo irá receber duas injeções seguidas por i.p, uma injeção de cada substância na forma de cotratamento. Os animais foram submetidos ao teste de preferência claro/escuro e de distribuição vertical eliciada pela novidade. Todos os testes foram filmados e avaliados utilizando o X-PLO-RAT. Os dados foram expressos em média ± erro padrão. Foi aplicado o teste t-student para comparar o grupo cafeína com o grupo controle, considerando significativo p<0.05. Os resultados do teste de preferência claro/escuro demonstraram que a cafeína diminuiu o percentual de tempo no compartimento branco e a latência de saída em relação ao controle, além disso, os comportamentos tigmotáxicos e de congelamento ocorreram apenas no grupo cafeína e o comportamento de nado errático foi maior nesse grupo. No teste de distribuição vertical eliciada pela novidade, o grupo que recebeu cafeína permaneceu menos tempo na porção superior, assim como apresentou maior latência para explorar o compartimento aversivo, foi o único grupo que apresentou ataques de congelamento e que passou mais tempo apresentando esse comportamento e a frequência de movimentos erráticos foi maior em relação ao controle, todos esses dados confirmam o efeito ansiogênico induzido por cafeína.