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Banca de QUALIFICAÇÃO: CELICE CORDEIRO DE SOUZA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CELICE CORDEIRO DE SOUZA
DATA: 01/07/2014
HORA: 10:00
LOCAL: AUDITÓRIO "PROF. DR. JOÃO PAULO DO VALLE MENDES"/ICB/UFPA.
TÍTULO: EFEITOS DO TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS DA MEDULA ÓSSEA APÓS LESÃO DA MEDULA ESPINHAL DE RATOS ADULTOS
PALAVRAS-CHAVES: Medula espinhal, Terapia celular, Células Mononucleares da Medula Óssea, Substância branca, Micróglia.
PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Morfologia
RESUMO: As lesões da medula espinhal (LME) causam perda permanente de função neurológica abaixo da lesão, acarretando graves consequências físicas, sociais e psicológicas aos pacientes. A fisiopatologia da LME envolve processos complexos como hemorragia, excitotoxicidade e inflamação, gerada principalmente pelas células microgliais. Apesar do conhecimento acerca da fisiopatologia, inexistem estratégias terapêuticas aprovadas para o tratamento das lesões, sem efeitos colaterais graves. Os impactos físicos, psicológicos e financeiros causados pela LME no indivíduo e na sociedade em geral motivam a comunidade científica e médica na investigação e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas que sejam eficazes no sentido de evitar agravamentos das lesões, diminuir os efeitos da degeneração secundária e até melhorar a função motora e sensitiva desses pacientes. O objetivo geral desse estudo é estudar os efeitos da terapia com células mononucleares da medula óssea sobre a preservação tecidual nas substâncias branca e cinzenta e recuperação funcional após lesão traumática incompleta da medula espinhal de ratos adultos (hemissecção à direita). Como resultados preliminares do estudo, observamos que não houve diferença estatística quando avaliamos a função motora dos animais após a lesão e o transplante. Tanto os animais controle quanto os tratados tiveram melhora nas duas primeiras semanas após a lesão, mantendo os mesmos resultados nas semanas subsequentes. Porém, quando avaliamos a área de lesão de forma qualitativa a partir de técnica histológica (coloração com violeta de Cresila), observamos que os animais tratados tiveram maior preservação tecidual e menor infiltrado inflamatório quando comparados aos animais controle. Quanto a avaliação das células microgliais, importantes marcadores inflamatórios, observamos que os animais não tratados apresentaram perda tecidual evidente e maior ativação microglial, marcada pela maior presença de células microgliais mais arredondadas, quando comparados com os animais tratados com células mononucleares. Em relação à análise de astrócitos, avaliada por meio da imunohistoquímica com anticorpo anti-GFAP, marcador específico para astrócitos fibrilares (marca especificamente uma proteína presente no citoesqueleto dos astrócitos), observou-se mudança na reatividade dos astrócitos após lesão medular incompleta. Essa astrocitose é caracterizada por aumento na densidade do corpo astrocitário e na redução do comprimento das ramificações dessas células. Não houve, na avaliação qualitativa, diferença de reatividade entre animais tratados e os não tratados. Ainda serão realizada análises quantitativas de células microgliais, astrócitos e neurônios no presente estudo. Os resultados preliminares nos mostram que as células mononucleares participam de algum mecanismo que diminui a inflamação na área de lesão, porém essa ação anti-inflamatória ainda não reflete em resultados positivos do ponto de vista funcional em ratos adultos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1055410 - ENIO MAURICIO NERY DOS SANTOS
Externo ao Programa - 2445539 - RAFAEL RODRIGUES LIMA
Externo ao Programa - 2153641 - VANIA CASTRO CORREA
Presidente - 2224452 - WALLACE GOMES LEAL
Notícia cadastrada em: 30/06/2014 09:18