DIVERSIDADE CROMOSSÔMICA NO GÊNERO Cerradomys (SIGMODONTINAE, CRICETIDAE) DEMOSTRADA POR PINTURA CROMOSSÔMICA
Cerradomys, Pintura cromossômica, FISH.
A Ordem Rodentia constitui-se como a ordem de mamíferos com maior número de espécies, possuí habitat extremamente variado, podendo ser encontrados em vários tipos de ambientes e com distribuição muito ampla, sendo ausentes na Antártida. O sucesso adaptativo dessa ordem é devido a sua ampla exploração e variedade de hábitos alimentares. Nesta ordem está a Família Cricetidae na qual está inserida a subfamília Sigmodontinae. A Subfamília Sigmodontinae é representada, em sua grande maioria, por roedores sul-americanos, e entre estes estão as espécies do gênero Cerradomys, que são agrupados dentro da Tribo Oryzomyini, que abrange cerca de 35% dos roedores sigmodotíneos. Os roedores apresentam alta variabilidade do número diplóide, de 2n=10 em Ctenomys steinbachi e Akonos sp. à 2n=102 em Tympanoctomys barrerae. O gênero Cerradomys apresenta atualmente oito espécies, todas com cariótipos básicos descritos. Essas espécies apresentam grande variação cromossômica, com número diploide variando de 2n=46 em Cerradomys langguthi a 2n=60 em C. akroai, o que sugere haver um elevado grau de rearranjos cromossômicos. Neste estudo propomos o estudo por citogenética clássica (bandeamentos C e G) e molecular, através do uso de pintura cromossômica, com sondas de Hylaeamys megacephalus (HME; 2n=54), almejando diagnosticar os possíveis rearranjos cromossômicos que ocorreram durante a evolução cariotípica de quatro espécies de Cerradomys: C. goytaca (2n=54), C. scotti (2n=58), C. subflavus (2n=54) e C. vivoi (2n=50), além disso iremos comparara-los entre si e com outros cariótipos já estudados com sondas de HME, visando identificar as possíveis homologias e os grupos sintênicos compartilhados entre os diferentes cariótipos.