PERFIL MOLECULAR POPULACIONAL DE GENES ASSOCIADOS AO TRATAMENTO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE EM POPULAÇÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA
TDAH, Epidemiologia Molecular, Amazônia Brasileira
O transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno do neurodesenvolvimento, com prevalência em torno de 5% na infância e 2,8% na fase adulta. É caraterizado por apresentações comportamentais desatentas, hiperativas e impulsivas inapropriadas para a idade, que acarretam prejuízos à vida pessoal, acadêmica e profissional. Evidências tem apontado que os traços associados ao transtorno se comportam como uma variação contínua de comportamentos regulares, que se distribuem ao longo de um gradiente de intensidades distintas, orientadas por uma confluência de fatores genéticos e ambientais. Logo, o diagnóstico tende a ser efetivado quando os traços expressos atingem o extremo do continuum de comportamentos, quando também possíveis efeitos adversos se fazem presentes. No que tange a etiologia, é válido salientar que o TDAH é detentor de alta herdabilidade (70-80%), e apesar de ainda não ter sido possível o desenvolvimento de biomarcadores para auxiliar no processo de diagnóstico, estudos genômicos foram capazes de elencar variantes genéticas associados com o risco para TDAH. Tendo em vista a escassez de estudos de epidemiologia relacionados à incidência do TDAH na região amazônica, o estudo em questão, através da análise de exoma, visa investigar 19 genes anteriormente associados ao risco para TDAH, na população amazônica Brasileira, a fim de aprimorar a compreensão acerca de seu perfil molecular epidemiológico.