ANÁLISE GENÉTICA-EPIDEMIOLÓGICA DA ANCESTRALIDADE E DOS GENÓTIPOS DA APOLIPOPROTEINA E COMO MODULADORES DO RISCO CARDIOVASCULAR EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA EXPOSTAS AO MERCÚRIO
APO E, ANCESTRALIDADE, RISCO CARDIOVASCULAR, RIBEIRINHOS, AMAZÔNIA, MERCÚRIO
A exposição ao mercúrio traz graves consequências deletérias ao sistema nervoso, sendo este o seu principal órgão alvo. Porém, a exposição crônica ao metal acrescenta outros problemas de saúde como doenças cardiovasculares e dislipidemias. A comunidade ribeirinha amazônica está cronicamente exposta ao mercúrio, entretanto existem poucos estudos relacionando a exposição ao metal com alterações cardiovasculares. Além disso, é de fundamental importância o estudo dos fatores genéticos que possam modular o risco associado a estas doenças. Desta forma, este trabalho busca analisar a possível modulação da ancestralidade e dos genótipos da apolipoproteína E no perfil lipídico, obesidade, hipertensão e no risco cardiovascular de populações ribeirinhas do Rio Tapajós e do Lago de Tucuruí expostas à contaminação mercurial. Para calcular o risco de doença cardiovascular, os participantes das comunidades ribeirinhas forneceram dados antropométricos (altura, peso, idade e sexo) e de pressão sanguínea, além de sangue para determinar o perfil lipídico (colesterol total e não-HDL, HDL, LDL e triglicerídeos). O cálculo do risco de Fragmingham será realizado para avaliar a probabilidade de risco de doença cardiovascular nos participantes deste estudo. Também serão coletadas amostras de cabelo para a quantificação das espécies de mercúrio por ICP-MS (mercúrio total) e GC-Pyro-AFS (metilmercúrio). A análise de ancestralidade será feita usando 61 marcadores informativos de ancestralidade autossômica (AIMs), utilizando a técnica de PCR multiplex de 20 e 22 marcadores. O gene APOE será amplificado por qPCR pelo método TaqMan, os SNPs rastreados serão o rs429358 e rs7412.