DISPARIDADE DO FEEDBACK CELULAR DE CÉLULAS NERVOSAS EM MONOCULTURA E CO-CULTURA EXPOSTAS AO MeHg: ANÁLISE DA GENOTOXICIDADE E CITOXICIDADE
Sistema nervoso central; metilmercúrio; co-cultura; viabilidade celular; ensaio cometa
O mercúrio é amplamente utilizado em processos industriais e extrativistas, e o descarte inadequado de resíduos ou produtos que contenham esse metal produzem impactos significativos nos ecossistemas, causando efeitos adversos em humanos e outros animais. A exposição ao metilmercúrio, um composto orgânico altamente tóxico, causa importantes prejuízos neurológicos e de desenvolvimento. Recentemente, a genotoxicidade de compostos mercuriais ganhou destaque entre os vários possíveis mecanismos propostos implicados em seus efeitos neurológicos, principalmente por perturbar o fuso mitótico e causar perda cromossômica. No entanto, é importante investigar se esses compostos também podem causar danos diretos no DNA, como quebras de fita simples e dupla. A ação tóxica do elemento Hg é vastamente estudada, principalmente seu tropismo por células do sistema nervoso central, o que lhe conferiu a classificação de neurotoxina. O SNC é formado por dois tipos principais de células, neurônios e células gliais, e os estudos in vitro analisam os efeitos desse composto separadamente nesses tipos celulares: não há dados sobre a interação entre essas células em resposta à intoxicação mercurial. Assim, o objetivo desse trabalho é avaliar os efeitos citotóxicos e genotóxicos do metilmercúrio em células do sistema nervoso, em um sistema de co-cultura de células nervosas e células gliais. Esperamos, com isso, obter dados que sejam mais próximos aos observados no tecido nervoso, tendo em vista que as células gliais apresentam muitas funções relacionadas com a manutenção dos neurônios.